Num mundo em vertiginosa e controversa mudança, é sempre bom sentir a segurança de alguma perenidade, especialmente do que nos é tão querido. É o caso do amor que os Sportinguistas devotam ao Sporting Clube de Portugal, que os faz acreditar sempre e dizer presente, seja nos momentos de crise, seja nos momentos de celebração. E esse sentimento é tão grande e de raízes tão profundas que, como no caso da Assembleia Eleitoral do passado sábado, era difícil de distinguir a qualquer forasteiro que passasse perto de Alvalade, se era dia de romaria, de jogo grande ou, como era o caso, de chamada às urnas.
Há um cerca de um ano e meio, havia escrito precisamente isto por ocasião das eleições de Março de 2017, que reconduziriam o anterior presidente ao seu segundo mandato:
Como se preciso fosse os adeptos do Sporting decidiram dar ontem mais
uma demonstração do insuperável e exemplar amor que nutrem pelo seu
clube de coração. Absolutamente notável o que se viu ontem em Alvalade,
comprovando, para quem precisasse, que a grandeza deste clube é à prova
de qualquer comparação. Esta é daquelas vitórias que não podem ser
esquecidas, ainda que não tenha correspondência na nossa sala de
troféus. Mas a marca deixada é seguramente impressiva e inolvidável na
nossa história.
No sábado decidimos brindar com um poderoso "encore" essa demonstração de vitalidade, sufragrando uma nova equipa de dirigentes, bem como aqueles que com eles concorreram, proporcionando alternativas distintas. O encerramento do processo seria ainda mais brilhante pela forma como a lista vencedora, na pessoa do seu líder (e agora nosso...) Frederico Varandas (FV) soube vencer, bem como a elevação e o sentimento de profundo Sportinguismo dado por João Benedito, na aceitação dos resultados. Essa atitude é ainda mais louvável por aceitar sem desculpas ou subterfúgios as regras de ponderação dos votos que todos sabiam à partida. Esta talvez tenha sido das defesas mais importantes que Benedito efectuou em favor do Sporting Clube de Portugal.
Tal como nas eleições anteriores declaro aqui que o meu total apoio, que durará sempre e enquanto eu sinta que a defesa dos superiores interesses de TODOS NÓS precedem todos os outros. Tornei público aqui o meu apoio à lista que FV liderou, mas não me sinto nem mais nem menos responsabilizado, ou nem mais nem menos mobilizado por isso. Tão pouco menos atento ou vigilante. As listas acabam após o acto eleitoral e, como qualquer um de nós, o meu desejo é de muita sabedoria e de indispensável sorte para os novos dirigentes, em particular FV.
De todos os que podiam ganhar talvez seja ele quem tem a tarefa mais difícil pela frente, mesmo antes de se sentar na cadeira ou assinar uma decisão. Não apenas não ganhou pelo maior número de eleitores como, pior do que isso, tem contra si uma facção que mesmo que não seja facilmente quantificável, é particularmente ruidosa. Pior do que isso, é frequentemente desonesta e não se coíbe de inventar factos, guiões da desgraça e difundir boatos de forma despudorada.
Como provavelmente FV muito bem saberá, não terá por parte dessa facção direito a estado de graça, a que terá que acrescentar a natural desconfiança de todos quantos preferiam outros projectos ou pessoas - mais isto... - à frente dos destinos do Sporting. A isso somar-se-á os efeitos destruidores do vendaval que nos varreu de forma incessante até à destituição do anterior executivo. Efeitos esses que alienaram valor ao plantel, valor à SAD e ao clube. Os cuidados paliativos da Comissão de Gestão e do por si nomeado presidente da SAD, Sousa Cintra, permitiram manter-nos vivos mas desengane-se quem vê no primeiro lugar que a equipa actualmente ocupa um atestado favoritismo. É, acima de tudo, um exemplo de força, confiança e prontidão que a equipa nos dá a todos nós como preparação para o que ainda virá...
Por paradoxal que pareça, é nas imensas e complexas dificuldades que FV e a sua equipa têm pela frente que estão as oportunidades de se afirmar primeiro e consolidar depois a liderança a que se propôs. Haverá também a quota parte que terá que ser desempenhada por todos e cada um de nós. Assim a liderança nos saiba convocar a todos, sem contudo ficar à espera de unanimismos. Os Sportinguistas saberão dizer presente tal com ele o soube dizer quando os acontecimentos assim o impunham.
Sendo BdC passado, não tem sentido entrarmos sempre em comparação com ele e seus apoiantes. Varandas ganhou - na tomada de posse não teria ficado mal uma palavra a quem perdeu - e é poder. Escrutinemos o poder, como fizemos no passado. O pior que podia acontecer era deixarmos esta direcção ter carta branca para fazer tudo o que quiser desde que seja justificado com BdC.
