sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Um pequeno (mas também grande) cobertor verde e branco

O Sporting conseguiu ontem no Emirates marcar dois importantes pontos: um para a Liga Europa, que nos deixa a praticamente outro tanto para carimbar o passaporte para a fase seguinte. Outro foi na propagação da imagem de um grande, grande clube através da actuação que fez abrir a boca de espanto os próprios adeptos arsenalistas, que estão habituados a receber "la crème de la crème" dos clubes mundiais.

Vamos primeiro ao jogo e sobre ele há muito pouco a dizer. Tiago Fernandes tem o mérito de ter traçado um plano realista para o jogo face às circunstâncias. A realidade nem sempre é muito atractiva, é o que é. E de facto não foi uma exibição muito bonita a que ficou registada no estádio situado em Ashburton Grove. Mas do outro lado da moeda está não só o ponto conquistado, como foi referido acima, mas trata-se do primeiro ponto conseguido aí por um clube português. Até ontem eram mais notórias as noticias de regresso de saco cheio de quem lá se deslocou.

Pode-se dizer com propriedade que o cobertor verde e branco era curto mas de comprimento suficiente para deixar a salvo as redes de Renan. Daqui a uns ano o tempo vai-se encarregar de diluir os pormenores do jogo e deixar em destaque o ineditismo do ponto conquistado. Será precisamente o mesmo que sucederá com as belas exibições feitas em anos passados em Madrid e noutros palcos de sonho, mas sem qualquer resultado prático de monta. Como costumo dizer a obtenção de um resultado importante favorável é a única justificação aceitável para a oferta de maus espectáculos. Parabéns por isso a todos os envolvidos neste pequeno mas importante passo, especialmente pelo momento em que foi alcançado, quando as expectativas eram em muitas conversas apenas reduzidas a quanto íamos perder.

Sobre a a presença dos nossos adeptos, foi de facto um espectáculo maior que o próprio espectáculo. Não faltam por isso hoje referências elogiosas. Os adeptos foram o conforto necessário de suporte para as naturais dificuldades. Um grande cobertor verde e branco que se estendeu das bancadas até ao relvado. Sé é surpreendente para quem não conhece o nosso amor ao clube. É um facto que ele nem sempre é bem canalizado mas é uma das grandes forças que mantém a referência de um clube grande. Uma mistura de amor filial com amor paternal, que torna a nossa relação praticamente indestrutível. Onde Tu fores nós vamos lá estar, Grande Sporting.

1 comentário:

  1. Nunca tinha visto marcar um canto com o Bas Dost à espera da bola por alto e enviá-la para o meio campo defensivo...

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