A lista do policia e dos ladrões
Quando resolvi criar este blogue estabeleci um compromisso pessoal de manter afastado deste espaço temas externos ao Sporting e que poderiam constituir motivos de fractura entre os Sportinguistas., como questões religiosas, políticas ou mesmo versando assuntos públicos envolvendo Sportinguistas mas que não diziam directamente respeito ao Sporting.
Podemos discordar no diagnóstico das causas mas não discordaremos ao assentir que o Sporting está sobejamente dividido para precisar de acessórios que ainda produzam maior fragmentação. E afinal o Sporting sempre foi um instituição aglutinadora das mais diversas correntes, sensibilidades e origens. Foram essas as duas principais razões desse meu comprometimento pessoal. Apesar de assim poder parecer à primeira vista a quem lê o titulo, não é agora que o vou quebrar.
Como é óbvio para quem me lê, este artigo refere-se à apresentação hoje feita da candidatura de Godinho Lopes à presidência do Sporting. Dita de consenso, alberga no seu seio um notável número de notáveis, mesclando gente nova, quer em idade quer no dirigismo do clube. Fica por explicar que consensos que se geraram na nação Sportinguista, quando estas serão as eleições que provavelmente envolverão o maior número de candidaturas. Mas esta é sem dúvida a primeira candidatura para levar a sério porque, ao contrário das restantes, (i) apresenta listas praticamente fechadas com todos os seus constituintes e (ii) tem no seu elenco elementos que estiveram ligados aos últimos órgãos sociais do clube, beneficiando por isso de uma exposição junto dos associados que os seus concorrentes vão ter que escalar.
Talvez o Sporting precise mesmo do consenso que a lista hoje apresentada reclama. Eu não sou um dos que assim pensa. Como anteriormente aqui afirmei, o Sporting precisa mais de uma ruptura com o passado e não apenas o recente. Ruptura essa que não pode ser apenas feita com pessoas diferentes mas sobretudo com ideias diferentes. Ruptura que quebre os laços com os interesses particulares, com o imobilismo e com a auto-comiseração que se instalou no Sporting. Que só vi parcialmente em Bruno Carvalho, Zeferino Boal e nada em Dias Ferreira, ao chamar até si quem já escreveu o suficiente na história do clube. Vi mais um Sporting virado para o passado e algum dele de muito duvidoso Sportinguismo. E que se me afigura difícil de conseguir por uns corpos sociais constituídos por uma amalgama que junta no mesmo lado gente que, pelo seu passado, é responsável pela actual situação do clube e outros que se tornaram conhecidos pelas sua luta contra os procedimentos que a ela conduziram. Parece-me tão difícil como fazer do circulo um quadrado.
Paulo Pereira Cristóvão foi há sensivelmente 2 anos o rosto de uma vontade de ruptura que não foi sufragada pelos sócios. Alguns dos que o apoiaram viam nele o policia que o Sporting precisava para por fim ao desregramento em que há muito se vivia em Alvalade. Como vai ele conviver com gente que roubou muito do presente que hoje não temos e que nos ameaça o futuro é uma das minhas interrogações. Mas o que me intriga e, porque não dizê-lo, repugna em tudo isto é que alguns deles apareçam hoje montados nos seus cavalos brancos, de armaduras polidas, sem nunca terem sido obrigados a prestar contas sobre o que tornou o que era o Sporting de há 15 anos no que é hoje o Sporting. Seja pelo estádio, pelas operações imobiliárias ruinosas, ou pelos milhões hoje inscritos no passivo na compra de jogadores que serviram muito mais para promoção pessoal do que em proveito do clube.
Podemos discordar no diagnóstico das causas mas não discordaremos ao assentir que o Sporting está sobejamente dividido para precisar de acessórios que ainda produzam maior fragmentação. E afinal o Sporting sempre foi um instituição aglutinadora das mais diversas correntes, sensibilidades e origens. Foram essas as duas principais razões desse meu comprometimento pessoal. Apesar de assim poder parecer à primeira vista a quem lê o titulo, não é agora que o vou quebrar.
Como é óbvio para quem me lê, este artigo refere-se à apresentação hoje feita da candidatura de Godinho Lopes à presidência do Sporting. Dita de consenso, alberga no seu seio um notável número de notáveis, mesclando gente nova, quer em idade quer no dirigismo do clube. Fica por explicar que consensos que se geraram na nação Sportinguista, quando estas serão as eleições que provavelmente envolverão o maior número de candidaturas. Mas esta é sem dúvida a primeira candidatura para levar a sério porque, ao contrário das restantes, (i) apresenta listas praticamente fechadas com todos os seus constituintes e (ii) tem no seu elenco elementos que estiveram ligados aos últimos órgãos sociais do clube, beneficiando por isso de uma exposição junto dos associados que os seus concorrentes vão ter que escalar.
Talvez o Sporting precise mesmo do consenso que a lista hoje apresentada reclama. Eu não sou um dos que assim pensa. Como anteriormente aqui afirmei, o Sporting precisa mais de uma ruptura com o passado e não apenas o recente. Ruptura essa que não pode ser apenas feita com pessoas diferentes mas sobretudo com ideias diferentes. Ruptura que quebre os laços com os interesses particulares, com o imobilismo e com a auto-comiseração que se instalou no Sporting. Que só vi parcialmente em Bruno Carvalho, Zeferino Boal e nada em Dias Ferreira, ao chamar até si quem já escreveu o suficiente na história do clube. Vi mais um Sporting virado para o passado e algum dele de muito duvidoso Sportinguismo. E que se me afigura difícil de conseguir por uns corpos sociais constituídos por uma amalgama que junta no mesmo lado gente que, pelo seu passado, é responsável pela actual situação do clube e outros que se tornaram conhecidos pelas sua luta contra os procedimentos que a ela conduziram. Parece-me tão difícil como fazer do circulo um quadrado.
Paulo Pereira Cristóvão foi há sensivelmente 2 anos o rosto de uma vontade de ruptura que não foi sufragada pelos sócios. Alguns dos que o apoiaram viam nele o policia que o Sporting precisava para por fim ao desregramento em que há muito se vivia em Alvalade. Como vai ele conviver com gente que roubou muito do presente que hoje não temos e que nos ameaça o futuro é uma das minhas interrogações. Mas o que me intriga e, porque não dizê-lo, repugna em tudo isto é que alguns deles apareçam hoje montados nos seus cavalos brancos, de armaduras polidas, sem nunca terem sido obrigados a prestar contas sobre o que tornou o que era o Sporting de há 15 anos no que é hoje o Sporting. Seja pelo estádio, pelas operações imobiliárias ruinosas, ou pelos milhões hoje inscritos no passivo na compra de jogadores que serviram muito mais para promoção pessoal do que em proveito do clube.