sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Afinal era ou não era preciso vender? Estará em risco a maioria do capital da SAD?

O JN antecipa a matéria que estará em destaque na Assembleia Geral da SAD: a necessidade de entrada de dinheiro urgente de forma a não colocar em risco a sobrevivência da SAD. Não conhecendo ainda a posição oficial do clube relativamente a esta matéria, não deixo de ficar surpreendido com o teor da noticia, que choca frontalmente com as versões oficiais veiculadas de estabilidade económica e recuperação financeira consolidada.

A ser verdade, ficam a perguntas, entre outras, que titulam o post:

Afinal era ou não preciso vender?

A entrada de capital vai por em risco a maioria da SAD, ou é o derradeiro passo para a sua concretização?

Fica assim também esclarecido o destino a dar a parte substancial dos proveitos obtidos com as alienações dos passes de Slimani e João Mário. 

O teor da noticia do JN:

A Sporting SAD deverá decidir hoje em assembleia-geral a entrada de dinheiro fresco no montante de 44 milhões de euros para evitar a falência, dos quais 18 milhões serão através de um aumento de capital e 26 milhões por via de suprimentos provenientes das mais-valias geradas pela venda de João Mário ao Inter de Milão e de Slimani ao Leicester, apurou o Jornal de Notícias junto de fontes da SAD.

Estas duas operações terão de ser feitas obrigatoriamente durante este ano desportivo e sem as quais o Sporting será forçado a dissolver a sociedade anónima desportiva com efeitos nefastos para todos os acionistas, começando pelo próprio Sporting, que detém no total 64% da sociedade, da Holdimo, a empresa do angolano Álvaro Sobrinho, com 30%, e da Olivedesportos (3%).

A SAD do Sporting será obrigada a aumentar o seu capital social dos atuais 67 milhões de euros para 111 milhões para conseguir ultrapassar a situação prevista no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais em que o ativo representa a menos de metade do passivo.

A consultora PwC, que certificou as contas da Sporting SAD relativas ao último exercício terminado em junho, chama a atenção que os leões apresentam um capital próprio negativo no montante de cerca de 25 milhões de euros, um prejuízo de 31,9 milhões de euros e um passivo corrente superior ao ativo corrente em 79,2 milhões de euros.

Perante esta situação, o Sporting vai fazer um aumento de capital de 18 milhões de euros a realizar por entradas em dinheiro, sendo que será o presidente Bruno de Carvalho a liderar a operação junto de investidores de referência selecionados e sem que os atuais acionistas tenham direitos de preferência, segundo informação fornecida no relatório e contas de 2015/2016.

Fonte próxima dos leões afirmou ao JN que a entrada de novos acionistas está ainda a ser negociada e que o aumento de capital previsto pode não ser feito todo de uma vez, conforme uma autorização dada pela assembleia geral em 2013 ao conselho de administração, que poderá proceder a um ou mais aumentos do capital social até ao montante dos 18 milhões de euros.

A mesma fonte explica que o montante de 26 milhões para completar os 44 milhões em falta não será feito com a entrada de dinheiro fresco, mas através de suprimentos das vendas de João Mário e Slimani, que rendeu à SAD 54 milhões de euros já nesta época desportiva.

Esta é uma questão que não parece preocupar a administração liderada por Bruno de Carvalho uma vez que está convicta que,com linhas orientadoras já anteriormente anunciadas, sustentado e assente no projeto de reestruturação financeira já implementado e tendo em consideração os factos subsequentes, como a venda de jogadores já neste ano desportivo, permitirão à SAD criar valor, gerar lucros e sair da situação de perda de metade do capital em que se encontra.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sporting 2- Légia 0: Da promessa de goleada à atracção pelo controlo

A ideia de que poderíamos ter pela frente um jogo fácil, com a possibilidade de construir um resultado volumoso pode ter perpassado pela cabeça, especialmente depois de termos alcançado o par de golos e de criarmos jogo ofensivo e oportunidades em catadupa. É provável que essa ideia tenha mesmo chegado aos pensamentos dos jogadores, tal era a vontade de adornar os lances, incluindo as finalizações.

A segunda parte aconteceu para nos lembrar que a este nível não há equipas fáceis e que a eficácia, sempre tão importante, é muitas vezes a diferença entre ser feliz ou não. Pelo que se pôde ver hoje esta talvez esta tenha sido a última oportunidade para apanhar o pior Légia, o que começou mal a época, onde o único feito relevante foi precisamente o apuramento para esta fase da competição e onde foi já goleado copiosamente.

Muitas das razões para a subida de produção dos polacos devem-se à perda do controlo do meio-campo, por incapacidade de resposta à subida no terreno das respectivas linhas. Ficou ainda  pior quando o treinador tirou surpreendentemente o elemento mais avançado (Nikolic), acentuando a maioria de número no meio-campo e deixando os defesas centrais sem uma referência para seguir. 

Com uma equipa melhor apetrechada tecnicamente talvez estivéssemos agora a lamentar mais do que um mero calafrio, quando um jogador do Légia falha um golo quase feito poucos metros atrás do sitio do penalty. A entrada de Petrovic acabaria por dar algum conforto à equipa, especialmente a William e Adrien, permitindo regressar ao melhor nível e deixando pistas para variações ao 4x4x2 de Jesus.