ResponderEliminarSL
Da minha parte terá oposição. Será muito difícil que algum dia deixe de ser oposição a esta direcção.
ResponderEliminarPor muitos, diversos, demasiados motivos.
Falando do pós eleições já:
Ver pessoas que jamais pensei ver de volta a Alvalade, como as que vi ontem... Começa muito mal. Agendar a tomada de posse após jogo importante do andebol no nosso Pavilhão, para assim angariar mais pessoas, ignorando ao mesmo tempo as nossas meninas que disputavam um título em Viseu... Ninguém as acompanhou.
Pobre Sporting.
Cá estarei a fazer oposição, responsável, até ao dia das próximas eleições. Querem união? Conquistem-na. Sei que não vão conseguir, mas é assim que se obtém união.
Não acredito minimamente nesta direcção, nem no sucesso do Sporting com a mesma, porque sei que não será esse o foco de todos os intervenientes. Poderá ser o de alguns, que foram ludibriados, mas os interesses engolirão esses, e serão os primeiros a ser descartados.
Veremos o que resta, com muita pena o digo.
E isso mesmo andaram 5 anos a serem uma voz da oposição e agora pedem união... Vai ser a marioneta nas mão de quem esta por trás desta candidatura !!!! E agora onde esta o tal sujeito que o ameaçou que lhe partia a tromba... Pois esta lá no poleiro como sempre disse que o ia conseguir !!! Um Medico que rescindiu contrato com o clube e voltou com um ordenado maior .
Eliminar1. O programa eleitoral é bom, tal como era o do Benedito;
ResponderEliminar2. Todos merecem o benefício da dúvida até falharem;
3. Hajam ou não pessoas que não gostemos que andem nos corredores de alvalade, vivemos num país livre e cada um faz o que quer - não significando que tenha ou tenhamks que aceitar ou valorizar a sua opinião;
4. União tem que ser conquistada, mas será dificil com desconfiança, sem que haja um motivo, um que seja para tal;
5. Não se entende onde andaram todas estas vozes insatisfeitas quando bettencourts, godinhos, francos, cunhas e sei lá mais o quê ganhavam com maioria absoluta;
6. Se falhar, SE falhar, cá estaremos para avaliar nas próximas eleicoes - é assim que funciona em democracia.
É por pessoas como o Anónimo, que o Sporting nunca via sair de confusões. Pessoas que pensam no seu próprio umbigo e não no Sporting, pessoas incoerentes, pessoas que com Bruno defendem uma coisa e agora defendem outra, pessoas que esperam deslizes, pessoas que festejam golos adversários... parece parvo, mas existe.
ResponderEliminarNão acredita no sucesso do Sporting, porque nem sabe o que é o Sporting e esse é o problema, infelizmente, um grande problema.
Este é daqueles que acha inacreditável o FV acabado de ser eleito não estar na Supertaça de futebol feminino, mas não achou o anterior Presidente não estar na Madeira nem no Jamor. Este é daqueles que se ele fosse a Viseu, criticava não estar no Sporting * ABC.
Vamos ter de conviver com esta gente, mas a sorte é que convivemos pouco com eles e só por escrito. Porque estes não os vejo em Alvalade, não os vi em Moreira de Cónegos... nesse dia estavam ao computador a dizer que agora já nem esgotavamos o estádio, em vez de estarem lá a esgotar (na verdade não foram precisos, tal foi a Onde Verde!).
E não vou perder mais tempo com estes anónimos sportinguistas...
Que o FV consiga honrar o clube, unir o clube e manter a cultura Sporting. Se fizer estará mais perto de ganhar!
O que é necessário agora? Serenidade e humildade...de todos nós, Sócios do Sporting!
ResponderEliminarE acima de tudo, desejo que este mandato chegue até ao fim, como deveria ser o natural, mas raramente tem acontecido neste Clube... devemos pôr todos a mão na consciência e perceber que sem um mínimo de estabilidade, não chegamos a lado nenhum. Não podemos continuar a ter mandatos interrompidos a meio, como se isso fosse uma coisa natural. Só neste século, já aconteceu 6 vezes: Roquete, Dias da Cunha, Soares Franco, Bettencourt, Godinho Lopes e agora, Bruno de Carvalho. Não podemos continuar por este caminho, até porque olhamos para os nossos maiores rivais e não vemos nada disto...
Para completar a ideia, acho que devíamos todos de uma vez por todas tirar a palavra "oposição" do léxico sportinguista. Ser crítico, sim. Ser oposição, não. Ser oposição a uma Direção do Sporting é ser oposição ao Sporting, porque para o bem e para o mal, uma Direção fraca significa um Clube fraco!
José Gomes (JG)