quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Sporting-Wolfsburgo: pretérito quase perfeito

O Sporting fez quase tudo bem feito. Parou grande parte do jogo atacante do adversário, defendendo de forma quase impecável. Andou grande parte do primeiro tempo para perceber que era com a bola no chão que conseguia chegar mais alto, isto é, criar mais perigo. Construiu já na parte final oportunidades mais do que suficientes para passar à fase seguinte da competição, o que viria a repetir na metade seguinte do jogo. Com o decorrer do tempo e sem conseguir que as substituições provocassem grandes perturbações para os alemães, ia-se percebendo que a tarefa que podia ser possível deixava de o ser. Para ser perfeito faltaram os golos. Parece pouco pela quantidade e qualidade dos lances criados, mas não é pouco, é quase, quase tudo. É "só" por isso que a UEFA já é pretérito.

E nem parecia que estava a jogar com o segundo classificado do campeonato alemão, pois não?

Dia de Magia Verde

Tal como dizia ao terminar a análise ao jogo da primeira mão, precisamos hoje de ser ainda mais perfeitos do que necessitávamos ter sido na Alemanha para seguir em frente na competição. Precisamos de concentração absoluta desde o primeiro minuto ao último minuto, de confiança no talento e muita capacidade de sofrimento. E de uns pózinhos daquela indispensável magia verde, que aparece quase sempre sem percebermos como, e nos aproxima um pouco mais do destino traçado no momento da criação: SERMOS GRANDES, entre os grandes. E ser grande é também aceitar que nada há de definitivo no sucesso ou na derrota. Amanhã, qualquer que seja o resultado, continua a haver um clube para fazer maior que hoje e, mais importante que tudo o resto, aquele orgulho desmedido de ser Sportinguista todos os dias.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Casos & Casos

 
Parece que desta vez Jefferson "largou-se" mesmo
Problemas de índole contratual terão provocado acesa discussão entre Jefferson e Bruno de Carvalho. Não tomarei partido nesta questão enquanto não se souberem pormenores, mas não deixo de dizer o que me parece o óbvio nestes casos:


- Este caso, envolvendo um dos jogadores que, pelo que produz, é dos mais importantes do plantel, seria sempre mau, nesta altura em particular é péssimo.  


- Não sei quais foram as razões invocadas por Jefferson, mas enveredar por actos de indisciplina é a forma mais rápida de perder a razão que lhe possa assistir. Por mais fortes que estas sejam e por mais profundas que sejam os antagonismos com os dirigentes, os jogadores não podem e não devem esquecer que o clube é muito mais do que eles todos, jogadores e dirigentes.


- Grande parte deste género de conflitos laborais previnem-se antes de se extremarem posições. Um boa gestão de expectativas, particularmente no caso dos jogadores com mais mercado, como é o caso de Jefferson, é crucial.


- São já demasiadas ocorrências como estas, o que leva à imediata necessidade de se apurar as suas causas. Em primeiro lugar apurar se existe um padrão. Ou o Sporting tem um azar desgraçado e contrata quase sempre jogadores indisciplinados, ou algo está a falhar na relação entre entidade patronal e funcionários. Como comentário adicional acresce dizer que a ideia que muitas vezes circula entre os adeptos que os jogadores devem ser geridos com mão de ferro é uma ideia que fica bem no... século passado.

O sistema está vivo e não dorme
O castigo a Bruno de Carvalho, e particularmente a forma célere com que foi aplicado, é a última prova de vida do famoso sistema. Que, ao contrário do que se pretende ultimamente, não é uma santa aliança, antes se assemelhando a uma hidra com várias cabeças. Olhe-se para as várias estatísticas - castigos, expulsões, celeridade e sentido das decisões, etc - para o confirmar, constatando-se, quase sempre, que o Sporting  vem na cauda dos favorecidos. Ou o inverso.

Esta prova de vida é também:


- Uma declarada e vergonhosa afronta e uma falta de respeito para com uma das importantes instituições desportivas nacionais. Deve ser o primeiro caso de castigo sumário a um presidente, sem instauração de um inquérito.


- É um forte contributo para a discussão interna sobre a virtude da estratégia que vem sendo seguida. Os resultados são os mesmos de sempre e são esses que são necessários mudar, sob pena de o clube ser permanentemente prejudicado.


- É uma prova de vida e de força. É pura especulação da minha parte mas não estranharia que o famoso sistema apanhou Bruno de Carvalho desprevenido à saída de uma curva. O incidente com o roupeiro do Gil Vicente, a ter existido, é no mínimo esquisito. Desde logo porque um presidente não discute com roupeiros sem alienar autoridade e prestigio. Quem sabe o FCP não tem agora a oportunidade de retribuir a "hospitalidade" que lhe tem sido dispensada em Alvalade. É que nestas matérias eles não são aprendizes, mas sim profissionais encartados.

Gastar farelo e poupar na farinha
Este deveria ser o tema de hoje, o post estava já quase terminado. A ocorrência do caso Jefferson acabou por o deixar em repouso. Mas não posso deixar de manifestar a minha discordância e até perplexidade pelas recente decisão sobre as viagens da equipa B. 

Fundamentar esta decisão absurda de fazer viajar no próprio dia de jogo uma equipa de profissionais de futebol com base em argumentos financeiros é de todo incompreensível quando se constata o elevado número de jogadores totalmente desnecessários que têm entrado e saído para aquele escalão. 

O Sporting não precisa nem pode gastar dinheiro em Rabias (750.000), Sacko's (1 milhão), Slavchev's (2.5 milhões), etc, que dariam para pagar mais do que um  orçamento anual, para depois por a equipa B a conhecer o país de autocarro em dias de jogos. Chama-se a isto gastar no farelo e poupar na farinha.

As consequências desta decisão são várias e não me ocorre nenhuma positiva. Desde logo as imediatas, como o desprestigio do clube que se diz  e é grande, mas que usa meios que até os amadores já evitam.

Quanto é que isto custa na hora de disputar a aquisição de um jogador com um qualquer clube concorrente? 

Quanto isto pesa na capacidade competitiva da equipa no relvado e as consequências que tem na prestação dos jogadores, em confronto já desigual, porque os adversários jogam em casa?

Que influência tem na evolução dos jogadores, já não falando no que isto representa para eles?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

3 pontos sobre uma triste capa de jornal

1- "Soube" na passada sexta-feira que Bruno de Carvalho teria ido às instalações do Record, acompanhado com o novo director de comunicação. "Soube" entre aspas, porque a informação foi-me transmitida por terceiros e, como qualquer "comentador", não possuo fontes ou outras formas de confirmar a veracidade da notícia. De qualquer forma, a "noticia" não me surpreendeu, atendendo à entrada de funções da nova empresa de comunicação e o que foi a politica editorial daquele jornal ao tempo da anterior direcção. Estive para colocar um pequeno artigo dando conta do facto, a par de algumas considerações avulsas, não tendo feito por razões que explico abaixo. No sábado, fui meio surpreendido com a capa do referido jornal. Não totalmente porque, de alguma forma, ela era a confirmação de que a informação recebida era boa.

2- A capa é de todo infeliz e lamento ver o nome do Sporting nela envolvida. Não me parece mais do que uma história triste, inserida numa estratégia de sobrevivência e poder e que, atendendo ao seu teor (fragmentado), aproveita o discurso "oficial". Parecem juntar-se dois interesses que não são os dos sportinguistas, nem os dos portugueses, que melhor seriam defendidos por uma imprensa séria e independente. A tresandar a frete, não sei onde é possível compaginá-la nas exigências recorrentes de tratamento equidistante e imparcial, dando a ideia que quando temos os meios estamos dispostos a ir tão ou mais longe que aqueles cujo comportamento reprovamos. Uma história triste e sonsa de um jornal tentado limitar os estragos de meses de uma politica editorial nitidamente anti-Sporting e um presidente motivado por razões semelhantes, depois tempos difíceis  que, acima de tudo, tem que "agradecer" si próprio.

