Sporting 1 - Maritimo 0: Tanto remar para tão pouco Mar(itimo) atravessar
Foto Sporting Clube de Portugal |
Há muito que em Alvalade não se rema para o mesmo lado, pelo que não deve surpreender ninguém que o Sporting tenha revelado dificuldades em fazer a travessia marítima de que estava incumbido e que não podia borregar caso não quisesse desperdiçar a oportunidade de regressar ao pódio da Liga.
Estou mais habituado a remar sozinho, dos tempos que me aventurei na canoagem de forma meramente lúdica, mas sei que quando se rema em equipa a soma das forças é importante. Mas a qualidade da remada, bem como a coordenação de movimentos fazem toda a diferença na resultado final, nomeadamente na rapidez com que se atinge a meta.
Ora, se nada há a dizer sobre o empenho dos jogadores no confronto com o Marítimo - foi justamente a sua recusa em baixar os braços perante as dificuldades que se chegou à vitória - o mesmo não se pode dizer sobre a qualidade da execução e coordenação colectiva. A isso não terá sido alheio o facto de se registarem três ausências de peso (qualitativo) no onze inicial.
Mathieu é fulcral quer na forma como defendemos, quer mesmo na construção do nosso jogo. A ausência de Acuña talvez tenha sido a que sentiu menos pela subida de rendimento de Borja. Mas Vietto ajuda a ligar o nosso jogo e aumenta a qualidade da nossa chegada às linhas recuadas do adversário, pela ligação que oferece entre os sectores mais recuados e os avançados. A sua ausência e a inexistência de substitutos para os seus papeis - sobretudo do primeiro e do último - condicionaram muito a nossa prestação.
Em jeito de resumo e aproveitando a metáfora acima, o Sporting ontem remou muito, o esforço feito foi superior à qualidade do desempenho. Para chegar até este Marítimo remamos o suficiente para chegar ao Brasil.
Notas individuais para
Max: fez o que se pede a um guarda-redes: ser sempre decisivo quando intervém, mesmo quando é chamado poucas vezes a fazê-lo. Tendo em conta o que resta da época, este é talvez o momento indicado para crescer com o tempo de jogo e mostrar qualidades para a função. Contra ele a instabilidade, mas até aí este pode ser o tempo certo porque viver com isso é quase condição sine qua non para ser atleta do Sporting.
Wendel: melhor que em quase toda a época até agora.
Bruno Fernandes: a novela da sua transferência está com certeza a afectá-lo isso nota-se sobretudo na forma como define os lances e se relaciona com os colegas. Não sabe jogar mal mas é muito mais importante para o nosso jogo do que foi onttem.
Sporar: mostrou um pouco do que pode oferecer, por comparação com o a alternativa Luiz Philliype. Maior disponibilidade para se oferecer ao portador da bola como ligação, para explorar o espaço entre os centrais e laterais e espontaneidade do remate. Pena o empurrão que nos anula o golo, mas para quem ainda tem as malas por desfazer e ainda por cima anda a canja de galinha ficou um aperitivo.
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