quarta-feira, 26 de setembro de 2018

José Peseiro na boca do leão


Texto escrito no ãmbito da cooperação com o site Fairplay

Peseiro será sempre lembrado no Sporting pelo quase sucesso de 2005 que havia de redundar em fracasso no curto espaço de dias. Na altura viu esfumar-se a glória de um titulo nacional e um titulo europeu que acabaria por lhe ditar o destino logo no inicio da época seguinte. A desconfiança de ser incapaz de ganhar acabou por impor a sua lei nos primeiros desaires da época seguinte.

É essa desconfiança que inevitavelmente ganhou forma após a derrota de Braga, anulando rapidamente a surpresa pela forma como vinha conseguindo juntar as peças de um Sporting estilhaçado. Mesmo que o futebol jogado não fosse propriamente sedutor, Peseiro parecia ter conseguido montar uma equipa eficaz. Mas era consabido que o beneficio de algum estado de graça se extinguiria no primeiro desaire. Foi isso que inevitavelmente aconteceu.

Assim foi em Braga. Mais importante que a qualidade do jogo jogado, onde as estatísticas confirmam a igualdade no desempenho das equipas, acabou por ser o resultado a premiar a eficácia dos da casa a ser determinante nas análises que se fizeram ao jogo. Como sempre quem perde sai por baixo e quem ganha recolhe os louros.

Fosse agora ou depois, o problema da desconfiança levantar-se-ia na mesma como um denso e escuro nevoeiro sobre Peseiro ao primeiro mau resultado. No caso em apreço, de pouco parece valer agora invocar o historial recente entre ambas as equipas, ignorando que as dificuldades sentidas ante os arsenalistas não são novas e remontam a períodos de maior fulgor e estabilidade do que os vividos desde o dealbar da época em curso. 

Contudo, nem o Sporting seria o principal favorito ao titulo mesmo que tivesse saído vencedor, nem o Braga passou a ser mais candidato do que era antes do jogo começar. Por razões diversas mas óbvias, cada um deles permanece na luta, mas conservando o seu estatuto de outsider face aos favoritos FC Porto e SL Benfica. No fundo este resultado não trás nada de muito novo ao que se poderia adivinhar. Se com o passar do tempo  as vitórias regressarem, esta derrota será um mero um percalço. Mas nunca poderá ser assumido como o fim as aspirações para o campeonato.

Quando se soube que Peseiro ia regressar ao Sporting o próprio se encarregou de afirmar o quanto era diferente do que havia chegado há 14 anos: 

Chego com a mesma motivação e responsabilidade de ser treinador de um enorme clube, mas agora com mais experiência". 

Será agora essa qualidade que terá de convocar para lidar pessoalmente com o actual momento, bem como perante o grupo de trabalho que lidera. Se normalmente um jogo em casa com é de vitória obrigatória, o resultado de Braga “obriga” ainda mais a vencer o Marítimo, o jogo que se segue. Saber lidar com a pressão e retirá-la do seio do plantel durante a semana que antecede o jogo é a primeira tarefa.

Mas não poderá ficar por aí. Apesar dos bons resultados conseguidos até Braga, não passaram despercebidas as dificuldades que o Sporting enfrentava na organização do seu processo ofensivo. À primeira vista tal pode soar de forma contraditória à impressão de técnico de perfil ofensivo, mas descuidado a defender, que deixou na sua passagem. 

Talvez não seja tanto assim, se se atender que a organização do ataque funciona para uma equipa como o telhado e os acabamentos numa edificação nova: são os últimos a finalizar e sobretudo os segundos quanto mais elaborados mais difíceis são de alcançar. 

Recuando a 2005, apenas à sexta jornada o Sporting estabilizou o seu jogo. Após um inicio prometedor na primeira jornada, o Sporting baquearia consecutivamente e de forma comprometedora para o resto do campeonato, entre empates e derrotas que só seriam interrompidos num jogo com o Estoril (1-4). Mais à frente alternaria uma pesada derrota fora com o FC Porto (3-0) e uma exibição de gala com o Boavista (6-1). 