Destaque individual para o grande jogo de Adrien, que é não apenas o capitão e farol desta equipa, mas está um jogador enorme, maior a cada jogo que passa.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O melhor Sporting ainda está por ver

Dizer que ainda não se viu o melhor Sporting é arriscar receber imediatamente de volta a pergunta: 

Então e o jogo em Madrid, não foi o melhor Sporting? 

Sim, em certa medida sim, mas é possível e até desejável acreditar que o melhor Sporting não deixaria fugir uma vitória histórica por entre os dedos, a segundos do final. E é possível e desejável e até exigível que cresçamos até esse nível, aproximando-nos assim de uma grande equipa, como é certamente o desejo de todos. Parece-me também que esse crescimento é necessário para que objectivo primordial da época - ser campeão - se torne realidade, uma vez que a concorrência vai deixando bem claro que poderá ser um erro confiar em demasia nas respectivas escorregadelas.

Por onde pode então crescer esta equipa ou, se quisermos, onde estão os problemas por resolver? Do ponto de vista da clareza de ideias relativamente ao modelo de jogo e a forma como ele é trabalhado por Jorge Jesus parece-me não haver nenhum problema, o Sporting é talvez a equipa melhor trabalhada do nosso campeonato e cujo modelo melhor se adapta às necessidades e ambições de um candidato ao titulo. Aquilo que alguns, com razão chamam o "efeito Jesus".

Ora a melhor ideia passa sempre pela forma como os jogadores a executam, são eles sempre os actores principais. Ou deveriam ser. E é por aí que me parece haver questões por resolver. Será que estão a jogar os melhores nos seus lugares? Vejamos:

- As laterais estão há muito tempo identificadas e não valerá a pena perder muito tempo mais, por se tratar de um caso muito claro de limitação dos elementos que compõem o sector e não há muito mais a fazer da parte do treinador, pelo menos enquanto estes subsistirem. Há quem seja levado a pensar que esta é uma questão de pouca importância, para o perceber é estar atento a quantidade de ataques que se perdem por jogo, por má definição dos lances, bem como o perigo que nasce a cada encontro por deficiências claras a defender a partir das laterais.

-  A partida de João Mário parece passar despercebida mas o meio campo seria seguramente mais equilibrado e consistente com ele. Esse desequilíbrio fica bem mais claro, sobretudo no preenchimento dos espaços e na reacção à perda de bola, quando Adrien sai. Basta lembrar o que aconteceu no jogo anterior, para não ter que "voltar" até Madrid. 

- Está também por encontrar a melhor companhia para Bas Dost. Aqui as opções de Jesus até são várias e é também aqui onde me parece ser claro que as respectivas opções podem ser questionáveis. 

- Alan Ruiz não pegou, apesar da insistência. É para já um caso claro de inadaptação, levando inclusive a perguntar se aquele é lugar dele de origem.

- André tem sido o que tem correspondido melhor quando chamado a jogar ali, mas denota estar mais à vontade como "9", lugar onde sempre jogou. A questão que fica é se pode ser adaptado.

- No jogo com o Estoril foi Markovic o escolhido mas a aplicação do jogador deixou muito a desejar, a sua participação tem que ser muito maior do que resumir-se a uns piques. Nomeadamente a sua participação na transição defensiva, após a perda de bola. 

- Campbell parece-me o jogador que no imediato mais poderia dar à equipa: tem "chegada" forte à frente, tem técnica para jogar no pouco espaço que fica "dentro da caixa" e entre linhas, ou para contemporizar,  para permitir a subida da equipa, quer para criar espaço para Dost, tendo este demonstrado que as suas qualidades não se ficam pela altura e respectivo jogo de cabeça.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Sporting 4 - Estoril 2: com a A5 fechada, fomos pela marginal

Havia alguma expectativa para a recepção ao Estoril, no sentido de avaliar qual seria a reacção da equipa após duas derrotas que poderiam ter produzido efeitos traumatizantes. A resposta foi categórica, apesar das dificuldades impostas por um Estoril a defender a duas linhas, com dez homens atrás da linha da bola, o Sporting esteve sempre muito seguro a fechar os caminhos que os estorilistas escolhiam para as transições. Mas as maiores dificuldades estavam na frente, na organização do ataque.

Com o Estoril a defender com as linhas muito próximas tornava-se muito difícil penetrar no bloco. Com o nosso jogo interior praticamente anulado, o Sporting era obrigado a recorrer às linhas exteriores. Ou se preferirem, como a A5 estava fechada ao trânsito, o jogo tinha que ser carrilado pela(s) marginal(ais). Logo, a chegada ao destino - leia-se a chegada da bola às zonas de finalização - só acontecia pelo ar, com o recurso quase permanente a centros executados a larga distância dos avançados, Dost sobretudo.

Para lá do mérito dos estorilistas muitos dos nossos problemas passavam por Alan Ruiz. Diga-se que a sua missão não era propriamente fácil, mas foi evidente que o argentino era um jogador a menos. Incapaz de servir de fio condutor e ligação entre sectores, afundou-se em banalidades. É cada vez mais claro, a cada jogo que passa, que é ainda cedo para Alan Ruiz, ficamos ainda sem saber quando será o tempo dele.

