quinta-feira, 30 de abril de 2009

Para ler com moderação (patrocinado pelo novo sponsor)

Ninguém ficará surpreendido se FSF concorrer às eleições. Assim como se não concorrer. Ou até se disser que concorre e depois se negar. Temos que aprender a relativizar as coisas. Tal como quando, no inicio da época ele promete uma equipa para ser campeã. Pode ser ou não. (Aqui gostava mesmo que cumprisse). Ou como quando jura amor às modalidades: pode não passar de uma paixão passageira. O que pensar se ele jurar que é do Sporting?

Dizem-me que a candidatura de Paulo Cristovão, ex-agente da P.J., é um expediente encontrado por alguns sócios para finalmente poderem ter acesso às contas do clube. O seu treino como operacional acabará por lhe ser muito útil, pensa-se.

Rui Costa foi castigado e ainda por cima tem a lata de recorrer. Devia era ser internado, por suspeita de esquizofrenia. Senão vejamos as noticias: Rui Costa disse a Rui Costa que não falava com Rui Costa por falta de personalidade e ainda por cima escreveu isto no relatório do árbitro. Já vi gente em camisas-de-forças por muito menos.

Existe uma forte apreensão com os jogos a realizar este fim-de-semana na Madeira, onde jogam Fcp e Slb. Num espaço tão limitado como a a bonita Ilha do Alberto João, teme-se que a possibilidade de, através do contacto entre os vírus da gripe suína e o das aves, se possam criar as condições para o aparecimento da pior pandemia que há memória. Valha-nos a possibilidade de, sendo uma ilha, a quarentena ser mais fácil de instalar, ou de, saídos da Base das Lages, nos Açores, os americanos deixaram lá cair alguma coisita.

Já disse no outro dia ao Bulhão Pato: O Sporting, dentro daquela filosofia de fazer tão bem ou melhor que os outros, devia começar a pagar viagens aos árbitros. Assim de repente, sugiro o México como destino preferencial. Em alternativa sugiro os países citados aqui. É pena já não ir a tempo para os irmãos Metralha (de alcunha Calheiros), mas poder ser útil a Lucilio, para o Benquerença, Paixão e outros.

Mas quando se fala em fazer bem, planear de forma estruturada, ninguém bate Pinto da Costa. Senão vejamos: o actual complexo desportivo azul e branco fica bem perto do Mercado Abastecedor, onde não falta todo o tipo de frutas e legumes. Ao lado do estádio, no C.C. Dolce Vita, dizem que são servidas as melhores meias de leite do País, e há até quem suspeite da Europa. Nós asseguramos Café até 2011. Já não falta tudo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Fim dos mind games?

Apesar das noticias veiculadas, de forma quase exaustiva, de que FSF se irá recandidatar, não será uma candidatura de continuidade, ligada ao actual C.D., a primeira a avançar. Paulo Pereira Cristóvão, dá hoje o 1º passo, prometendo novidades para a semana. Sem informações que o confirmem, julgo que a conferência de imprensa da A.A.S., anunciada para as 20:00h de amanhã, está directamente ligada à assunção da candidatura do antigo inspector da P.J. Quero crer que, com este facto, será dado o pontapé de saída para o verdadeiro jogo eleitoral. Até agora assistimos apenas aos já costumeiros “mind games”.

Como Sportinguista saúdo a coragem dos que se proponham a avançar, tenham eles a conotação que tiverem, numa conjuntura difícil, quer ao nível do universo restrito do clube, quer mesmo ao nível da realidade global de que todos fazemos parte. O surgimento de uma candidatura que assuma um modelo de gestão alternativo ao até agora seguido, deve ser saudado e entendido como útil. Só através da confrontação entre as diversas opções os Sportinguistas poderão tomar decisões conscientes.

Como Sportinguista exijo a todos seriedade, pelo superior interesse do clube. E desejo, acima de tudo, que apareça quem saiba corporizar os legítimos anseios dos Sportinguistas anónimos, dos que não aparecem nos jornais, mas não falham nos estádios e nos pavilhões. Alguém que, percebendo força que tem sido desperdiçada, saiba mobilizar e agregar as diferenças que nos separam, transformando-as em sinergias em prol do clube que nos junta sob a mesma bandeira.

A recusa de FSF em avançar, não defendendo o modelo de sustentação financeira que propôs, a ser levada até às últimas consequências, alterará substancialmente todos os cenários até agora imaginados para o acto eleitoral e não deixará de ser surpreendente, face ao que se tem dito e escrito. E ainda por cima deixa em maus lençóis os que até agora exigiam que a chamada oposição se constituísse como alternativa. Confuso? Os próximos dias serão reveladores, até porque Maio (e as eleições) é já a seguir.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não prever já é lamentar

Quando a época se aproxima do fim não há adepto que não comece a projectar o plantel do ano seguinte, visando debelar as fragilidades sentidas, que obstaram a melhores prestações. Mesmo que as suas melhores expectativas não venham a ser confirmadas, os adeptos preferem este papel ao de analistas económicos, tarefa que requer aprofundados conhecimentos e pouco dado ao exercício especulativo. Os Sportinguistas estão cansados de fazer contas à vida.

É entre a o desejo de agora e a realidade crua do fecho das inscrições da época seguinte que o adepto anónimo melhor se sente. Tudo parece ser possível, sobretudo se o seu clube tiver sede perto de um centro comercial com nome de navegante. Julgo que não é o caso dos adeptos Sportinguistas que, na sua maioria, mais que os nomes sonantes, preferem os passos seguros, que não esqueçam a integração dos seus meninos. Não duvido que a melhor aquisição para a próxima época seria … a manutenção dos nossos melhores intérpretes. Num clube formador as entradas têm de estar reservadas a indiscutíveis no campo e fora dele!

Não creio que seja possível ver regressar no próximo ano o 4x4x3 ao relvado de Alvalade, por inaceitavelmente termos visto o plantel ser exaurido dos extremos, que se tornaram imagem de marca da nossa formação. Um paradoxo a merecer correcção urgente. Enquanto ela não surge, bom seria que se aprofundasse a alternativa ao eterno losango, num 4x4x2 que timidamente vem sendo ensaiado. Veloso e Moutinho ao centro no seu melhor, com Adrien e Rochemback à espreita, Izmailov e Vuck nas laterais poderiam fazer-nos crescer. Neste meio-campo continua a faltar um outro bom pé esquerdo para fazer concorrência a Vuk. Poderá ser Rosado? Pereirinha prosseguirá a sua afirmação.

Na extrema defensiva saliente-se o bom ano de Patrício. Sente-se que falta pouco para termos aquilo que precisamos para o lugar. No quarteto defensivo fazem falta centímetros ao centro, aliados à categoria. As oscilações são demasiadas. E nas laterais nem se fala. Não sendo aconselháveis revoluções, necessitamos de alternativas às tremideiras e fanicos do pé frio de Polga. Carriço tem tudo para ser uma aposta ganha, pesem os erros de juventude.

Na frente há Liedson, Postiga e Yanick certos. Derlei, que acabou de dar uma belíssima entrevista na SportTv, é um desperdício se não continuar. O homem não vai desaprender só porque acaba a época, podendo ainda ser muito útil. Yanick perdeu o ano e é uma incógnita para o próximo. Tenho esperança que, sem lesões, Postiga tenha o seu ano de afirmação. Gostava de ver entrar alguém que desse garantias de se integrar, acrescentando golos.

Enquanto isto não temos nem direcção nem equipa técnica. O que esperar do próximo ano? Como dizia o mestre Leonardo, não prever já é lamentar.

domingo, 26 de abril de 2009

Sou do Leiria desde pequenino!

Não conseguia simpatizar com o U. Leiria por ter um presidente que, mesmo sem se esforçar e até caladinho, me conseguia fazer ranger os maxilares só de pensar nele. Não sei se foi por ter contratado Mourinho, por nos ter roubado 3 jogadores de uma vez só, por ser lampião, por nos ter pedido mais do dobro por Derlei, ainda ele tinha as peças todas intactas, ou pela proximidade com o papa.

Mas, de há uns tempos para cá, lá vou eu dar uma espreitadela aos resultados e sinto-me do União desde pequenino. O grande Manel está a fazer uma carreira fantástica, transformando uma equipa sem chama e mais próxima da linha de água, num sério candidato à subida. E, apesar disso, nunca se esquece do seu Sporting, aconselhando-nos uma das suas mais recentes descobertas. Força Manel, estamos sempre contigo!

sábado, 25 de abril de 2009

Sofrer por gosto também cansa...

