quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Olimpiacos 2 - Sporting 3: Tão espectacularmente bons como espectacularmente maus

Se antecipadamente alguém dissesse que uma vitória inédita (na Grécia) e rara (na Liga dos Campeões, a jogar fora) não seria celebrada efusivamente dificilmente seria compreendido. Mas porquê??? certamente seria a pergunta.

No caso especifico do jogo ontem com o Olimpiacos foi sair da banheira de água quente onde demos um banho de bola directamente para um duche gelado. Aquilo que era uma goleada histórica a caminho tornou-se num resultado escasso e cuja vitória só não ficou em causa porque o jogo terminaria imediatamente a seguir ao segundo golo dos gregos. Naquele momento a equipa estava completamente entregue ao adversário e ao relógio.

Uma pena que assim tenha acontecido. Não só por termos tido ao alcance a possibilidade de por o nome do Sporting debaixo dos holofotes do futebol europeu, mas também pela possibilidade real de o curso dos acontecimentos poder ter ferido a confiança da equipa.

Por se tratar de um comportamento repetido parece-me obrigatório olhar retrospectivamente e não apenas de forma isolada para este resultado. Porque não só os resultados deste ano (Estoril, Feirense, ontem) como alguns do ano passado (Guimarães à cabeça) parecem indicar estarmos na presença de um padrão cujas eventuais causas é necessário perceber. Sob pena de vermos retumbantes exibições como as de ontem acabarem com a imagem de uma equipa à deriva, com o credo na boca e até, no limite, com o resultado em causa.

Problemas físicos (a este nível, tão cedo)?  Desconcentração (duas falhas deste teor de Patrício)? Falta de alternativas? Má gestão das substituições? Má gestão dos elementos disponíveis no banco? Ou apenas erros individuais (Jonathan está em quase todos os golos que sofremos recentemente e isso é um dado importante). Podíamos avançar com algumas delas mas mais importante que a opinião pessoal é a compreensão dos responsáveis técnicos (alô JJ!), que não se pode esgotar em raspanetes aos jogadores.

A entrada em jogo da equipa foi determinante. A assistência de Acuña para o golo madrugador é dos compêndios: bola tensa, a cair numa zona de acção indefinida para defesas e guarda-redes potenciou o êxito. Contra-ataques de filme, como o proporcionado pelo passe notável de Coates a isolar Bruno Fernandes, desmontando num gesto apenas toda a equipa grega.

E por falar em Bruno Fernandes, aquele poste devia ter vergonha de devolver para dentro do campo um gesto de repentismo genial que coroaria de ouro esta entrada de leão deste maiato que passou por baixo do foco dos grandes clubes europeus para onde tudo aponta, será o seu destino em breve. Uma equipa que joga assim não se pode depois entregar à mercê da sorte ou do adversário dando a ideia que até se equivalem.

3 comentários:

  1. espero que o Bruno Fernandes não faça destas na selecção A, caso contrário os tubarões levam-no em Janeiro...

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    1. Seleccao A? Tao cedo nao corremos esse risco...nao enquanto Moutinho, A. Gomes, etc, nao pendurarem as botas.
      Mais rapido la chegara se algum tubarao o levar...ai sim, passa a ter qualidade...enquanto estiver no Sporting vai ter de a provar durante uns dois anos.

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  2. O “espetáculo” do mister sem um pingo de carácter começou logo com os muitos elogios à equipa grega?! Com 5 ou 6 jogadores que nem na Liga Portuguesa… E com sensivelmente metade do orçamento do SCP. Pq já se sabe, com JJ os orçamentos só vêm à baila qd perde com algum tubarão europeu. Já qd perde em Portugal com equipas com menos de 1/10 do orçamento ninguém fala em… orçamentos. Precisamente! É caso para perguntar, se é possível com metade porquê orçamentos no SCP absolutamente insustentáveis? E que valeram tantas criticas.

    Mais ou menos como qd há rasgados elogios às equipas de arbitragem nas conferências de imprensa. É sempre limpinho, limpinho… E para acabar o “espetáculo” nada como discurso habitual. O mister JJ só é responsável pelas partes em que as equipas jogam bem. Mais ou menos como em Madrid a época passada. Comigo no banco nunca levávamos 2 batatas. Como ontem. Curiosamente… com JJ no banco. Vá lá que desta vez já tínhamos metido 3 e o jogo não teve 6’ de descontos. Como é que se conjuga o verbo ganhar no tempo do mister JJ? O treinador ganha e as equipas perdem. Precisamente!

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