Não sabemos se Peseiro conseguirá impor agora o futebol que então o caracterizou e que, apesar da ausência de títulos no final, representa do melhor que o Sporting apresentou no século em que estamos. Mas tivesse o Sporting conseguido estar mais vezes nas decisões da Liga nacional e da Liga Europa como então esteve, e seria muito provável que houvesse hoje o respectivo registo na sua sala de troféus. 

Creio ser bem patente nas exibições da presente época, e independentemente dos resultados, que é preciso tempo e sobretudo um plano emocional colectivo bem mais estável do que aquele que o Sporting iniciou a época. De todos, Peseiro tem apenas a culpa pela coragem – ou loucura? – de não virar as costas a um desafio que tinha e continua a ter demasiados ingredientes errados para acabar bem.

Julgo ser importante reter como sinal de esperança que, apesar dos equívocos evidentes no jogo do Sporting, não é difícil de perceber que há matéria humana para melhorar. Gudelj fez apenas o seu segundo jogo e pode vir a beneficiar ele e a equipa de uma visão mais ousada e menos conservadora que o atar à ilharga de Battagllia. Bruno Fernandes não pode ser um controlador aéreo, antes sim um agulheiro que traça o destino da bola de pé para pé. Raphinha não pode ser apenas aquilo que as suas iniciativas individuais dão, é preciso que a equipa esteja mais próxima dele. Todos os sectores aliás precisam de comunicar melhor e para isso é preciso maior proximidade para que exista mais dinâmica e daí melhor fluência e segurança na posse da bola. Sem isso a equipa continuará a viver de fogachos individuais e daquilo que as falhas do adversário permitirem.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Primeira derrota. E agora?

Peseiro teve razão na apreciação que fez ao resultado: foi injusto, pelo que as duas equipas fizeram, perder o jogo foi injusto para o Sporting sair derrotado da pedreira. Mas um resultado de um jogo de futebol não é uma decisão de tribunal, ganha quem marca e quem marca merece ganhar. O Sporting não marcou, apesar de o poder ter feito e aí se estabeleceu a decisão final.

Por ser um resultado duplamente doloroso - primeira derrota e descida de vários lugares - a forma como a equipa vai reagir vai constituir um momento definidor do carácter do seu carácter e até mesmo das nossas reais possibilidades nesta competição. Em Braga a equipa demonstrou que tem vontade, que tem um lote de jogadores para fazer melhor, mas que existe um fosso entre esses e outros que estão longe de os poder acompanhar ou sequer substituir. 

A isso acresceu também um facto que poderá ser determinante e que já funcionou ontem a favor do Braga: a eliminação precoce das competições europeias permitiu-lhes maior frescura e discernimento nos momentos finais da partida, em especial pelo forte calor que se fazia sentir. Jogadores que poderiam conduzir o Sporting a uma reacção ao golo sofrido - Nani, Montero, Bruno Fernandes, Gudjeli, Raphinha - ou já não estavam em campo ou quando estiveram pouco fizeram. 

Se em todas as derrotas o foco recai sobre o treinador, nesta não há excepção. No caso de Peseiro mais ainda, pelas razões que se conhecem: é um alvo fácil de se lhe bater. Abel antecipou-se-lhe nas substituições e, embora não tenha sido por aí que ganhou o jogo, foi isso que ficou registado em termos mediáticos. Mas o golo nasce de um erro numa transição e é consolidado por uma série de erros de posicionamento e avaliação que as substituições dificilmente poderiam ter evitado.

Mas é quando se olha para o banco que se percebem as dificuldades que Peseiro sentirá na hora de mexer na equipa: além de Jovane, entraram Castaignos, Diaby e ficaram no banco os jogadores de campo Jefferson, Marcelo e Petrovic. Como de facto aconteceu, apenas o primeiro significava uma possibilidade real de mexer com o jogo. 