A desfeita do nulo passaria pela acção de dois dos protagonistas do jogo. Gélson a assistir e Dost a finalizar. O miúdo está numa forma incrível, verdadeiramente endiabrado, faltando-lhe ainda melhorar o acerto a assistir, coisa que não faltou porém no primeiro golo de Dost. E o holandês é um verdadeiro homem-golo, como o demonstrou na forma como respondeu, de cabeça, à oferta de Gélson. Mas não só, a exibição dos vários recursos de Dost é de fazer crescer água na boca e fazer-nos sonhar com mais de vinte golos na sua conta exclusiva.

A esses dois há que juntar William Carvalho, aquela "lateralização" para o segundo golo de Dost é para deixar gravada. Foi assim que ele descobriu e inaugurou a A5. Após um ano anterior com inicio particularmente difícil, com a lesão a atrasar a sua participação na equipa, William regressou agora em jeito imperial e Jesus parece estar-lhe a destinar funções muito mais alargadas que um mero "6" posicional, obrigando-o a um papel mais interventivo no momento de sair para o ataque. Dessa forma veremos William a subir com a bola controlada e dessa forma baralhando as posições pré-estabelecidas no bloco defensivo adversário. Ontem fez isso vezes sem conta, parecendo corresponder a uma chamada à linha por parte do treinador.

Haveria ainda tempo para André, primorosamente assistido por Ruiz, se estrear a marcar, o que é bom para elevar os níveis de confiança de um jogador que vivia, no seu clube de origem, uma fase tenebrosa, como é do conhecimento de todos. Pareceu denotar mais à vontade e conhecimento na posição "9", do que a de segundo avançado que Jesus parece querer oferecer-lhe.

Seria por iguais circunstâncias que Jesus estava a dar uma oportunidade a Jefferson, com o brasileiro a demonstrar mais uma vez que já viveu melhores dias. Do outro lado, João Pereira continua a justificar a preferência relativamente a Schelotto, mas em nenhum dos lados da defesa temos razões para descanso.

Uma nota final para a forma assustadora com que Ruiz continua a falhar golos aparentemente fáceis e para a forma displicente como acabamos por sofrer dois golos.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Momento Skënderbeu? Não, esta doeu!

A derrota inesperada em Vila do Conde - pelos números e pela pálida exibição - não foi o nosso "momento Skënderbeu", nem sequer o "momento Guimarães" da época. A derrota com o Skënderbeu, pela diferença de valor e de prestigio entre as duas equipas, foi dolorosa para o ego mas não significou muito mais do que isso, uma vez que o objectivo então em vista - o apuramento para fase seguinte da Liga Europa - havia de se cumprir. A pesada derrota com o Guimarães, igualmente inesperada e dolorosa, não foi mais do que a confirmação do que já se suspeitava: ainda não estavam reunidas as condições para sermos campeões.

A derrota com o Rio Ave tem um cariz diferente. Não apenas por termos perdido a liderança, porque neste momento precoce da prova ter um ponto de desvantagem é relativamente pouco significativo. Mas tal ganha maior importância se atendermos ao facto que o nosso rival chega à liderança quando se debate com ausências significativas e numerosas, enquanto nós não só não aproveitamos um calendário relativamente favorável, como ainda desperdiçamos pontos. Provavelmente só no final da prova será possível perceber o real impacto destes três pontos, mas é assim que se perdem campeonatos.

Obviamente que nada está perdido e, tal como dizia ontem, não há razões para desesperos, mas há que aprender com os erros para não termos que passar a vida a lamentá-los. E o erro em Vila do Conde foi não levar o jogo muito a sério, como terão que ser levados todos até ao final do campeonato. Mas há algo mais importante a retirar do último jogo e que passou na abordagem aqui ontem feita e que só depois de revisto acabou por me ressaltar à vista.

A já apontada falta de equilíbrio na organização defensiva após a perda de bola e mesmo depois em contenção foi provavelmente a "anomalia" mais estranha, se atendermos ao passado recente e ao que é habitual reconhecer nas equipas de Jorge Jesus. Parece-me evidente que a fórmula para compensação para ausência de João Mário está ainda por encontrar. 

Nem Gélson nem Campbell conseguem ler o jogo como fazia o nosso ex-17, isto sem descontar o facto de que ambos são muito mais avançados / extremos de formação que ele. Desta forma, sem as devidas compensações e auxílios à linha média, as tarefas defensivas ficam demasiado dependentes de William e Adrien, o que é manifestamente pouco.

Resolver este desequilibro - que passa também por encontrar uma solução para Alan Ruiz, que é frequentemente "menos um" - acaba por ter um carácter quase estruturante, provavelmente muito mais importante que a substituição de Slimani, aquele que pensávamos ser o pesadelo maior a enfrentar.  É que sem organização defensiva eficaz não é apenas a nossa baliza que fica mais vulnerável, é também o ataque que fica comprometido, por não ser possível ter qualidade e quantidade de posse de bola. 

Nesse sentido a segunda parte do jogo de Vila do Conde pode ter um carácter enganador, pelo facto da equipa da casa, confortável pela expressão do resultado favorável, nos ter cedido a iniciativa do jogo. Mas, se atendermos à necessidade de golos de então, as oportunidades não só foram reduzidas em quantidade como em termos qualitativos também não abundaram.