3- Porque é o presidente do Sporting abstenho-me de fazer juízos de valor sobre quem revela de forma directa ou indirecta conversas privadas (com ou sem "fortes abraços"). Contudo o que posso dizer é isto: pela primeira vez em muitos anos que escrevo sobre o Sporting tive medo de ser processado. Não sei o que isto diz sobre o Sporting, ou o que diz sobre mim, mas olho para os exemplos em que os críticos são silenciados desta forma e não fico confortável. Muito menos quando o Sporting era suposto "ser nosso outra vez" ou quando me lembro da adjectivação ofensiva e grosseira usada pelos mais fieis seguidores de Bruno de Carvalho toda e cada vez que alguém sai da estreita linha do discurso oficial.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Gil Vicente não encenou dramas nem tragédias

O Sporting regressa hoje às vitórias com grande tranquilidade e com um momento - ou monumento? - que marca de forma decisiva o jogo que é o golo de Nani. É assim que os grandes jogadores respondem às oscilações de forma, revelando a classe que todos sabemos possuir. As lágrimas são o testemunho de quão difícil é voltar às boas exibições, especialmente depois de uma paragem por lesão. Sem fazer uma grande exibição, tal como a equipa, Nani acabou por ser o homem mais importante, ao participar de forma decisiva na construção do primeiro e pela soberba execução do segundo. 

Marco Silva optou por gerir o esforço de alguns jogadores, atendendo aos compromissos da próxima semana. Surpresa na utilização de risco de William, que não repetiu com Adrien. Fazer descansar Montero e Carrillo é compreensível. 

Os golos acabaram por estabelecer a grande diferença entre as duas partes, apesar de ser de referir que o começo do jogo ter sido marcado por uma equipa forasteira mais atrevida do que se imaginaria à partida. Sem ser brilhante, o Sporting soube ser paciente, procurando jogar dentro do bloco gilista, o que algumas foi conseguido por Martins e João Mário, especialmente o primeiro, que haveria de fornecer munições para golo que não foram aproveitadas. E é precisamente paciência que este tipo de jogo exige porque, como é sabido, grande parte destes jogos resolvem-se com o primeiro golo. Este acabou por surgir de um canto mas gostei pelo menos que a equipa tivesse tentado e poucas vezes, talvez ainda mais do que as necessárias , recorresse aos cruzamentos. É por aqui que a equipa pode e deve crescer, até atendendo às características dos ponta-de-lanças disponíveis.

Nota final para mais uma arbitragem medíocre que só não foi determinante para o resultado final porque a equipa soube construir o resultado contra algumas decisões incompreensíveis. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Liga Europa: fundamentos de mais um amargo "quase" que não chegou a ser

Em abstracto perder por 2-0 com o segundo classificado da Bundesliga, que ainda há poucos dias havia dado uma sova valente no Bayern, não poderia ser considerado um resultado amargo, mas sim naturalmente esperado. Essa será provavelmente a sensação que terá quem não viu o jogo, porém, quem o viu e em particular quem é Sportinguista, não deixará de sentir que, apesar das diferenças de recursos, se poderia ter construído um resultado diferente. Não o ter conseguido deixa um sabor amargo que, quanto a mim, não deveria escamotear algumas ilações a retirar do jogo de ontem. A saber:

 - Grande parte da sorte do percurso do Sporting na Liga Europa ficou ditada no momento do sorteio. Para lá dos jogadores que dispõe, o adversário de ontem está num excelente momento de forma física - vem de paragem de inverno - e anímica proporcionado por um percurso em crescendo.

- Há uma diferença grande de recursos entre as duas equipas e só uma equipa do Sporting concentrada, solidária e capaz de jogar sempre nos limites poderia contrariar essa superioridade. Enquanto assim se comportou, essa possibilidade esteve em aberto.

- Continua a faltar "peso institucional" não apenas ao Sporting, mas à generalidade do futebol português. Isso é notório nas arbitragens quase sempre que equipas portuguesas defrontam equipas de países tradicionalmente mais fortes. A campanha europeia do Sporting este ano acumulou duas decisões incompreensíveis e que provavelmente empurraram a equipa para fora de duas competições.

- O que é dito acima não invalida todavia reconhecer que não houve falta de sorte mas sim de categoria para estes passeios ao mais alto nível. Esta equipa do  Sporting tem ainda que crescer em vários aspectos para se poder opor ao maior poderio e o favoritismo de adversários como os de ontem.

- A primeira parte foi o momento de demonstração que o Sporting tem uma boa base para crescer: uma equipa maioritariamente jovem e com alguns jogadores de talento e margem de progressão.

- No reverso da medalha a demonstração de falta de soluções cada vez que Marco Silva tenta virar o tabuleiro perante um rumo de acontecimentos desfavorável. Há muito "wishfull thinking" quando se pensa que Tanaka fará o que Montero não consegue. Ou que Gauld vai descobrir o caminho que João Mário não vislumbra. Ou que Wallyson está pronto dar o que falta a Adrien. Vi algumas considerações do género após o derby, que esbarraram na realidade que foi ver o jogo da equipa B que se seguiu...

- A falta  de concentração colectiva após o intervalo foi fatal. O Sporting precisava de estender o nulo mas acabou por ficar estendido no tapete. As falhas a este nível são quase sempre muito penalizadas.

- A falta de maturidade e liderança que se seguiu também acabou por pesar. A equipa sentiu o golo, perdeu as suas referências, deixando por isso o adversário crescer para fazer o segundo golo. Faltou quem no campo tocasse a recolher e a por a equipa a usar todos os recursos ao alcance para parar ou pelo menos esmorecer o jogo do adversário. Como fazem também as grandes equipas, afinal.

- A falta de eficácia acabou também por pesar no desfecho final. As dificuldades em fazer chegar a bola ao último terço foram mais do que compreensíveis pois pensar que jogar com o Wolfsburgo seria algo semelhante a um passeio nas autoestradas alemães é no mínimo delirante. Montero não tem a agressividade para jogar entre armários mas foi importante a oferecer linhas de passe e temporizações para a equipa subir. Mas apenas João Mário e poucas vezes Carrillo tentaram aproximar o jogo dele. Nani, de quem se deve exigir muito mais, esteve sempre muito longe. Ter oportunidades tão claras como as de Carrillo e João Mário e não concretizar nenhuma pode acabar por ser fatal. A última, a de João Mário, teria posto a equipa a apenas um golo de virar o curso da eliminatória.

- Passar a eliminatória não é impossível mas muito difícil. Teríamos que fazer um jogo ainda mais perfeito do que necessitávamos ter realizado ontem.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Liga Europa: quem tem medo de gigantes o melhor é nem sair de casa

O Sporting vai ter um osso duro de roer na Alemanha, encontrando aí um adversário poderoso e moralizado. Ao invés, a nossa equipa vem de resultados decepcionantes, o que pode indicar estar agora a fazer um caminho inverso aos adversários no que à moral diz respeito. Adicionando a estes ingredientes o nosso  histórico de resultados com equipas alemães, está criado um espectro digno dos maiores receios. Este será precisamente a pior das atitudes a ter na hora de encarar o jogo. Respeito q.b. sim, medo não.

O problema da falta de jogo interior
Muito se falou, na sequência dos recentes derbys, do problema da falta de jogo interior, estabelecendo-o como causa determinante para o insucesso no respectivos jogos. Com algum exagero, quanto a mim, atendendo à forma fortuita como se perderam os pontos, resultantes de lances de muito maior grau de aleatoriedade do que de sapiência adversária. A intenção deliberada de não se expor contra o SLB parece ter ficado e ter produzido os mesmos efeitos no Restelo, mas tal só é verdade se esquecermos os primeiros 25 minutos da última partida, onde a abordagem foi muito diferente do jogo de Alvalade. Duvido que essa fosse a intenção do treinador, falta saber se a equipa cumpriu o seu plano de jogo ou preferiu de forma automática aquele que treinou para o derby. Reconheço a importância do plano táctico, mas o futebol, quando o árbitro apita para o inicio do jogo, é muito mais do que o treino e as ideias do treinador. Como é bom de ver o Sporting não irá jogar na Alemanha a centrar bolas para a área.