Foram 2 equipas desfalcadas de alguns dos seus melhores jogadores que iniciaram a partida. No Sporting, Romagnoli apareceu a 10, na única nota dissonante com as opções que faria. O argentino está num momento de forma tenebroso, só joga porque não há mais ninguém. No banco estava Diogo Rosado, para muitos a não desmerecer a oportunidade concedida a Pipi.

A equipa entrou sem grande velocidade, parecendo crer que a vitória era uma inevitabilidade. O bom golo de Postiga, sem que até ao momento tivesse havido um remate, ou sequer jogada perigosa, deve ter implantado ainda mais profundamente a sensação de facilidade na cabeça dos jogadores. De tal forma que ninguém se opôs ao remate do brasileiro que fez o favor de mandar o Hulk para o estaleiro, fazendo o empate. Confesso que na nossa baliza nem estes grandes golos gosto de ver entrar. Voltava tudo ao inicio. Ao contrário dos jogadores, na minha cabeça pairava a sensação que isto ia dar muito trabalho.

A mesma toada morna, quem sabe para compensar a chuva fria, havia de marcar a 2ª parte. Mesmo assim o Sporting continuava a dominar o jogo, construindo jogadas feitas em superslow-motion. Quando subia um pouco as rotações o perigo rondava a baliza do Estrela. Foi assim que Liedson deu mais um dos seus shows, correspondendo soberbamente a uma solicitação de Pedro Silva. O mesmo não conseguiu fazer a um passe em que Postiga, pondo olhos na bola, fez esta fugir de todos os defesas, procurando o aconchego dos pés de Liedson. Foi pena, seria um golo memorável.

O jogo não haveria de terminar sem o árbitro procurar protagonismo. Já se notava que fechava os olhos quando os jogadores tricolores batiam. Inventando uma falta, deixou-a marcar fora do sítio, quase permitiu o empate ao Estrela, depois de Patrício ter deixado sair das mãos a bola para os pés de Vidigal. Em dia de revolução, o antigamente do futebol a dizer presente.

O jogo terminaria pouco depois, para alívio de todos. Os momentos finais foram um suplício que castigou a displicência e a falta de instinto matador. Individualmente, parece-me que só Postiga e Liedson merecem destaque, fugindo à mediocridade instalada. Cumpriu-se o objectivo, é a satisfação que resta. Estamos na luta. Segue-se Coimbra, a delegação azul do centro, depois de arrumada a questão com o satélite da capital.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Ganhar

Apenas ganhar
Paulo Bento lançou o repto de encher Alvalade para a recepção aos amadores. (Sim não me enganei. Que outro nome podem ter os jogadores que trabalham quase uma época inteira sem receber?) Pois façamos-lhe a vontade. Até porque não creio que essa estranha circunstância de trabalhar para aquecer nos torne o jogo mais fácil, porque brio profissional não tem faltado aos atletas tricolores. Outra característica assinalável do clube da Amadora é a sua cada vez maior satelização ao actual campeão nacional, funcionando como jardim-escola dos produtos azuis. Mais um motivo acrescido para os vencermos, no único resultado que nos interessa, para aspirarmos à melhor classificação possível. Essa é a obrigação de sempre quando se veste a mais bonita camisola do universo e arredores.

Quando apenas ganhar não chega
Por vezes somos levados a pensar que as vitórias e o bolso cheio de dinheiro provocam um efeito ao mesmo tempo anestésico e inebriante nos adeptos, eliminando-lhe a consciência crítica. Não é isso que tem acontecido em Manchester ou até no menos vitorioso Liverpool, como se pode ver neste interessante artigo do FutebolFinance. A era das SAD´s foi-nos apresentada como inevitável, mas até nos clubes onde se ganha mais e com mais frequência não deixa de criar anti-corpos. É evidente que os clubes não podem viver sem dinheiro, mas poderão deixar de representar os anseios dos seus adeptos ou, em casos extremos, posicionar-se contra eles? Este é um tema candente também no seio do nosso clube. O equilíbrio, sendo o ideal, é difícil de conseguir, sobretudo se não houver vontade das partes envolvidas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

SCP vence ABC!!

Virgílio desculpa-me mas tenho que postar sobre esta vitória e consequente apuramento do SCP para as meias-finais do play-off.

Depois da vitória em Braga, algo que não acontecia há 9 anos!!, o SCP carimbou a passagem às meias-finais com nova vitória, desta vez em casa por 30-27, eliminando assim um dos mais fortes concorrentes ao título. 

Numa época com um começo difícil, com mudança de treinador, com o apuramento para o play-off em risco, a entrada de Paulo Faria transfigurou esta equipa por completo. Os resultados começaram a aparecer, as derrotas aconteciam em jogos muito mais equilibrados e o apuramento para os play-off foi conseguido mesmo no final da fase regular.
Em sorte, calhou-nos o ABC com a vantagem de jogar 2 dos 3 encontros em casa. No primeiro jogo, vitória por 28-30 e hoje eliminámo-los, passando às meias!

Um grande obrigado aos jogadores e à equipa técnica, principalmente ao Paulo Faria. 

ECLETISMO SEMPRE!!!

PS: Li n'O Sangue que o jogo acabou com o grito de ordem "Queremos pavilhão!" . MAI NADA!!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Coincidências…

Nesta minha estreia no ‘A Norte de Alvalade’ não podia começar sem antes agradecer o amável convite que o LdA, distinto mentor deste espaço, me fez, proporcionando-me a hipótese e o orgulho de participar de forma mais activa num blogue com tão saudável e genuíno convívio leonino. Acredita, caro LdA, que o favor é todo teu, mais ainda, quando o convite surge da forma elegante e incondicional com que o consumaste.

Não. Não vou reiterar pela enésima vez os factos relacionados com o ‘ambiente’ que rodeia o futebol português… E que atraiçoa a sua credibilidade. Creio que o título que escolhi para este post poderia induzir nesse erro. É verdade que a jornada 25 da Liga Sagres nos ‘presenteou’ com mais do mesmo, ou seja, o nosso Sporting Clube de Portugal a ter que lutar contra factos extrínsecos prejudiciais, sendo que outros, mais uma vez, conseguiram empurrões alheios para alcançar os seus intentos. São ‘coincidências’ a que estejamos já habituados... Mas, para realçar esse facto, já muita tinta foi gasta como no conciso, mas bem esclarecedor artigo escrito aqui mais abaixo.

Porém, existem outros acasos que nos fazem pensar: acontece que passou completamente desapercebida, por toda a blogosfera afecta ao nosso Sporting, uma efeméride que ocorreu fez, na passada quinta-feira, um ano . Pois, 16 de Abril de 2008… Esta data, não vos diz nada?...

(Tempo para puxar pela memória)

'Muito deve ter doido a estes gajos publicar esta 1.ª página'


(E agora?)

Um jogo que deveria marcar-nos. Pelas circunstâncias em que ocorreu, pelo adversário desse encontro e pela conquista que nos proporcionaria.

Parece-me que esta espécie de ‘esquecimento’ é paradigmática dos tempos conturbados que o S.C.P. vive internamente e levaram a que as angústias, que a sua massa adepta e associativa sente, se sobrepusessem a festejos efémeros. Na verdade, a atenção geral estava então direccionada para a Assembleia-geral do S.C.P do dia seguinte e que daria inicio a um período muito importante e apreensivo no que ao futuro do clube concerne. Uma época (agora sem ulteriores AG’s) que decidirá não só o futuro próximo, com a escolha dos próximos Órgãos Sociais, como, muito possivelmente, o próprio modelo e ideal que o Sporting irá assumir. Tempos de grande responsabilidade estão a aproximar-se e por isso mesmo, cabe-nos a todos nós, sportinguistas de alma e coração, esforçarmo-nos, ainda mais, por conhecer as medidas, projectos e candidatos que, estou certo, se anunciarão brevemente; dedicarmo-nos, mais concentradamente, por compreendê-los; devotarmo-nos, com mais emoção por uma causa comum que se chama SPORTING; por último apelar à razão daqueles privilegiados que, enquanto sócios, irão concretizar nas Eleições a difícil decisão que se aproxima. Tudo para que continue a ser possível manter aquilo que os fundadores desejaram à quase 103 anos atrás: a glória de o Sporting continuar a ser um clube (DESPORTIVO) tão grande, como os maiores da Europa!

