segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Leão que não morde acaba comido


No futebol como na selva quem não mata sujeita-se a ter uma vida curta. É o que aconteceu ao Sporting nesta edição da Liga, a morte precoce como candidato ao titulo deste ano. Só uma hecatombe generalizada e um resto de prova imaculada permitiria a ressurreição. 

Tal como no jogo com o Chaves, o Sporting dominou mas marcou menos que o adversário. E, tal como nos jogos anteriores, apesar de ter dominado o jogo (71% de posse de bola), teve apenas três (!) remates enquadrados, tantos como o adversário. Muito pouco para tanto domínio.  

À atenção de Rúben Amorim, que na conferência de imprensa referiu que temos que ser mais eficazes nas oportunidades criadas. Quais? A verdade é que criamos muito pouco perigo real para o domínio que exercemos.

1 comentário:

  1. Uma equipa curta com problemas em todos os sectores. Mas, mesmo assim, uma equipa capaz de grandes feitos como em Frankfurt e em Alvalade contra os Spurs. O sistema dos 3 avançados móveis, baixotes, é quase totalmente ineficaz contra a maioria das equipas que colocam duas linhas defensivas e reduzem significativamente o espaço entre linhas. No entanto, há dias em que conseguem dinamitar as resistências alheias, veja-se o jogo contra o Portimonense.
    A defesa está pior do que no ano passado já que a saída de Fedall não foi compensada. St Juste joga pouco e lesiona-se muito. Não parece que possamos contar com ele, pese os 10 milhões empatados. A opção pelo recurso a Esgaio como central de emergência pelo lado direito pode correr mal como no Bessa. Erros que custam pontos. O meio-campo a dois com Morita e Ugarte é uma pálida imagem do poder que o meio-campo a dois com Palhinha e Matheus Nunes revelava, pese embora serem ambos bons jogadores. Um meio-campo a três com Nuno Santos no lado esquerdo e Matheus Reis como lateral do mesmo lado seria muito mais eficaz, acho eu.
    No ataque há muito pouca intensidade. Há muita criatividade, muito drible, alguma velocidade - falta sobretudo a Pote, e nota-se muito - mas uma redundância paralisante, como a que afecta Trincão. Ninguém com peso e altura para facturar no centro da área. A migração de Coates para a área oposta deixa de ser um recurso in-extremis para passar a ser um recurso quase permanente. Não faz sentido.
    Mau planeamento da época, decisões tomadas no tempo errado, muita facturação, pouco investimento, pouca aposta na formação - onde anda o médio defensivo, tantas vezes anunciado, onde andam os laterais direito e esquerdo tantas vezes anunciados, onde andam os centrais tantas vezes anunciados, e os alas e o ponta de lança? Andam por aí, mas não jogam.
    O discurso passa agora por não perder mais pontos até ao fim do campeonato. Pior seria se fosse necessário subir o Everest sem oxigénio e a ajuda dos nepaleses ou atravessar o Canal da Mancha a nado.
    Baixaremos para a Liga Europa, pelo que devemos aproveitar ao máximo - desportivamente e depois financeiramente, por esta ordem, já agora, se não se importam - a nossa presença na edição actual. Desfrutemos. Não sabemos quando iremos regressar.
    A equipa que aposta forte na formação é o Sporting de Braga - inclusivé na nossa - e isso estende-se à formação de treinadores. Sensacional o arranque de temporada dos Guerreiros do Minho, a equipa que melhor joga em Portugal.

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