Foram notórias as mexidas de Leonel Pontes na estrutura da equipa, o que pelo menos fez com que a equipa iniciasse o jogo de forma mais personalizada do que vinha conseguindo. Mas tudo ruiu rapidamente com obtenção de um golo que começou por ser oferecido pelo péssimo comportamento de Coates na abordagem inicial ao lance e depois nos movimentos seguintes. Golo que foi complementado por um outro passados apenas seis minutos e empurrado pelo próprio Coates para o fundo das redes.
Nota comum aos dois golos sofridos: desorganização total na transição defensiva. Depois de ultrapassada a primeira zona de pressão, quase sempre mal feita, o Sporting abre-se em grandes avenidas sem limite de velocidade e quase sem oposição. Os avançados caem desta forma à frente dos defesas desamparados, com a agravante de serem muitas vezes só os centrais, o que exponencia a possibilidade do erro. A linha média são vários jogadores a correr quase sempre atrás da linha da bola. Bem, e para o terceiro golo não há adjectivos.
Apesar de começar com mais posse foi também notória a falta de comprimento e acutilância da equipa. Tudo muito bem até aos últimos trinta metros, depois disso não há movimentos nem ligações entre os diversos componentes do ataque. Não vimos explorar uma das fragilidades defensivas mais notórias do PSV, que é o espaço que deixa muitas vezes entre as linhas média e defensiva. Julguei ir ver Bolasie em cunha, a explorar a profundidade e Vietto nas costas, com Bruno Fernandes a aparecer a dar linhas de passe e temporização mas ficamo-nos por remates de longe e pouca penetração na área.
A missão de Leonel Pontes é difícil porque lhe vai faltar tempo. Mudar de sistema é a parte mais fácil e por isso aí está o 442. Mas mudar de modelo implica mudar os comportamentos na organização defensiva, na transição defensiva e ofensiva e na organização ofensiva. Requer tempo para que os jogadores percebam a mudança do que lhes é pedido e para a indispensável criação das rotinas. Além disso não tem tido sorte, tudo acontece. Desde as lesões simultâneas Vietto e Phyllipe, aos golos como o primeiro e segundo de ontem. Isto sem falar que não vai ter Bruno Fernandes para o jogo de segunda feira com o Famalicão.
A equipa continua a ter muitos dos defeitos de Keizer e poucas Pontes para um futuro melhor. Com a agravante que a confiança já conheceu melhores níveis e isso também não ajuda. Estes jogadores são capazes de muito mais e melhores mas andam frequentemente perdidos em campo.
Para finalizar, o homem da foto: tem que ser dada uma explicação aos adeptos para este... fenómeno.
Com tanta "circunstância/ mau olhado", não está, nem vai ser fácil a Leonel Pontes demonstrar que não é "pé frio". Deste tipo de treinadores já o SCP teve dose que baste e às vezes em dose dupla.
ResponderEliminarMais do que falta de "sorte ou azar", a questão está muitas vezes na tomada (corajosa) de decisões, no timing certo.
Saudações leoninas
Um pequeno reparo:
ResponderEliminarNo lance do primeiro golo, se há má abordagem é do Neto, nunca do Coates, e digo mais, este Neto não jogaria em nenhuma equipa da liga Portuguesa que lutasse pelas competições europeias!!??!
Relativamente a não inscrição de Pedro Mendes, estranho bastante, pois o Actual Presidente afirmou várias vezes que Futebol é... fácil, fácil!?!
Sl