Mas afinal onde está a outra coincidência, ó Virgílio?’ Questionam os leitores mais atentos do ‘A Norte’… Bom, foi precisamente na quinta-feira, dia 16 de Abril, que recebi a dádiva que possibilita estar agora a publicar aqui, ‘A Norte’, este artigo… Oxalá que esta feliz E autêntica coincidência pessoal, seja, ao contrario de muitas outras no futebol Luso e no Sporting, fonte de bons augúrios… Como se sabe, a esperança é verde! E é, também, a última a morrer.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Política leonina

Para quem está de saída não deixam de suscitar alguma curiosidade os últimos actos de gestão protagonizados por Filipe Soares Franco. Naturalmente que a linha do actual elenco directivo terá que ter um rosto que aposte na continuidade da política seguida até então e dê corpo e alma à equação financeira que se pretende aplicar no Sporting, entretanto adiada, com a antecipação do acto eleitoral.

Conforme já tive oportunidade de expressar, penso que o Conselho Directivo fez bem em não solicitar a realização da próxima Assembleia Geral onde iria levar à aprovação dos sócios o famigerado plano de reestruturação financeira. Poderá tê-lo feito estrategicamente para não correr o risco de ver a proposta chumbada pelos sócios, ainda que, pela tal minoria de bloqueio que o actual Presidente do Sporting tanto gosta de caracterizar.

A linha de Soares Franco está neste momento na expectativa, mais vai jogando trunfos e cartadas aqui e ali. Na expectativa, como que a querer dizer à tal minoria de bloqueio que em vez de constantemente rejeitarem o que quer que seja vindo da actual direcção, se organize e apresente também um projecto desportivo e financeiro para o futuro do clube, sendo necessário um rosto e organização, pois os restantes sócios acabarão por se cansar se tal não vier a suceder.

Seja como for, quem deve apresentar projectos desportivos e financeiros são aqueles que no futuro se dispõem a governar o clube e não os que estão de partida. Por isso o Conselho Directivo fez bem em não solicitar a realização de qualquer Assembleia Geral, até ao próximo acto eleitoral. Está aqui uma grande jogada política. A linha de Franco quer sair legitimada, reforçada e investida para novo mandato. Resta saber quem será o protagonista que dará continuidade à actual linha de orientação estratégica do Franquismo.

Até lá vão se jogando trunfos. Souto quer contar com Luís Figo. Franco renova com Moutinho, arranja patrocinador de peso e partiu hoje para Angola para dar sequência ao projecto de internacionalização da academia, especulando-se que vai assinar um protocolo com o Santos Futebol Clube de Luanda com vista a instalação de uma academia em solo angolano, à semelhança do que sucedeu na Africa do Sul. È a politica leonina ao rubro!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Moutinho renova até 2014

Segundo informação enviada pela SAD à CMVM, o Sporting renovou o contrato com João Moutinho até 2014. Depois da desestabilização constante durante toda a época em torno do capitão leonino, com determinada imprensa a apostar constantemente na sua saída para outros clubes europeus, esta é a melhor resposta que o Sporting pode dar aos que perversamente apostam na desestabilização do nosso clube. Ainda há bem pouco tempo o Everton acelerava pelo talentoso médio leonino.

Não faltarão tentações para conotar esta renovação com um determinado eleitoralismo, em função da campanha eleitoral ter sido oficialmente aberta, conhecida a decisão do Conselho Directivo em antecipar o acto eleitoral e não realizar qualquer Assembleia Geral até então, o que na verdade, tem todo o sentido, pois quem deve apresentar projectos desportivos e financeiros para o clube são aqueles que no futuro se dispõem a governar o clube e não os que estão de partida.

Independentemente do trunfo lançado (poderão haver mais) esta foi uma boa decisão para o Sporting. E acima de tudo está o Sporting Clube de Portugal.

Gostar de Paulo Bento não chega!

Paulo Bento esteve mais uma fez na linha da frente defendendo os interesses do Sporting contra a os que apostam continuamente na distorção da verdade desportiva. Bruno Paixão é reconhecidamente um incapaz para a função de arbitrar e, nesse sentido, quem o nomeia sofre do mesmo mal, porque lhe dá cobertura.

A forma como PB defende o clube, sofrendo connosco as dores que são nossas, estão para lá da defesa dos seus interesses pessoais e profissionais. A imagem de PB está hoje demasiado pintada de verde e branco e isso poderá até ser pernicioso para as legítimas ambições profissionais, pelo menos ao nível do mercado nacional. Não é por isso por acaso que vieram novamente à liça os pedidos de renovação com o PB, mesmo que hoje alguns dos que hoje exigem a sua continuidade sejam os mesmos que há semanas pediam a sua cabeça. Como dizia ao Miguel no Sector32, também acho que vou ter saudades de PB, mas também é verdade que algumas delas não serão por questões tecno-tácticas, afinal as que deviam marcar a passagem de um treinador por uma equipa. Mas que gosto de PB lá isso gosto.

Acho que não é o momento de discutir este assunto. Tendo em conta as circunstâncias –fim de contrato, fim de mandato do C.D. e final de campeonato disputando o 1º lugar – o ruído em volta da liderança de Paulo Bento só pode distrair-nos do que realmente interessa: estarmos todos focados no apoio aos que nos representam, porque fora não falta quem nos queira fazer falhar.

Mas quando chegar a hora de fazer essa análise espero que ela não seja feita sob o signo da emoção e da afectividade. Para demonstrar a gratidão que lhe devemos pela forma como nos tem defendido existem as distinções pelos serviços prestados. A atribuição da liderança técnica deve ser feita com base em critérios de competência. Espero que sejam esses os que definirão o nome do próximo técnico da equipa de futebol. Que pode até muito bem ser o mesmo. Não se pode é furtar ao escrutínio das razões para tão frágil campanha europeia, que muito afectou o nosso prestígio, bem como aos motivos para as falhas em momentos decisivos do campeonato, responsáveis pelo nosso atraso na luta pelo título. Não aceito nesta discussão o argumento que o plantel não tem qualidade. Se assim é, a luta pelo título é apenas retórica. A questão da arbitragem também não. Porque sabemos que temos que ser muito melhores que os nossos concorrentes. Por isso é tão importante a questão do treinador.

P.S.- Ah, pois, já agora ecletismo sempre! Só não vê quem não quer...

domingo, 19 de abril de 2009

A benquerença azul de um Olarápio

O nosso bem conhecido Olarápio já fez das dele em Coimbra. O lance é evidente e o árbitro está de frente para Meireles, que mete o braço à bola.

43' - Penálti contra o FC Porto que Olegário Benquerença não vê. Após a marcação de um livre directo, Raul Meireles corta a bola com a mão. Erro grave que passa sem o devido julgamento do árbitro. (in Record)

Entrada com a mão direita

A equipa de andebol do Sporting acaba de realizar um bom jogo, no sempre dificil Sá Leite, em Braga, vencendo a 1ª mão dos play-off da Liga de Andebol. É de salientar que o Sporting nunca tinha ganho em Braga desde que a Liga foi criada e o ABC não perdia em casa desde o ano 2000! Paulo Faria vai paulatinamente devolvendo o orgulho a uma modalidade onde o Sporting já imperou. À atenção do JVL.

sábado, 18 de abril de 2009

Com muita Paixão!!!

O Leão de Alvalade que esteve hoje na cidade berço a ver o nosso Sporting lutar mais uma vez contra tudo e contra todos, perguntava na crónica anterior, afinal quem ganhou?

Ganhou o Sporting, hoje em Guimarães, longe dos números do passivo, longe das estratégias das Assembleias Gerais, longe das questiúnculas entre Dias da Cunha e Soares Franco, longe das VMOC’s que farão correr muita tinta nos próximos dias, mas muito perto da emoção e do coração dos milhares de adeptos que de verde e branco acompanharam hoje o grande Sporting Clube de Portugal.

