A imagem da Patrícia Melo, no Expresso, é ilustração perfeita do que esteve ontem na raiz da reviravolta épica: entrega total, quase raiva, para dar a volta ao que estava a ser o pior momento desde a chegada de Keizer a Alvalade.
As tão temidas fragilidades defensivas foram postas à vista de todos e a ser exploradas à exaustão pela bem montada equipa de Costinha. Redução dos espaços logo a partir dos centrais do Sporting, provocando um curto-circuito entre aqueles e o meio-campo.
Dessa forma vieram ao de cima os piores defeitos individuais. Gudelj quase sempre mal posicionado nas coberturas que não fazia, e o meio campo insular a reinar no enorme buraco que se abriu entre as linhas. Bruno César sem ritmo deixava ainda mais expostas as fraquezas de um flanco esquerdo com Jefferson.
Na frente, a bola ou nunca chegava ou chegava sem qualidade e os jogadores leoninos eram quase sempre apanhados sem linhas de passe para dar continuidade ao jogo. Magistral a forma como Costinha, dessa forma, consegue tirar Bruno Fernandes do jogo. A sua "entrada" no jogo, especialmente na segunda parte, seria determinante para o sucesso que parecia estar quase fora o nosso alcance. Para isso contou muito a entrada de Miguel Luís, a dar serenidade à organização do nosso jogo.
Sem ser brilhante, por ter abdicado dos melhores atributos do seu jogo, tão elogiados até agora, a os homens de Keizer equiparam-se ao intervalo de um pragmatismo que lhe valeu os três pontos. Não podendo construir o jogo a partir de trás, com constantes trocas de passes, a equipa viu-se obrigada a optar por transições rápidas, quebrando dessa forma a linha constante de pelo menos quatro nacionalistas.
Sexto jogo e sexta lição em que Keizer foi aluno e também mestre. É notório que a cada jogo aumenta o grau de dificuldades colocados pelos treinadores adversários e é também notório que as provas têm sido superadas com distinção. Ontem mais do que pela sageza do treinador, que o ponto de vista individual dispõe de poucas soluções em alguns lugares, foi a força de vontade e aplicação dos jogadores que contribuiu para a superação de uma prova que a dado momento parecia uma tarefa impossível.
A forma como a equipa se transfigura de leão assustado em leão devorador neste jogo é uma amostra de inconformismo que tanto um bom augúrio para nós como um aviso a todos que vamos ter pela frente.
Sem querer estragar o momento, que é delicioso, ontem enquanto perdíamos por 0-2 e tinha parte da família aflita porque no placard tinham apostado que o Sporting vencia por mais de 2 golos disse, o 3-2 eu garanto mais do que isso... não sei se hoje é possível. Bom prémio malta!
ResponderEliminarAgora a parte mais racional. O ataque ganha jogos a defesa campeonatos. Quem de direito que veja isso em Janeiro.
Poça.
ResponderEliminarDo 8 ao 80.
Do abulismo à vertigem.
Da depressão à euforia.
Do jogar com os olhos ao jogar com cabeça, coração e pulmão.
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Habituemo-nos ao Keizer`s model
Enquanto este modelo de jogo decorrer em 90 minutos, dá bem para os 3 pontos da ordem...
SL