segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Na linha da recuperação a Liga dos Campeões chega cedo


A vitória do Sporting no Estoril foi categórica e parece ter devolvido a equipa a uma normalidade a que nos habituamos a reconhecê-la. 

Muito interessante a estreia a titular de St. Juste que, juntamente com Matheus Reis, emprestou novas possibilidades à forma como construímos o nosso jogo. Muito acerto no passe e um golo que acabou por obrigar o adversário a dar mais espaço nas costas, o que acabou por ser determinante para o golo de Edwards, em mais uma assistência soberba de Pote. Uma primeira parte digna do Sporting que gostamos de ver jogar.

Muito diferente seria a segunda parte. Rúben Amorim prefere assumir o controlo dos jogos quando o resultado nos sorri a ir à procura da ampliação do resultado, preferindo a segurança e a gestão do resultado a arriscar perder os equilíbrios. O adversário não teve um único remate enquadrado com a baliza de Adan, uma imagem suficientemente eloquente do que foi o jogo.

Ainda assim é importante notar o elevado número de erros individuais sem que estes tenham resultado de acções do adversário. O que parece ser um sinal claro de que os resultados negativos recentes podem ter afectado a confiança dos jogadores, o que é de todo natural.

Nesse sentido o próximo compromisso - o jogo com o Eintracht de Frankfurt - talvez chegue um pouco cedo no calendário. Seria preferível que estes compromissos de superior nível de exigência se atravessassem o nosso caminho numa fase em que a confiança estivesse num nível superior. Foi visível este fim-de-semana que o adversário, que é nada mais nem menos que o titular da Liga Europa do ano passado, está muito bem apetrechado e que o mau inicio de época parece estar ultrapassado. 

Para sair com vida da Alemanha (leia-se com ponto(s) o Sporting vai ter que correr muito, correr bem e sobretudo saber sofrer. Lindstorm, Gotze e Kamada a servir Kolo Muani, parecem comboios de alta velocidade. Um meio campo a dois, a pressão alta, com a equipa com as linhas e as trocas de bola no ataque móvel do jogo com o Estoril têm tudo para ser mel para as transições ofensivas dos alemães. As falhas individuais serão seguramente punidas com elevado requinte de crueldade.

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