Claques: impunidade e conivência
1: #impunidade: depois do que aconteceu em Alcochete deveria ter havido um outro nível de responsabilização sobre a actuação das claques mas preferiu-se olhar para o lado e esperar que passasse. Só por esse sentimento de impunidade é que se percebe que esta gentinha se dê ao desplante de realizar este número precisamente no PJR que, ao longo destes tempos conturbados, se tem assumido como um local de culto do Sportinguismo (pelo exemplo quase regenerador de que também sabemos bem fazer e que nos tem dado alegrias e títulos) e dos Sportinguistas e a salvo das tricas e armadilhas que nos infectam em ritmo diário. Não estranharia que a fortaleza que tem sido o PJR para os nossos atletas se assemelhe em breve à fornalha que tem sido EJA para os profissionais de futebol.
2: #conivência isto acontece com a conivência de todos nós, porque calamos e vamos admitindo. Uns por conveniência, porque acham que lhes serve a estratégia, outros por receio natural das consequências físicas que lhe pode acarretar uma frase qualquer dita na hora errada e no lugar errado. Não pode haver meias palavras e muito menos silêncio porque o Sporting não tem outros donos do que os seus associados. Estes têm o direito de assistir aos espectáculos no pavilhão ou no estádio ou em qualquer lugar sem serem importunados.
Se dúvidas houvesse da insanidade que este momento representou, o vogal da direcção com o pelouro das modalidades viu o seu carro apedrejado. Além de ser um ex-atleta do clube, tem 7 títulos europeus sob a sua égide.
Eu sou e sempre fui um fã das claques e é com quem eu gosto de ver os jogos. Mas já está na altura de se fazer o deve e haver da sua existência e ajustá-la às necessidades do clube e não de uns quantos.