quarta-feira, 23 de maio de 2018

Sobre o presidente-adepto...


Sejamos pragmáticos, não sendo mais do que um meio e um instrumento, o futebol serve os mais diversos fins, uns mais lícitos do que outros. É, porém, um meio e um instrumento demasiado importante para que possa ser utilizado de forma irresponsável.

E quando de paixão se imiscui, a razão fica aquém do desejável, ou moralmente aceitável. A euforia, a leitura enviesada dos factos e o sentimento de impunidade tomam de assalto o processo decisivo (quem sabe até o próprio cunho identitário) e os limites do que é permitido vão estendendo, tornando-se cada vez mais ténues e com tendência a desaparecer.  A transgressão é consentida porque quando “amamos” os fins justificam os meios.

Lideramos com estas premissas, a perceção do redor é toldada por um pequeno mundo que se forma, para onde todos convergem prestando a sua vassalagem à figura de proa, e todas as leituras do que acontece de menos favorável vão no sentido de um ataque cerrado. As respostas, essas, são quase sempre de vitimização.

A ausência de vergonha, culpa, de remorso que orientam o individuo para um pedido de desculpa, um aquietar reconciliando-se com o social, dificultam o entendimento entre todos.
Há uma impossibilidade de voltar atrás, de reconciliação. Já demais foi dito e feito sempre com um registo autoritário baseado nas convicções ocas de quem está alienado da realidade.

Também é certo que qualquer um de nós se dá conta de como é difícil praticar o bem em certas situações. O interesse pessoal e a pressão social, por exemplo, conduzem-nos à prática de ações conscientemente imorais. Não queremos aqui ser mais papistas que o Papa. Mas o consecutivo erro, a leitura das consequências desse erro, e partindo do princípio de que há a possibilidade de uma aprendizagem, devem ser alertas para uma alteração de conduta.


Dizem que quem conhece o bem, escolhe o bem. O problema começa quando deixamos de o conhecer...




Nota da Autora : Isa, camisola nº10, Sportinguista desde sempre e apaixonada pelo Futebol. Obrigada J.


4 comentários:

  1. Idzabela,

    Com todo o respeito, permita-me que apresente uma crítica:

    Simplifique o vocabulário. O texto, apesar de bem fundamentado, é aborrecido e nada "reader-friendly".

    Pode expressar a mesma ideia utilizando um vocabulário mais simples, tornando o texto mais apelativo para quem o está a ler.

    A Idzabela tem de ter em consideração que nem toda a gente tem um Mestrado em Estudos de Língua Portuguesa.

    Keep it Simple!


    Gnitrops

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  2. Iza
    Bem vinda ao “A Norte”.
    Com linguagem mais ou menos rebuscada, estamos juntos nos nossos desejos:
    Queremos um Sporting digno, dirigido por pessoas dignas, representado por pessoas dignas.
    SL

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  3. Bem vinda Idzabela,

    Há muito, muito tempo, como iniciam as histórias infantis, era uma vez o bem e o mal ... após muitas aventuras e desventuras descobriram ambos que um não existe sem o outro.

    Vejo três soluções para o Sporting. Não para serem tomadas em alternativa, mas sim em conjunto. Um diplomata, um psicólogo e um psiquiatra. O diplomata devia assentar arraiais pelos corredores da Sporting SAD com livre entrada em todos os gabinetes e livre acesso a todas as pessoas e dossiers.

    O psicólogo romaria à academia disponibilizando-se a ouvir todos os profissionais do futebol, incluindo os seus colegas.

    O psiquiatra tem entrada directa para as bancadas, talvez uma quantidade de Xanax nas tochas e petardos de que tanto gostam as claques ajude a pacificar as hostes... de qualquer modo para mim é uma consulta urgente, há uma semana que não durmo decentemente e há um mundial para preparar!

    P.S. - Felizmente as insónias que o Sporting me provoca, calharam junto das finais da NBA, sempre um espectáculo que dá lições e lições de desportivismo a quem as quiser aprender.

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