É por isso muito provável que a breve trecho voltemos a ver mexidas no onze titular. O regresso de Bruno César ao centro do terreno será a mais natural delas. Ele que, apesar de não ter o destaque e a boa imprensa de outros, tem sido de uma utilidade, preponderância e fiabilidade totais. E a não resolução em definitivo numa solução fiável na esquerda da defesa já está a passar factura, o que é um verdadeiro paradoxo se atendermos ao que foi investido esta época e quando se constata haver em alguns lugares mais de dois jogadores para fazer a posição.

domingo, 18 de setembro de 2016

Ou "otcho ou otchenta e otcho"

Quem lê este blogue com regularidade sabe o que eu penso sobre Jorge Jesus, pelo que me sinto à vontade para o criticar, com o é o caso hoje. E as minhas criticas nem vão sequer beliscar a categoria do treinador. Acontece que um treinador é ante de mais um homem e é a sua tão proverbial sobranceria que se opõe há obtenção de ainda mais êxito.

Há que contextualizar devidamente o que sucedeu em Madrid. Se é verdade que fizemos uma bela exibição, não é menos verdade e sobretudo é mais importante perceber que não ganhamos ou sequer empatamos. As repercussões mediáticas, em particular os elogios  - merecidos, grande parte deles - parecem ter-nos afastado do essencial, neste caso particular também o treinador. Ora a equipa de futebol do Sporting não é uma equipa de exibições ao género dos Globetroters. É a equipa de um clube que precisa de resultados e as grandes equipas conseguem-nos e as outras não, mister Jesus.

Embora nós tenhamos todas as condições de construir uma grande equipa, isso é uma tarefa que ainda está por realizar. E  o tempo não corre a nosso favor pois, como o jogo em Vila do Conde acaba de provar, há ainda muito trabalho pela frente para jogadores de quem muito esperamos estejam à altura de dar uma resposta adequada quer para a equipa, quer mesmo para a sua própria afirmação.

A conferência de imprensa que antecedeu o jogo já fazia prever que o jogo de Vila do Conde não ia ser abordado com o rigor que deveria ter sido. Quando Jesus decide mudar a equipa esqueceu-se de dois pormenores importantes: historicamente o Sporting sente quase sempre grandes dificuldades, mesmo até quando ganha em Vila do Conde e a nossa prioridade devia estar centrada em assegurar os três pontos e só após isso fazer a necessária rotação.

Infelizmente começou-se pelo fim, isto é, pela rotação de jogadores, com alguns deles a deixarem indicações de ainda não estarem preparados para tal ou outros mesmo deixando sérias dúvidas se alguma vez tal irá suceder. Terá ajudado também muito pouco um inicio em que até podíamos ter sido um pouco mais felizes e construído outro resultado, contribuindo quiçá para acentuar a ideia de que ganhar era uma inevitabilidade, uma questão de tempo. O que não ninguém contava foi que o pequeno Rio Ave desaguasse três vezes consecutivas na nossa área, deixando-nos com água linha da água por cima das nossas cabeças. A eficácia que precisávamos ter tido tiveram-na eles.

A abordagem de Jorge Jesus ao jogo foi infeliz no inicio e assim permaneceu após o intervalo. E se o falhanço deve ser considerado sempre de forma colectiva, foi claro que ele acentou em escolhas erradas de jogadores que não estiveram à altura do que era exigido e cujas falhas comprometeram a equipa.

- Alan Ruiz é neste momento uma perfeita nulidade. Ou como disse em tempos JJ, este Ruiz tem de nascer dez vezes para merecer a titularidade... num jogo particular. Num jogo a doer estamos conversados. Para lá de demonstrar ter um pé esquerdo potente, não defende e não dá nada ao nosso jogo atacante. Jesus parece querer dar-lhe tempo de jogo, mas ao não o por a jogar em Madrid demonstra saber que ele ainda não está à altura. Porque o faz num jogo do campeonato, onde os pontos contam e é a nossa competição alvo, ficamos por compreender.

- André tem bons pés, demonstrou-o algumas vezes mas com um Alan Ruiz nas costas é um ilha completamente fora dos horizontes do resto da equipa. Na segunda parte, no lugar do argentino, conseguiu pelo menos ser útil, ajudando ligar o nosso jogo no ataque.

No golo de Tarantini cabia a um deles ter descido com Roderick, não permitindo que ele fosse por ali abaixo, quebrando linhas, até fazer uma assistência letal. Mas não só, a forma como ele passou por toda a nossa equipa sem que alguém fizesse sequer recurso à falta revela a displicência e arrogância com que o lance e provavelmente todo o jogo foi encarado. Quando se perceberam as consequências já foi tarde para remediar.

- Campbell é esquerdino mas não sabe o que fazer daquele lado, nota-se o seu incómodo quando recebe a bola. E não apoia a defender. Nas incursões de Gil Dias (que bela surpresa, este miúdo de 19 anos!) nem ajudou Bruno César nem seguiu o miúdo nas diagonais, de forma a permitir o reequilíbrio de forças o meio-campo.

