domingo, 17 de setembro de 2017

Sporting 2 - Tondela 0: vitória conseguida à custa da artilharia

Este embate com o Tondela tinha já uma carga especial, por força do resultado do ano passado. O facto de surgir após uma jornada europeia e as noticias que chegavam do estádio do Bessa adensaram ainda mais a expectativa sobre como iria a equipa responder às responsabilidades.

Jorge Jesus mais uma vez, na linha do que vem fazendo esta época, optou por ser conservador nas alterações na equipa a apresentar. Nada de grandes rotações, apenas as necessárias, envolvendo apenas os jogadores mais sobrecarregados. Provavelmente foi por aqui que o jogo começou a ser ganho.

O jogo não foi brilhante mas foi notável pela qualidade do poder de fogo da nossa artilharia. A infantaria não conseguia contornar a muralha beirã, a que não era alheia a inoperância de Alan Ruiz, incapaz de garantir progressão e ligação do nosso jogo pelo centro. Nos extremos a inspiração não abundava para baralhar a defesa e a força aérea não conseguia colocar munições no bombardeiro holandês.

Foi por isso que teve que ser chamada a artilharia. E esta esteve em grande: precisão e força na colocação garantiram os indispensáveis três pontos que garantem a manutenção da liderança, pressionando a vizinhança e distanciando-se mais três pontos do campeão em título. E que golos, senhores!

Assim se construiu uma vitória importante, porque é conseguida num claro contexto de superação da fadiga e desinspiração individual e colectiva. São estas vitórias que no final fazem toda a diferença.

Saliência individual obrigatória para Mathieu e Bruno Fernandes, pela qualidade e importância dos seus remates. E também obviamente para o grande jogo de William Carvalho, que parece estar a caminho da melhor forma de sempre.

Nota final para a colaboração da arbitragem com a dureza incompreensível dos jogadores do Tondela. Qual era intenção?

8 comentários:

  1. Era importante chegarmos ao clássico contra o Porto na liderança do campeonato. A seguir jogo da Taça da Liga onde aí sim poderão ser feitas + algumas alterações, depois deslocação difícil ao pequeno campo de Moreira de Cónegos, recepção ao Barcelona e o importante jogo contra a equipa azul-e-branca. Veremos o que o FC Porto hoje faz em Vila do Conde, seria bom se também perdessem pontos, à semelhança do Benfica ontem no Bessa.

    Cumprimentos.

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    1. Aracaçu,

      tive oportunidade de ver o jogo do FCP com o Rio Ave. Se na primeira parte o Rio Ave esteve melhor a reacção musculada do FCP (Marega, Aboubakar, Danilo) encostarem o adversário às cordas. O FCP tem muita força na frente que ajudará a resolver momentos menos inspirados, é um rival a ter em conta.

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  2. Caro Leão,

    gosto mais do Bruno Fernandes em zonas mais avançadas. Pode desequilibrar mais (ofensivamente), sem desequilibrar tanto a equipa (defensivamente). Até Acuna começou a aparecer no jogo após a entrada de Battaglia.
    Mas ontem era dia de "gestão", por isso até entendo o 11 (só não entendo mesmo o Alan Ruiz...).

    Abraço!

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    1. Cantinho,
      neste momento qualquer solução na frente é melhor que Alan Ruiz. Se o Geraldes tivesse as mesmas oportunidades que o argentino, sem merecer, tem tido... E quem diz o Geraldes podia dizer outros.

      Quanto ao BF, como jogador inteligente que é, joga em qualquer lugar. Agora estou de acordo que é mais à frente onde rende mais, demonstra melhor conforto e, como é bom na meia-distância, está sempre a tempo de fazer a diferença.
      Abraço!

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  3. O jogo foi fraquinho mas foi q.b. Mathieu desbloqueou o jogo logo de ínicio, com aquele soberbo livre. Mais tarde Bruno Fernandes encerrou a questão. Mal jogado, mas sem correr riscos. William acima de todos os outros. Sem Battaglia - e já sem Adrien - trabalhou que se fartou e mostrou sempre a mesma "suavidade/lentidão/classe" que o distinguem de todos os outros. A determinada altura dei por mim a pensar que a entrada do Battaglia resolvia alguns dos problemas que o jogo tinha.
    Gostei de ver o Iuri de ínicio. Mas o jogo não esteve de feição. Acho, no entanto, que justificou a oportunidade embora eu gostasse de o ver fazer mais. Acho que estava muito amarrado à linha, pouco activo a procurar o jogo. Sacou a falta que deu o primeiro golo, esteve à beira de marcar depois de combinação com Dost. Ajudou a controlar o jogo. Trata-se de um reforço que precisa de jogar. Alain Ruiz está lento e sem ideias. Pareceu sempre um corpo estranho. Já fez melhor, mas parece ter regredido aos níveis paupérrimos do inicio do ano passado. Acuna também está cansado e apenas depois de Battaglia ter entrado subiu de rendimento. Gelson no pouco tempo que jogou agitou mas não está no seu melhor momento, certamente afectado pela lesão que o apoquenta. Bas Dost trabalhou imenso e levou muita porrada.
    Será que é possível jogar com Dost e Doumbia simultaneamente, ou isso não funciona.

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    1. JG,

      o Alan Ruiz é cada vez mais um problema do que uma solução. O que disse acima de Geraldes também se aplica a Iuri. Porque ter oportunidades não aparecer de vez em quando.

      Gélson é de facto um jogador à procura de um melhor momento e isso já é evidente desde o jogo da selecção. É normal em jogadores jovens uma aparente estagnação/retrocesso, faz parte da evolução.

      Quanto à dupla Dost/Doumbia o "mestre" diz que ainda é cedo, que está a treiná-los.

      SL

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  4. Uma vitória segura do Sporting em Alvalade contra o Tondela. Com um orçamento menor que o contrato do Fábio Coentrão. Por exemplo e para não fugirmos muito da realidade. Até porque nunca adianta nada…

    Não obstante JJ continuar a insistir em jogar com menos um jogador como Alan Ruiz. Que por seu lado a única afirmação em que insiste é em que nunca foi profissional de futebol. Pior, nem parece muito interessado em vir a ser. Por outro lado também julgo que hoje já é seguro dizer que o jovem Bruno Fernandes foi porventura a melhor contratação de JJ no Sporting. E português. Já sobre outra contratação também em evidência até aqui, Mathieu, tal como aliás Coentrão, dois jogadores mais maduros e sobre os quais julgo que ninguém duvidou do seu real valor, vamos ter sempre que esperar pelo fim do época para qualquer avaliação. Manda a prudência. Como aliás, em relação à generalidade de uma época muito no seu início.

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