Uma primeira parte de grande nível, com garra e atitude, boa circulação de bola e as melhores oportunidades a pertencerem ao Sporting. Não fosse Bruno Paixão continuar a sua saga em prol do sistema instalado que tudo fará para não nos deixar ser campeões ou para nos impedir de ir disputar a Champions e o Sporting teria entrado na segunda parte a vencer. Tenho muitas, muitas dúvidas quanto ao golo anulado.

Na segunda parte, as contrariedades vieram ao de cima, considerando o elevado número de lesões que nesta altura assolam Alvalade, mas mesmo com Bruno Paixão a querer fazer das suas, a garra leonina deu uma bofetada de luva verde e branca nos pilares da nomenclatura poderosa em que hoje assenta o futebol português.

Mais uma vez, vencemos com muita Paixão!

Afinal quem ganhou?

A avaliar pelas declarações dos que defendiam a alteração estatutária ou os que a ela se opunham todos ganharam. A mim, antes de outras análises, parece-me que perdeu o Sporting. Porque o referendo, em abstracto, possibilitaria a tomada de decisão de um leque mais alargado de sócios, inclusive os que não têm possibilidade de se deslocar a Lisboa. Este referendo em particular, de carácter transitório, visava apenas contornar a impossibilidade de se registar, nos actuais moldes, uma maioria suficiente para aprovar alterações. Tendo forçado a situação, ao invés de ter tentado mobilizar os sócios, este Conselho Directivo acabou por prestar um mau serviço. Esta AG, face às possibilidades, representou um desgaste desnecessário e uma perda de tempo. Se era para fazer uma sondagem, porque não a pediu a Oliveira e Costa?

Devo dizer que a fasquia atingida pelo SIM foi uma surpresa para mim e merece reflexão. Pergunto-me o significado deste sim: são os que estão incondicionalmente ao lado do actual CD ou são os que viam no referendo a abertura à tomada de decisões a um espectro maior? Se a primeira hipótese for a real - sinceramente, parece-me a mais provável – quem se quiser apresentar como alternativa ao que neste momento representa FSF e o seu projecto vai ter muito que trabalhar. Não bastará defender a bandeira do associativismo e ecletismo - a nossa matriz - mas apresentar o seu modelo de sustentação económico-financeira. Difícil de fazer em condições normais, mais ainda em pouco tempo porque o cenário de eleições antecipadas está aí. Tenho pena é que ele seja colocado por dar jeito a uns e não ter sido pensado por dar jeito ao Sporting.

A actualidade no Sporting, quase sempre centrada no projecto de sustentabilidade financeira, quase obriga a consultadoria de economia para a comentar. Mas o Sporting é um clube cuja equipa principal de futebol joga logo um jogo dificil e importante. E nada melhor que ir jogar ao berço da nação com um meio-campo adequado à situação: de chupetas e fraldas. Bom berço tiveram os nossos bébés e por isso há que confiar. Nem as nuvens carregadas a passar me dissuadem. Spooooooorting!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

O 5º elemento

Quando, em 20 de Maio de 2008, manifestei, de forma pouco convicta, que um dia faria “disto” um blogue sobre o Sporting, estava longe de imaginar que poderia estar a escrever um post com o teor do que hoje aqui vos deixo. Há já algum tempo que o Capicua101 era um dos sítios de poiso obrigatório e inspirador. Partilhávamos algumas opiniões, e sobretudo a condição de, gostando muito do Sporting, sermos forçados a vivê-lo de longe.

Desde ontem que o Virgílio Bernardino é redactor deste blogue. O nome dispensa apresentações. Todos imaginam o meu orgulho e percebem a minha sorte. Julgo que os meus colegas de redacção pensam e sentem o mesmo. O Virgílio fez-me um favor, estou certo. Porque o tempo disponível é pouco e serão poucas as ocasiões em que poderá postar. Para mim é um investimento para o futuro, que espero breve, em que ele, rico e anafado como convém a alguém com tal estatuto, viva dos rendimentos e passe os dias entre os treinos em Alcochete e as viagens com equipa por esse mundo fora. E, de vez em quando, quando lhe apeteça, venha aqui fazer uma perninha. É o mesmo contrato que ofereci aos que o precederam, não podia ser de outra forma. E digo-vos, só tenho que me orgulhar das escolhas que fiz.

Para discussão deixo-vos a entrevista de hoje ao Record de Nobre Guedes, pai do plano de sustentabilidade financeira, neste momento no centro das nossas atenções. Chamo também à atenção para o post anterior do LT, cujo teor merece ser bem discutido.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um enorme buraco

O "lamentável" episódio que Filipe Soares Franco e Dias da Cunha protagonizaram na SIC Notícias, teve pelo menos o efeito de trazer à superfície a verdadeira realidade em que se encontra o nosso clube, ou seja, num enorme buraco.

Um buraco desportivo, porque não há um projecto sustentado e sólido, em termos desportivos. Um buraco económico e financeiro, aspecto mais transparente do referido debate, só faltando saber, quem cavou mais fundo esse buraco. Um buraco anímico com danos psicológicos bem visíveis nas feridas que os leões ostentam através da profunda divisão que reina entre nós, sócios e adeptos do grande Sporting.

Chegados aqui, o possível e o impossível cruzam-se num efeito imediato e mediático. Por vezes, as instituições, as pessoas, a terra ou até o universo têm que levar um abalo, para se voltarem a erguer. A história está carregada de exemplos. Não que o Sporting tenha batido no fundo, porque ainda é capaz de haver mais alguns metros ou quilómetros de buraco para escavar. Mas o tempo urge e se queremos continuar a preservar o legado que os nossos congéneres antepassados nos legaram, está na hora de começar a tapar o buraco, sobretudo, sarando as feridas entre leões e todos juntos, arrancarmos finalmente para um século de gloria verde e branca, cores da nossa alma, da nossa esperança.

Vejo com bons olhos a introdução da figura referendária nos estatutos do clube. Penso que se trata de mais um instrumento que estimulará a democracia participativa dando voz aos associados do Sporting Clube de Portugal, independentemente da sua localização geográfica. São ainda necessárias outras medidas, na senda da eficácia e da eficiência, que uma organização deve preservar e protagonizar. Mas não podemos continuar a viver de actos isolados ou a prestações, ainda por cima quando surgem numa altura em que parecem servir mais os interesses de um determinado grupo do que os interesses gerais do clube.

Neste memento as movimentações de Sportinguistas para encontrar os protagonistas capazes de começar a tapar o buraco e erguer de novo o ideal leonino no país e no mundo começaram a fazer-se sentir e isso é um sinal positivo no universo Sportinguista.

Soares Franco sempre disse não a uma vaga de fundo, talvez porque acreditava num vazio de poder. Pelos vistos esse vazio de poder, não se verifica, uma vez que estão a emergir outras candidaturas mais ou menos mediáticas. Avançou então a vaga de fundo e o MASF (Movimento de Apoio a Soares Franco) reúne-se hoje num jantar que mais do que explicar o famigerado projecto para tapar o buraco financeiro, serve para sensibilizar o actual presidente a voltar atrás na decisão de não recandidatura.

aqui tinha escrito e aqui também que o grande problema de Soares Franco reside no facto de persistir em apresentar-nos um projecto de reestruturação financeira que reduzirá drasticamente a divida a avaliar pelas suas intenções, sem que nos apresente em paralelo um projecto desportivo cuja matriz cultural e ideológica do Sporting Clube de Portugal permaneça e não se esvazie, porque um projecto financeiro não faz sentido sem um projecto desportivo, tal como a Sporting SAD não faz sentido sem o Sporting Clube de Portugal.

É no mínimo estranho e insólito que o projecto financeiro esteja em discussão sem estar também em cima da mesa um projecto desportivo. Mas mais estranho é o facto de Soares Franco querer aprovar algo para depois se ir embora. Nunca vi um governo aprovar um orçamento para depois vir outro Governo saído de eleições governar com esse orçamento. Nesta medida, sob o signo dos Pedros, até ao momento só Pedro Moraes foi explícito e parece pensar pela própria cabeça, não estando dependente se outros avançam ou não. Essa já é uma atitude diferenciadora pela positiva em relação ao outro Pedro, que diz só avançar se um ou outro notável não o fizer.

