sábado, 28 de janeiro de 2017

Sporting 4 - Paços de Ferreira 2: crónica de um calimero

Algum dia haveria de chegar a minha vez. Depois do pico da epidemia de gripe que varreu o país ter passado, pensei que desta vez voltaria a escapar entre as nuvens de vírus e bactérias mas enganei-me. Ora se a gripe por si só é castigo pesado adormecer durante o melhor período do jogo, por força do efeito da medicação, e ficar acordado (embora com a sensação de estar mergulhado num pesadelo...) na segunda parte não é justo!

Terei oportunidade de visualizar os primeiros quarenta e cinco minutos posteriormente, mas pelo que me dizem realizamos uma das melhores primeiras partes da época. O que nos foi oferecido na segunda parte foi um prato tantas vezes requentado esta época, em que a equipa se desconcentra e a sua organização se esboroa como um castelo de cartas. Felizmente foi pouco o tempo que mediou entre o segundo golo pacence e o bis de Bas Dost, a estabelecer o resultado final.

O cartão amarelo a William é uma nota expectável deste jogo, sabendo-se que o clássico com os tripeiros vem a caminho. Posso assegurar que os árbitros têm indicações claras para sancionar assim estes lances (pisar o adversário), o que se pode dizer que é uma daquelas "inovações" de teóricos que conhecem o jogo à distância dos camarotes.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Eleições: os candidatos, as estratégias e os programas

Os candidatos e proto-candidatos até agora conhecidos
Falta ainda mais de um mês para as eleições mas continuam a existir movimentações quer dos candidatos já conhecidos, quer de outros que não o chegaram a ser, apesar das intenções. É o caso de Mário Patrício, que acabou por não assumir candidatura segundo o próprio  porque "não foi possível chegar a uma plataforma de entendimento para que essa alternativa conjunta fosse uma realidade". 

Sem dúvida que Mário Patrício representava um nome forte, uma vez que, além de uma exposição mediática maior que Pedro Madeira Rodrigues (PMR), tem um conhecimento aprofundado do clube, resultante do facto de ter sido dirigente durante vários mandatos. A possibilidade de chegar com apoios de peso, como o nome João Rocha faria dele um poderoso "challenger" de Bruno de Carvalho.

Falta ainda saber se Pedro Madeira Rodrigues conseguirá ultrapassar o semi-anonimato de onde quer sair até à presidência do clube. Afigura-se muito difícil de alcançar, a menos que algo mude drasticamente. Talvez tenha sido também para contrariar essa condição que PMR arriscou tudo na questão "Jorge Jesus". Por isso mas sobretudo por uma questão de principio.

Foi a decisão de Jorge Jesus em tomar partido a favor do seu opositor que o deixou sem alternativa. Ao apoiar o seu opositor JJ declarou com quem gostaria de trabalhar, invertendo assim a ordem natural das coisas: quem escolhe os funcionário é o presidente e não o contrário. Se PMR assobiasse para o lado, como provavelmente até lhe seria conveniente, ficaria com a sua autoridade minada caso viesse a ser eleito.

Jorge Jesus é o mestre da táctica mas não o é na ética. Se a ideia era desmentir os rumores de afastamento entre o treinador e o presidente, em função dos maus resultados, haveria formas mais "saudáveis" de o fazer. A questão essencial aqui é que JJ declarou não o apoio ao presidente mas a um candidato. Não me parece que os funcionários do clube o devam fazer de forma pública. Para os que acham que isto não interessa nada sabemos bem o que diriam se JJ declarasse o seu apoio a PMR.

Mais ou menos conhecido, o que ninguém deveria poder por em causa era a sua qualidade de Sportinguista pelos anos de sócio que leva, a que acresce ainda o reconhecimento de um prémio Stromp. Mas infelizmente, nesta estranha doença contagiosa que vai afectando o clube, quem não se arroja à passagem de Bruno de Carvalho é croquete. Quem se lhe opõe, como é o caso de PMR, acumula essa "virtude" com a de lampião. Muitos dos que assim se comportam podiam pedir-lhe emprestados uns anos de sócio e vinculação ao clube para ganharem um pouco mais de autoridade. Já credibilidade estamos conversados.


As estratégias
São já perceptíveis as estratégias de ambas as campanhas. Bruno de Carvalho sente que não tem a sua posição em causa e por isso só falará "quando for preciso" e aqui pode sempre fazê-lo na pele de presidente ou de candidato. O low-profile adoptado assim o indica. PMR tem-se desdobrado em entrevistas, certamente para contrariar o semi-anomimato de que falava acima. Mas terá que o fazer melhor na postura mediática em frente às câmaras de televisão mas sobretudo de ser melhor aconselhado. Um candidato a presidente não se deixa apanhar numa armadilha tão básica como debater com alguém que acumula as funções de melífluo homem de recados com a de fornecedor de refeições e toalhas quentes.

