Foi triste o adeus à Liga Europa. Triste porque foi mais uma oportunidade perdida para afirmar o nome do Sporting no futebol internacional, como todos desejamos. Triste porque sentimos que podíamos ter feito mais e também porque, mais uma vez, sentimos que fomos impedidos de fazer mais.
Há que o reconhecer sem qualquer subterfúgio: em ambos os jogos os nossos adversários foram-nos superiores, eles que também não são os coitadinhos que a sua classificação na La Liga levaria a supor. Na Liga Europa continuam sem perder. Se no primeiro jogo a nossa prestação foi confrangedora, ontem foi ligeiramente melhor, mas ainda assim muito longe do que temos que fazer a este nível. Ao contrário do que disse Keizer na antecipação ao jogo, a táctica é muito importante. É determinante até porque o jogo não se faz apenas da compleição fisica e da corrida, sendo óbvio que o apuro físico também é determinante. É a táctica ou a abordagem estratégica que permite a gestão dos movimentos, a colocação e gestão dos espaços e dos momentos, de forma a atenuar quer o carácter anárquico do jogo, dando aos jogadores condições para tomar as melhores decisões em função das circunstâncias.
Ora o que vimos ontem no La Cerâmica foi algo de muito semelhante, com ligeiras cambiantes, ao que já vimos na era Keizer: muita dificuldade a sair a jogar - o treinador espanhol antecipou bem que íamos sair a 3 e igualou numericamente a oposição - muita distância para os médios, sempre obrigados a receber de costas. Dessa forma praticamente não conseguimos criar condições para visar a baliza adversária. Com duas escassas excepções, ambas muito mais por obra e graça não do espírito santo mas da raça, pundonor e talento de Bruno Fernandes mas não por acções de carácter colectiva, como deveria ser. Os 24 anos (!) de Bruno Fernandes valem o seu peso em ouro e equivalem e superam os de muitos veteranos.
Obviamente não podemos deixar de olhar para o resultado desta eliminatória sem esquecer os dois lances que acabam por marcar o nosso destino na competição. A expulsão de Jefferson é um misto de imprevidência do jogador e e mau juízo do árbitro. Jefferson não é um exemplo de inteligência, como sabemos, mas está a correr e em disputa física, pelo que não pode parar para pensar. O árbitro viu o que viu e revendo o lance várias vezes perde-se a convicção de mero acidente que o visionamento imediato do lance fornece. O jogador não pode ficar com a perna no ar ou no bolso. Agora se o árbitro acha que o Jefferson pisou o adversário, deveria puni-lo com vermelho directo, mas certamente a sua má consciência não terá deixado...
Há ainda o lance de Dost que, em condições "normais", ter-nos-ia dado a qualificação. Mas o seu falhanço estrondoso veio na linha da exibição do nosso ponta-de-lança. É óbvio que atravessa um período já prolongado de má forma, mas é bom não esquecer que o holandês tem quase tantos jogos feitos como golos marcados. O seu jogo tem limitações evidentes mas também tem virtudes das quais temos beneficiado amplamente. Só a falta de memória poderá alterar estes factos. E, pelo que se vai vendo, os suspiros por Luiz Phelyppe estão longe de se justificar.
Não foi uma jornada feliz, tudo o que podia correr mal correu, mas também é verdade que fizemos muito pouco para correr melhor. E quando parecia que estávamos em condições de poder fazer um pouco mais, depois de igualarmos o resultado, os pratos da balança voltaram a inclinar...
Depois de ver o lance várias vezes vê-se, para quem não é cego, que o Jefferson pisou o adversário, que estava deitado chão, de propósito e foi isso que o fiscal assinalou. Com o VAR seria expulsão directa!!
ResponderEliminarPara quem viu os jogos, o Villareal foi muito melhor em todos os aspectos de jogo nos 2 jogos. Tem jogadores melhores, mais técnicos e mais certos no passe. O segredo do bom jogo.
O Sporting acertou 2 vezes na baliza, em que uma das vezes foi uma oferta da defesa adversária e com isso marcou um golo que não merecia.
Off topic:
ResponderEliminarhttps://www.ojogo.pt/futebol/1a-liga/sporting/noticias/interior/sporting-termina-com-o-programa-de-maior-audiencia-no-canal-do-clube-10615990.html
Estes gajos tinham coragem e são sportinguistas… vi o programa antes da conferencia de imprensa e disseram umas verdades que provavelmente não agradaram…
Tal como na gestão anterior, parece que os umbigos são superiores aos interesses do Sporting. Onde finalmente se devia fomentar a paz e a união, parece haver mais interesse em fomentar a guerra para abafar os insucessos e as asneiras…
José Gomes (JG)