Ele diverte-se, nós divertimo-nos e eles divertem-se.
Nesse entretanto teve já o tempo para olhar para o que tinha à sua disposição no viveiro de Alcochete. E se é disso que os miúdos mais precisam - que alguém tenha de tempo de olhar para eles - ele teve também a coragem de lhes dar um outro tempo que é essencial: o tempo de jogo ao mais alto nível. Tempo de qualidade num momento certo, pela sua baixa complexidade: estava em jogo o prestigio mas já não a necessidade do resultado.
Para quem não percebe o "aperto" que se vive nestes momentos no intimo dos jogadores, é preciso estar atento às declarações dos miúdos:
Estava um bocado ansioso, mas é muito importante jogar aqui (Thierry Correia)Terminamos com seis jogadores em campo oriundos da formação e desses vamos ter que nos habituar a ouvir os nomes de Miguel Luís, Pedro Marques, Bruno Paz e do já citado Thierry Correia e a quem talvez se venha a juntar em breve Daniel Bragança. Jovane Cabral e Mané são nomes já sabemos de cor.
A forma como Keizer descomplica chega a ser desconcertante para os atónitos jornalistas nas conferências de imprensa:
"Se marcarmos mais, não é problema. Para mim, o futebol é marcar golos. Prefiro ganhar por 3-2 do que por 1-0. Pode haver quem tenha uma opinião diferente"No fundo a receita até não é assim tão nova. Keizer devolveu a confiança e alegria aos jogadores devolvendo-lhes a bola. Com ela a andar de pé para pé a equipa sente-se confortável e joga com o espírito de quem se diverte. Ele diverte-se, nós divertimo-nos e eles divertem-se.
"Sofrer não é um problema quando se marca muitos golos. Ganhar é a coisa mais importante. Se me perguntarem, prefiro ganhar 3-2 do que 1-0. Queremos atacar e fizemos isso hoje."
Muita pena pela entrada assassina que lesiona Montero, que estava a ter um regresso em cheio.
Já ouvi alguns " experientes artistas da praça", dizer que Keizer está a beneficiar duma conjuntura "extremamente favorável". Nunca souberam do que uma liderança de qualidade é capaz (unindo um grupo , agregando vontades, maximizando desempenhos) e continuam sem saber.
ResponderEliminarApesar da "distância temporal", Keizer faz-me lembrar algumas facetas de Malcom Allison, que não perdia uma oportunidade em elogiar os jogadores ( nem todos eram M. Fernandes, Oliveira, Jordão, Eurico), apenas pediu um guarda redes que lhe garantisse pontos ( Meszaros) e também dizia que haverá vitórias sempre que se marcar mais um golo que o adversário.
E parece tão simples que até custa a acreditar.
Se Keizer conseguir imitá-lo quanto aos objectivos...que bom que seria.
SL