Programas
Se alguma característica que aproxima os candidatos é a natureza superficial dos programas a par de muitas medidas incumpríveis tão comuns neste tipo de documentos. Por exemplo, alguém acredita que as VMOC's sejam pagas nos próximos quatro anos? E porquê um centro de estágios a norte ou um clube parceiro na mesma região? Um velódromo, a sério? E que melhorias no atendimento serão feitas que não fossem precisas há tanto tempo, incluindo os últimos quatro anos?

Ainda assim esta é também uma boa oportunidade para discutir matérias com interesse para o clube.

O naming do estádio e do pavilhão?

Para quando o voto eletrónico?

Faz sentido uma rádio do clube?

O jornal deveria ser gratuito para os sócios e em que formatos se justifica?

Os concertos deveriam voltar a Alvalade?

sábado, 21 de janeiro de 2017

Maritimo 2 - Sporting 2: encalhados pelo apito já à saída da baia do Funchal

Foram demasiados os erros individuais a penalizar uma equipa que anda tão longe dos níveis exibicionais e de confiança para que o resultado pudesse ser outro. Patrício, em noite não, a oferecer dois golos aos insulares e o pé da arbitragem em cima da nossa cabeça, quando lutavamos para chegar à praia, ditaram mais um encalhe, deste vez na visita à baía da Madeira.

Não tendo feito um jogo de grande qualidade, os jogadores fizeram o suficiente para merecer melhor sorte no resultado e na reacção final dos adeptos que, pelo menos aparentemente, acabaram por receber mal os jogadores no final do jogo. A confirmar-se não é apenas injusto, é pouco inteligente porque é com estes jogadores, técnicos e dirigentes que temos para sair da situação incómoda e decepcionante em que nos encontramos. A ideia de falta de atitude parece ter feito escola mas o seu uso revela sobretudo incompreensão e desconhecimento de outros aspectos tão mais importantes para vencer um jogo.

Nota para a estreia de Palhinha. Não me parece que seja este o momento indicado para recorrer aos bancos da nossa escola mas, apesar do contexto difícil, o miúdo saiu-se a um nível muito razoável. Mas é indiscutível que não trouxe nada de muito substancial ao nosso jogo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Humildade, lições e actos de contr(ad)ição

Quem está de fora do circulo restrito do futebol profissional do Sporting não está na posse de todos os dados para poder efectuar uma análise rigorosa e certeira nem sobre o momento nem sobre as dinâmicas que afectam as relações entre os diversos grupos (dirigentes, técnicos, jogadores) e os elementos que os compõem. 

Mas observando de fora é fácil constatar que por lá já se viveram melhores dias, sendo legitima - e sobretudo preocupante -  a dúvida sobre a existência de uma fractura entre os diversos grupos e/ou indivíduos. A observação do segundo jogo de Chaves, por força dos tristes acontecimentos nos balneários do jogo anterior, que mais uma vez projectaram o Sporting para as parangonas dos média pelos piores motivos, não nos deram razões para grande tranquilidade. Veremos os próximos capítulos para perceber melhor.

A apreensão não diminui nas promessas de rápida lipoaspiração dos excessos de gordura no plantel e ainda menos quando se fala na diminuição de poderes de Jorge Jesus na contratação de jogadores no futuro imediato. O emagrecimento do plantel é compulsivo, face às obrigações que ainda restam para o resto da época, não resultando por isso de uma verdadeira estratégia. E a promessa da transição do poder de contratar de um gabinete para outro também não o é. Estratégia seria haver total coordenação interna quer entre SAD e treinador e entre estes e os diversos departamentos, incluindo os ligados à formação. 

Uma grande dúvida porém se levanta: se os plenos poderes de Jorge Jesus dão para encher agora uma mini-van de desperdício (pelo menos sete...) os plenos poderes nos quatro anos de mandato da actual SAD talvez não chegue um autocarro. Até mais do que um, se alargarmos a análise às sucessivas intervenções pouco cirúrgicas até à equipa B e juniores. Tudo isto se explica de forma simples: a tão propalada estrutura resume-se praticamente a dois nomes: Jorge Jesus e Bruno de Carvalho. 

Para o bem do Sporting não tenho dúvidas que o futuro será melhor se conseguissem trabalhar de forma coordenada, apoiada numa rede de profissionais competentes e de saber feito, quer do ponto de vista académico, quer de experiência de vida. O que comummente se chama estrutura. Duvido que haja, crendo mesmo que se alguma vez tivemos se perdeu na espuma dos dias e das permanentes alterações. E para que tal acontecesse seria preciso uma dose muito generosa de humildade de ambas as partes, o que não se me afigura fácil de acontecer.  Pelo histórico de ambos, é mais provável que as as actuais baixas temperaturas cheguem primeiro aos infernos.

O recente acto de contrição faceboquiano do presidente é meramente estratégico por quem se sente acossado, sendo a contradição inicial um claro indicio disso mesmo. A retirada de poderes a Jorge Jesus significa um passo atrás, contradizendo a promessa de não o dar - "Não irei dar um passo atrás para apaziguar algumas almas". E é realizado com o óbvio propósito para apaziguar senão as almas pelo menos a contestação.

