Sporting 2 - Arouca 1: este leão é adulto

O Sporting deu ante o Arouca uma prova de maturidade que provavelmente muitos não estariam à espera, incluindo o próprio árbitro. Aquando da expulsão ridícula de Diomande poucos ou nenhuns terão ficado tranquilos relativamente ao desfecho do resultado final. Quando o Arouca empata também poucos ou nenhuns conseguiriam antecipar o que se seguiu.

O que aconteceu foi que, ao contrário do que aconteceu em tantas outras ocasiões no passado, o golo de Mujica ao invés de dividir aglutinou a equipa, ao que o estádio correspondeu à altura. Pode-se falar em demérito do Arouca, mas é mais do que justo afirmar que se não houve mais Arouca foi porque houve muito Sporting. 

O Sporting respondeu em dois momentos. Primeiro reorganizou-se, no que foi fundamental a intervenção a partir do banco por parte de Rúben Amorim, ao que a equipa respondeu com  serenidade e concentração. Depois de reequilibrada a equipa e serenados os ânimos o Sporting ainda teve a audácia de pôr em sentido o Arouca, num remate de Nuno Santos que pareceu golo. Mas, não tendo sido, foi o suficiente para deixar o adversário a pensar no que seria melhor: ter cautela e tentar guardar um ponto ou ir em busca do desempate.

A dúvida foi fatal para os forasteiros. Antes de tomarem uma decisão sobre o que fazer já Morita se aprestava para desfazer o empate, acorrendo a uma assistência primorosa de Pote. Estava encontrado o resultado final, os três pontos tão desejados estavam amealhados.

Este Sporting cresceu e está um leão adulto. Quem pensava que, tal como no passado, o momento ideal para aproveitar o deslize europeu era este, enganou-se redondamente. Ficaram assim notificados todos os interessados em ver o Sporting escorregar: têm que se esforçar mais, provavelmente serem mais descarados, uma casca de banana no caminho, por mais Nobre que seja, parece já não ser suficiente. 

Uma nota final para Gyokeres: que monstro!