Não vale a pena voltar a repisar aqui as razões que nos conduziram aqui. Nem isto equivale a desculpar inteiramente Peseiro, porque me parece que a equipa tem de ainda por onde crescer e parece tardar pelo lado das ideias expressas em jogo. Ou elas não estão a passar ou não estão a ser trabalhadas. 

Mas embora o resultado seja muito frustrante e penalizador para nós, não creio que haja razões para grande desespero. O ano passado fizemos apenas um ponto com este adversário e tínhamos em teoria melhores argumentos. O desânimo só pode ter apenas a duração do intervalo entre o próximo jogo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Leais ao Sporting vencem impugnação

Não consigo contabilizar com exactidão todos os subscritores da impugnação ontem apresentada às pretensões do Qarabag Adam em pleno estádio de Alvalade, mas podemos falar de cerca de trinta mil nas bancadas, mais jogadores e equipas técnicas, médicas, roupeiros etc. E assim se expressou a lealdade ao Sporting: com presença nas bancadas e com aplicação no relvado. 

Ao contrário do que se possa pensar não houve facilidades. Os argumentos apresentados pelos azeris eram sólidos e baseavam-se numa postura conservadora e expectante. Do nosso lado a preocupação expressa em algumas providências cautelares. Era necessário manter a concentração e o equilíbrio para que não fossemos surpreendidos.

Depois de muita cautela e alguns sustos a causa começou a ganhar contornos de vitória. Contamos na hora certa com o alto patrocínio de Nani, o Líder, a descobrir uma brecha na lei azeri em vigor. A visão e precisão do capitão foi muito bem secundada pela rapidez de reacção de Raphinha. 

Para rematar a acção de oposição à vontade do Qarabag de marcar pontos houve ainda alguma expectativa que seria coroada com um epilogo de elevada nota artística proporcionada por Montero. O tal que não marca golos mas se não estivesse lá às tantas não marcávamos mesmo. A peça de roupa interior, vulgo cueca, que ofereceu  ao defesa azeri poderia ter assinatura de um dos mais reputados costureiros de fama internacional.

Os argumentos finais estiveram a cargo de Jovane, que não tem perdido nenhuma das oportunidades que lhe tem sido concedida, numa demonstração de que tão importante como o talento é a vontade.

E agora siga para Braga, onde disputaremos a manutenção da liderança com o espanto de muitos e desgosto de alguns, poucos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Os grandes problemas do Sporting actual

Nos últimos dias os "grandes problemas" do Sporting para determinados adeptos têm sido a propalada entrega da comunicação do clube à LPM e a recondução de Virgílio Abreu na direcção clínica do futebol do clube. 

Os que hoje tanta preocupação demonstram com a possibilidade de um elemento da LPM poder ser benfiquista certamente tinham emigrado e por isso nada disseram quando a direcção da comunicação foi entregue a Luís Bernardo. O tal que estagiou em Alvalade e de forma meteórica atravessou a Segunda Circular para gerir o mesmo dossier no clube rival.

Tanto quanto é possível saber a direcção de comunicação ainda se mantém como estava. Se a escolhida for a referida empresa estamos a falar da contratação só de uma das referências do mercado para uma área há muito identificada como um dos calcanhares de aquiles dos últimos cinco anos de gestão. Quanto a mim essa é uma falha que remonta até a vários anos atrás. Porquê mudar se tudo estava tão mal, não é?

Quanto a Virgílio Abreu, trata-se de um clínico cuja ligação ao clube remonta a vários anos e a sua nomeação é de carácter interino, até que João Pedro Araújo possa assumir a pasta no próximo mês de Outubro. Não me lembro de tanta indignação quando em Junho a direcção anterior se preparava para uma "varridela" geral no corpo clínico do clube, que abrangia médicos e fisioterapeutas.