Saber sofrer e saber fazer sofrer
Não esperar um jogo fácil é admitir que vai ser necessário saber sofrer. Mas sempre sem abdicar da imprescindível inteligência. Não creio que o Sporting vá recuar em demasia, ficando com isso permanente exposto às cargas da cavalaria alemã, especialmente à sua superioridade no jogo aéreo. Já bastará o sofrimento das bolas paradas. Mas também não me parece que registaremos os mesmos problemas com o controlo de profundidade de que tanto se falou no inicio de época. É a diferença que existe entre defesas centrais de nome e defesas centrais de formação e que percebem o jogo. A actual dupla de centrais dá muito mais tranquilidade, e muito mais daria se jogasse junta desde o inicio.

Se vamos a Alemanha "apenas" para não sofrer golos ou sofrer poucos, mais valia poupar na viagem. Não conheço o suficiente sobre o adversário para apontar os seus pontos fracos, daí que fique por uma consideração genérica. Mais uma vez a inteligência terá que ser chamada para gerir os momentos em que disporemos da bola. O Sporting tem jogadores tecnicamente capazes para impor algum sofrimento aos alemães. Estou a lembrar-me de Montero, Nani, Carrilo, João Mário, por exemplo, desde que a opção seja manter a bola o mais tempo possível colada à relva, onde a altura dos alemães deixa de ser uma vantagem. Sorte e eficácia também dariam uma importante ajuda se se aliassem a nós. Convenhamos também que, depois de 2 jogos a sofrer golos estúpidos, já estava na altura de se lembrarem de nós também.

Nova equipa de gestão de crises para o "sporten"

O Sporting contratou a empresa WL Partners, "empresa de comunicação especializada em relações com a comunicação social e gestão de crises" (segundo mensagem que foi distribuída ao Conselho Leonino). A referida empresa é uma cujo responsável é João Morgado Fernandes, um profissional com largo curriculum nesta área, e onde se assinala em particular a assessoria do governo de José Sócrates entre 2007 e 2011 e o grupo Mello Saúde até 2014.

Da necessidade de uma equipa profissional de comunicação
Parece-me inteiramente justificada a contratação de uma equipa profissional para a gestão da comunicação do clube. Não só pela importância do sector numa organização moderna e eficiente, como se deseja seja o Sporting, mas sobretudo o que têm sido os tempos mais recentes na comunicação do clube. A provar esta necessidade está a própria comunicação do presidente ao Conselho Leonino, esquecendo-se daquele que tem de ser sempre o alvo privilegiado: os sócios e adeptos, que desde anteontem sabem das noticias pelos meios de comunicação que não os oficiais. No site do clube não há qualquer referência à matéria. 

Uma entidade como o Sporting é uma fonte permanente de atenção. Se é certo que não pode controlar as noticias e rumores que surgem do exterior, não é menos certo que a politica seguida pela actual direcção, e sobretudo do presidente, têm colocado o clube numa quase permanente sobre-exposição. O Sporting tem de fazer muito melhor do que tem feito nesta área, sob pena de vulgarizar a sua imagem, com as respectivas consequências a reflectirem-se em cascata junto de concorrentes, parceiros de negócio, investidores, etc. As piores serão inevitavelmente junto do seu mais precioso activo, os sócios e adeptos. Há uma diferença entre ser passivo ou histriónico, entre ter bom-gosto e ser ridículo.

Estimo por isso que a nova empresa venha "assegurar, ao nível do clube e SAD, uma comunicação estratégica, elevada e integrada - apoiada num conhecimento forte que já tem do, e no meio", isto citando a comunicação do presidente ao Conselho Leonino. É no entanto importante considerar que, por mais profissional e qualificada que seja a nova equipa, ela nada poderá fazer se não puder contar com a colaboração activa da administração na implementação de uma nova estratégia de comunicação.

Sobre a importância do histórico
Há cerca de um ano o Sporting anunciava para a área da comunicação a contratação de uma nova empresa, a par de um despedimento colectivo cuja fundamentação dada a conhecer aos sócios e adeptos se apoiou nos seguintes fundamentos, então explicados em comunicado:

«O Sporting Clube Portugal decidiu, no âmbito do seu processo de reestruturação, ajustar o seu modelo de gestão de conteúdos e plataformas de comunicação, que implicou um processo de despedimento colectivo que envolveu sete trabalhadores afectos a esta área e que foi hoje concluído.

O Conselho Directivo definiu um modelo que tem vindo a ser implementado e que visa uma maior optimização dos recursos disponíveis, melhor qualidade e rigor de informação. Pretende-se uma gestão global e integrada dos conteúdos, com distribuição multiplataformas, através dos canais de comunicação actuais e futuros. Recordamos também que o projecto de integrar, melhorar e tornar mais eficiente a comunicação faz parte das medidas apresentadas por esta Direcção, nas eleições de 2013, e amplamente sufragada pelos Sócios.

A solução adoptada de externalização de serviços permite trazer competências e novas valências com maior racionalização ao nível dos custos, para fazer face aos desafios presentes e futuros da comunicação do nosso Clube. O YoungNetwork Group foi a entidade escolhida para parceira, por nos oferecer garantias claras de que o nosso projecto será bem sucedido.

O Sporting Clube de Portugal e o YoungNetwork Group acordaram, e ficou escrito no texto que rege essa colaboração, que todas e quaisquer pessoas a trabalhar no projecto de Media do Clube não serão apenas simpatizantes ou adeptos do nosso emblema: serão obrigatoriamente Sócios do Sporting Clube de Portugal!»

Não foram até agora explicadas como se integrarão ou irão interagir  as duas empresas. Não foi também explicado se a WL Partners ficará também obrigada por compromisso idêntico ao da sua concorrente de mercado, YoungNetwork Group, no que concerne à obrigatoriedade de contar apenas com sócios do Sporting nos seus quadros que no futuro se relacionarão com o clube. Não é que a ideia não me pareça hoje tão demagógica hoje como então. Mas não deixa de colidir de forma aparatosa com a forma como o João Morgado Fernandes, o futuro responsável pela assessoria de comunicação do clube ainda há relativamente pouco tempo se referia ao nosso clube, para ele o "sporten". Assim, sem mais, e com letra miúda.

Sempre advoguei, e não vou mudar agora, que o Sporting deve procurar sempre os melhores profissionais, tendo a questão clubistica um carácter diferenciador positivo, em caso de igualdade. Não faltam na área da comunicação profissionais de gabarito que acumulam essa qualidade importante, o facto de serem também Sportinguistas. Não tenho competência para julgar as qualidades profissionais do futuro assessor, mas não deixo de considerar que os grandes profissionais respeitam todas as instituições, sejam elas grandes ou pequenas, quando a elas e referem publicamente.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Divorciados do titulo e do futebol no dia de S. Valentim

Um candidato ao titulo não pode perder tantos pontos em casa.

Um candidato ao título não poder fazer apenas 2 pontos com o Belenenses, por muito respeito que o adversário nos mereça.

Um candidato ao titulo não pode deixar de reagir após um resultado adverso anterior, mesmo que injusto.

Um candidato ao titulo não poder tão poucas alternativas ou soluções à sua equipa principal. Tentar dar  a volta à adversidade tirando Montero e João Mário e lançar a mão de Tanaka e Mané, não é fazer substituições é apelar a um milagre. Juntando a isso um erro/azar de Patricio e a um mau jogo generalizado é explicar mais um empate a saber a derrota.

Um candidato ao titulo não pode jogar um jogo (este com o Belenenses) e com a cabeça noutro (na Alemanha) por muito atraentes que sejam as luzes da ribalta da Europa League.

Por estas e por outras é que o titulo, já muito dificil, passou agora a ser uma miragem.