As substituições na segunda parte eram inevitáveis. Mas mais uma vez aí Jesus não fez as escolhas mais adequadas. Ou, se preferirmos e quiçá para ser justo na avaliação, foi a visão de Capucho a sair premiada. A inclusão de Bas Dost adivinhava-se e provavelmente justificava-se. Mas com o Rio Ave a subir a linha defensiva reduziu o espaço disponível para atacar.

Nos flancos Gélson quase nunca conseguiu as suas diagonais letais e Bruno César, a demonstrar cansaço com o passar do tempo, ficou obrigado a fazer todo o corredor. Com Dost e André ao centro o Sporting não tinha jogadores com velocidade disponível para por à prova o muito espaço disponível nas costas dos defensores rioavistas. Quando Markovic, que o podia fazer, entrou, já era tarde e com tão pouco tempo já disponível Capucho voltou a fazer descer as linhas. Quando o golo de Dost surge era já tarde. Bom, talvez não fosse, caso Coates não falhasse aquele "encosto" a poucos metros da baliza.

Esta derrota, se devidamente analisada e percebida tem pelo menos a vantagem de ter ocorrido num momento inicial do campeonato. Se é verdade que os três pontos já não podem ser recuperados se pelo menos se perceber como é que eles foram perdidos, nem tudo se perde. Tal como no ano passado, antes de se recorrer ao auto-elogio, à arrogância, à desconsideração e desrespeito pelos adversários convém primeiro ganhar-lhes.

Nota: o post original foi revisto e aumentado relativamente à sua versão original. As minhas desculpas para quem já tinha lido e comentado.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Rescaldo de Madrid: Aprender para crescer, porque não há lugar no museu para vitórias morais

Por muito cruel e amargo que tenha sido o resultado de ontem há algumas atitudes/posturas em que não podemos cair:

- Contentarmo-nos com a exibição, indiscutivelmente de grande nível, mas sem perceber que ela não foi imaculada, tendo os erros cometidos, mesmo que poucos, contribuído para o desfecho final.

- Individualizar em excesso o foco nos erros cometidos, sem assentir que o resultado final é o somatório de todos, bem como o produto do confronto com uma grande equipa, por sinal a titular da competição.

- Atribuir importância excessiva aos erros de terceiros, como o árbitro, sem olhar para os nossos.
- Menorizar o que foi feito em Madrid, que equipas com outros pergaminhos não têm conseguido, ignorando o crescimento colectivo para um nível do qual temos estado afastados há muito tempo.

- Não enquadrar o que foi já alcançado num processo de crescimento que não acontece de um dia para outro, e quando ainda se integram os últimos reforços.

Para reflectir:

Bruno de Carvalho: A dado momento da transmissão há uma imagem brutal dele, sozinho no banco, de braços cruzados, já com o resultado em 0-1. Não é preciso ser adivinho para pelo menos pressentir o turbilhão de pensamentos e emoções que lhe estariam a ocorrer naquele momento. Algumas dessas emoções acabaram por ser verbalizadas na comunicação feita à imprensa após o jogo. O excessivo enfoque dado à arbitragem parece-me um erro. Não que não lhe reconheça razão no essencial, mas porque nem a arbitragem tem erros assim tão claros e só para um lado para lhe sustentar a narrativa. E ver os árbitros serem simpáticos com o Real Madrid, seja em casa ou fora, é já tão natural como as noites se sucederem aos dias.

Tendo o Sporting estado tão bem dentro e fora das quatro linhas, conseguindo a atenção e o espanto de muitos, teria sido mais útil capitalizar esses momentos aos microfones para afirmar pela positiva o nome do clube, com afirmações do género:

"Há três anos, quando chegamos, estávamos arredados dos contactos internacionais, algo de impensável e inadmissível para um clube que tem estes adeptos ferverosos que vocês viram hoje. Ninguém o diria, quando nos viram hoje aqui. Este é o Sporting que queremos e que estamos a construir e que queremos que a Europa do futebol se habitue novamente a pronunciar".

Certamente muito mais construtivo para a imagem do clube e até para a própria equipa. Isto quando sabemos que a UEFA não aprecia particularmente estes puxões de orelhas e que lhe evitaria a comparação indesejada com Pinto da Costa por parte da comunicação social espanhola. Pior mesmo só, já sem a desculpa de estar a falar quente, virmos insistir na mesma tecla, via comunicação do director de comunicação. Querer fazer crer que o Sporting perdeu ontem por culpa exclusiva da arbitragem é não querer ser melhor, não querer crescer.

Jorge Jesus: é pacifico afirmar que grande parte da responsabilidade pela bela exibição de Madrid tem que lhe ser imputada. Depois do jogo é muito fácil afirmar que deveria ter mexido ali, tirado aquele, naquele determinado momento. Falarei em pormenor mais abaixo de algumas das mais comentadas, mas a única critica que me parece justa e que lhe devia merecer reflexão advêm de uma constatação feita pelo próprio : "teria sido muito mais difícil para o Real Madrid se eu estivesse ali nos minutos finais". Alguém em quem confiamos a tarefa de nos resgatar da ideia de "jogar como nunca, mas perder como sempre"e que não é propriamente um novato, tem de ser mais contido e perceber o contexto onde se movimenta para depois não ter que se lamentar.

