Torna-se cada vez mais difícil de perceber os objectivos de Silas, fazendo de cada jogo um novo teste, sem estabelecer uma linha de continuidade com o jogo anterior. Seja na escolha dos jogadores seja na forma como os dispõe no terreno. Essa falta de coerência é levada ao limite quando o jogador que ele próprio elegeu como determinante no jogo anterior - Eduardo - não sai do banco sequer, apesar das dificuldades que a equipa revelava desde a construção até á ligação entre sectores.
É certo que a qualidade individual à disposição não abunda, que jogar em Alvalade deve ser um verdadeiro filme de terror para estes jogadores, mas é também muito difícil de perceber o que se treina em Alcochete por estes dias. Isso e as constantes mudanças operadas por Silas, quando o objectivo primordial deveria ser estabilizar a equipa a partir de dentro, já que de fora já se percebeu que tal não sucederá.
Deste jogo com os algarvios a salvação viria da obra de arte de Mathieu, construída com um livre que saíu directo para se fixar no álbum de recordações de um dos melhores mas mais circunspectos jogadores da historia recente do Sporting. Ou da ajuda do árbitro que, sendo complacente com os jogadores do Portimonense, permitiu que o autor do autogolo terminasse o jogo sem ser expulso por acumulação de amarelos.
Quem não parece ter salvação é mesmo o Sporting. Se as agressões seja a quem for são sempre inqualificáveis, as reacções que se seguiram a tentar minimizar ou até a encontrar uma narrativa que as neguem são ainda piores. Elas são reveladoras de que as enfermidades de que padece o clube são muito mais vastas e profundas que apenas um problema com claques a sofrer de complexos de superioridade por tratar.
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