É que o Sporting só sairá do enorme buraco e se reunificará em torno dos seus valores se aparecer um projecto coerente com a nossa história, mobilizador, dinâmico e sustentável, capaz de caminhar pelos próprios passos sem estar dependente de mais nada que não sejam os verdadeiro interesses do Sporting Clube de Portugal.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sob o signo dos Pedros

Já se perfilam pelo menos 2 candidatos às eleições e julgo que a próxima A.G. ajudará a esclarecer alguns posicionamentos ainda expectantes. Pedro Souto disse que avançava mas com 3 grandes "ses". Pedro Moraes deu também um passo em frente, concedendo 2 entrevistas. Ao Record e hoje à R.R. Nesta última condiciona o seu avanço à não aprovação do plano de F.S.F. Li atentamente o que disse ao Record e vou comentar agora, porque me parece importante.

Não vou valorizar o facto de Pedro Moraes ser sócio há décadas e ser filho de Sportinguistas. O clube tem visto passar muita gente pelos cargos directivos em iguais circunstâncias, mas nem sempre com motivos de regozijo. Moraes assume-se como opositor ao modelo seguido pelo clube nos últimos anos, advogando a constituição de uma fundação, semelhante ao que já faz o Barcelona. Argumento interessante, a aguardar desenvolvimento, que já vi ser defendido por Dias Ferreira. Tem a noção que o clube precisa de uma injecção de 200 a 300 milhões e acha-a possível de levar a efeito em 2/3 anos, embora não diga como. Defende um clube virado para o associativismo e ecletismo, a matriz onde a maioria (julgo não estar enganado) de nós nos revemos. Saúdo que não se negue a discutir a liderança técnica, ao contrário do que fez Pedro Souto.

No fundo diz muito daquilo que nós pensamos mas não creio que, chegando a Presidente, possa continuar a dizer só o que gostamos de ouvir. Como nota discordante deixo a identificação dos nossos rivais: para mim o Slb é o rival por questões históricas e o Fcp inimigo enquanto lá estiver PdC. De ambos devemos guardar a mesma distância. O que me custa a perceber é que sobre o Apito Dourado tenha esta tirada inigmática: “Hoje não sabemos até que ponto amanhã não estaremos envolvidos numa história de suspeição...” Como?! Francamente (esta palavra aqui não é inocente).

Ouvi hoje com atenção a pequena entrevista de Pedro Silva, da A.A.S., (também à RR, 12:45)onde ele assume que este grupo de adeptos apresentará um candidato credível. Conversei um par de vezes com Pedro Silva e fiquei bem impressionado com a sua postura e identificado com o seu empenhamento. Não creio que fale por falar, pelo que aguardo com expectativa novos desenvolvimentos.

Hoje é um dia especial para um amigo deste espaço, um notável Sportinguista, que aqui faz falta para enriquecer o debate. Passem no Capicua101 e deixem lá ficar um abraço ao Virgilio pelo seu aniversário.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um novo argumento para o Navio Fantasma?

Quem ontem viu o debate e não conheça a história recente do clube não diria que estiveram frente as 2 figuras mais importantes dos executivos recentes do Sporting. Nada mais nada menos que o anterior presidente e o actual, mas, mais importante, o anterior presidente e o seu vice-presidente substituto.

Mas houve algo que ficou bem claro: Dias da Cunha não se lembra e não parece saber muito bem para onde levava o Sporting. O passivo, ao seu tempo, era monstro de apetite insaciável e não parou de engordar. Não deixou de ser surpreendente ver Dias da Cunha com perguntas dos nossos consócios do Leão de Verdade. As alianças no Sporting podem ser mais surpreendentes que um argumento de Hitchcok. Porque não ajuda Dias da Cunha a responder a alguma perguntas que eles muito bem têm feito? Surpresa, ou talvez não, foi também a aparição do sinistro Meireles, que depois de sacar, sugar e mamar, ainda tem o desplante de dizer o contrário do que escreveu e assinou. Não percebo é como, de repente, todos aparecem juntos. O que é nisto tudo uma guerra pessoal e os verdadeiros interesses do Sporting?

Estranho porém a posição de F.S.F.: que andava ele lá a fazer? Não era afinal o nº2 na hierarquia? Percebemos que foi uma surpresa para FSF deparar com o buraco de 16 milhões na tesouraria, por incumprimento do acordo de alienação do E.V.A. (Afinal o promitente vendedor do património sempre foi Dias da Cunha?). Como pôde assistir de poltrona a tudo o que a agora parece discordar? E cada vez que fala FSF parece dizer o contrário do que pensa e do que, pelos vistos, escreve. Os sócios e o ecletismo são uma maçada para ele. Concordo porém com 1 ponto: com este passivo não seremos nunca competitivos.

Nem FSF nem Dias da Cunha parecem ter percebido bem porque se afastou Ernesto Ferreira da Silva. Estamos a falar do Presidente do Conselho Fiscal à data. Será que ele, mais do que ninguém, sabia que o passivo, a onda enorme que continuava a crescer e que ameaçava arrasar tudo à passagem, era água de mais para o navio dele? A sua retirada da sucessão dinástica a Dias da Cunha não foi o salto do 1º rato, a que nem o lustro de ser o Presidente do Centenário conseguiu demover? Ernesto Ferreira da Silva tem-se esquivado a cargos executivos e saiu-se muito bem com a realização do Congresso. Mas como Presidente de um órgão fiscalizador o seu silêncio foi demasiado comprometido e comprometedor.

Em todo o debate uma profunda ausência dos sócios. Em nenhum momento os contendores pareceram ter em conta aqueles que representaram, mesmo que Dias da Cunha nunca tenha sido eleito. Este debate mais pareceu um novo argumento para uma nova versão do Navio Fantasma: o Sporting tem tido presidentes, mas falta-lhe há muito um comandante. Alguém a quem nós, os que viajamos esquecidos no porão, consigamos confiar que não nos deixará encalhados num rochedo qualquer.

domingo, 12 de abril de 2009

Muito passado, (quase) nada para o futuro

Para a sua guerra pessoal este debate pode ter sido mais produtivo para FSF do que para Dias da Cunha. Aquele esteve geralmente melhor documentado e melhor preparado, sobretudo no que à discussão do tal buraco que tanto os divide diz respeito. De alguma forma desmistificou a venda do património, dando a ideia que esta estava já alinhavada com os bancos, conforme acordado por Dias da Cunha, o que para mim foi uma novidade. A hipótese de recompra defendida por D.C., num clube com um passivo como o nosso seria um lirismo caro e, quiçá, um mero formalismo.

Dias da Cunha acabou por confirmar por palavras do próprio FSF, em carta por este escrita, que FSF tem um visão do Sporting onde não cabe o associativismo. Sendo um acto pouco edificante revelar cartas pessoais, vem confirmar aquilo que já todos pensamos.

Para o futuro ficou muito pouco. A rápida explicação do projecto de FSF foi de menos, embora me pareça que o autor contra-argumentou bem a mal estruturada argumentação de Dias da Cunha.

Para mim é estranho olhar para aqueles homens de cabelos brancos, bem sucedidos na sua vida profissional, e ver que podem ser líderes nas suas empresas mas nunca o foram na verdadeira acepção da palavra no clube de que gostam. Na dura missão de administrar talvez se tenham esquecido da essência do seu clube: os associados e os adeptos. Sem eles ou contra eles quase nada faz sentido. Pelo menos não houve peixeirada.

Parece-me que vimos passar perante nós o passado (Dias da Cunha), o presente (FSF), mas ficamos sem saber o mais importante: e o futuro?

Lavagem de roupa suja

É o que, infelizmente, prevejo que irá acontecer hoje à noite no frente a frente entre FSF e DC.

Receio que não se irá discutir o SCP, tendo em vista o que é melhor para o mesmo segundo cada um dos entrevistados, ao invés teremos uma confrontação sobre quem fez pior e quem enterrará/terá enterrado o SCP.

De um lado teremos o "Salvador" que apesar de afirmar que salvou o SCP, afirma ao mesmo tempo que caso não seja aprovado o seu plano, o SCP entrará em incumprimento em Maio. Aquele que a meses de se ir embora - sinceramente só acredito quando não o vir integrar uma das listas - quer aprovar um plano financeiro que condicionará a Direcção seguinte, seja ela qual for. Com o intuito de "devolver o SCP aos sóciosm seja lá isso o que for".