O branqueamento

O Bombardeamento do sector A13


Eu estive lá, no local do acontecimento, isto é, no sector do Estádio (A13) bombardeado pelas tochas, petardos, cadeiras, isqueiros... basicamente tudo o que dava para ser arremessado a partir da bancada B, onde se encontravam os adeptos do Benfica. A minha "sorte" foi estar sentado mais acima, numa fila já coberta pela bancada B. Assim, apenas tive o “privilégio” de ver tudo ali a acontecer, 20 metros à minha frente.

As bocas foleiras ou mesmo javardas que se ouvem e escrevem, os gestos provocadores e/ ou obscenos, até as ameaças de agressão que se fazem de parte a parte, tudo isso é triste e reles, mas... mas não mata! Já o lançamento de objectos pirotécnicos ou contundentes para cima de outros seres-humanos provoca efectivo perigo de ferimentos graves e até de vida, pelo que se afigura como uma atitude inqualificável… Mais ainda quando temos o histórico conhecido, que inclui a morte de uma pessoa em pleno Estádio de futebol, provocada por lançamentos de engenhos desse tipo. Qualquer adepto de futebol, em Portugal, por mais distraído que seja, sabe disto, pelo que reiterando esses gestos apenas mostra possuir um completo desprezo pela vida humana. São energúmenos e com esses, não vou perder o meu tempo.

O que é inacreditável, e o que deixa qualquer pessoa decente perplexa, é que perante esse acontecimento, tenha que levar com declarações do porta-voz do SLB a classificar os legítimos lamentos do SCP / Bruno de Carvalho (BdC) como, passo a citar: FOLCLORE!!! (Eu não sou suspeito porque, como se sabe, BdC não me agrada minimamente, mas aqui, apenas declarou o que se impunha. O corte de relações surge na sequência da lamentável e indecorosa reacção oficial do SLB).

Vejamos:

-Não é folclore ver uma multidão em debandada, para fugir à chuva de objectos perigosos e que colocavam a sua integridade física em causa;

-Não é folclore ver crianças a chorar de terror durante e após a fuga;

-Não é folclore ver um grupo de miúdas adolescentes agarradas entre si e a tremer de pânico;

-Não é folclore ver dois jovens de 20 anos levar bastonadas da PSP, apenas porque se enganaram na porta de saída das bancadas para as escadarias, desconhecendo que essa saída tinha ligação para o sector onde se encontravam as claques do Benfica;

-Não é folclore ouvir, já fora do Estádio, pessoas ao telefone a acalmar os familiares com promessas de ser a ultima vez que vai ao futebol.

Recupero o assunto porque, finalmente, Luís Filipe Vieira (LFV) sentiu a necessidade de se pronunciar…

Mas LFV não só reage tarde como o faz mal. E reage mal porque, ao mesmo tempo que acusa BdC de mentir, mente também ele quando afirma que passaram 3 anos sem que alguém do SCP criticasse o incêndio no Estádio da Luz, mas também porque dá importância e se desculpa sobre um episódio que é reles, mas acessório e ignora / desvaloriza / despreza outro fundamental. Apesar de ambos os episódios serem gravíssimos, creio, pelas razões já aludidas, que foi muito pior o bombardeamento que aconteceu em Alvalade, do que a tarja nojenta a que alguns deram luz no pavilhão da Luz. E disso (do bombardeamento)… nem uma palavra. Para finalizar e utilizando as próprias palavras de LFV parece-me mesmo que querem branquear parte da história deste fim de semana”…

O silencio (ensurdecedor) é tal, que parece estar tudo arranjado, para se ignorar o bombardeamento ao sector A13 e, com isso, passar impune mais um acontecimento gravíssimo no futebol português que, só por mera sorte, não causou mais do que seisferidos ligeiros como vitimas.


Quem nos acode? Quem vem por cobro a esta situação? Ficam, mais uma vez, a clamar os amantes pacíficos do futebol.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Quando ilegalidades e isenções do SLB são boas noticias para nós

O país ficou ontem a saber que o nosso arqui-rival realizou obras vultuosas que não foram licenciadas. Melhor, as obras ilegais vão agora ser isentas de taxas urbanísticas. Como é evidente estas noticias suscitaram um sem número de reacções, algumas, incluindo as de responsáveis políticos, nem por isso muito acertadas. O contrário é que seria de estranhar, uma vez que não é demais lembrar que vamos entrar num período de calendário eleitoral muito preenchido.

Mas como é que estes factos agora conhecidos podem representar boas noticias para o Sporting? Esta é a pergunta que quem estiver a ler o post já estará a fazer. Explico:

- No que diz respeito à isenção de taxas urbanísticas, o facto de o clube rival beneficiar de isenção do respectivo pagamento (fala-se em 1,8 milhões de euros) significa que o Sporting deverá não só esperar mas também exigir tratamento idêntico quando licenciar o pavilhão que se apresta a construir, como todos há muito ansiamos.

- Ainda no âmbito da isenção é bom lembrar que essa possibilidade está contemplada nos regulamentos municipais como se pode ler no artigo 6 do respectivo regulamento: "estão isentas do pagamento das taxas referentes a operações urbanísticas que se destinem à prossecução dos seus fins, quando realizadas em imóveis municipais (nº 1, art. 6º, RMTRAUOC)".

- Ora acontece que as obras em causa não foram realizadas em imóveis municipais, com mencionado acima, mas em imóveis do SLB. Para obras de esse âmbito o que os regulamentos prevêem é, para entidades como os clubes é uma "redução de 50% do valor das taxas previstas no presente Regulamento, quando as operações urbanísticas se destinem diretamente à prossecução dos seus fins (nº 2, art. 6º, RMTRAUOC)"

- Portanto estamos a falar de uma execpção aos regulamentos que, não se pode esperar diferente, será também aplicada ao Sporting. 

- No que diz respeito à ilegalidade das obras efectuadas entende-se que, caso os processos de licenciamento se atrasem, como aliás é muito comum, o Sporting poderá contar com a mesma facilidade de que beneficiou o SLB, podendo terminar a obra dentro dos prazos previstos. E, também à semelhança do aconteceu com os nosso rival, não será esse possível facto que obstará à presença dos mais altos dignatários da edilidade lisboeta e até da nação, associando-se à pompa e circunstância e devidas grandiloquências habituais nestes eventos.

Nota: Aceito a discussão sobre o tratamento de excepção dado aos clubes, especialmente neste momento, também ele de excepcional dificuldade para milhões de portugueses. Mas nessa discussão deve constar também o facto de os clubes como o nosso e também como o SLB e outros, não serem apenas clubes de futebol, como se pretende. O que acontece na maioria das vezes é que é o futebol que financia as restantes actividades, nomeadamente das modalidades antigamente designadas como amadoras, mas onde hoje o profissionalismo é assumido ou encapotado. Falamos por exemplo de modalidades olímpicas, que normalmente, só dispensam a atenção dos responsáveis quando chega a hora das fotografias.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Sobre o corte de relacões institucionais

Haveria muito a dizer sobre o corte de relações institucionais com o SLB ontem decretado e que se vem juntar ao que já vigora com o FCP. Mas na verdade é-me indiferente porque nem vou dar por ele. Nem eu nem quase ninguém. E também porque não acredito na eficácia deste tipo de medidas. O corte que gostava de ter feito ao SLB era no campo, diminuindo a distância que nos separa.

A questão que se pode colocar é se a decisão tomada é correcta ou inevitável face ao reacção da direcção do SLB relativamente ao comportamento dos seus adeptos. Enfim, vale o que vale. A este nível, o do comportamento dos adeptos, infelizmente não há nenhum clube com folhas limpas, o que diminui desde logo a  autoridade para poder fazer julgamentos, especialmente os de carácter moral.

Há quem diga que os três grandes estão condenados a entender-se a bem do futebol. Não duvido que todos lucraríamos com isso, sobretudo os que gostam realmente de futebol e do desporto em geral. Mas para isso seria preciso pelo menos um acordo de cavalheiros o que é caso para perguntar: e onde andam eles? 