Oxalá continuem a ser deste teor as indignações. Oxalá que os "emigrados" dos últimos cinco anos regressem e possam exercer com rigor e honestidade intelectual uma obrigação de todos: o escrutínio da actividade dos órgãos sociais.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Os 4 alicerces para a nova casa do leão

Texto escrito no ãmbito da cooperação com o site Fairplay
 
Com a eleição dos novos corpos sociais o Sporting cruzou a linha de fronteira para um tempo novo. Independentemente do que venha a suceder no futuro, é quase garantido que a nova liderança trará uma postura e actuações diferentes das dos seus antecessores imediatos. Isso percebe-se-imediatamente nas primeiras tomadas de posição públicas do novo presidente, Frederico Varandas, e o quanto contrastam com as do seu antecessor.

Elegemos quatro pontos que nos parecem virão a ser fundamentais para os primeiros tempos da gestão de Frederico Varandas e respectiva equipa:

Relações Internas

O lema de candidatura escolhido pelo novel presidente foi precisamente a união interna. Que ela é desejável e necessária ninguém duvida, como se chegará a ela é que já é mais difícil de prever. O final caótico da anterior liderança deixou marcas profundas no clube ainda não totalmente quantificadas e não apenas na situação financeira. Elas são particularmente visíveis numa facção ruidosa e que não está disposta a conceder um mero segundo de graça à nova equipa dirigente, recorrendo para isso a todo o tipo de boatos difundidos a partir das redes sociais.

Para todos, dirigentes incluídos, há noção cristalina de que a actual gestão tem vários dossiers complicados em aberto que requerem decisões rápidas e eficazes. A forma como eles forem sendo encerrados será decisiva para a consolidação da imagem da actual direcção.

O elevado interesse com que os Sportinguistas acompanham o seu clube e a forma como o veneram ficou mais uma vez provada no recente acto eleitoral. Daí que o cumprimento de algumas promessas eleitorais da lista vencedora merecerá também amplo escrutínio. Se a reordenação de toda a Formação representa muito maior complexidade do que simplesmente reorganizar a Academia e cujos resultados vão requerer alguns ciclos, outras promessas há que não necessitarão de tanto tempo para se iniciar a efectivação e notar a diferença.

Entre essas estão a implementação do modelo para o futebol, onde ganha particular relevância o interesse pelo nome escolhido para o Head Scout, bem como dos técnicos que o acompanharão. A constituição da Unidade de Performance e os nomes que acompanharão o seu director e simultaneamente director clinico, João Pedro Araújo. O posicionamento do clube relativamente aos jogadores que rescindiram e que, não tendo regressado, mantêm contencioso com o clube, a procura de novas receitas e a criação de valor com a potenciação do “ecossistema Sporting” suscitarão também interesse e merecerá acompanhamento.

Dossier Financeiro

É nos assuntos financeiros onde a actuação dos novos corpos sociais será mais visível e onde são requeridos resultados praticamente imediatos. À cabeça o revolving do anterior empréstimo obrigacionista, com o objectivo de remunerar o anterior já em atraso, bem como permitir a conclusão da reestruturação financeira que levará a um haircut da divida de quase 70%, em condições particularmente vantajosas e imperdíveis. Terá obrigatoriamente que deixar clarificadas todas as questões levantadas durante a campanha sobre a real situação financeira actual.

Resultados desportivos

Aqui pode estar um presente envenenado. Sousa Cintra entregou a Frederico Varandas a equipa de futebol no comando do campeonato. Algo que não é passível de ser melhorável. Mas pode piorar, sem que a direcção da SAD possa fazer muito para alterar o rumo dos acontecimentos, pelo menos até Dezembro. Falta saber até quando poderá ser disfarçada a forma deficiente como a época foi preparada nos mais diversos níveis, por força do período conturbado que o clube atravessou. Aliás, o que provoca perplexidade em quem observa o clube é a forma como este se levantou desde o profundo abalo que a invasão da Academia, passando pela destituição dos órgãos sociais até às eleições que provocou.