Do outro teremos o "Acusador". Tirando o mérito de ter nomeado os rostos do sistema, que mais lhe podemos apontar de positivo? A ideia que tenho dele, é a de um Presidente ausente mais interessado em tratar dos seus negócios - lembro-me de várias viagens a Moçambique - do que dos assuntos do SCP.
Outros episódios que me vêm imediatamente à memória, são o do cachecol do fcp na final de
Sevilha e o apoio ao manifesto com o slb, quando se chateou com o PdC.
Foi também o Presidente que foi incapaz de levar pela frente a contratação de um treinador devido à oposição de uma claque!!

Atrevo-me a dizer que isto tudo dá um empate entre ambos.

Uma vez que sempre há debate, espero que evitem os ataques pessoais. Que deixem as querelas pessoais de lado. Que se lembrem que não são eles que estarão a ser debatidos mas sim o SCP. E que não serão apenas Sportinguistas a seguir atentamente o debate.

Tendo isto tudo em mente, peço que evitem o que prevejo. Porque no fim do mesmo, se alguém sair mal visto, esse alguém será o SCP.

sábado, 11 de abril de 2009

Continuamos em direcção à praia

Entramos mal no jogo e acabamos por fazer um golo quando a Naval já se havia aproximado da nossa baliza de forma muito mais perigosa que nós. Pouco tempo ficámos à frente do marcador pois Veloso encarregou-se de deixar a equipa a descoberto, entregando a bola de forma absolutamente displicente. Apesar de tudo a equipa soube reagir, acabando por marcar o 2º golo num bonito lance de bola parada. Acabamos a 1ª metade a controlar, prescindindo no entanto de resolver o jogo.

Não fora o 2º golo de Liedson e a 2ª parte teria um suplício perfeitamente evitável. É difícil de assinalar uma boa jogada colectiva, com principio meio e fim. Mais do que 3 linhas na sua análise seria um desperdício.

Julgo que uma das notas individuais incontornáveis é Miguel Veloso. Entrou mal no jogo. Alternou o bom com o péssimo: esteve no 1º golo de cada uma das equipas. Indiscutivelmente afectado pelos assobios que ouviu no aquecimento e de cada vez que tocou na bola. Este não me parece a melhor forma de mostrar o descontentamento natural pelo comportamento recente do jogador. Arranje-se forma que não prejudique a equipa. No restante saliente-se Liedson mais uma vez em grande, estando em todos os golos. Moutinho, e Patrício na altura certa, são os que se puseram acima da mediocridade instalada.

Continuamos à tona da água, em direcção à praia, mas não se pode dizer que nademos com mandam os cânones. Isto é uma espécie de esbracejar, que de espectacular não tem nada. Até Paulo Bento o reconheceu: das poucas coisas boas que este jogo teve foi o resultado.

SCP - Naval

O SCP joga hoje contra a Naval mais uma final. Será assim até ao final do campeonato uma vez que estamos dependentes de dois deslizes do fcp para alcançarmos o título.

Com o regresso de Pedro Silva e principalmente de Izmailov, Paulo Bento terá um maior número de escolhas para formar o onze, apesar da utilização de Izmailov estar condicionada pois não poderá aguentar os 90 minutos.
Os últimos jogos de Pedro Silva tinham-me agradado mas a exibição de Abel em Matosinhos foi boa. Uma das minhas dúvidas, caso fosse o treinador, estaria aqui.
O meio-campo, vítima de uma autêntica praga de lesões, será mais uma vez alterado. Adivinha-se a titularidade de MV, que deverá ser acompanhado por Moutinho, Pereirinha e, devido às cautelas em relação à utilização de Izmailov, Romagnoli, pois não acredito que Paulo Bento opte de início por Adrien Silva, obrigando MV a jogar no corredor esquerdo.

Para o jogo de hoje alinharia com:

RP, Abel, Carriço, Polga, Caneira, MV, Pereirinha, Moutinho, Pipi, Liedson e Derlei.

Derlei pondera agora continuar a jogar mais um ano. Atendendo ao seu rendimento, rendimento dos seus concorrentes e capacidade de entendimento com Liedson, é expectável que a renovação aconteça. Tem sido, sem margem para qualquer dúvida, o melhor parceiro de Liedson.

Extra-futebol temos o FSF a voltar atrás na palavra - surpreendente! Ou não.
Depois de aceitar um debate frente a frente com Dias da Cunha, voltou atrás. Não me quero alongar muito acerca disto mas é ainda possível acreditar em alguém, que volta tantas vezes atrás na sua palavra? Vendo as coisas pelo lado positivo, ao menos não assistiremos a um lavar de roupa suja, em directo para todo o País.

PS: Vi ontem o jogo entre o Braga e o Marítimo. Um jogo bastante agradável na 1ª parte, não tanto na 2ª. Deu também para ver que a qualidade dos nossos árbitros é baixa. Ontem ambos os golos surgem de penalties. Indiscutível o que beneficia o Marítimo, já o assinalado a favor do Braga é discutível - não me pareceu. Sendo marcado, porque é que não mostrou o cartão amarelo a Briguel que por sinal seria o 2º? É esta dualidade de critérios que deveria ser o principal objectivo de quem dirige a classe. Isso e perceberem de uma vez por todas, que existe contacto no futebol e que não deveriam apitar por tudo e por nada.
Para finalizar, o golo anulado ao Marítimo foi mal anulado pois Olberdam está em jogo. Ao menos louve-se a coerência: são maus independentemente do jogo que ajuízam.

PPS: Pelos vistos sempre há debate, segundo me informou o amigo LdA. Espero que deixem os ataques pessoais de lado e se lembrem que o SCP é que sairá ferido em caso de confrontação.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Sem anéis, sem dedos nem unhas

FSF tem o mérito de ter percebido que, como está, o Sporting não caminha para lado nenhum. No entanto, a via que escolheu, desde a sua eleição até hoje, afasta-o de uma parte dos Sportinguistas e provoca dúvidas em muitos outros. A forma pouco clara e precipitada de FSF escolher métodos e timings criam desconfiança no médico. Sem confiança no médico dificilmente se toma um remédio que ainda por cima é amargo.

Não me surpreenderia que a mesma proposta viesse a ser aprovada em moldes semelhantes com um rosto de perfil diferente a encabeçá-la. Alguém para quem não fosse uma maçada explicar para mobilizar. Porque não há soluções fáceis para problemas difíceis e talvez por isso não se conheçam hoje ainda caminhos diferentes.

Estamos perante uma equação de difícil resolução: é necessário criar riqueza em valor suficiente e muito rapidamente para fazer face a um passivo cujos compromissos de pagamento assumidos nos tolhem a possibilidade de comprar tanto como os nossos adversários. (Uma boa oportunidade para usar a inteligência diria eu: um departamento de futebol forte, com prospecção a sério, com o aproveitamento não casuístico dos jogadores da Academia, um modelo onde se encaixe um treinador e não o contrário. Como vemos à nossa volta, o dinheiro está longe de ser, por si só, a chave do sucesso.)

Quanto à chamada oposição, não nego que possa haver irresponsabilidade, sede de holofotes, etc. Mas acredito que haja muito Sportinguista que não se revê no modelo proposto e não vejo porque tenham que ser onerados com a obrigação de se constituir alternativa e apresentar plano diferente. Mas se o fizerem têm que, responsavelmente, apresentar uma saída, não podendo apenas dizer que não. Que alguns não o façam por não saber como é algo que também já me ocorreu.

Já se perfilam vários candidatos. Pedro Souto, o mais falado, nada disse de entusiasmante ou mobilizador. E o que disse tem pouco de original. Para isso temos o original, que já conhecemos. A questão da liderança técnica deve merecer mais do que um eco vazio e preguiçoso. A competência técnica de PB merece discussão e a comparação com Ferguson é um exagero: o escocês quando chegou a Manchester já era um treinador com provas dadas (3 titulos escoceses).

Com o esvaziamento do clube em favor da SAD, os Sportinguistas temem ficar sem anéis (Academia), sem os dedos e, claro, sem unhas: com todo este processo eleitoral a preparação da próxima época acontecerá com esta em andamento. Se os interesses do Sporting estivessem acima de tudo, quem programou esta sucessão de eventos - Congresso, AG´s e eleições- teria com naturalidade, arranjado um calendário melhor.

(Este post é a edição revista e aumentada de um comentário deste post do A.B.)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A crescer...