Mas representa a negação de algo ainda mais substancial: a existência de um verdadeiro projecto, pelo menos no que isso está relacionado com planificação e com linhas orientadoras bem definidas. Bastou um pouco mais de dinheiro primeiro e os maus resultados provacados pelo seu mau uso para se perceber.

Sabe-se ainda muito pouco sobre como Jesus está a viver este momento e como ficarão as relações com Bruno de Carvalho. Mas há dúvidas que não tenho:
- O Sporting está bem servido de treinador e esse treinador ser-nos-ia muito mais útil se tivesse por trás uma estrutura profissional e competente.

- O Sporting não pode estar refém dessa ligação. Não há insubstituíveis, basta olhar ao que sucedeu ao rival após a saída de Jesus, não precisando de um treinador consagrado para estar bem servido, demonstrando que a escolha de um treinador que se adeque às necessidades de um clube foge muito aos lugares comuns que se usam habitualmente.

- Foi o sentimento de superioridade gerado pela realidade que encontrou no Sporting que o atraiçoou, negligenciando a necessidade de o conhecer de forma abrangente e em profundidade. Certamente que se o tivesse feito não teria cometido alguns dos erros que agora o expõem. 

- Jesus não aceitará o que foi feito quer a Marco Silva quer a Leonardo Jardim.
Nem um nem outro parecem estar muito dispostos a serem confrontados com as suas próprias limitações e insuficiências ou a entender a necessidade de ouvir outras opiniões.  Ora, se não perceberem os erros cometidos, o mais provável é que eles, mais tarde ou mais cedo venham novamente a ocorrer.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Sporting sob o espectro da linha de água

Para o futebol profissional do Sporting o fim-de-semana passado dificilmente não podia ter sido mais longo e pelas piores razões. De tal forma que hoje, quando olhamos para as respectivas tabelas classificativas ambas as equipas se encontram debaixo do espectro da linha de água. Sim, leu bem “abaixo da linha de água”, porque é assim entendo a classificação da equipa principal do clube abaixo do último lugar do pódium: o terceiro lugar é e será sempre para nós o nosso “mínimo olímpico” que, infelizmente, em várias, demasiadas, ocasiões tem ficado por alcançar.

Ainda apenas relativamente à equipa A a decepção não podia ser maior pelo contraste entre as expectativas criadas no inicio da época e a prestação da equipa. Agora que se vai percebendo que aquilo que era apenas alguns indícios são agora já confirmações: o futebol do Sporting, ao contrário do que se esperava no segundo ano de Jesus, perdeu aquelas que eram as melhores qualidades que lhe reconhecemos no ano passado e tornou-se demasiado previsível e fácil de anular.

Ao contrário do que cheguei a pensar quando estes problemas se tornavam evidentes, não são as outras equipas que estão melhor preparadas para nos contrariar, pois jogar contra três linhas defensivas não é uma abordagem particularmente nova. O que é novo sob o comando de Jesus (mas já velho em outros infelizmente muitos anos) é não termos argumentos para as contrariar. E não é que equipa não tente mas depressa percebe, ao esbarrar nas primeiras duas linhas, a sua própria incapacidade de desmontar o adversário pelo meio, vendo-se obrigada a cruzar e cruzar e cruzar.

Ter disto com Jesus é tão decepcionante como comer um bife duro e umas batatas fritas rançosas num restaurante de um chef que ambiciona estrelas Michelin. O problema é que este não foi apenas um jogo mau, foi mais um jogo mau e quando se olha para o calendário não se consegue augurar nada de muito bom para chegar.

Como um mal nunca vem só, os resultados vão fazendo as suas primeiras vitimas. A mais óbvia para já estão na indispensável coesão que é necessária para superar momentos como os que se vivem. Um péssimo sinal que demonstra que o Sporting não mudou assim tanto como devia. Quantas vezes sem conta nos foi servido este prato?

Os nossos balneários continuam a ter paredes de vidro a deixar passar tudo. E a mesma falta de clarividência e assertividade nas relações entre SAD e os seus melhores activos, seja por excesso ou por defeito.  Quem acha  que confrontar profissionais no seu reduto em momentos de cansaço e desilusão extremas não é “cutucar a onça com vara curta” ainda está nos "anos 80". O mesmo para quem permitiu que tal acontecesse naquele local e naquele momento.Se a entrada do presidente se deu à revelia do treinador então o caso é ainda pior.

A ideia de que uma liderança se pode exercer com métodos ultrapassados, só porque são jogadores de futebol diz muito do quão desactualizados estamos e, de certa forma, ajudam a perceber os resultados. Por outro lado é ilusório pensar que passar culpas e alijar responsabilidades, oferecendo em sacrifício nomes para fogueira vai desviar as atenções. Apenas aumentará a chama na fogueira onde arde já em lume nada brando o nosso futebol. Ninguém duvide que, independentemente das decisões que venham a ser tomadas no futuro, a saída mais fácil do atoleiro em que nos encontramos é com TODOS a fazerem força para o mesmo lado.