Infelizmente o que se constata cada vez são direcções completamente submetidas à lógica das claques abstendo-se de uma das suas mais importantes funções: liderar. Eu gosto de claques, em particular das nossas, é onde gosto de ver os jogos. Mas dispenso a cultura de violência que lhes está subjacente. Porque também e acima de tudo gosto de futebol, e do desporto em geral.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A propósito de blackout's e carnavais

Blackout de valores
Ninguém se surpreende que um dérby tenha direito a prolongamento já não no relvado mas sim nos órgãos de comunicação social. Confesso que também não acho nada surpreendente que a reacção do SLB, pelo menos a que ficou conhecida hoje através do seu porta-voz, João Gabriel seja um ignóbil "acabou o blackoute voltou o folclore" . Atendendo ao histórico destemperado deste senhor o contrário é que seria de pasmar. E como se trata de alguém autorizado a falar pela instituição fica bem claro, se preciso fosse, o que pensa quem dirige o clube. Isto é, as faixas exibidas no pavilhão onde se jogou o futsal e o comportamento dos seus adeptos em Alvalade tem a cobertura da direcção do clube encarnado. Não estão em blackout informativo, a escuridão é ainda mais profunda, está ao nível dos valores.

Infelizmente para atirar pedras ao telhado do vizinho é preciso ter garantido que o nosso telhado tem solidez suficiente para aguentar possíveis ricochetes. Infelizmente porque houve várias manifestações vindas das nossas claques que se aproximaram do comportamento que se quer reprovar aos rivais. Como Sportinguista não tenho dúvidas que este não é o comportamento em que me revejo, aos poucos vai-se assistindo a um recrudescer de violência que é cada vez menos apenas verbal e que extravasa em muito a mais que desejável e profunda rivalidade. Ignorá-lo é irresponsável e atenta contra tudo o que o Sporting sempre defendeu.

Fica a indispensável pergunta: se nos tornamos cada vez mais iguais aos nossos adversários que tanto criticamos, que razões encontrarão os vindouros para se tornarem Sportinguistas também? Ou, se preferirem, se o Sporting fosse já parecido com os seus rivais, teríamos feito a mesma escolha?

Quem também não pode deixar de merecer censura são as organizações que tutelam o futebol. A Liga e a FPF, obviamente, que continuam a fazer de conta que não acontece nada, parecendo sempre mais preocupados exercer uma autoridade que se fica por mais uns cobres nos cofres e pouco mais. Também elas pouco recomendáveis como referência de organização, bastando como exemplo o que tem sucedido com as sucessivas confusões com a Taça de Portugal em que só não houve ainda uma tragédia por milagre. Ou talvez porque nenhum dos 3 grandes se têm encontrado nas últimas finais. Por último a tutela governamental que também só se preocupa em aparecer na hora de cortar fitas e se encostar aos troféus, ignorando a actuação policial. Os adeptos têm por vezes dificuldades em decidir se devem fugir de uns ou correr para outros, tal tem sido a violência indiscriminada usada.

Balckout informativo
Já noutro o âmbito, o final do blackout do Sporting. Finalizado com direito à mesma mediatização que havia tido o seu inicio, é hora da imprescindível contabilidade.

Como uma qualquer medida de gestão da informação isto é tão "anos 80" e tão "à la Pinto Costa" que até é embaraçoso.

A eficácia de tal medida avalia-se pelo facto de quase ninguém ter reparado que o blackout vigorou, excepto quando nós, os adeptos, queríamos saber por exemplo as listas de convocados. As noticias continuaram a fluir como se nada tivesse acontecido, com os órgãos de comunicação social a debitar informação privilegiada pelo acesso a fontes internas. 

O absurdo acabou por se verificar quando um dos principais responsáveis pela situação criada continuou a prestar as declarações que bem entendeu. Do Sporting, em particular de BdC, apenas uma referência que não chega à categoria de leve censura, ele que havia sido duríssimo por muito menos com um ex-presidente (Dias da Cunha) e aquele que sempre foi um Sportinguista e profissional exemplar, Manuel Fernandes. Enquanto isso o Zé Eduardo, continua a ter direito de antena no canal do clube, como aconteceu este fim-de-semana, em directo do hall Vip do estádio de Alvalade. Por muito que se esforce por dar ar de que se preciso for se deita sobre qualquer granada não consegue afastar a ideia de que ele é que é própria granada que voltará a explodir quanto lhe voltaram a ordenar que o faça.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Notas do Dérby: empatado (mas não resignado) por uma vaca tão grande

Nota: uma vez que se registou a colocação de 2 posts em simultâneo, tomei a liberdade de juntar o post anterior do  meu amigo Virgilio a este, sem contudo retirar o anterior. Quem quiser pode comentar um ou outro.

Não há nenhuma vantagem em morar tão longe de Alvalade para um adepto Sportinguista. Contudo, mais de 350 Km obrigatórios de autoestradas, dão tempo suficiente para colocar as ideias no sitio certo. Isto descontando obviamente os primeiros quilómetros remetidos voluntariamente ao silêncio para destilar os venenos deixados pela amargura de um empate concedido segundos antes do árbitro apitar para o final do jogo. É pois já sem a as cargas negativas da frustração que chego à análise ao dérby.

- Não foi um jogo agradável de se ver pela sucessão de oportunidades de golo mas muito interessante de observar pelo lado táctico.

- Ao contrário do que disse Jorge Jesus, as equipas não se anularam mutuamente. O Sporting esteve quase sempre com a iniciativa do jogo e ao não ter conseguido a vitória houve algum demérito nosso e uma enorme e já tradicional vaca benfiquista.

- Do lado no nosso demérito o excesso de Carrillamento de jogo pela lateral, com cruzamentos à procura de... Slimani. Com o adversário a tornar o campo muito curto, com a defesa muito subida, provocando o excesso de trânsito e muito pouco espaço disponível no meio-campo, compreende-se o receio da procura dos espaços interiores na construção de lances de ataque. Mas não ter explorado nunca a profundidade e também muita precipitação na decisão no último passe foram os nosso principais problemas. Não faltou coração mas faltou um pouco mais de cabeça e sobretudo a frieza das equipas letais.

- Do lado do adversário a procura do pontinho e nada mais do que isso. Podem-se fazer muitas conjecturas a este propósito mas quase todas esbarram na virtude do resultado para as respectivas pretensões. O que merece destaque é mais uma vez a enorme vaca na forma como se chega a esse resultado. Podem-se fazer desfilar um manancial de argumentos mas foi sobretudo a sorte nos ressaltos - não houve nenhuma arte - que ditou o lance do golo. 

- Nada a dizer da arbitragem, incluindo o lance do golo do empate, atendendo à dificuldade de ajuizar o lance. Ao fim de muitos derbys este deve ter sido o primeiro em que senti que não havia intenção de inclinar o campo. Dizer isto não esconde o óbvio: mais uma vez, neste campeonato, como em anteriores, uma decisão errada a desequilibrar o resultado.

- Vale a pena perguntar porque se demorou tanto tempo a fazer óbvio e o preço que se pagou para finalmente ter a melhor dupla de centrais possíveis? Ainda do lado de Marco Silva, porquê ter retirado Carrillo, o elemento que estava a ser mais perigoso e inspirado, quando Nani tarda em regressar à melhor forma, depois da paragem por lesão?

- William ou o regresso do monstro das bola(cha)s. Imperial a auxiliar o trabalho dos centrais, primoroso a lançar o jogo, aliviando a pressão do adversário em zonas que até poderiam trazer muitas complicações para o nosso último reduto. Se bem que quase todos tenham estado bem, destaques também merecidos para Jefferson, Adrien, Paulo Oliveira e Tobias. Mas teria bastado apenas um deles na posição mais central para termos agora mais 2 pontos e uma posição mais confortável no campeonato.

- Esta era jornada que poderia ter provocado uma viragem a nosso favor. Tinha uma secreta esperança que o FCP não ganhasse em Moreira de Cónegos e uma confiança, em jeito de fé inabalável, que não perdíamos este jogo, pendendo a convicção para a vitória. Acabou por se verificar o inverso, sendo nós os principais perdedores da jornada, ao constatar-se a manutenção do fosso para o primeiro lugar e o aumento da distância para o segundo.