Felizmente as chamadas modalidades conseguiram manter uma linha de continuidade nos seus plantéis e órgãos directivos que lhes permite manter a competividade ao mesmo nível. Mas, desta vez pelas melhores razões, o presente não tem menos veneno. É que os títulos conseguidos em quase todas elas servirão de fasquia para a avaliação de desempenho.

Relações institucionais

Não é um dossier tão urgente ou decisivo como os anteriores mas é uma evidência que o Sporting tem de ter uma estratégia clara relativamente às relações com os órgãos tutelares (FPF, Liga, IPDJ,) bem como com os seus concorrentes e rivais. O Sporting não pode estar fora da definição da agenda, dos regulamentos e ordenação do futebol português. Um capitulo que vai ter de começar a ser reescrito, tal a forma como foram paulatinamente fechadas as portas aos mais basilares entendimentos e cavadas as respectivas trincheiras.

As reacções à presença de representantes do Sporting nos camarotes presidenciais no recente derby é apenas um breve introito de uma intricada teia de posições e interesses quase nunca convergentes. Ainda sem saber o que representa para si o Cashball, o Sporting vive sufocado por dois rivais dispostos a tudo, como se prova pelo Apito Dourado e o mais recente E-Toupeira.

No ambiente pantanoso e subjugado aos mais diversos interesses, a ausência de qualquer presença relevante nos órgãos decisores funciona como um contravapor para as ambições de revitalização do clube. Porque por não há organização, programas ou modelos, mesmo que brilhantes que resultem quando os bons resultados desportivos não acontecem.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Frederico Varandas de presente a presidente

Num mundo em vertiginosa e controversa mudança, é sempre bom sentir a segurança de alguma perenidade, especialmente do que nos é tão querido. É o caso do amor que os Sportinguistas devotam ao Sporting Clube de Portugal, que os faz acreditar sempre e dizer presente, seja nos momentos de crise, seja nos momentos de celebração. E esse sentimento é tão grande e de raízes tão profundas que, como no caso da Assembleia Eleitoral do passado sábado, era difícil de distinguir a qualquer forasteiro que passasse perto de Alvalade, se era dia de romaria, de jogo grande ou, como era o caso, de chamada às urnas. 

Há um cerca de um ano e meio, havia escrito precisamente isto por ocasião das eleições de Março de 2017, que reconduziriam o anterior presidente ao seu segundo mandato:

Como se preciso fosse os adeptos do Sporting decidiram dar ontem mais uma demonstração do insuperável e exemplar amor que nutrem pelo seu clube de coração. Absolutamente notável o que se viu ontem em Alvalade, comprovando, para quem precisasse, que a grandeza deste clube é à prova de qualquer comparação. Esta é daquelas vitórias que não podem ser esquecidas, ainda que não tenha correspondência na nossa sala de troféus. Mas a marca deixada é seguramente impressiva e inolvidável na nossa história.
No sábado decidimos brindar com um poderoso "encore" essa demonstração de vitalidade, sufragrando uma nova equipa de dirigentes, bem como aqueles que com eles concorreram, proporcionando alternativas distintas. O encerramento do processo seria ainda mais brilhante pela forma como a lista vencedora, na pessoa do seu líder (e agora nosso...) Frederico Varandas (FV) soube vencer, bem como a elevação e o sentimento de profundo Sportinguismo dado por João Benedito, na aceitação dos resultados. Essa atitude é ainda mais louvável por aceitar sem desculpas ou subterfúgios as regras de ponderação dos votos que todos sabiam à partida. Esta talvez tenha sido das defesas mais importantes que Benedito efectuou em favor do Sporting Clube de Portugal.