Já a Equipa B está mesmo abaixo da linha de água literal. Não é propriamente novo e em parte é compreensível, atendendo às diferenças que separam as equipas deste campeonato. Por outro lado quem vê a equipa jogar continua a não perceber qual é a ideia de jogo pretendida. A única coisa verdadeiramente inteligível é que aquela fórmula não vai potenciar valor.  E este já é muito duvidoso que exista em muitos jogadores, pelo menos suficiente para significarem futuro com a nossa camisola. O que também não deve constituir surpresa para ninguém, com os constantes recursos ao mercado para uma escola que é conhecida mundialmente pela sua capacidade de formar.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Chaves 2 - Sporting 2: Perdidas as chaves do sucesso

Quando uma equipa quer recuperar pontos e, perante uma oportunidade de ouro para o fazer, se apresenta a jogo de forma tão pouco convincente e com uma exibição tão probrezinha, faz uma clara declaração de incapacidade aos seus adeptos. E ainda assim quase que ganhávamos o que, diga-se, era muito bom mas pouco justo para o Chaves.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A aministia de Bettencourt

O Sporting fez duas importantes comunicações nos últimos dias. A primeira relativa à contas consolidadas que, pela extensão do documento e complexidade, não mereceram ainda aqui análise. A segunda diz respeito ao processo em curso de audições dos ex-presidentes, no caso concreto a José Eduardo Bettencourt.

Do epílogo deste processo, e que o comunicado ainda acaba por reforçar, a conclusão a tirar é que a construção da casa pelo telhado acabou por dar os resultados esperados. As acusações apareceram antes de se permitir a defesa dos acusados e bastaram as audições para se concluir que aquelas eram infundadas. Neste entretanto o bom nome dos intervenientes foi posto em causa e o do Sporting associado a práticas dolosas, o que facilmente se poderia ter evitado. Voltando ao comunicado há dois pontos que me suscitaram dúvidas. 

A primeira tem a ver com articulação do ponto 1 com o ponto 2. Seja da minha dificuldade em percebê-los ou da redacção encontrada, não consigo concluir se as razões que levaram à decisão de desistir do processo se estribaram nos "os argumentos apresentados em sede de audição" por permitirem "concluir pela não existência de qualquer ilícito nos actos de gestão practicados durante o seu mandato" ou se, como se lê no ponto seguinte, "as razões para esta decisão prendem-se com a constatação de que existiu total colaboração entre as partes para o esclarecimento e alcance da verdade." É que não é propriamente a mesma coisa perdoar por ter sido colaborante e prestável ou não ter praticado ilícitos.

A segunda está relacionada com as referências ao Pavilhão João Rocha. Certamente por me estar a escapar algum pormenor ou mero desconhecimento dos dossiers. Refiro-me em concreto à afirmação contida no ponto 2 "tendo ainda sido aceite por parte do Dr. José Eduardo Bettencourt colaborar em tudo o que venha a verificar-se necessário para a salvaguarda, a bem do Sporting Clube de Portugal, de todas as condições associadas a tudo o que esteja relacionado com o Pavilhão João Rocha."

Devo confessar alguma surpresa nesta decisão, atendendo ao ponto a que o processo havia chegado. Surpresa pela aceitação das explicações dadas que convenceram os interpeladores. É que, para quem não se lembra o mandato de José Eduardo Bettencourt foi curto em tempo mas dilatado no prejuízo. Este deve-se ter cifrado em valores acima dos 30 milhões de euros, no que só deve ter sido superado pelo que o sucederia, o de Godinho Lopes.  Pelo meio ficaram tomadas de decisão muito questionáveis como e que foram objecto de promessa de levar até às últimas consequências por Bruno de Carvalho em sede de campanha:

9,6 milhões de euros foi o valor envolvido  na contratação de Sinama-Pongolle, que praticamente nunca calçou. Quase tanto como Bas Dost mas ao preço de sete anos depois!

O ordenado bruto anual de José Eduardo Bettencourt era de 159 mil euros, tratando-se do primeiro presidente remunerado da história do Sporting.

O empréstimo de Caicedo cifrou-se em 400 mil euros, com o  Manchester City a ficar ainda com um crédito de  250 mil euros para a eventual compra futura de um jogador leonino.

Rui Meireles recebeu 449 mil euros de indemnização para abandonar o cargo de administrador que ocupava na SAD leonina, embora o seu acto mais visível foi o de ter deixado a equipa ao abandono após resultado confrangedor em Moreira de Cónegos. 

Também Pedro Afra e Salema Garção beneficiariam de indeminazações acima dos valores legais, tendo Bruno de Carvalho prometido na campanha que o levaria ao poder levar o caso até às últimas consequências.
Não menos estranho é José Eduardo Bettencourt e todos os que consigo acabaram por ver a sua honorabilidade posta em causa aceitaram este desfecho de forma aparentemente plácida. Que pelo menos o Sporting ganhe com este desfecho é o que eu desejo.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

As medidas mal medidas para a arbitragem

A causa é justa mas o serviço prestado pelo Sporting na discussão dos problemas da arbitragem com a divulgação de onze medidas avulsas é inútil e ineficaz. Quer quanto à forma quer quanto ao conteúdo esta divulgação é a melhor forma de fazer muito fumo mas pouco lume, pelo que o mais natural é que não produza nenhuma alteração.

