A Via Sacra que é não ter Bruno Fernandes
Para o comum dos adeptos, como eu sou, assistir a um jogo como o que fizemos frente ao Nacional acaba por ser um verdadeiro suplicio. Ou, para fazer jus ao dia, uma autentica Via Sacra. Não porque o Sporting tenha feito um mau jogo - mas a exibição também não encheu o olho - mas porque não traduziu o domínio quase absoluto do jogo em número de golos. Ora, qualquer Sportinguista mais ou menos experimentado sabe que a possibilidade de sofrer um dissabor em jogos de registo semelhante é enorme. Talvez não tenha sucedido porque o Nacional não possua na sua equipa nenhum jogador que tenha jogado por nós. Ou porque é uma das equipas cujo modelo de jogo revele mais fragilidades deste campeonato...
Foi o golo do Phelyppe, "armado em Bas Dost", que acabou por reflectir no resultado alguma justiça. Mas talvez uma das ilações a retirar deste jogo seja a importância que Bruno Fernandes tem pata nós. Esta viagem à Madeira registou uma das exibições menos fulgurante do nosso actual capitão e extraordinário jogador. Deu certamente para percebermos que a falta que fará se se confirmarem os rumores que cada vez, de forma cada vez mais insistente, vão surgindo nos meios de comunicação social. Oxalá não se confirme...
Deste jogo há ainda a retirar a ideia de que Gudlej, não sendo um "seis" está longe ser tão mau como tem sido pintado e a sua produção subiu de qualidade com a subida colectiva. Por seu lado Doumbia que é mais um "oito" do que um "seis" parece ter mais possibilidades de resultar bem a sua adaptação à posição mais recuada da linha média. Nota para mais um grande jogo de Acuña, que me fez perder a aposta de que, tendo sido amarelado aos sete minutos, não acabávamos o jogo com igualdade numérica. Mas, mais uma vez, talvez sem dar muito nas vistas, foi Mathieu o jogador mais esclarecidos. Uma espécie de pivot a partir do lado esquerdo da defesa. Muita qualidade a ler o jogo, seja nas tarefas defensivas, antecipando muitas vezes os lances, seja a criar jogo, recorrendo aos passes a rasgar linhas na defesa nacionalista.
Três pontos mais do que merecidos com o único pecado a registar-se na escassez do resultado perante tanto domínio.
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