Laterais: fazer um enorme esforço para construir uma equipa forte e esquecer as laterais da nossa defesa, é ter as portas abertas a todas às correntes de ar e depois estranhar por se ter apanhado um resfriado. Quer à direita quer à esquerda venha o diabo e escolha. Ontem isso ficou mais evidente com o cansaço de todos e depois de perdidos os auxílios e compensações de Gélson, quando saiu, e  de Ruiz e Bruno César quando estoiraram.

Substituições: Antes de deliberar em definitivo sobre a qualidade e utilidade dos jogadores que entraram (Elias, Markovic e Campbell) e sobre a justeza das opções, há que considerar que todas ocorrem no melhor momento do adversário. Como agravante há que ter presente que o lhes foi pedido era de elevada exigência para as suas circunstâncias particulares: pouco tempo de identificação com a equipa e o elevado ritmo de jogo, que equivale a algo semelhante a tirar o carro da garagem directamente para uma autoestrada de grande circulação.

Bas Dost: Temos que nos habituar à ideia de que Slimani já não mora aqui. Provavelmente, se morasse, a história de ontem teria um epílogo diferente. E, embora valha a pena lembrar o que era o argelino quando chegou, e que o holandês está já em patamares mais elevados, não deixa de ser ainda um corpo estranho nesta equipa. Mas talvez seja melhor começarmos a interiorizar a ideia de que será tão útil ou ainda mais, mas num registo completamente diferente. No imediato, veria como muito útil jogar com algum apoio mais próximo e não de forma tão solitária.


Lado A e lado B: A exibição de chamou à atenção de todos, ouvindo-se os mais rasgados elogios. Se isso é indiscutivelmente bom para o prestigio do clube e a tão necessária valorização dos nossos jogadores, para os jogos que restam nesta fase da competição deixamos de contar com a possibilidade de surpreender, o que ainda vai tornar ainda mais exigente os próximos compromissos.

Ronaldo: É um grande profissional, algo que também aprendeu a ser connosco. Sendo uma das nossas maiores bandeiras, seria no mínimo absurdo aliená-lo porque fez o que lhe competia.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Cruel, cruel, cruel!

Não é possível dizer muita coisa depois do que acabamos de assistir. A história registará uma derrota, daqui a pouco este será apenas mais uma vitória do Real Madrid, quando o que se assistiu foi uma exibição personalizada, de uma grande equipa, ainda em construção, mas já capaz de fazer o Real Madrid sentir-se posto em causa na sua própria casa. Esta foi provavelmente a melhor exibição internacional do Sporting em muitos anos. Não merecíamos sequer empatar - todos, mas em especial os adeptos em Madrid - que fará perder. 

Cruel, cruel, cruel!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Liga dos Campeões: Sporting entre o Real e o coração

Algumas considerações breves sobre a estreia do Sporting na presente edição da Liga dos Campeões:

Em futebol existem sempre favoritos e underdogs até a bola começar a rolar no relvado. Depois disso o dinheiro, as diferenças de qualidade entre os jogadores e treinadores continuam a ter importância, o que já sucede menos relativamente ao peso do historial de cada clube em confronto. Apesar das diferenças abismais a separar-nos do Real Madrid, vamos escrever uma nova página, é aproveitar a oportunidade para dignificar o nome do Sporting. 

Um aspecto importante dentro do azar que nos calhou em sorteio, onde os dois primeiros lugares já estão "reservados", é que não poderá haver, à semelhança do que fizemos o ano passado, um investimento a meias tintas na competição. Se jogando ao mais elevado nível ainda é difícil fazer frente ao Real Madrid, entrar a medo ou pouco convicto, é abrir a porta aos desastre e à humilhação.

Entre as dificuldades especificas deste adversário devem ser consideradas:
- Uma equipa consolidada e que Zidane conseguiu trazer ao melhor plano, não pela excelência de uma proposta de jogo muito elaborada, mas justamente pela simplicidade de colocar os jogadores no lugar certo e deixar que a qualidade que as partes possuem fale pelo colectivo.

- Uma estrutura sólida apoiada em Pepe, Ramos, Kros, Modric, Bale e Ronaldo que Casimiro ajudou a estabilizar. Habituado a ter que assumir o jogo este Real vai rodeando os adversários como impassividade esqualiforme, à espera de um momento de vulnerabilidade dos adversários, seja por distracção ou cansaço.

- A complementaridade da simplicidade matemática e precisão geométrica do jogo de Kroos com a descrição furtiva mas letal de Modric a abrir autoestradas para Bale, Morata (na ausência forçada de Benzema) e Ronaldo são a marca da actual equipa madridista.

