terça-feira, 26 de junho de 2018

Somos as nossas escolhas


Nada como situações limite para pressionarem a tomada de decisões medíocres. Sempre balizadas pelos estatutos que nos regem, mas sempre decisões de gestão quotidiana sem a possibilidade de seguir um projeto com objetivos e metas devidamente delineadas. É o que temos de momento, fomos obrigados a tal para gáudio de alguns, tristeza de outros e na dor de todos.

Tivesse havido clareza de espírito de quem estava responsável pelos destinos do Sporting Clube de Portugal e não chegaríamos a tanto. Parece que pouco ou nada se aprendeu com o antecessor Godinho Lopes nem com os desaires de mais uns quantos presidentes que se foram sucedendo nas rédeas do clube.

Bruno de Carvalho também aparece numa situação limite, com um Sporting arrasado por obra de Godinho. O Clube parecia seguir apenas com a dignidade de quem morre de pé. É nesse momento que o Messias verde consegue dar aos sportinguistas uma esperança, um querer e um crer, um sabor da prometida vitória como poucos o conseguiram. Foi nesse acreditar que cresceu uma massa adepta e associativa devota do projeto apresentado por Bruno de Carvalho. Era essencial quebrar com o passado e voltar a página. Era vital ganhar.

Ironia das ironias, voltamos a necessitar de romper com o passado recente, voltamos ter de reconstruir e de trilhar complicados caminhos. Haja coragem.

Democraticamente já iniciámos esse processo com uma adesão que só nos orgulha. É a participar com sentido de dever e sensatez que se constrói a mudança. O ruído de quem assim não o entende e teima em contrariar este processo não pode servir de barreira.

Preocupa-me o marasmo e as decisões forçadas inerentes as estas breves comissões de gestão que, muitas vezes, não estão devidamente inteiradas da situação em que o clube se encontra. Preocupa-me toda a movimentação ardilosa que tem apenas em mente o assalto ao poder e não o futuro viável e consistente do Sporting. Preocupa-me não sabermos escolher, ou não termos uma opção que nos inspire confiança e nos una. 

Será que desta vez aprendemos com os erros do passado?

5 comentários:

  1. Agora?!?
    Como destituições não são eleições, parece que agora alguém tem um cheque em branco...e sem a palavra dos sócios.

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  2. O post expressa o que sentem as "viúvas" de Bruno de Carvalho.
    Espero que façam rapidamente o luto.
    A generalidade dos sócios sentem alívio. Afinal, o clube estava nas mãos de um psicopata que por pouco não se tornava dono do clube.
    Agora, é esperar as eleições e quem vencer começará a escrever o futuro.
    A Comissão de Gestão tem mandato para levar o clube até ao ato eleitoral.

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  3. Como se pode ver por dois comentários de conteúdo quase oposto, o anonimato serve para tudo. Eu prefiro identificar-me claramente.
    Uma Comissão de Gestão tem mandato limitado temporalmente mas também funcionalmente (deve limitar-se a actos de gestão corrente e absolutamente necessários para a não disrupção do Clube). Nomear Sousa Cintra Presidente da SAD é um acto que ultrapassa (até formalmente) essa gestão corrente; pode apenas indicar à AG de Accionistas … e será esta que escolherá o Presidente do CA da SAD: Esta gaffe já custou um puxão de orelhas da CMVM! E, não sei qual a validade formal de qualquer acto de Sousa Cintra enquanto não for eleito na AG da SAD.
    De qualquer modo, os primeiros actos da Comissão de gestão e do "Presidente" (?) do CA da SAD cheiram a revanchismo e denunciam uma precipitação pouco desejável para este momento.
    Não teria sido mais lógico, Sousa Cintra ter reunido com Carlos Vieira e Rui Caeiro, os dois administradores que ainda se encontram em funções na SAD, para que todas as pastas (ou ao menos as mais urgentes) fossem passadas na defesa dos superiores interesses do Sporting?
    Para quê demitir Augusto Inácio e colocar no seu lugar Paulo Futre? Não seria mais lógico manter o Director Geral (mesmo admitindo a denúncia do contracto com o treinador) por forma a que a transição seja feita sem sobressaltos?
    SL

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    1. Alvaro Dias Antunes,

      para já não há certezas, apenas rumores. De entre esses não dei conta de nenhuma confirmação do tal puxão de orelhas da CMVM. Pode-me ter passado, mas não encontro.

      De entre esses rumores onde estão os sinais de revanchismo???

      Aguardemos pelas confirmações e não elaboremos com base em rumores.

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    2. Sr Alvaro Antunes, sou o autor do segundo comentário. Agradeço que me diga em que medida o anonimato tem a ver com a opinião que expressei ou em que medida esta fica desvalorizada.
      Nunca usei anonimatos para insultar ou desmerecer ninguém e o que escrevo em nada se altera por ser assinado ou não. A sua observação é completamente despropositada e visa apenas auto-valorizar-se focando-se num um username que nunca ninguém vai verificar se é legítimo, porque não há qualquer interesse nisso.
      Espero que os adeptos do sr Bruno usem do mesmo critério de exigência para com esta comissão que sempre usaram para com o seu ídolo a quem tudo foi e é permitido, mesmo em claro prejuízo do clube e no atropelo aos estatutos.
      Acho mesmo que é preciso muita lata para começar já a barragem de fogo contra a Comissão de Gestão quando se mantém um silêncio sepulcral sobre todas as patifarias do sr Bruno e comandita no atropelo às regras da civilidade, falta respeito pelos sócios do clube e pela Mesa da AG.
      Depois da auditoria forense veremos quem leva puxões de orelhas.

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