Tal como nas eleições anteriores declaro aqui que o meu total apoio, que durará sempre e enquanto eu sinta que a defesa dos superiores interesses de TODOS NÓS precedem todos os outros. Tornei público aqui o meu apoio à lista que FV liderou, mas não me sinto nem mais nem menos responsabilizado, ou nem mais nem menos mobilizado por isso. Tão pouco menos atento ou vigilante. As listas acabam após o acto eleitoral e, como qualquer um de nós, o meu desejo é de muita sabedoria e de indispensável sorte para os novos dirigentes, em particular FV.

De todos os que podiam ganhar talvez seja ele quem tem a tarefa mais difícil pela frente, mesmo antes de se sentar na cadeira ou assinar uma decisão. Não apenas não ganhou pelo maior número de eleitores como, pior do que isso, tem contra si uma facção que mesmo que não seja facilmente quantificável, é particularmente ruidosa. Pior do que isso, é frequentemente desonesta e não se coíbe de inventar factos, guiões da desgraça e difundir boatos de forma despudorada.

Como provavelmente FV muito bem saberá, não terá por parte dessa facção direito a estado de graça, a que terá que acrescentar a natural desconfiança de todos quantos preferiam outros projectos ou pessoas - mais isto... - à frente dos destinos do Sporting. A isso somar-se-á os efeitos destruidores do vendaval que nos varreu de forma incessante até à destituição do anterior executivo. Efeitos esses que alienaram valor ao plantel, valor à SAD e ao clube. Os cuidados paliativos da Comissão de Gestão e do por si nomeado presidente da SAD, Sousa Cintra, permitiram manter-nos vivos mas desengane-se quem vê no primeiro lugar que a equipa actualmente ocupa um atestado favoritismo. É, acima de tudo, um exemplo de força, confiança e prontidão que a equipa nos dá a todos nós como preparação para o que ainda virá...

Por paradoxal que pareça, é nas imensas e complexas dificuldades que FV e a sua equipa têm pela frente  que estão as oportunidades de se afirmar primeiro e consolidar depois a liderança a que se propôs. Haverá também a quota parte que terá que ser desempenhada por todos e cada um de nós. Assim a liderança nos saiba convocar a todos, sem contudo ficar à espera de unanimismos. Os Sportinguistas saberão dizer presente tal com ele o soube dizer quando os acontecimentos assim o impunham.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Em quem eu voto até às paredes confesso


Ao contrário de actos eleitorais anteriores, hesitei muito em tornar público os meus votos.

Por força da minha participação no Sporting160 tive a oportunidade de dialogar com quase todos os candidatos e para isso tive que ler os respectivos programas. Aí aprofundou-se a convicção inicial de que a lista de João Benedito e a de Frederico Varandas são as que estão melhor preparadas para dirigir os destinos do Sporting.

Procurei tomar a minha decisão pela positiva. Não votei contra ninguém, votei a favor do Sporting. E procedi assim sem ligar a rumores, antagonismos pessoais, boatos. Votei por entender que é o programa, a equipa e a pessoa que melhor habilitados estão para voltar a devolver alguma da dignidade ferida e reencontrar, como é urgente e necessário,  o caminho do sucesso. E dessa forma a estabilização e o regresso das vitórias de forma sustentada. A minha escolha recaíu na Lista D, encabeçada por Frederico Varandas.

Não escondo que foi essa a minha inclinação inicial, até aparecer a equipa de João Benedito. Gente com passado no clube, recheada de campeões que oferecem garantias de saber de experiência feito e de elevado grau de preparação pessoal.