Oxalá os acontecimentos venham a desmentir a minha convicção que a divulgação das medidas no Facebook não é apenas inútil, é contraproducente, por ser uma ferramenta que o próprio Bruno de Carvalho se "esforçou" em desvalorizar por uso descuidado. Dificilmente a comunicação será entendida como mais substancial que um desabafo ou a expressão de um estado de alma. Os SMS's  poderão funcionar para efeitos de convocação de flash mobs mas dificilmente produzirão efeitos junto da formalidade e imobilismo que caracterizam os clubes profissionais e respectivas direcções.

O mesmo se aplicará ao conteúdo, cuja redacção descuidada aparenta ter ocorrido entre duas actividades distintas ou em simultâneo. E ainda que se reconheça validade e pertinência em algumas delas, esta forma de as propor, bem como a superficialidade que a caracteriza, é uma forma de as auto-desvalorizar, oferecendo assim argumentos aos que não têm qualquer interesse em mudanças. 

Se o Sporting quiser alterar uma virgula que seja aos regulamentos e ao status quo da arbitragem tem de ser consequente com a sua vontade e liderar o processo, pondo os pés no caminho, que muitas vezes encontrará enlameado e armadilhado. É preciso resiliência, porque os revezes acontecerão antes da obtenção de qualquer ganho, por pequeno que seja. Para este fim é necessário unir esforços e vontades, mesmo que a principio sejam poucos, porque a pregar sozinho o mais que se consegue é ruído. 
Alguém no seu perfeito juízo acredita que vai haver um milagre e os relatórios vão começar a ser divulgados no imediato? 

Que o cancro dos observadores, perpetuador de jeitos, favores e influências, vai  acabar amanhã?

Que as nomeações vão começar a ser marcadas por critérios de sensatez e decoro?

Que vale a pena iniciar já a aplicação do "vídeo arbitro" sem uma limpeza prévia e sem acautelar uma regulamentação que proporcione transparência no seu uso?
Para tal é preciso convocar, reunir, deliberar e seguidamente o mais difícil, que é constituir uma maioria que, em sede de votação ou influência consiga plasmar nos regulamentos as mudanças pretendidas. E embora elas sejam necessárias no imediato o horizonte temporal exequível dificilmente poderá ser outro que não a próxima época e deveria ser essa a ambição.

Ora, como é bom de ver, isto não é compaginável com a vida absorvente de um clube com actividade permanente. Nomear uma pessoa com credibilidade e reputação inatacáveis que represente o Sporting (em tempos foi aqui sugerido Jorge Sampaio para efeitos semelhantes) e que alavanque um movimento de regeneração profunda do futebol português, que vá desde os quadros competitivos até aos regulamentos, sejam de arbitragem ou não é uma das medidas possíveis.

Como facilmente se percebe este é um empreendimento tão necessário como de dificuldade extrema para se levar a efeito. Com representantes ou directamente o Sporting, pela sua índole e por necessidade de sobrevivência do seu estatuto, tem aqui um desafio tão importante e necessário como o da reestruturação financeira. São já mais de três décadas de tratamento desigual, enquanto os seus rivais dividem entre si influências e benesses.

De outra forma, e com a falta de coerência e profundidade que o Sporting tem dedicado à matéria, dificilmente será levado a sério e não terá mais atenção do que a que de um clube que só se queixa quando as coisas correm mal.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Sporting 2 - Feirense 1: A ida às termas vem mesmo a calhar

Quem olhar apenas para o resultado que o Sporting acaba de conseguir ante o Feirense não conseguirá aperceber-se da superioridade exercida num largo período de tempo, onde inclusive chegou à vantagem com golos resultantes de belas execuções. Ficará apenas com a ideia das dificuldades sentidas pela equipa nos momentos finais, especialmente depois de sofrer um golo (mais um) revelador das nossas dificuldades em defender. Comparado com o que vimos o ano passado até parece que mudamos o sector defensivo, quando foi precisamente este o que beneficiou de maior estabilidade. 

Em dia de aniversário Paulo Oliveira recebeu a titularidade como uma prenda inteiramente merecida e que acabou por justificar. Faltará apenas trocar de posição com Coates para ficar mais confortável e poder subir um pouco a sua participação na saída de bola, o que está longe de ser o seu forte. 

Quem regressou também à titularidade e a um nível mais próximo do que se lhe exige foi Alan Ruiz, demonstrando mais do que apenas um bom remate, que era tudo o que se tinha visto até agora. O passe para o segundo golo é delicioso e a repetir. Falta-lhe agora maior intensidade e participar mais nas restantes fases do jogo que não apenas quando a bola lhe chega aos pés. 

Quem tarda em justificar a chamada e mesmo o regresso é Elias. O contraste entre o que é a equipa com Adrien e com o brasileiro é tão grande que por mais benevolente que se queira ser na apreciação é impossível não concluir sobre a fraqueza das suas prestações. Defensivamente a sua participação é quase nula, explicando-se assim em parte como é que a equipa perde o controlo do jogo de forma contrastante neste jogo com o que vinha fazendo até então.

