quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Young Boys 1 - Sporting 3: máquina demasiado afinada para jovens rapazes

O Sporting fez uma das exibições mais sólidas e categorizadas em competições europeias dos últimos tempos, de tal forma que deixou a pairar a dúvida sobre a qualidade do adversário. Sendo legitima, parece no entanto que foi a equipa do Sporting uma máquina demasiado afinada para estes rapazes suíços. E estivesse a máquina melhor regulada, à imagem de um relógio suíço, e o número de golos marcados na baliza dos anfitriões teria sido bem mais gordo, tantas foram as transições e jogadas em organização ofensiva com potencial de golo que só não aconteceu porque o ultimo passe falhou. E foram muitas esas ocasiões.

A entrada foi mais uma vez personalizada e revelou uma equipa suíça surpreendida pela forma como era atraída para, de forma rápida, ver a bola procurar Gyokers, que podia ter marcado praticamente na sequencia do pontapé inicial. Mas aos poucos o Sporting foi perdendo algum controlo que vinha exercendo sobre o adversário, que dessa forma foi desmentido a ideia de adversário fácil. Mas é precisamente quando o jogo parecia estar a mudar de mãos que um golo na própria baliza acabaria por desempatar o marcador. O penalty sobre o Edwards haveria de ampliar a vantagem, rapidamente reduzida na sequência de menor clarividência na forma de defender uma incursão suíça. O intervalo chegou com um 1-2.

A ida aos balneários foi benfazeja pois, pouco depois do regresso, o guarda-redes do Young Boys foi obrigado a ir ao fundo da baliza buscar o terceiro golo, resultante de um cabeceamento exemplar de Inácio. A extrema defesa leonina que, por ausências forçadas do Capitão Coates, Diomande e St. Juste parecia poder ser a areia na engrenagem exibia qualidade a defender mas também a construir. Aqui particular destaque para a poderosa exibição do renascido Quaresma, em clara viagem de retorno ao futuro que muitos lhe auguravam. Uma verdadeira delicia assistir à confirmação do seu talento.

Gyokeres foi um verdadeiro pesadelo para os centrais suíços, que foram retribuindo o favor com entradas consecutivas ao homem, esquecendo muitas vezes que existia uma bola para jogar. Rúben Amorim vendo o resultado mais ou menos consolidado preferiu fazê-lo tomar banho mais cedo. Mais do que para descansar  fê-lo talvez para precaver que qualquer reincidência nas entradas duras enviasse para o estaleiro aquele que é neste momento o navio almirante do futebol Sportinguista. No campo e nas bancadas.

O apuramento para a fase seguinte da Liga Europa parece estar já no bolso, desde que o jogo da segunda-mão a realizar em Alvalade seja encarada como devem ser todos os jogos por nós disputados: para ganhar! Ainda por cima frente aos nossos adeptos que, na Suiça, envergaram com brio a camisola do décimo segundo jogador.

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