No meio de tanta confusão e agitação no seio da família leonina, eis que surge no site do clube uma notícia totalmente contrastante com a apregoada e famigerada crise de militância leonina: Número de sócios está a crescer.

Segundo a estatística interna, o Sporting tem hoje 58.278 sócios efectivos. Segundo o Presidente do Sporting, no trio de entrevistas concedidas à imprensa em 10 de Outubro de 2008, o Sporting tinha 27.000 sócios efectivos. Há algo que não bate certo. A publicação desta notícia no site do clube no actual momento gera por si só alguma desconfiança.

O Sporting Clube de Portugal tem obviamente um potencial de crescimento enorme, sobejamente conhecido. Importa estabilizar o clube, unifica-lo e renova-lo em torno dos seus valores, ideias e princípios. Só assim poderemos iniciar viagem, para mais um século de vitórias e sucessos. A afirmação do Sportinguismo só singrará mediante a criação de valor e sinergias que nos possam distinguir pela positiva dos nossos concorrentes. Sempre defendi que é nos nossos valores que reside a maior diferença em relação aos adversários. Porém, só unidos e pacificados conseguiremos afirmar um projecto credível e mobilizador do potencial Sportinguista.

Seria útil que toda e qualquer candidatura se afirmasse pelo seu próprio projecto e não estivesse dependente da eventual candidatura ou não, de outros sócios Sportinguistas. Porque é precisamente de um projecto inovador, mobilizador e porventura com outros protagonistas que não os de sempre, que o Sporting poderá libertar-se da actual teia de interesses em que se encontra mergulhado.


PS: Outra boa notícia que deve ser assinalada é o regresso da patinagem artística a Alvalade. O Vice-Presidente Mário Patrício, afirma ao Jornal A’Bola que “O Sporting tem tradição nesta modalidade, pois ela já existia nos tempos do antigo estádio”. Segundo a imprensa, a evolução da nova modalidade e também do hóquei em patins, recentemente regressado, acontecerá no pavilhão da casa do gaiato. Sintomático!!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Estado de alma

Não me dói o cotovelo pelo bom resultado e exibição ontem realizado pelos meus vizinhos cá de cima. Até dei comigo a achar injusto quando o Ronney fez aquela assistência fabulosa para Tevez, desequilibrando imerecidamente o resultado. Mesmo sabendo que muitos adeptos azuis festejariam esse golo, caso fossemos nós os adversários do Manchester.

Mas dói-me a alma (sim, ainda não passou) pelo desperdício que foi este ano a nossa campanha internacional. É o que dá quando baixamos a exigência de sermos melhores, contentando-nos com objectivos secundários. O apuramento para os oitavos-de-final devia ter sido visto apenas como um patamar e não encarado como um fim em si mesmo. Hoje os elogios merecidos ao Fcp misturam-se com os exageros. A diferença entre eles e nós não está espelhada nas diferenças entre o resultado de ontem e nosso de Munique. Eles ontem foram bons, mas nós não somos tão maus. Eu acredito que somos muito melhores. A diferença está na atitude e essa faz toda a diferença, como vemos.

De humilhação em humilhação - Madrid, Barcelona; Munique -, em poucos meses andamos muitos anos para trás, quando esperávamos afirmação. Para apagarmos a má imagem deixada temos uma razão acrescida para nos apurarmos para a pré-eliminatória da Champions League. Porque, como em muitas coisas na vida, a última memória é a que conta.

P.S.- Não sou muito dado a revistas do coração. Mas, no resturante onde habitualmente almoço, elas abundam e hoje numa delas, vinha, pela enésima vez, um artigo sobre Djaló, pela voz da sua talvez ex-companheira. Nem comentaria o assunto se nela não viessem aludidos assuntos ligados directamente ao Sporting, neste caso de um profissional seu. Ali estão, mais uma vez, bem evidentes as razões do eclipse de Djaló. Copos e futebol profissional pode ser bom para empresários, presidentes, directores, mas para jogadores não. E não deve ser fácil ser mulher de futebolista. Pelo menos a oficial...

terça-feira, 7 de abril de 2009

Contas simples

Começaram a sério as movimentações eleitorais, o que confirma o que já aqui havia afirmado: O Congresso, na data que foi escolhida, servia de tampão à afirmação de candidaturas. Filipe Soares Franco propõe uma alteração de fundo para o clube e SAD. As coisas, para mim, são bem claras: ou fica para aplicar e defender o modelo que propõe, na pior das hipóteses arranja alguém que o faça por ele, ou a Assembleia Geral onde se proporá algumas dessas mudanças nem sequer faz sentido. Tal como não faria sentido nenhum um inquilino fazer alterações substanciais num imóvel que se presta a abandonar. O próximo que deixe a casa a gosto.

Esta forma pouco transparente e forçada de fazer as coisas, além de darem azo a um sem número de especulações, retira todo o interesse à discussão dos méritos ou máculas do seu famigerado projecto. E, não menos importante, se o nosso presidente não sabe o que é “Um Sporting dos sócios, como ontem afirmou, que leia os estatutos do clube nomeadamente este artigo:
Artigo 3º
1 – O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL é uma unidade indivisível constituída pela totalidade dos seus associados que, nos termos dos presentes estatutos, se podem congregar em Filiais, Delegações, Núcleos e Organizações, tanto no território nacional como no estrangeiro.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Neste campeonato, nem participar sequer!

Há um campeonato a decorrer em Portugal entre o slb e o fcp, que dura já há alguns anos, e no qual nós não entramos, felizmente. Esse campeonato passa por controlar os centros onde se tomam as decisões relativas à arbitragem e disciplina, para assim poder controlar melhor os imponderáveis do futebol, como as bolas no poste, os falhanços de baliza aberta, etc. Sabemos quem tem saído vencedor e sabemos também quem não se importaria de ganhar da mesma forma. Só não o faz porque é aí tão manifestamente incompetente como tem sido na hora de contratar, despedir e formar plantéis.

Aqui está um campeonato em que fico mesmo feliz por ficar de fora. Mesmo reconhecendo que, aqui e ali, os árbitros, um dia, lá terão que se enganar, favorecendo-nos. Como por exemplo , em Vila do Conde, para a Taça da Liga, não precisando nós e não nos servindo para nada.

Assistindo a todas as trapaças de cadeirão, este ano, mais do que em todos os outros, vai-me dar enorme gozo ficar pelo menos em 2º lugar, se já não conseguirmos chegar ao 1º.

domingo, 5 de abril de 2009

Fazer o que nos compete: Vencer!

Em terra de boa gente, bom peixe, mar e horizonte, o leão não se deixou equivocar e fez o que lhe competia, vencendo o surpreendente Leixões que na primeira volta impressionou a crítica com o seu futebol.

Carregado de contrariedades, avolumadas com o decorrer da partida, o Sporting cedo quis mostrar o seu domínio. Sem fazer um jogo de encher o olho, convenhamos que isso já não é o mais importante, o pragmatismo leonino foi determinante para alcançar os 3 pontos em disputa. Foi uma primeira parte bem disputada, dominada totalmente pelo Sporting, colectivamente bem organizado e com a dupla avançada sempre muito activa. O golo é reflexo disso mesmo, do bom entendimento entre Liedson e Derlei, verdadeiros quebra-cabeças para a defesa leixonense.

A segunda parte foi um pouco mais mais equilibrada, não apenas pelas alterações forçadas que o Sporting teve que operar mas também porque o Leixões começou a correr atrás do prejuízo e Mota promoveu também algumas alterações tácticas, dando um pouquinho mais de "agressividade" à equipa Matosinhense. Porém, o meio campo leonino não quebrou e isso foi determinante para tapar os espaços que o adversário procurava e também para lançar as transições para o ataque. Colectivamente, o Sporting superou-se conforme lhe foi pedido e com isso venceu as contrariedades e fez o que lhe competia, vencer o jogo.

A chave para o resto da época está precisamente na união e no espírito do grupo, aquilo que muitas vezes não aconteceu ao longo da temporada. Resta-nos continuar a fazer o que nos compete, arrecadando os 3 pontos jogo a jogo e fazer as contas no fim do campeonato.

Infelizmente não pude acompanhar o LeaodeAlvalade ao Estádio do Mar, mas estou certo que ele gritou por nós e ajudou a equipa a adiar a ida do rival ao alfaiate.