Mas há dois pontos fundamentais que me levaram a tomar a decisão contrária:

1- Apesar da campanha inteligente que tem efectuado, Benedito nunca tomou uma posição inequívoca e em tempo oportuno relativamente à gestão que quase implodiu (e continua a tentar…) o Sporting. As feridas estão ainda abertas e demorarão a sarar. Não só não se demarcou no momento em que as AG’s sucedem, como não o fez na crise do futebol profissional. Mesmo recentemente, na célebre sexta-feira da providência cautelar “vazia” permaneceu em comprometido silêncio.
Desejo que a próxima liderança saiba ser inclusiva, suscite a reconciliação e harmonia da família leonina, não desejo nem apoiarei qualquer tipo de perseguição interna a quem apoiou Bruno de Carvalho, mesmo que o tenha feito até “à 25ª hora”. Até pelo absurdo que representaria. Mas este era um critério inequívoco para atribuição dos meus votos: o candidato em quem votasse teria que ter um discurso claro relativamente àquele que considero um dos piores momentos que me lembro da vida do Sporting e o seu responsável.

2- Os programas e as pessoas que os executarão na principal actividade do clube: o futebol. Porque é aí que tudo começa, sejam a glória ou a crise profunda. E é nesse ponto que reconheço que a lista de João Benedito perde claramente para a lista de Frederico Varandas. Com todo o respeito que me merece o respectivo passado, Carlos Pereira e André Cruz estão claramente desfasados da realidade leonina e do futebol nacional. Veja-se a entrevista de hoje de Carlos Pereira ao jornal “A Bola”. Muito enfoque no passado, na cultura, à raça, etc, mas quanto ao mais importante, o modelo, organização e conhecimento para lá chegar nada.
O mesmo se aplica ao discurso do cabeça de lista, obviamente. Isso é ainda mais evidente, quando se lê, entre outras coisas, no programa de João Benedito, que se vai “avaliar pormenorizadamente o nosso departamento de Scouting e, caso o mesmo apresente falta de conhecimento e fraca propensão em encontrar novos jogadores de qualidade”. Isso contrasta com o diagnóstico já feito e o discurso claro de Frederico Varandas relativamente ao tema, bem como relativamente toda a organização e estrutura para o futebol.

O mesmo incómodo e pouco à vontade que se notou em Varandas nos debates na televisão é notório no programa de Benedito para o futebol. Só que os debates extinguem-se com as eleições mas o futebol queremos que, ao invés disso, melhore consideravelmente. E para isso é preciso conhecimento imediato do terreno que se vai pisar.

Não tenho dúvida absolutamente nenhuma que João Benedito será um lutador incansável, mas demorará mais tempo a descobrir o caminho ideal e com isso também o Sporting. O futebol não é uma ciência oculta, mas requer conhecimento aprofundado das suas especificidades. Frederico Varandas têm-no já. Claro que o facto de viver há onze anos dentro do core do clube, o futebol, é uma circunstância que o beneficia. É uma qualidade diferenciadora que não deveria ser desperdiçada. Até porque não há muitos mais nessas circunstâncias. Da mesma forma que a equipa de Benedito acumula o saber nas modalidades de enorme valor e de pessoas que não deveriam viver fora do Sporting.

Mas, na impossibilidade de uma acção conjunta, creio que a lista de Frederico Varandas assegura também a manutenção do ecletismo e tem um programa muito sólido no que diz respeito às diversas componentes essenciais do clube, nomeadamente a relação com os sócios, da relação destes com o clube, investidores, patrocinadores, marketing, criação de valor e potenciação da marca Sporting. Creio mesmo que o documento "Ecossistema Sporting [ https://www.unirosporting.pt/…/Potenciar-Ecossistema-Sporti… ] entre outros, deveria ter leitura e discussão séria.

É verdade que a campanha com elevado nível de ruido e excesso de debates televisivos acabou por privilegiar o espectáculo que interessava particularmente aos canais televisivos. Por isso me abstraí de os ver, bem como me afastar de discussões pontuadas pelos ataques muitas vezes “ad hominem”. Nesta luta que não fez reféns não há inocentes, seja pela via directa das candidaturas seja pelo lado dos pontas-de-lança criteriosamente colocados em posições chave nas redes sociais. O Sporting merece melhor.