- A situação no campeonato é a que é. Contudo recuso qualquer visão pessimista depois de ter visto um dos dérbys mais equilibrados dos últimos tempos e depois de quebrarmos uma hegemonia de resultados e exibições. Parece-me não haver dúvidas que voltamos a estar muito mais próximos deste SLB como estávamos em 2012, altura da vitória categórica em casa, como o golo de Wolfswinkel. 

- Acresce o facto de os onze iniciais registarem um diferença de média de idade de 5 anos entre si. O Sporting tinha uma média de nascidos em 1990 (25 anos em 2015) enquanto o adversário jogou de inicio com uma média de nascidos em 1995 (30 anos em 2015). Este será, se o tempo o permitir, o tema do post de amanhã.

- Alguns pormenores (ou pormaiores)  sobre a organização do jogo que deixaram muito a desejar:
         
         - Desde logo a presença de material pirotécnico que serviu literalmente de arma de arremesso contra as bancadas de adeptos do Sporting por parte da claque benfiquista. Parece que zelo na intervenção das forças policiais se esgota na actuação perante os adeptos do Sporting, quer em Alvalade, quer nos campos onde nos deslocamos. 
           - A exibição no dia anterior de uma faixa com referências ao episódio very-ligtht em 1996 deveria merecer uma tomada de posição da direcção benfiquista. Não o fazendo deixa bem claro o seu apoio a este tipo de iniciativa. 
            - A direcção do Sporting não pode meter a cabeça na areia. Cânticos pouco dignificantes a insultar Eusébio são de gosto muito duvidoso, se bem que sem a gravidade do que acima foi referido. Mas não mencionar o nome do clube adversário, substituindo-o por "clube visitante" significa, à semelhança do uso do famigerado "blackout" e de outros em alguns discursos, uma aproximação a uma ideologia e métodos pintodacosteanos.
            - A presença muito confortável em centrais de adeptos adversários, enquanto Sportinguistas aguardavam pacientemente(?) em filas intermináveis para entrar no seu estádio, a sua casa.


 Uma jornada para esquecer (ou não…) 


Mais uma vitima do fosso... Para quando medidas de segurança eficientes contra esta aberração do fosso? (foto:JN)
A organização foi uma VERGONHA! Houve quem esperasse mais de duas horas para entrar na Porta 1 (Moche) deixando de ver os primeiros 15-20 minutos de jogo (17 no meu caso). Mas o pior foi quando, depois de tanto tempo à espera, assistimos à ‘lampionagem’ (claques) passar-nos à frente. Nos derbys que se jogam na Luz, dá-se primazia de entrada aos adeptos da casa, em Alvalade, dá-se aos forasteiros. Segundo os ‘stewards’ a quem pedi explicações, porque a PSP só sabe comunicar à bastonada, actuaram seguindo instruções da nossa direcção… De realçar que muitos dos adeptos / sócios leoninos retidos fora do estádio fizeram centenas de quilómetros e pagaram dezenas de euros para serem desconsiderados na sua própria casa! Para a próxima abram as portas meia dúzia de horas antes do jogo começar... Pode ser que assim se consiga fazer uma revista ainda mais demorada, mas minimamente eficiente e evitar a entrada de engenhos explosivos que já tiraram a vida de pessoas: ontem rebentaram mais três (tochas, very lights?) numa bancada cheia de gente, dentro de um Estádio em Portugal, com um deles a aterrar 20 metros à minha frente. Claro que vai tudo passar impune e aquela gente lá irá continuar a louvar assassinos em tarjas com o assentimento da Direcção do slb que nada faz para acabar com esta miserável vergonha. Será que têm um pingo de decência? Ainda nos pedem para levar a família aos Estádios do Futebol? O Tanas… Já basta a minha maluquice para continuar a ir ver jogos ao vivo, não me peçam para arrastar a minha família nesta loucura … Ontem vi crianças a chorar e não foi por causa do golo sofrido, choravam de terror, de genuíno pânico…

Depois disto há muita pouca vontade de comentar o jogo propriamente dito, apenas resta acrescentar que, mais uma vez, ganhou o anti-jogo, a táctica do autocarro e a batota (golo do empate com Maxi Pereira em fora-de-jogo). Junte-se a providencial mija a proteger o clube mais cagado de que há memória e, quando assim é, não há nada a fazer…


Nota final para a assistência de ontem: Mais de 49 mil pessoas. Depois disto, duvido que nos próximos anos se repita…

DERBY – Uma jornada para esquecer (ou não…)

Mais uma vitima do fosso... Para quando medidas de segurança eficientes contra esta aberração do fosso? (foto:JN)

A organização foi uma VERGONHA! Houve quem esperasse mais de duas horas para entrar na Porta 1 (Moche) deixando de ver os primeiros 15-20 minutos de jogo (17 no meu caso). Mas o pior foi quando, depois de tanto tempo à espera, assistimos à ‘lampionagem’ (claques) passar-nos à frente. Nos derbys que se jogam na Luz, dá-se primazia de entrada aos adeptos da casa, em Alvalade, dá-se aos forasteiros. Segundo os ‘stewards’ a quem pedi explicações, porque a PSP só sabe comunicar à bastonada, actuaram seguindo instruções da nossa direcção… De realçar que muitos dos adeptos / sócios leoninos retidos fora do estádio fizeram centenas de quilómetros e pagaram dezenas de euros para serem desconsiderados na sua própria casa! Para a próxima abram as portas meia dúzia de horas antes do jogo começar... Pode ser que assim se consiga fazer uma revista ainda mais demorada, mas minimamente eficiente e evitar a entrada de engenhos explosivos que já tiraram a vida de pessoas: ontem rebentaram mais três (tochas, very lights?) numa bancada cheia de gente, dentro de um Estádio em Portugal, com um deles a aterrar 20 metros à minha frente. Claro que vai tudo passar impune e aquela gente lá irá continuar a louvar assassinos em tarjas com o assentimento da Direcção do slb que nada faz para acabar com esta miserável vergonha. Será que têm um pingo de decência? Ainda nos pedem para levar a família aos Estádios do Futebol? O Tanas… Já basta a minha maluquice para continuar a ir ver jogos ao vivo, não me peçam para arrastar a minha família nesta loucura … Ontem vi crianças a chorar e não foi por causa do golo sofrido, choravam de terror, de genuíno pânico…

Depois disto há muita pouca vontade de comentar o jogo propriamente dito, apenas resta acrescentar que, mais uma vez, ganhou o anti-jogo, a táctica do autocarro e a batota (golo do empate com Maxi Pereira em fora-de-jogo). Junte-se a providencial mija a proteger o clube mais cagado de que há memória e, quando assim é, não há nada a fazer…


Nota final para a assistência de ontem: Mais de 49 mil pessoas. Depois disto, duvido que nos próximos anos se repita…

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Nascido para marcar ao Benfica e outras história do dérby

"Caréga Maria!"
Os nossos adversários devem ter um nome na cabeça quando se fala de dérby: Óscar "Tacuara" Cardozo. Espero que no domingo à noite, pelas 22 horas ainda sem lembrem com mais acuidade. Do nosso lado talvez alguns adeptos evoquem a memória de Liedson e dos seus duelos com Luisão. Diga-se, em abono da verdade, que a lembrança se justifica, pelo número de golos conseguidos por ambos os jogadores.

Esse número não passa contudo de um diminutivo comparado com os golos alcançados por Fernando Peyroteo contra o SLB. Peyroteo é ainda hoje o fantasma que assombra as balizas do nosso eterno rival. Um total de 64 golos marcados em 55 jogos (média de 1,2 por jogo). Aliás os números de Peyroteo são impressionantes e é uma profunda injustiça que o tempo os vá sepultando sem que se perceba a importância deste jogador não apenas para o Sporting mas também para o futebol nacional. É ainda hoje o jogador com a melhor média de golos marcados pela selecção nacional - 0,7 pelos 14 golos marcados em 20 jogos, num tempo em que não havia tantos jogos internacionais -, o jogador com mais golos marcados ao FCP - 33 em 32 em 32 jogos, média de 1,2/jogo. Aos 197 jogos efectuados para o campeonato nacional correspondem 331 golos marcados, uma assombrosa média de 1,6 golos por jogo, número ímpar em qualquer jogador e campeonato de futebol do mundo. Os 393 jogos oficiais renderam-lhe 635 golos, média de 1,61 golos. Números muito superiores aos de Eusébio que agora querem imortalizar no Panteão Nacional.