Leixões - SCP

O SCP desloca-se hoje a Matosinhos para defrontar a equipa sensação do campeonato, especialmente na primeira volta, tendo ganho inclusive em Alvalade - um dos resultados que nos poderão custar bastante caro no final do campeonato.

Sem Izmailov e Vuk por razões físicas - este até ao fim do ano - e Pedro Silva castigado, o SCP estará teoricamente mais fraco. Independentemente destas contrariedades apenas nos interessa conseguir os três pontos, pois somente uma vitória nos permitirá continuar a pensar ainda no título.

A vitória do fcp ontem aumentou a dificuldade em alcançar o ceptro de campeão nacional mas atendendo à sua irregularidade em casa, não é ainda altura de atirar a toalha ao chão. Acreditar até ao fim, é uma característica Sportinguista. A minha equipa para hoje:

RP, Abel, Carriço, Polga, Caneira, Roca, MV, Moutinho, Pereirinha, Liedson e Derlei.

PS: Grimi voltou a transgredir. Depois do episódio anterior - já para não falar da época paupérrima que fez e da verba elevada que o SCP pagour por ele (mas aqui a culpa não é dele) - seria de esperar que tivesse mais respeito por quem lhe paga. Mais um exemplo de que os jogadores só são profissionais quando se fala de renovações e transferências.

PPS: Estamos neste momento no intervalo e estou a gostar da exibição do SCP. No entanto não é isto que me leva a escrever estas linhas.
É extremamente irritante ouvir comentários como "acho bem que o árbitro não marque estes lances senão teria que marcar penalty em todos os cantos" & "além disso, Derlei já nem chegava à bola". No lance em causa, não acho que tenha sido penalty mas quem comenta o jogo, devia abster-se de dizer barbaridades como a última.
Depois dos penalties por percepção, agora são as faltas que deverão ser assinaladas apenas se o jogador conseguir chegar ainda à bola. O que é triste, é que nem é a primeira vez que ouço este comentário numa transmissão. E saberem as regras!?

sábado, 4 de abril de 2009

Já tiraram as medidas?

Após a vitória do Fcp em Guimarães, estará o título entregue? Se assim for pouco mais nos podemos lamentar do que de falta de competência da nossa parte, ao entregarmos o caneco ainda na 1ª volta. Era quando as poucas mudanças operadas no plantel e a continuidade da equipa técnica deveria ter ditado a diferença sobre os nossos 2 maiores rivais. Não sei se conseguiremos repetir a façanha, quando os azuis tiveram que queimar as faixas e as T-shirts em que celebrariam o tri, na época 79/80. Era bom. Mas que parece que eles já podem tirar as medidas, parece. Até a sorte parece acreditar nisso...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sporting por correspondência

Das 133 recomendações aprovadas em sede de Congresso muitas há que merecerão maior ponderação e debate antes de serem definitivamente convertidas para o nosso ideário. Uma das que mais me chamou à atenção foi a possibilidade de os sócios correspondentes passarem a ter direito de voto, ficando inibidos de serem eleitos para os corpos sociais. Como sócios correspondentes entende-se os que tenham residência a mais de 100 Km de Lisboa.

Sou completamente a favor de qualquer modalidade que potencie essa força por vezes negligenciada ou adormecida que são os muitos Sportinguistas espalhados pelo mundo. Mais: várias vezes aqui tenho alertado, juntamente com os meus co-editores, para o abandono a que foram votados os núcleos, pese a sua descoberta tardia assumida no momento de fazer as malas por parte do nosso presidente. Mas mantenho sérias dúvidas sobre um estatuto de Sportinguistas de 2ª, como me parece ser esta figura, a quem apenas se pede o voto e 40% da quotização. Porque não bilhetes ou gameboxes mais baratos, por exemplo?

Vivendo a mais de 300 km de Alvalade esta seria uma medida que me teria como um dos muitos destinatários. Só não o é porque manterei a minha condição de sócio de plenos direitos, com pagamento integral de quotas, até ao fim dos meus dias ou possibilidades. Acreditem-me que sou nisso acompanhado por muitos como eu. Ao contrário de uma certa tendência que se vem impondo nomeadamente nos diálogos da blogosfera, em que cada um parece buscar o título de melhor ou maior sportinguista, pelos sacrifícios que faz ou lhe são impostos, eu, cada vez que olho à minha volta, encontro sempre alguém capaz de fazer ou pensar sempre melhor do que eu em favor do Sporting. Como dizia no post abaixo sobre o pavilhão, sou um eterno aprendiz no que ao Sporting diz respeito.

Há vários sinais que legitimam a minha preocupação sobre esta aparentemente boa medida ,que visa conferir o voto aos sócios correspondentes. A sua não elegibilidade para os órgão sociais é desde logo uma evidência imposta pela física: quem pode desempenhar cargos directivos à distância? Por outro lado, sabendo que o número de votos dos sócios do Sporting dependem da antiguidade, que critérios serão aplicados aos sócios correspondentes? Será justo aplicar critério idêntico aos sócios de pleno direito? E se, por exemplo, um sócio correspondente se decidir tornar sócio efectivo, o tempo detido na categoria anterior contará para efeitos de antiguidade?

Tenho para mim que esta é uma medida tomada em cima do joelho, sem a reflexão devida. Sinceramente parece-me mais um fato à medida das decisões que têm que ser tomadas em sede de A.G.´s ordinárias, extraordinárias ou eleitorais. Dou-vos a palavra, sobretudo aos que estiveram em Santarém. Pode estar aqui uma boa discussão.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Liga Vermelha

Depois do escândalo de Faro, onde foi servida em taça dourada uma Carslberg de encomenda, a decisão de punir o mergulho de Lisandro com um jogo de castigo nem espanta. É verdade que a performance do argentino não é sequer um mau passo de tango, mas castigá-lo com um jogo é abrir um precedente perigoso. Fica nas mãos da Comissão Disciplinar decidir quem se atira para a piscina ou quem simplesmente escorrega e cai. Quem pode ficar descansado com este poder discricionário em mãos tão pouco confiáveis e com falta de visão periférica? É que anda aí um anjinho, cujas actuações se confundem com a dos melhores saltadores de prancha de jogos olimpicos, e não consta que tenha, até ao momento, sido instaurado nenhum processo disciplinar.

Não há dúvida que os melhores goleadores do clube de LFV têm sido Vitor Pereira e Ricardo Costa. Por certo muito mais baratos que Suazos, Cardozos, e Aimares. E, nunca se lesionando, vão deixando mossas na concorrência.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Uma questão de confiança

No primeiro dia de Abril é costume os órgãos de comunicação social darem noticias que o não são. Melhor fariam se aproveitassem o dia para, excepcionalmente, dizerem umas verdades. Para aferirem o que quero dizer, comecem, a partir de hoje, a coleccionar as capas de “Abola”, por exemplo, e, daqui a um ano, façamos a contabilidade de quantas delas foram uma mentira. Resumindo, a alergia pela verdade minou a confiança que tem que merecer quem tem a nobre missão de informar.

O que é que isto pode ter a ver com o Sporting? Neste momento, tudo. A questão da confiança, mesmo que não nos apercebamos de tal, marca decisivamente o presente e o futuro do Sporting. Vejamos:

Quem pode, de peito aberto, declarar que confia plenamente na capacidade da equipa para chegar ao primeiro lugar, depois de tudo o que já vimos este ano? Quem não se interroga que, mesmo ganhando todos os jogos, ainda iremos a tempo de arrecadar o título?

Estamos a dias de uma AG que servirá para ratificar algumas mudanças decisivas para o futuro do clube e este será, depois disso, completamente diferente do que o conhecemos hoje. Quem pode garantir que essa diferença será para melhor, no sentido dos interesses de um clube que se pretende mais forte?

Não é fácil ser Sportinguista, nunca o foi. Uma característica marca porém os Sportinguistas: mesmo contra as suas próprias dúvidas queremos sempre ganhar e sermos melhores. É com esse espírito que estarei em Matosinhos. Já na A.G. não me será possível. Sem pena, porém. Porque não costumo investir os meus haveres mais preciosos (e o Sporting é-o e quero deixá-lo para filhos e netos) onde não sinto confiança. Terei que confiar na decisão dos Sportinguistas, que, tal como eu, gostam muito do clube. Mesmo naqueles que vão votar sem saber muito bem porquê e para quê.

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