A descida a pique nos últimos minutos mais do que um problema de deficit físico ou de menor qualidade deste ou daquele jogador parece ser também de origem ordem anímica pelo que a ida às termas (o Sporting vai cumprir um mini-estágio num lugar absolutamente paradisíaco, Vidago) desde que bem aproveitada, tem tudo para se justificar neste momento. 

Este foi um mês terrível para o Sporting (4 derrotas, duas saídas de provas onde queríamos ir longe), é apenas a terceira vez que chegamos ao intervalo a vencer e a segunda vez (!) que conseguimos ganhar consecutivamente e já vamos com 25 golos (!) sofridos. Dados que revelam a nossa irregularidade, talvez a palavra chave do nosso campeonato até agora.

Mas nem tudo é negativo, ficamos mais próximos do segundo lugar e a depender apenas de nós para o reconquistar e Bas Dost com categoria e números (melhores em média do que os de Slimani, quem diria?) lidera já a lista de melhores marcadores.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Depois de Setúbal, as desculpas, a competência e a estratégia

Passadas algumas horas após o jogo de Setúbal e mais a frio julgo que se impõem algumas notas de reflexão e é disso que se fará o post de hoje.

Penalty
Mantenho a minha posição relativamente ao lance, sendo notável que este tenha reunido uma inusitada unanimidade das opiniões a que acedi, independentemente do clube de quem as emitiu. Ora isso diz muito do erro cometido pelo árbitro. 

E as reacções de desconforto do árbitro no momento da marcação do castigo e o cartão amarelo a Coates e a falta que lhe imputou revelam que puniu por palpite e não pelos factos que ocorreram. As declarações de Edinho ("empurrão pelas costas") e de Couceiro ("toque na perna") ajudam a confirmar o erro.

Tivesse o árbitro assinalado e punido como autor da falta Douglas ainda assim teria cometido um erro, mas mais fácil de admitir, atendendo às incidências do lance. Assim, o que fica é a total inaptidão para a função de quem apita por intuição. O que é confirmado pelas imagens abaixo de um jogo da nossa equipa B, arbitrado pelo mesmo individuo e que, na altura, ao assistir em directo, me provocou nojo. Saber como é que este senhor continua a arbitrar é descobrir as razões da doença de que enferma a arbitragem.


Sem desculpas
Não se infira das palavras acima que a razão da nossa saída da competição deve ser única e simplesmente assacada à actuação do árbitro. Esta foi decisiva, e mais ainda porque occore num momento que a equipa fica sem tempo para a inverter. Mas não pode deixar ser lembrada a fraca imagem deixada pela prestação da equipa e a resposta quase nula dada após o encaixe do golo inicial. Golo esse também embaraçoso e que nos diz que os nossos problemas são carácter muito mais abrangente do que a falta de Slimani, João Mário, dos laterais ou a ausência de Adrien. O mesmo se pode dizer do sucedido no lance do qual resultaria o penalty e que tanto jeito parece ter dado ao árbitro.
Um problema de competência(s) 
Maior embaraço é constatar que o Sporting dispunha de três (!) resultados possíveis, embora um deles sob condição, para seguir em frente e ainda assim acaba eliminado. Como é do conhecimento comum, além da vitória e do empate, o Sporting poderia ter perdido o jogo e seguido em frente se a média de idades fosse inferior à do Setúbal. Num clube que se orgulha da sua escola e que tem à mão um sem número de jovens, ter saído de competição por ter uma equipa mais velha - e pior, com mais estrangeiros - é sal que se acrescenta à ferida. 

Orgulho à parte, é necessário perceber como é que a vantagem da idade não foi contemplada pelo menos como medida de segurança para a eventualidade de algo correr mal, como de facto ocorreu. Aqui há dois planos em que a questão deve ser analisada: o plano legal e o plano técnico.

As questões legais devem ser analisadas pelo secretariado técnico. Desconheço quem exerce estas funções no clube, mas elas são indispensáveis à tomada de boas decisões, que vão desde a aquisição de jogadores até à utilização destes. Um treinador não tem que saber se o jogador que pretende adquirir está lesionado, já jogou por mais de dois clubes (veja-se o caso "Real Madrid/Cherysev ou mesmo a contratação falhada de Niculae), se está castigado, etc. Importa pois saber se Jesus foi avisado e mesmo assim ignorou o aviso ou se simplesmente ninguém o alertou. 

A competência de uma estrutura para o futebol começa muitas vezes por aqui. Quanto mais competente for um secretariado técnico - que tem que abraçar de forma transversal várias áreas do conhecimento - mais aptos estarão os dirigentes para tomar decisões que os ponham a salvo da flutuações de interesses de treinadores, agentes, etc.