Pode-se dizer que Peyroteo nasceu para marcar golos ao SLB. No seu primeiro jogo, um jogo integrado num torneio de preparação, marcaria 2 golos, num dérby ganho por 5-3 pelo Sporting. A sério, anos depois, seria sempre decisivo nos 12 anos que jogou de leão ao peito, como por exemplo no tal campeonato do pirolito aqui ontem referido, sendo ele o autor dos 4 golos que ditaram não só o vencedor do encontro (4-1) como o campeão desse ano. A sua única expulsão da carreira seria precisamente num dérby, quando decidiu não se ficar perante um insulto de um defesa vermelho. Caréga Maria era a expressão usada por Szabo, o seu treinador, para vitoriar os seus golos.

Curiosidades avulsas
Este já mais de um século de rivalidade produziu um número sem fim de histórias que dariam também um sem número de posts. Vou deixar apenas duas, que reportam momentos que aguçaram o sentimento que ainda hoje existe entre os adeptos de ambos os clubes. 

O campeonato do melão que foi para o dragão
Foi talvez dos campeonatos mais renhidos de que me lembro, uma vez que a respectiva disputa se prolongou até ao seu final. O Sporting, que seria terceiro, ficaria apenas a 3 pontos do vencedor, o FCP, que chegaria ao comando precisamente após termos derrotado o SLB em pleno estádio da Luz, na penúltima jornada do campeonato. Ocorreu na época de 1985/86, o treinador do Sporting era Manuel José e os golos seriam marcados por Morato e Manuel Fernandes, enquanto Maniche apontaria o golo da triste consoloção. A festa estava preparada na Luz mas acabaria em funeral. Saliente-se a postura do Sporting, na altura presidido por João Rocha, que então vivia o ponto mais alto da guerra aberta com o FCP, como testemunham a presença em campo de Gabriel, Romeu, Sousa e Jaime Pacheco. O Sporting fez o que lhe competia, ganhando o jogo. Há muitos benfiquista que ainda hoje não devem ter superado este dia e certamente que todos nós o compreendemos...


Campeonato literalmente oferecido na última jornada, a 4 minutos do fim
É até hoje o único campeonato perdido na derradeira jornada. Estávamos na época de 1954/55 e o SLB já não ganhava um campeonato há cinco anos. O Sporting deslocava-se ao campo das Salésias, casa do Belenenses, então líder da classificação. O Sporting empataria ainda na primeira parte, com um golo de penalty que os azuis consideraram como um erro do árbitro a favorecer o... SLB. Na Luz os encarnados roíam as unhas até ao sabugo porque, apesar de estarem a vencer folgadamente o Atlético, precisavam que os azuis perdessem pontos. Tal viria a suceder quando, a quatro minutos do fim, Martins voltava a repor o empate, desta vez a 2 golos. Dizem os jornais da época que muitos adeptos encarnados passaram pela sede do Sporting para agradecer o título, chegando inclusive a depositar quantias em dinheiro na Taça Mealheiro, local destinado à angariação de verbas para a construção do Estádio José Alvalade. Quem diria?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A Taça que não era para nós mas que é só nossa e outras histórias de um derby

Momento em que os jogadores benfiquistas recebem o prémio de consolação e os Sportinguistas aguardam a parte de leão.
Quando, a 1 de Dezembro de 1907, o Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa se encontraram no campo da Quinta Nova, para disputar um encontro inserido no Campeonato de Lisboa, estar-se-ia longe de imaginar que se estaria a na presença da inauguração de uma história de rivalidade que já leva agora mais de um século. Passados mais de cem anos, o derby deixou de ser um simples jogo para ser "O JOGO"  dos jogos, independentemente do momento em que cada um dos oponentes se encontre. Não há favoritos, apesar dos mitos que se já se construíram à volta do jogo com mais história e histórias do futebol português.

Assim será no próximo domingo. Apesar do peso da história e das diferenças entre si, quando o a´árbitro apitar, na cabeça dos adeptos a única coisa que interessa é que o resultado final nos seja favorável, pois não há vitória mais saborosa do que as conseguidas frente aos eternos rivais. Assim o espero e assim confio que venha a ser.

Enquanto um novo capitulo da secular rivalidade não se escreve, resolvi fazer uma viagem pelo tempo, ressuscitando velhas histórias que fui lendo e ouvindo de Sportinguistas mais velhos. Voltar a elas é também a forma de não deixar morrer os que edificaram um clube cuja paixão não nasceu para ser explicada, mas para ser vivida com toda a mesma intensidade da primeira golfada de ar e o mesmo dramatismo do último estertor. A definição é com certeza hiperbólica, assim o é também a paixão e ela ganha ainda maior exuberância e fulgor em jogos como o derby.

Sem nada termos combinado, associo-me assim à excelente iniciativa do meu amigo @bancadadeleao que, no seu blogue, vem também recuperando as histórias que ajudaram a construir um dos derbys incontornáveis e eternos do futebol mundial.

O campeonato do pirolito, das bestas e dos bestiais
Parte desta história foi já aqui contada anteriormente. Estávamos na época de 1947/48 e o Sporting ia escrevendo os seus anos e ouro na história do futebol português. O campeonato haveria de se decidir por apenas um golo, que foi a diferença registada no confronto entre os dois clubes rivais, Sporting e SLB. Seria uma vitória especial,  marcada pelo carácter e vontade de superar o que parecia ser um destino desfavorável. No jogo da primeira volta havíamos perdido por 1-3 em casa e no jogo da segunda volta apresentávamo-nos com a desvantagem de dois pontos em casa do rival. Ganharíamos o jogo por 4-1, passando para a frente do campeonato. Haveríamos ainda de perder um jogo com o Setúbal, mas a derrota do SLB em Elvas na mesma jornada confirmou o título. O golo de diferença seria o tal pirolito, que era como era conhecida uma das bebidas da época e cujo vedante era uma bola. Foi a diferença de uma bola que nos deu esse campeonato, que terminaríamos empatados com 41 pontos!

O jogo seria ainda marcado por uma forte polémica à volta do treinador Cândido Oliveira. Tido como benfiquista, e por força da tensão que envolvia o jogo, viu a sua competência profissional colocada em causa por um dirigente do clube (onde é que eu já ouvi isto?...) e apresentou a sua demissão no final do jogo. Para marcar a diferença dos tempos, esse dirigente apresentaria ele mesmo a demissão, pedindo ao treinador que reconsiderasse. Cândido de Oliveira acedeu a reconsiderar a sua posição desde que o dirigente fizesse o mesmo. No final diria a fase que hoje é célebre entre nós: quando ganhamos somos bestiais, quando perdemos somos bestas.

A Taça que não era para nós mas que é só nossa
Nesse campeonato, o de 1947/48, o Sporting celebraria uma dobradinha. Daí que o campeonato seguinte, 1948/49, ganharia especial interesse por se poder então registar o primeiro tri da história dos campeonatos nacionais do futebol português*. Facto que viria a ocorrer com relativa tranquilidade, o que é conferido pelo 5 pontos de avanço sobre o rival e os 100(!) golos marcados em apenas 26 jogos, o que titula a impressionante média de 3,84 golos por jogo. 

Ora nessa altura um dos jornais mais importantes do país era o há muito extinto "O Século". O seu director, João Pereira Rosa, entendeu que as receitas da exposição organizada pelo jornal para celebrar os 30 anos de futebol a sério em Portugal deveriam reverter para o móbil do evento: o futebol nacional. Segundo as regras então definidas o primeiro clube a ganhar 3 campeonatos seguidos, 5 interpolados ou o que acumulasse mais titulos em 10 anos receberia a taça com o mesmo nome do jornal. Tratava-se de um imponente troféu, que as imagens documentam e cuja deslocação não era possível a apenas um individuo. Daí que, ao alcançar o primeiro tri o Sporting seria o primeiro clube a conquistar o tão apetecido troféu.