- A paciência que usa na construção do ataque antes de fazer funcionar o marcador depressa se transforma numa equipa cínica, adoptando uma postura pretensamente defensiva, de linhas mais próximas da sua área, convidando os adversários a subir à procura do golo. 
Não se pense que o Sporting não tem qualquer oportunidade em Madrid, apesar de tudo o que disse acima, a que há ainda uma circunstância agravante que deve ser considerada: o jogo de Madrid acontece uns meses cedo demais porque tudo indica que a integração dos últimos reforços fará crescer a equipa. Por exemplo, é impossível não imaginar a "miséria" que uma dupla como Campbell e Markovic poderiam espalhar nas últimas linhas dos merengues se já estivesse bem identificada. Sendo reconhecidamente reduzidas as nossas possibilidades, elas serão um pouco melhores se:

- O condicionamento psicológico tem de ser a de uma equipa madura. A equipa do Sporting é constituída por jogadores experimentados, quase todos eles internacionais pelas suas selecções e habituados aos grandes palcos, pelo que o habitual pânico provocado pelo cenário do Bernabéu deve ser transformado em vontade de ganhar e de ser notado. 

- A maturidade será determinante nos momentos de maior pressão e sobretudo em caso de desvantagem. Permanecer sereno e obedecer ao plano de jogo é essencial. E muita atenção na marcação à zona, nos lances de bola parada.

- Saber aproveitar auto-confiança, por vezes alguma soberba, de quem está habituado a ganhar e que acha que mais tarde ou mais cedo o céu se vai abrir em que por vezes cai a equipa merengue.

- Aproveitar a posse de bola para enervar os madridistas que não gostam muito de a ter longe dos pés. O espaço entre as linhas mais recuadas, atacar espaço dos centrais e destes com os laterais, obrigando-os a desposicionarem-se é algo que resulta habitualmente muito bem e que JJ sabe trabalhar como ninguém.

- Saber sofrer quando tiver que ir à procura da bola, sem vacilar e sem desesperos, mantendo a serenidade. Algo que a equipa de JJ não está muito confortável, pois no panorama nacional está habituada a ser o predador e não o acossado.
Este ó lado mais racional do embate. Porém, para um simples adepto como eu e tantos outros quando o Sporting joga o único cérebro que funciona é o do JJ. O resto é tudo coração, a alma, desejo e crença de ver o Sporting triunfar e cumprir o seu destino: ser grande entre os maiores. É a nossa fé, é clube que nasceu um dia, que aprendemos a amá-lo, e a trazer no coração.Por falar nisso vou estrear-me no jogo Placard e apostar dez aéreos na vitória do Sporting e cinco no empate.

A todos os Leões que por estes dias rumam a Madrid um forte abraço e desejos de uma noite histórica para o álbum das grandes recordações.

P.S. - Por inerência da participação na Liga dos Campeões o Sporting competirá também na Youth League amanhã. Uma boa prova de aferição para a nossa formação. A seguir com atenção.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Esta frase de Bruno de Carvalho "Jorge Jesus não é treinador para qualquer presidente" é sobretudo para... Bruno de Carvalho

Na sequência do post Estará o "modelo Jesus" a acabar com o "modelo Sporting"?  prometi que falaria aqui de forma pormenorizada sobre as aquisições e dispensas efectuadas pelo clube tendo como perspectiva o respectivo impacto numa organização que tem na sua formação um modelo que lhe tem proporcionado reconhecimento e prestigio. 

O casamento de Jorge Jesus com o Sporting é uma ligação perfeita, como são todos os matrimónios de conveniência: 

Que outro clube que não o Sporting seria o ideal para Jesus retaliar contra a afronta praticada pelo seu anterior clube? 

Ao Sporting que melhor treinador poderia contratar, como atalho para o fim de muitos anos sem títulos e para assegurar a pacificação das hostes perante o final abrupto e atribulado de uma relação com um técnico que acabava de lhe oferecer o final de um longo período sem ganhar e com o qual se havia proposto a quatro anos de coabitação? 

Ora, como é fácil de perceber pelo discurso adoptado desde a sua chegada, Jorge Jesus está de passagem pelo Sporting. Não no sentido filosófico da afirmação, mas até que surja um projecto mais adequado às suas ambições. E todos sabemos que o projecto de Jorge Jesus é ele e quem circunstancialmente lhe assegurar as melhores condições para poder vencer. 

O ideal para ambos - até pela idade de Jesus - era que Sporting crescesse com Jorge Jesus - é certo que já cresceu - para lhe poder satisfazer as ambições e ele passe a olhar para o clube não como um apeadeiro para ajuste de contas passadas, mas como uma estação de destino para o seu e nosso próprio sucesso. Como não sabemos se isso algum dia sucederá terá que ser o presidente a perceber onde os interesses do treinador e do clube são comuns e quais são aqueles em que conflituam. 
 
Já depois da publicação do post acima referido Bruno de Carvalho daria uma entrevista à SIC, na qual proferiu a frase de que me servi para titular o presente artigo, por me parecer o enquadramento adequado para este tema. Como aqui várias vezes defendi, a contratação de Jorge Jesus foi até agora a melhor medida de gestão desportiva tomada pela actual direcção. 

Afirmar isto não significa que a sua passagem pelo nosso clube não requeira cuidados apesar de, neste momento da vida do clube, o treinador ser o técnico certo na cadeira certa. Porque o que é imediatamente bom para o treinador não quer dizer que o seja para clube e tudo o que pede seja necessário para atingir os objectivos. Cabe ao clube garantir a saudável coabitação entre a formação de jogadores e o mercado, por ser essa a forma mais adequada de garantir a sustentabilidade. Por isso é que Jorge Jesus não é para qualquer presidente.