Um problema de competitividade
Este resultado é o segundo em pouco tempo em que o clube se vê afastado de um objectivo por falta de respostas de qualidade quando tinha mais do que um resultado à disposição para seguir em frente: Légia e agora Setúbal. E pelo que se vai vendo no campeonato, é altura de admitir que, a menos que haja uma inversão rápida e profunda, esta equipa não está à altura das responsabilidades que contraiu com os Sportinguistas.

Um problema de estratégia(s)
À medida que a época evolui e os anos passam é cada vez mais claro que se o Sporting tem uma estratégia para imprimir as mudanças que o futebol português precisa ela não está a resultar. Bem antes pelo contrário, atendendo ao que se vai vendo. As reclamações, mesmo que muito sonoras, esgotam-se no momento em que a actualidade impõe o interesse numa nova ocorrência. É cada vez mais claro que é preciso fazer muito mais.

Estratégia é estabelecer  um plano, delinear um método para atingir um ou vários objectivos. Ora é público o isolamento em que o Sporting permanece e que, ninguém duvide, é muito difícil de contrariar. Por várias razões, incluindo o medo, porque quem detém o poder atrai apoios - antes o F.C.P, hoje o S.L.B. - ou pelo menos conta com o conformismo e a inacção dos restantes clubes. 

Uma forma de ir construindo esse apoio é - como sempre aqui foi defendido - trazer para o nosso lado os que não se revêm no status quo, construindo uma rede de interesses confluentes. Uns por convicção, outros por circunstância e mesmo oportunismo. Um excelente instrumento é justamente a formação, disponibilizando os nossos jogadores, que dessa forma possibilitam competitividade às equipas  dos clubes que os recebem a custos mais reduzidos. O que o Sporting, tem feito é justamente o oposto, como agora aconteceu com o Vitória de Setúbal e já tinha sucedido com o Arouca e com o Marítimo, por exemplo.

O caso mais recente com o Setúbal é também uma mancha para a imagem do clube, que ainda por cima fez questão de não esclarecer. A percepção pública é que o Sporting lidou mal com a derrota e de seguida retaliou ou, em linguagem popular vingou-se. E  o que parece é. Imagem essa agravada pela forma como trata os atletas, como uma mera possessão, como de um artigo se tratasse, o que colide com o discurso moralizador que publicamente assume divulga. E veremos se não sai prejudicado da birra, uma vez que ambos os jogadores pareciam ter encontrado as condições ideais para se valorizarem e evoluírem. Na confiança junto dos que agora ou no futuro receberão os nossos jogadores os danos já são irreversíveis.

É impossível levar a sério que a origem do término abrupto do empréstimo foram os cânticos dos atletas do Setúbal  e por estes serem desrespeitosos para com o Sporting. Embora tal não seja agradável de ouvir não deve ser levado assim tão a sério. Quem o faz não percebe nada do que é um balneário. Agora imaginem que os franceses tinham tido a mesma reacção quando cantamos, após o Europeu e na sua própria casa, "Foi o Éder que os f..." e desatavam a expulsar os imigrantes que lá vivem. Talvez assim se perceba melhor o absurdo da nossa posição.

Tenacidade, perseverança, convicção firmeza e coerência 
Coincidentemente ou não, as últimas vezes que o Sporting conseguiu ser campeão ocorreram precisamente quando conseguiu afrontar o status quo não apenas com palavras mas sobretudo com acções. Lembro o momento da criação da Liga de Clubes e respectivas eleições para os corpos dirigentes, quando conseguimos ter do nosso lado vários clubes ao ponto de obrigarmos Pinto da Costa e Manuel Damásio assumirem a aliança que sabíamos existir nos bastidores. Ou quando a acção de Dias da Cunha expôs o apito que havia de perder o banho dourado até enferrujar. Ambas as acções acabaram por se perder nas idiossincrasias de um clube incapaz de fazer prevalecer os seus interesses no exterior pelo constante degladiar interno.

É por isso que assisti com estranheza os elogios à arbitragem logo no inicio da época e reiterados ainda há quatro dias (!) na última entrevista ao Record, mesmo após o sucedido em Guimarães e com o SLB. Logo, quando anunciarmos as medidas que indiciam a nossa justa indignação e possível retaliação quem nos levará agora a sério?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

A Taça CTT já tinha código postal

1. Depois do que viu hoje e ontem conclui-se com facilidade que a Taça CTT já tinha código postal. Não é apenas o penalty, foi toda uma segunda parte de nítida inflexão de qualidade e critério da arbitragem.

2- O Sporting não jogou nada. Agora que o jogo acabou é mais fácil dizer isto: se jogamos com os titulares para o jogo para a Taça porque não jogamos neste, se são ou eram as competições que mais probabilidades tínhamos de vencer?

3- Não posso dizer que o Setúbal mereceu, mas nós acabamos por lhes oferecer um presente de Reis antecipado.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O fim do tabu que nunca o foi e o regresso dos notáveis


Finalmente com uma réstia de tempo (mais ou menos...) para escrever, vou-me debruçar sobre os temas que recentemente ocuparam a atenção dos Sportinguistas e me captaram a atenção. Não falarei sobre o recente jogo com o Varzim porque, para lá da pobreza da exibição e da preocupação que ela suscita nada há de relevante a dizer sobre ele.

