domingo, 9 de outubro de 2022

Ressaca europeia


A viagem aos Açores significava o regresso ao local onde o ano passado começamos a dizer adeus ao título, com a derrota de todo inesperada e que pôs fim a um trajecto que até ali estava a ser quase perfeito, jogos europeus à parte. Além desse enquadramento histórico de má memória o jogo acontecia na ressaca de uma passagem por Marselha à  "Velho Sporting": tudo o que podia correr mal correu muito pior do que a nossa imaginação, ainda que fértil e bem treinada por eventos catastróficos anteriores, nos poderia proporcionar.

Ora seria precisamente o protagonista de Marselha que assumiria novamente o papel principal, só que, desta feita, com as deixas bem decoradas e sem números gagos. Sim, de guardião a coveiro até novamente guardião foi uma viagem de poucos dias, mas muitas emoções. Este é o papel em que reconhecemos Adán e que ele construiu com muitas e sólidas exibições. Todos podemos aprender com este episódio, incluindo eu, que defenderia o descanso de Adán durante este fim-de-semana, até para dar minutos a Franco Israel. A decisão de Amorim foi a mais correcta e Adán mostrou fibra de campeão.

No mais foi notório, especialmente na segunda parte, o cansaço físico e mental da equipa, o que acontece frequentemente após os compromissos europeus e de um jogo de má memória e que, ainda por cima, foi jogado em inferioridade numérica durante quase 70 minutos.

Mas, para lá do adversário, que soube aproveitar as nossas fraquezas, fazendo-nos sofrer, houve que estivesse à altura da fama e do proveito ganhos jogos após jogos com o Sporting. Falo de Artur Soares Dias, o árbitro, e de Hélder Malheiro, o VAR. Tiveram azar, aquele golo do Santa Clara devia ter surgido mais cedo para o respectivo trabalho poder ser dado como concluído com êxito.

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