quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Tottenham 1 - Sporting 1: uma boa dose de sorte para VARiar


Se está a ler este post é sinal que nenhum de nós foi vitima de um ataque fulminante, na sequência do golo de Kane, o citizen de sua majestade que, tal como o protagonista do filme de Orson Wells, teve o mundo a seus pés. Como bem sabemos, tudo não passou de uma ilusão e ainda por cima efémera. Com isto seria até muito provável que tivesse perdido leitores no seio do adeptos Spurs, se os tivesse, com o desgosto. Não mas não me surpreenderia porém que alguns dos nossos leitores, quem sabe muitos, só ontem ou até hoje tenham sabido que o Sporting não tinha perdido o jogo. 

Não é de todo improvável que a nossa sorte - a de não perder o jogo imerecidamente - a segundos do apito final se fique a dever em grande parte ao facto de, do outro lado, estar o Tottenham, que rivaliza connosco em fatalidades e acontecimentos "kármicos". Tanto assim é que quem marcou o golo que nos vale a sobrevivência na competição foi Edwards, um ex-jogador deles, um clássico que conhecemos bem. Neste dérby do infortúnio só faltou o Dier fazer um hattrick, o que até terá sucedido, só que desta feita, de golos falhados. Quem não pecou por falta de comparência foi o VAR,  ao salvar-nos no derradeiro toque do gongo. Estava esconjurado o "azar" com os franceses.

A primeira parte foi jogada por nós como se não tivesse havido apito final no jogo de Alvalade. Lição bem estudada, equipa concentrada e personalizada, show de Edwards. Outro galo cantaria na segunda parte e esse foi do Tottenham. Não o do emblema do clube londrino, mas o da superioridade física e individual de que Conte dispõe no seu plantel, atiçados pelo resultado desfavorável à vista dos seus. 

Nessa altura fez-se notar a exiguidade e excesso de verdura para estas andanças. O banco que Amorim tinha à disposição não lhe concedia grandes veleidades e quando ele foi obrigado a refrescar a equipa o Sporting ficou quase sempre remetido às cordas, embora quando delas conseguiu sair ainda teve oportunidade de por selo e lacre no resultado final. E  por duas vezes (Nazinho) e meia (Fatawu). Porém, num lance infeliz de Adán, o empate acabaria por surgir. 

A invalidação do golo de Kane acaba por ser justa para todos nós e em particular para Ugarte. Senhor de uma exibição enorme, o seu nome não ficará ligado a uma derrota amarga e dolorosa. A presença tutelar do Capitão Coates e a inteligência e influência tão decisiva como invisível de Paulinho - sobretudo aos olhos dos que medem os avançados aos palmos dos golos - ficam nas notas individuais elevadas. 

O futuro continua já a seguir com o lançamento de dois miúdos (no banco só Rochinha e St. Just não o eram) que, no entanto, deixaram à evidência o risco destas apostas em jogadores com estas características. O futebol da Liga dos Campeões já é difícil para os experimentados, muito mais é para os caloiros e nem todos se chamam Nani, Figo ou Ronaldo.

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