Aconteça o que acontecer, o meu presidente será eleito no próximo sábado. Estimo que os demais aceitem os resultados mas que não deponham as suas armas, antes sim as disponibilizem ao presidente eleito. Que uns e outros tenham a humildade de perceber que a derrota é quando perdemos em campo e que a vitória eleitoral não é um salvo conduto.

Estimo acima de tudo que muitos de nós, adeptos que sempre fomos, nos possamos voltar a encontrar sob a nossa bandeira, com nosso símbolo ao peito em qualquer estádio ou pavilhão, sem outra preocupação que não seja VENCER!

Pode ouvir as respectivas entrevistas ao Sporting160 aqui:

João Benedito

Frederico Varandas 

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O reforço mais importante afinal sempre chegou

Terminou da pior forma a janela de mercado. Um colossal desastre comunicacional exponenciou expectativas que dificilmente poderiam ser cumpridas, mesmo que o Sporting se encontrasse nos seus melhores momentos, o que sabemos bem é precisamente o oposto. Jogadores como Bacca, Muriel e outros dificilmente querem correr o risco de tentar relançar a sua carreira numa liga periférica e em paulatina perda de competitividade internacional. E muito menos o fariam num clube que passou os últimos meses a ser noticia não pela conquista de títulos na modalidade de que são profissionais mas pela sua profunda crise interna. 

O trabalho de Sousa Cintra na reconstituição do plantel acaba assim por ser contaminado pelas últimas imagens: a falha na aquisição de um ponta-de-lança e Fábio Coentrão. Depois de informações desencontradas percebe-se hoje que o Sporting pouco ou nada fez para ter o lateral de volta. Há dois factos surpreendentes aqui: 
Que não se tenha contratado um defesa-esquerdo à altura da exigência das nossas ambições, uma vez que isso acabará por nos sair caro, como aliás já se vai vendo, nas limitações que isso impõe ao nosso jogo, quer do ponto de vista ofensivo como defensivo. 

E as reacções de indignação por não contratarmos um jogador do Jorge Mendes. Tão indignadas como as que se registam sempre que se comenta uma noticia de que o Sporting estaria a negociar um qualquer jogador com origem naquele empresário. O universo leonino não para de nos surpreender na sua ciclotimia.
Felizmente o mais importante e desejado reforço acabou por chegar já quase no encerramento não do mercado mas dos noventa minutos do jogo com o Feirense. E esse reforço tem nome e sobrenome: quatro jogos, dez pontos, primeiro lugar.

Duas razões de fundo para que tal tenha sucedido:
O nosso processo de jogo carece ainda de muito trabalho de aprimoramento  mas sobretudo de melhores ideias mestras. O intervalo que se segue será fundamental para as por em prática, bem como de integração dos últimos reforços.

O Feirense de Nuno Manta não é uma equipa qualquer. Não se remeteu à defesa e quando teve que o fazer ou o fez bem ou teve um guarda-redes intransponível. A excepção que confirmou essa regra resultou de um lance de muita sorte para que a bola tivesse chegado ao nosso joker, Jovane.
Uma palavra final para José Peseiro. Já se percebeu o quanto mudou e ele mesmo fez questão de o lembrar na conferência de imprensa final, que constituirá um marco desta época, seguramente. O que conseguiu até agora talvez só existisse na sua cabeça e nos nossos melhores sonhos. Mas saberá tão bem como nós que a equipa tem muito que crescer para manter a performance. 

Uma menção também para os jogadores, cujo empenho tem superado as deficiências colectivas resultantes das mais diversas condicionantes conhecidas de todos. Não merecem os assobios impacientes das bancadas que não só ignoram as circunstancias como o quanto ajudam os nossos adversários. E depois ainda se queixam no final que a equipa jogue sem ligação e pontapé para a frente, especialmente quando o jogador em posse não se desfaz da bola rapidamente. Até quando???

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