Bastaram seis dias para Bruno de Carvalho afastar as dúvidas sobre a sua própria candidatura. A essa decisão muito terá ajudado o aparecimento de um candidato, Pedro Madeira Rodrigues. A rapidez com aparece uma lista cheia de nomes para uma comissão de honra confirma que o tabu da recandidatura nunca o foi verdadeiramente. Sobre esta não só a vejo como natural como necessariamente saudável. É a forma mais democrática de sujeitar o mandato que agora termina à imprescindível avaliação dos sócios.  

Ora até agora ambas as candidaturas não produziram mais do que palavras de circunstância, bem como as habituais paradas e respostas, resultantes da marcação cerrada que cada um dos movimentos passarão a dedicar uma a outra. O que de mais relevante me chamou à atenção foi a já famosa “Comissão de Honra” pela sua composição e sobretudo pelo seu significado.

Composição 
Relativamente à sua composição há uma nota significativamente positiva que assinalo, que é a sua inclusividade e abrangência. Essa é uma característica que respeita a natureza do próprio clube e uma das razões da sua grandeza. Sobre a inclusão de elementos não Sportinguistas nem me pronuncio.

Há porém na composição da famigerada lista uma notável incongruência e inflexão que não pode deixar de ser assinalada, tendo em conta aquela que era uma das notas mais destacadas do discurso que trouxe Bruno de Carvalho e dos que lhe eram mais próximos. Isto leva-me a uma série de perguntas que me parecem não apenas oportunas mas imprescindíveis:

Era aquele discurso meramente circunstancial e por isso puramente oportunista, com o único objectivo de ganhar as eleições?

Como convivem na mesma lista nomes de pessoas que durante anos foram e acusadas  de autores e cúmplices de malbaratarem o património do clube com aqueles que os responsabilizaram por esses actos e puseram em causa a sua dignidade e honorabilidade?

É a integração de alguns elementos uma tentativa de pacificação ou uma mera tentativa de reabilitação de alguns dos seus integrantes?

Como é possível condenar mandatos de ex-presidentes e “absorver” e reabilitar aqueles que, no âmbito das funções que lhes estavam atribuídas, deveriam ter fiscalizado as suas actuações e não só foram coniventes como ainda emitiram pareceres favoráveis e quase sempre elogiosos?

Como é que passarão a partir de agora a ser apodados os elementos ligados às gestões anteriores, mas que agora o seu nome honra esta candidatura?

A lista tem estado em permanente actualização. Atendendo à presença de Paulo Paiva dos Santos ela tem que ser actualizada à noite e depois logo imediatamente pela manhã?

Significado
Porém mais importante que discutir a lista de forma nominal é o seu significado, até porque dela fazem parte nomes que se confundem com a história do Sporting. A sua simples constituição na candidatura de Bruno de Carvalho não pode deixar de ser uma surpresa, mas desagradável. Significa o regresso do conceito de notáveis, uma das marcas mais profundas e nefastas do período do chamado “Roquetismo”, um dos conceitos mais fracturantes entre os Sportinguistas.

Como foi notório para a generalidade dos Sportinguistas, muitos daqueles nomes do  passado, e juntamente com muitos do presente, tudo o que têm a dar ao clube: o nome numa lista. Sem convites-ofertas e outras prebendas não terão qualquer interacção com o clube. 

Muitos herdaram o Sportinguismo por inerência familiar e o clube não passa de uma qualquer propriedade que se visita em dias festivos e é encarado como um parente pobre e inconveniente nos momentos de maior necessidade. Muitos dos que estão nesta lista não alteraram este comportamento mesmo quando foram investidos nas funções de dirigentes.

Notáveis são todos aqueles adeptos que correm o país com as equipas às costas para lhes prestar apoio. Notáveis são aqueles que com sacrifício próprio e dos seus despendem recursos e energia para não deixarem as nossas camisolas ao abandono. Ainda mais notáveis são aqueles que não deixam ao abandono as parentes pobres do nosso desporto, as chamadas “modalidades”. Notáveis são todos aqueles que se entregaram de alma e coração ao clube sem saberem antes o que receberiam de volta.

Não posso por isso deixar de me espantar com constituição de uma lista deste género por parte de quem se anunciava como a mudança e em menos de quatro anos absorveu e respira os velhos procedimentos. O seu aparecimento tresanda a mofo e tem o enorme carimbo do antigamente.

Sempre entendi que a renovação que o Sporting precisava – e pelos vistos continua a precisar – não era de pessoas porque os Sportinguistas são insubstituíveis, apenas têm que estar nos lugares onde mais são úteis e capazes. Não precisava nem de uma revolução geracional ou de classes porque sempre foi inclusivo. O que o Sporting precisa é de uma revolução de mentalidades e de competência, que os resultados desportivos demonstram estar ainda por suceder. Precisa de um nível de exigência mais apurado e menos autocomiseração.Menos olhares para o quintal dos vizinhos, pelo menos até ao nosso estar devidamente arrumado e limpo.

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