Na lista de jogadores adquiridos e dispensados para rodar há exemplos claros de boas decisões, decisões que suscitam dúvidas e outras que parecem declaradamente más. Uma das características bem vincadas em Jorge Jesus é a preferência que demonstra por alguns jogadores em detrimento de outros, sem que muitas vezes se perceba outro critério que não o facto de serem indicados por ele. Vimos algo semelhante a isto o ano passado com o circunspecto Montero e o folião Teo, nunca saberemos o respectivo custo. Vejamos alguns dos exemplos que me parecem mais óbvios:

Boas decisões:
Podence, Tobias Figueiredo, Ryan Gauld, Domingos Duarte, André Geraldes e Francisco Geraldes - Apesar dos elogios deixados e da promessa de fazer parte do actual plantel, a dispensa de Podence, talvez a mais surpreendente por causa disso, acaba por se justificar, pelo que representou o final do mercado para o plantel do Sporting. Tal como para os restantes, o empréstimo proporcionar-lhes-á espaço para jogar com regularidade em projectos com alguma qualidade, o que pareceria ir acontecer com raridade, face ao que existia e passou a existir no plantel para os respectivos lugares.

Decisões duvidosas
A dispensa de Carlos Mané seria consensual se o seu clube actual não ficasse com o direito de opção. É um jogador em nítida perda, face ao que representou o seu aparecimento com Leonardo Jardim, mas essa estagnação é normal em jogadores da sua idade, pelo que a opção de compra parece um risco. Na mesma linha ponho as dispensas de Chaby e Ponde, mesmo considerando que se  justificam. Especialmente o primeiro, por me parecer que a colocação de um jogador com as suas características e qualidade mereciam um projecto mais ambicioso. 

Fica por perceber porque Wallyson não só não teve oportunidades como nem sequer é mencionado no discurso de Jorge Jesus. Com a chegada de Elias (31 anos), e de Meli (24 anos), que se juntam a Adrien o Sporting tem agora três jogadores para o mesmo lugar. Não haveria lugar aqui para Wallyson?

Petrovic (27 anos) é um jogador que, segundo o treinador, ainda nos vai surpreender. Mas, a menos que surja alguma lesão prolongada com William, ou os árbitros continuem a olhar para ele e a ver o Maxi (4jogos, quatro cartões para William...) não vejo como tal possa vir a suceder. Mas, ainda que o sérvio venha a ter oportunidades, não veremos muito mais do que um médio defensivo muito posicional, sem rasgo para por a equipa na frente, como faz William. Não deveria ser dada oportunidade a Palhinha (ou até mesmo a Wallyson, que também faz o lugar), em nome do futuro, ao invés de investir num jogador que pouco ou nada acrescenta e que ainda por cima podia ter vindo livre há um ano? E convém lembrar que já o ano passado fomos buscar para esta posição Bruno Paulista, cuja utilidade, necessidade  bem como o preço ainda estamos para saber. 

Más decisões:
Por Iuri a rodar porque dificilmente iria jogar é uma boa decisão. Mas se Jesus pensa que Iuri Medeiros precisa de "perceber que só talento não chega, tem de crescer com aquilo que é a exigência e a pressão" não deveria ter cuidado de providenciar um projecto mais próximo da tal exigência e pressão que vai encontrar no Sporting? Ora se Iuri cumpriu com distinção o estágio anterior, não seria melhor proporcionar-lhe agora uma experiência que significasse um upgrade, ao invés do que parece mais assemelhar-se a um desterro numa das mais fracas equipas da Liga, a par da chamada de atenção pública?

Ainda no âmbito das aquisições, o Sporting acabaria por aceder a um pedido de Jorge Jesus que mais se aproxima da satisfação de um capricho. Refiro-me a Douglas, contratado ao Trabzonspor. Não está obviamente em causa o valor do jogador mas, com a actual dupla de centrais consolidada, seria quase criminoso alterá-la e quase suicidário. E, ao contrário do que muito se vem dizendo, o candidato à saída não seria Semedo mas sim Coates. 

Com a linha defensiva subida, como é comum o Sporting jogar grande parte dos jogos do campeonato, ter dois centrais pesos-pesados significaria confiar em excesso no excelente sentido posicional que ambos indiscutivelmente têm, mas ficar sem "plano B" sempre que aquele falhasse. É isso que a rapidez de reacção de Semedo oferece, o que até pode já ter valido pontos este campeonato. Esta complementaridade do jovem jogador poderia estar assegurada também por Naldo (ainda assim um excelente negócio) e a maior experiência e sentido posicional por Ewerton. 

As primeiras contas vão-se fazer já daqui a três meses, quando ficar definida qual será a porta de saída para a Europa. Qualquer que ela seja - só não é admissível pensar a eliminação total de todas as competições - trará decisões muito difíceis de tomar. A continuidade na Liga dos Campeões é a mais desejada mas pode significar apenas mais dois jogos, podendo por isso ser ponderado se faz sentido manter um plantel tão caro como dilatado, onde por isso muitos não podem jogar. A Liga Europa não dá muito dinheiro, mas este plantel permitiria sonhar alto e longe. Nessa altura muitas das coisas que agora aqui se afirma ganharão outra luz e muitas delas farão todo o sentido.

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