sexta-feira, 16 de junho de 2023

A entrevista de Varandas foi uma oportunidade perdida


A primeira conclusão a retirar é que esta entrevista, em larga medida, foi uma oportunidade perdida. Perdida no sentido que nada do que foi dito justificava a alocação de recursos para abordar matérias que praticamente são já consabidas por todos e as confirmações feitas não justificavam um directo.

Uma das razões de maior interesse que a entrevista poderia despertar seria a das obras que estão a ser realizadas em Alvalade. Porém, além da data de término, mais nada foi tornado público. Ora, obras com duração de dois anos pressupõem alterações estruturais, o que cria ainda mais expectativas. E o secretismo só se justifica pelo efeito surpresa que se pretenda causar, o que, num prazo tão alargado, é quase impossível de manter. Tratando-se da casa de todos nós deveria haver uma apresentação prévia, mesmo que muito genérica seguindo as melhores práticas, como o fizeram por exemplo o Real Madrid ou o Barcelona. Teremos que aguardar para perceber. No entanto não deixo de saudar a iniciativa porque, parafraseando o presidente, os adeptos nunca se sentiram muito felizes pela obra final do Estádio José de Alvalade. 

Foi bom saber que:

- À má época desportiva não vai corresponder uma revolução. Não é preciso arrasar o edifício construído para voltar a ganhar, estaremos mais perto de o conseguir se aproveitarmos o muito de bem que já foi conseguido. A base actual é indiscutivelmente melhor do que o inicio do mandato e o do consulado de Rúben Amorim.

- A percentagem do passe do Pote vai ser nossa quase na totalidade (90%) 

- Há dinheiro para investir como nunca houve. Essa tem sido uma das principais razões para o atraso em relação aos rivais e é sinal de que a gestão está a ir no caminho desejado.

- O número de sócios continua a aumentar, ainda que não se note muito nas assistências em Alvalade, o que se pode justificar pela má época.

- Está finalmente decidida a aquisição de um concorrente real para Paulinho, terminando assim com duas épocas e meia de anormalidade.

- Além desse, vai haver mais reajustes no plantel, pena não se saber onde, mas o segredo...

- Não sai mais ninguém dos jogadores nucleares, a menos que alguém bata a respectiva clausula de rescisão.

Foi preocupante saber:

- Que a falta de eficácia foi o principal problema da época passada. O número de golos marcados não o confirma e o número de golos sofridos obriga a um olhar mais cuidado e abrangente, Quando o diagnóstico não é correcto dificilmente o serão as soluções.

- Fiquei convencido que a transferência de Ugarte é definitiva e que o que foi dito ontem serve apenas para pressionar o fecho dos últimos detalhes ou cumprir as regras que obriga a CMVM. A não ser que...

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