segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Sporting 3 - D. Aves 0: mais um Ribeiro a correr para o mar holandês

Muita da sorte dos reforços de inverno é marcada pelo momento que a equipa onde vai inserir atravessa e pela forma como se faz a sua integração. Muitos bons jogadores ficam afastados do sucesso quando aquelas condições lhes são adversas. Parece que não será o caso de Rúben Ribeiro, que entrou muito bem com o pé esquerdo, aquele que daria a assistência ao inicio de mais um hat-trick de Bas Dost.

A chegada de Rúben Ribeiro, e o impacto que a sua presença promete vir a ter no desempenho da equipa é uma das notas mais salientes do jogo de ontem, onde o único aspecto negativo terá sido uma série de desatenções defensivas da primeira parte, que não são repetíveis com adversários com executantes de melhor qualidade que os avenses. 

O meu maior receio relativamente ao jogador não residia na sua qualidade para ser jogador do Sporting mas sim nas oportunidades que lhe seriam oferecidas para as demonstrar e que poderia acontecer caso as coisas não corressem bem no imediato. Isto porque sabemos bem como pode ser implacável o tribunal de Alvalade com jogadores chegados de clubes mais modestos e sem nomes terminados em "inho", "ov" "ic", etc...

Esteve por isso muito bem Jorge Jesus na gestão deste momento, com ganhos que se estimam poderemos vir a recolher mais adiante. Como é evidente, a presença de Rúben Ribeiro obrigará a algumas mexidas, uma das mais evidentes foi o recuo de Bruno Fernandes, o que lhe retira algum protagonismo que só se voltou a ver na segunda parte, quando o ex-jogador do Rio Ave já estava a descansar das fortes emoções dos últimos dias. Mas não creio que tal possa vir a representar um real problema, esses ocorrem mais facilmente quando há falta de talento, o que não é o caso.

O outro destaque obrigatório é o novo hat-trick de Dost. A forma como holandês converte é tão simples e limpa que até dá impressão de ser fácil. Bom, e até é, utilizando a simplicidade de processos como ele utiliza. 

Ainda no âmbito das análises individuais a impressão de menor fulgor de dois jogadores de quem esperamos muito mais - Gélson e Acuña - o que certamente acontcerá assim que recuperem a boa forma. Do outro lado o impressionante momento de forma de Patrício, pela qualidade e consistência das suas intervenções. Os seus números de intervenções estão ao nível dos melhores europeus e, para lá das qualidades colectivas, devemos a ele e Dost o lugar que ocupamos, bem como a manutenção intacta das nossas ambições.

4 comentários:

  1. "Do outro lado o impressionante momento de forma, pela qualidade e consistência das suas intervenções. Os seus números de intervenções estão ao nível dos mellhores europeus e, para lá das qualidades colectivas, devemos a ele e Dost o lugar que ocupamos, bem como a manutenção intacta das nossas ambições."

    Falta aqui indicares quem é o "ele"...

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  2. Patricio e a sua enorme importância são relativamente minimizados, meu caro Leão. No entanto, ontem, sem S.Patrício teríamos ido, provavelmente, para o intervalo a perder. Não gostei da exibição colectiva. Gostei de alguns jogadores. De Dost, inevitavelmente, um grande ponta-de-lança, digno dos momentos maiores da nossa história, de Bruno Ribeiro ,pela qualidade que acrescenta, de William, sobrecarregado com um meio-campo pouco colaborativo até à entrada de Battaglia, de Mathieu e Coentrão, de Bruno Fernandes.
    Lamentável a aposta em Acuna, que precisa muito de descansar, e o excesso de tempo para Gelson que mostra má forma e alguma saturação.
    Jogadores menos além destes Coates, displicente e a deixar-se antecipar na bola na trava e e Piccini que foi várias vezes permeável com o jogador do Aves a chegar à linha e a cruzar.
    Não gostei, apesar do terceiro golo, da não utilização do Doumbia depois da lesão do Dost. Já havia dois a zero e não havia necessidade. Não gostei de ver entrar Brian Ruiz quando o jogo estava já tão anestesiado e a única equipa que corria era o Aves.

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