Sporting, que equipa-tipo?
Se há algo que resulta claro das primeiras observações que se podem fazer desta pré-época é existência de um leque equilibrado de jogadores para cada posição, exceptuando para a posição 9, tal como foi aqui anteriormente afirmado. Menos claro é ainda, e talvez resultante desse mesmo equilíbrio, é a equipa tipo com que o Sporting se apresentará nos primeiros compromissos oficiais da época. O presente post é um exercício meramente especulativo, tão ao gosto de qualquer adepto, mesmo que um pouco extemporâneo, face ao que ainda falta ver jogar, e por isso com elevado risco de ver as previsões falhar.
Baliza: Só em caso verdadeiramente excepcional se encara a possibilidade de o titular não ser Patrício. E a excepção poderia ser a sua partida, o que até agora não parece haver riscos de suceder. Com a desejável renovação em curso, espera-se que o titular indiscutível da selecção nacional se mantenha por mais anos de leão ao peito.
Lateral direito: a opção inicial de Sá Pinto, que já revelou não se deixar influenciar por alguns sectores da bancada, deverá ser Pereirinha. Nesse sentido lembro aqui o comentário do nosso leitor Tiago, no post anterior: "Por vezes os adeptos do Sporting parecem aquela velha história entre um
oncologista e um neurologista. Um paciente é diagnosticado e para o
oncologista é um cancro e para o neurologista é um problema neurológico O Bruno é tão patinho feio que não importa o que ele faça, a generalidade dos adeptos diz que ele fez mal". Há que dizer contudo que Cedric obrigará Pereirinha a manter o nível elevado se quiser ser titular. Depois de o ter visto jogar a primeira vez em Braga, no jogo final do campeonato 2010/11, não tenho dúvidas que temos o futuro assegurado na posição.
Defesas-Centrais: à primeira vista tudo se encaminha para a dupla Boulahrouz - Rojo. No entanto o holandês deve-se preocupar com Xandão e Carriço. Onyewu é nitidamente o outsider nestas contas.
Lateral esquerdo: Ínsua goza de estatuto semelhante a Patrício. Só um abaixamento de forma, lesão ou necessidade de rodar, deverão fazer Sá Pinto equacionar a deslocação de Rojo ou a inclusão de Pranjic.
Meio campo - O coração da equipa merece o tratamento por inteiro e não individualizado. Ainda sem Labyad e com Izmailov com um pé (pelo menos...) de fora, é muito provável que Sá Pinto opte inicialmente pela dupla Schaars / Elias e André Martins um pouco mais adiantado. Outra possibilidade é a utilização de um 6 mais posicional e aí parece-me que Gelson tem mostrado que Rinaudo não terá a tarefa tão fácil como no ano passado. O argentino, agora elevado à condição de capitão, parece sofrer por ora o preço da grave lesão e paragem prolongada.
Extremos: Capel também goza de estatuto semelhante a Wolfs mas não poderá
facilitar, num ano em que se espera a afirmação de Carrillo e a aparição
de Jeffren a um nível mais próximo do que há muito promete.
Avançados- Wolfswinkel já se apresenta em forma muito apreciável, embora continue a estar, em muitos momentos dos jogos até agora disputados, muito longe dos colegas mais próximos. Um problema a carecer de solução até ao inicio dos compromissos oficiais, pois o holandês precisa de ter bola para fazer valer a sua qualidade de finalizador. Precisa de concorrência e de alternativa, até porque o seu jogo de cabeça está longe de ser tão eficaz como o dos pés. Parece-me ainda cedo para Wilson Eduardo, a quem não faria mal continuar
a jogar com assiduidade e não deixa de ser uma pena que Rúbio passe
mais um ano a jogar muito pouco. Veremos o que música nos dará Viola.