Este feito viria a ser repetido na época 1952/53, selando com réplica ligeiramente alterada do monumental troféu o segundo tri da sua história. Infelizmente tal significaria também o final do próprio troféu, apesar da imensa popularidade que este tinha no país futebolístico, certamente pela sua imponência e pelo significado implícito de superioridade  sobre os rivais. 

Dizem as más linguas que tão súbito final se deveu ao facto de os seus criadores, os donos do referido jornal, serem benfiquistas e a a atribuição consecutiva do troféu aos rivais não ser propriamente um facilitador das respectivas digestões...

*Os campeonatos nacionais, no modelo competitivo que se realizam hoje, iniciaram-se na temporada de 1938/39. Viriam a substituir as competições iniciais como os Campeonatos de Portugal (1921/22-1933/34) e os Campeonatos da Liga (1934/35-1937/38)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Fim do mercado de inverno: emprestar ou despejar?

O Sporting esteve bastante activo neste mercado de Inverno, especialmente do lado das vendas/dispensas/empréstimos, tendo adquirido apenas um jogador para colmatar a saída de Maurício. 

Considerações/questões genéricas que resultam da observação do que foi agora efectuado:


- Para um clube que assumidamente tem dificuldades financeiras o Sporting tem os seus planteis principais (equipa A, equipa B) sobredimensionados. Os plantéis deveriam estar articulados entre si e dispor de um número mínimo de jogadores, de forma a que estes pudessem jogar o maior número de vezes. 

- A quantidade de jogadores que saíram da sua equipa B, 10 (!), é uma confissão tácita desse facto. Ora, se todos precisam de jogar para terem ritmo e emprestarem a devida competitividade, é precisamente neste escalão que essa necessidade é mais aguda. 

- O plantel principal com vinte e dois jogadores seria o ideal. Sobrariam, salvo lesões, quatro dos dezoito habituais convocados, que poderiam jogar na B. A equipa B poderia até ser em número um pouco menor, atendendo a que jogadores júniores de último ano, ou mais evoluídos, poderiam constituir opção.

- O número de jogadores nos plantéis é crucial. A possibilidade de jogar com regularidade é um dos aspectos a ter em conta mas é também um factor que promove esperança e a ambição indispensável de melhorar e jogar ao mais alto nível. Plantéis extensos funcionam precisamente de forma inversa.

- O empréstimo de uma quantidade de jogadores tão significativa foi feita com um critério meramente economicista, na tentativa de aliviar a folha salarial, ou visando proporcionar aos jogadores envolvidos experiências profissionais enriquecedoras? Essa dúvida é justificada, se atendermos aos destinos dos jogadores. Jogar muito pode nem ser suficiente, se os jogadores não tiverem um treinador que os faça evoluir, corrigindo as imperfeições e ganhando novas competências.

- Que acompanhamento será feito dos jogadores que agora saem? Serão efectuadas observações directas e elaborados relatórios de todos os jogadores de forma a que se possa avaliar a sua evolução? Estamos a falar de um pesadelo logístico, atendendo a que essas observações terão que se estender desde Brentford, Londres, onde já jogava Betinho, passando agora por Bolton, nos arredores de Manchester, passando pela Holanda onde está agora Wilson Eduardo, não esquecendo Chaby na Madeira.


Imagem Record

Considerações especificas da Equipa B



- Os empréstimos de jogadores para o campeonato nacional de profissionais são difíceis de perceber a não ser como uma admissão da pouca confiança no valor do jogador, ou então como um vulgar castigo. Estão nestas condições Mama Baldé e o "famoso" Gazela (Jorge Santos) que, pelos vistos, não se deu bem com os ares da lezíria.

- Filipe Chaby foi dispensado para uma equipa do mesmo escalão que a equipa B. Contudo, atendendo às ambições da equipa,  tal não significa um passo ao lado. Até pode ser um passo em frente relativamente aos colegas que permaneceram na B ou saíram por empréstimo. O facto de o treinador ser Vítor Oliveira é importante, não tanto pela excelência das suas qualidades formativas, mas por se tratar de um treinador com um curriculum de sucesso a este nível,  podendo os jogadores encontrar aí um ambiente desinibidor, potenciando as suas melhores qualidades.

- Fokobo saiu para o Arouca, sendo duvidoso que possa tirar o lugar a Rui Sampaio. Muitas dúvidas no acerto da decisão.

- Iuri Medeiros seguiu o mesmo caminho mas, como se pôde ver este fim-de-semana, Cayembe leva-lhe a dianteira nas preferências de Pedro Emanuel. Não há qualquer surpresa, atendendo ao trajecto do treinador e origem coincidente do jogador. Embora me pareça que a equipa ganha com a presença dos dois, ficam muitas dúvidas sobre a decisão.

- Cissé e Esgaio estão agora em Coimbra, uma equipa cuja direcção está longe de ser propriamente "Sporting friendly". Considerações "politicas" à parte, uma vez que a questão técnica me parece ser mais relevante para os jogadores, parece uma boa oportunidade, embora não tenha qualquer esperança por Cissé. A situação da equipa na tabela classificativa será o principal factor contra. Paulo Sérgio não é propriamente um treinador modelo, é duvidosa a sua continuidade, mas tem valor suficiente para as necessidades.

- Enoh saiu para o Leixões sem deixar o mais pequeno laivo que justificasse a aquisição. Menos ainda quando se havia dispensado um ano antes um jogador que já pertencia aos nossos quadros, Flávio Silva,  para agora se perder a disputa da sua aquisição com o SLB. 

Considerações especificas da equipa A

- Sobre a venda de Maurício já falei anteriormente, bem como da chegada de Ewerton. A este nível duas considerações: (i) ficamos melhor no que diz respeito à dupla titular e essa melhoria só não é mais favorável dado o curto período de utilização, o que pode ser pernicioso para um jogo com a responsabilidade da do próximo jogo, o dérby. (ii) Ficamos, pelo menos temporariamente, mais vulneráveis, pelo menos enquanto Ewerton não puder dar o seu contributo. As qualidades de Sarr e agora também o ambiente pouco favorável em seu torno, fazem dele mais uma ameaça que um activo a considerar.

- O empréstimo Wilson Eduardo ao Den Haag. Pode ser interessante para o jogador, até por questões económicas, mas em termos de evolução e aperfeiçoamento tem tudo para ser um desperdício, pelas diferenças de campeonatos. O pior é que um bom final de época pode criar a mesma ilusão que o jogador já havia suscitado.

- Quem tem Wilson Eduardo não deveria queimar recursos com Heldon. O jogador cabo-verdiano chegou há um ano por causa de uma muito habitual ilusão de óptica: ser bom no Marítimo está longe de significar ser bom no Sporting. O clube insular era então treinado por Pedro Martins, um treinador cujo futebol directo é bom para a velocidade de Heldon. Porém, as vezes que foi chamado, mostrou que, para contornar os muros defensivos, é preciso um pouco mais. Tem agora uma boa oportunidade no Córdoba, semelhante à que teve na Madeira, mas com foco muito maior.

- Slavchev entrou mudo e saiu calado, sem um minuto acumulado que fosse na I Liga e sem significar sequer alternativa na equipa B. É precisamente aí, com jogadores da mesma idade e até mais novos que fica claro o risco da aposta em campeonatos de futebol emergentes como o búlgaro. Os tempos de Balakov e Stoichkov já estão para trás há muito e estes não vão ressuscitar por decreto. A ida para Bolton, da divisão secundária inglesa, é de acerto muito duvidoso, tendo em conta o futebol praticado e mesmo a qualidade geral dos treinadores ingleses. Só se compreende pelo facto de o valor do jogador permanecer uma incógnita, apesar de ser dos mais caros do plantel, e não haver por cá quem pague tanto por incógnitas.

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