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Foto by @Isa |
Depois de uma prestação europeia muito razoável, havia alguma curiosidade para perceber como se comportaria a equipa do Sporting ante a congénere boavisteira, a segunda das melhores da Liga a defender nos jogos longe de casa.
As ausências forçadas dos pilares defensivos - Coates e Mathieu - e um eventual cansaço, eram factores que adensavam as dúvidas. Para ajudar Silas resolveu fazer algumas apostas inesperadas, voltando a chamar Rosier à titularidade e fazendo descansar Acuña. Muito interessante esta mudança, chamando Rosier à construção a três. O francês teve critério e associou-se bem por dentro, procurando Battaglia e Wendel mas sobretudo a Vietto.
Mas a grande surpresa, e que acabou por ganhar carácter decisivo para o desfecho da partida, foi a chamada à titularidade de Plata. É certo que o jovem equatoriano beneficiou muito do golo relativamente madrugador - 13 minutos - que trouxe a tranquilidade necessária para jogar sem a pressão de desfazer o nulo, que tantas vezes acaba por retirar discernimento à equipa e não menos à bancada. Mas, para que tal sucedesse ele foi um dos actores principais. Não só pela assistência para o golo de Sporar como, pouco depois, com um golo anulado, até conseguir fazer o gosto ao pé canhoto com que se selou o resultado final.
Não deixou também de surpreender a atitude demasiado passiva e total tracção atrás do Boavista. O Sporting soube ter mérito no demérito do adversário que, só já quase no final, incomodou seriamente o espectador Max. Este acabaria por desempenhar bem o papel que se pede a um guarda-redes de um grande, que sabe que vai intervir pouco e por isso tem de estar sempre preparado para ser decisivo quando for chamado.
Mas, como é evidente, poucos serão os adversários que nos oferecerão tantas facilidades e será então que o teste à prontidão de Plata & Cia será mais efectivo. De qualquer forma o talento está lá e parece agora mais pronto para o fazer valer em seu beneficio e do colectivo do que as aparições anteriores. É o percurso natural de qualquer jovem, que requer paciência, mas precisa de oportunidades.
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Foto by @Isa |
Três notas que me parecem importantes a reter:
- O regresso de Francisco Geraldes. Que o seja efectivamente, porque a equipa tem lugar para para melhor versão dele.
- A vergonhosa actuação do nosso velho conhecido Nuno Ferrari Vermelho Almeida. O ódio visceral que nos tem faz com que nos prejudique ate quando é indiferente. Aquele penalty e vermelho perdoados são todo um compêndio a demonstrar que não há VAR que valha contra a incompetência e o ódio.
- Inadmissível o silêncio do Sporting quer sobre o hino à desonestidade que foi a capa do Record - que obrigou um Silas sozinho a por os pontos nos "iiss" na conferência de imprensa, quer sobre o roubo escandaloso de Nuno Almeida. Quanto a este último ponto, depois não adianta chorar...
Realmente este árbitro Nuno Almeida não esconde o que é, apesar de viver no Algarve é de uma terra a 3 km da minha no concelho de Arganil e todos nós sabemos da doença dele pelo Benfica, nem como juíz de arbitragem, consegue despir a camisola.
ResponderEliminarOntem optei por não ir ao estádio, pela primeira vez em muito tempo. E ver aquilo que se passou com o ladrao algarvio na tv foi muito pedagógico. Acho que ninguém teve dúvidas após ver a repetição do lance com o Plata sobre qual ia ser a decisão do árbitro que teria de ser chamado pelo VAR ( como foi). Pois bem, ele conseguiu decidir o contrário depois de ver as imagens...
ResponderEliminarVale a pena perder tempo a ver futebol? Começo a ter muitas dúvidas...
O que se passou ontem entra no domínio do surreal e da maldade. Mas como vivemos numa sociedade sem regras, onde falar de justiça é anedota, vale a lei do mais forte e do mais vigarista... isto vai acabar mal...
No entretanto, estou a tentar fazer uma cura do futebol em que apenas me limito a ver jogos Sporting. Pela paixão pelo clube e não pelo futebol. Porque deixei de gostar deste futebol, confesso! E recuso me a alimentar este negócio de aldraboes!
Quanto a esta Direção dos Sporting, está demasiado preocupada em ser porrada nos sportinguistas para se preocupar em defender o SCP! O que a APAF tem aproveitado até à saciedade!
José Gomes (JG)
O post já tem uns dias, mas permita-me sublinhar o seu comentário, com o qual sinto uma sintonia triste. Também já não vejo futebol nenhum que não seja o Sporting, pelo amor ao clube que ainda perdura. Muitas vezes, já nem o jogo vejo e fico-me pelos resumos oficiais, quase sempre branqueados, onde os lances polémicos não chegam a aparecer.
EliminarNão sei se estamos para lá do ponto de não retorno, ou se ainda haverá saída; sei que vejo o futebol mais e mais como um daqueles eventos que a linha do tempo acabará por arrumar no mesmo canto em que arrumou o circo romano.
São demasiadas décadas do mesmo. Nos anos 90 estava na cara de toda a gente, mas a inocência era outra, podia, quem sabe, ser só cisma. Vieram as escutas, as amarelinhas, os cafés com leite, as cartilhas, os padres e os sermões e já não há réstia de inocência que nos valha, o princípio de mínima dúvida razoável extingui-se. Toda a gente sabe. Alguns, muitos, demasiados, fecham os olhos. Para onde vamos?
Abraço, Miguel