Famalicão 0 - Sporting 3: mais uma demonstração de afinação e poder
Não fora a lesão grave de Nuno Santos, já confirmada pelo Sporting, a deslocação a Famalicão não podia ter corrido melhor. Tido como um dos jogos possivelmente mais complicados deste ciclo, o Sporting acabou por fazer uma demonstração do nível de afinação que a equipa já alcançou, vivendo um momento de esplendor e graça.
Mas não está apenas afinada, a equipa vem fazendo uma demonstração de poder que infunde o receio aos adversários fora do âmbito dos seus rivais mais próximos, que os remete ao seu último reduto, impedindo-os de assumir maior ambição do que muralhar as suas defesas e apelar que o poder de fogo do Sporting apareça o mais tarde possível no decorrer do jogo.
Foi isso que aconteceu na primeira parte. Após a anulação do golo de Pote, conseguido relativamente cedo, o Sporting, mesmo dominando o jogo como até então, perdeu algum discernimento na hora de definir o último passe ou, quando o conseguiu, encontrou a oposição do guarda-redes ou, quando este ultrapassado, um dos seus companheiros. O placard por inaugurar quando o árbitro apitou para o descanso era injusto e lançava alguma dúvida sobre o que se seguiria a segunda metade.
Mas, se alguém alvitrava que o Sporting regressaria cheio de dúvidas do que fazer, não poderia estar mais equivocado. O Sporting só abrandaria após a obtenção do segundo golo, com a equipa da casa a lograr criar algum perigo real já passava mais de uma hora de jogo. Os da casa aproveitaram alguma perda de foco e identidade que surgiu após Rúben Amorim ter recorrido às substituições para acautelar a forma física dos regressados Pote e Diomande. Saliente-se a exibição implacável deste último, não deixando que Aranda se enquadrasse uma única vez com a nossa baliza.
Rapidamente Amorim percebeu que a forma como mexeu na equipa parecia tê-la deixado confundida e sobretudo um pouco retraída. Quando promove o regresso de Harder o filme do jogo retomou o guião anterior e o Sporting faria a viagem de regresso a Lisboa continuando a olhar para baixo na tabela classificativa. Ao contrário, os adversários olham por ora atónitos não apenas para o comandante, mas sobretudo para os números avassaladores que exibe: com 9 jogos disputados, o Sporting tem 30 golos marcados e apenas 2 sofridos! Voltando ao jogo, os números traduzem um domínio avassalador e até raro, conseguindo um número absurdo de acções na área do Famalicão: 62! A isso associado aos 33 remates, dos quais 13 foram à baliza. Números eloquentes!
Nota para o golo de Quenda, o que faz dele o jogador mais jovem a marcar com a camisola do Sporting na equipa principal. Devagar, devagarinho, mas de forma sustentada, o menino cresce. Ah, o Gyokeres marcou, sabiam?
0 Comentários:
Enviar um comentário
Este blogue compromete-se a respeitar as opiniões dos seus leitores.
Para todos os efeitos a responsabilidade dos comentários é de quem os produz.
A existência da caixa de comentários visa dar a oportunidade aos leitores de expressarem as suas opiniões sobre o artigo que lhe está relacionado, bem como a promoção do debate de ideias e não a agressão e confrontação.
Daremos preferência aos comentários que entendermos privilegiarem a opinião própria do que a opinião que os leitores têm sobre a opinião de terceiros aqui emitida. Esta será tolerada desde que respeite o interlocutor.
Insultos, afirmações provocatórias ou ofensivas serão rejeitados liminarmente.
Não serão tolerados comentários com links promocionais ou que não estejam directamente ligados ao post em discussão.