segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Liedson já foi, Kléber já era, mas ficamos com Murphy

Se havia negócio que tinha tudo para correr mal era precisamente aquele em que o Sporting decidiu empreender à última da hora: substituir um jogador com o lastro de Liedson a meio do campeonato, trocando-o por um jovem ponta-de-lança promissor, bonificado por um igualmente jovem extremo promissor e ambos já conotados com o FCP.

Porquê que é que o Sporting resolve correr o risco politico de mais uma contratação falhada, acrescido do risco de diminuir valor ao plantel, precisamente num lugar carenciado, não pode ser apenas explicado pelo facto de, estando demissionária, a actual direcção nada ter a perder. E visto ao contrário, também não se consegue enxergar com possa retirar qualquer dividendo estando de saída. Perceber quem foi o mentor ou mentores deste surtida infeliz ajudaria muito a perceber o real significado de tudo isto.

Face a tudo o que se sabe neste momento, Kleber vestirá para o ano um equipamento listado, mas onde não se verá o verde, apenas o branco. O mesmo sucederá provavelmente com Djalma. E pior que a ridicularização de um clube centenário nas palavras do presidente do Atlético Mineiro ("Proposta do Sporting por Kléber, é ridícula") é ver a utilização do nosso nome como quem usa um bordel para a sua satisfação pessoal. Carlos Pereira afrontou Pinto da Costa, Alexandre Kalil mostrou ao presidente do Marítimo quem era o dono do burro, e nós nem as bebidas cobramos.

Depois do anúncio da saída de Liedson fiquei convencido que isso seria a indicação que o negócio Kleber estaria a correr bem. Pura ingenuidade. Certamente que se arranjará um Tales até ao fecho das inscrições. A forma com se abriu as portas a Liedson ( importa pouco agora a opinião pessoal, antes sim a forma como sai um jogador com 8 anos de clube) demonstra a fragilidade financeira em que nos encontramos, quando o mesmo presidente que lhe renovou o contrato se vê obrigado a dispensá-lo por não poder honrar o compromisso. Mas ficamos com o Maniche, certo? Antes de ir Bettencourt quer deixar nos Sportinguistas uma marca indelével.

O que é certo é que Liedson já foi, Djalma dificilmente virá e Kleber já era. Ficamos com o Murphy, ou mais propriamente com o mais célebre dos seus corolários que tem vingado em Alvalade: Se existe alguma possibilidade de diversas coisas correrem mal, aquela que causar maior dano será precisamente a que correrá mal.

Obrigado Levezinho

Poderá parecer falso da minha parte estar agora a elogiar um atleta a quem muitas vezes enderecei diversas críticas em virtude da sua personalidade e comportamento para com os colegas.

Muitos serão aqueles que nunca o perdoarão pelo cartão amarelo visto contra o Guimarães em 2004-2005, assim como serão difíceis de esquecer os atrasos no regresso do Brasil, conflitos com os companheiros e o episódio com Sá Pinto. No entanto, face ao rendimento desportivo evidenciado, creio que será impossível não estar agradecido a Liedson.

Hoje que o Sporting oficializou o seu regresso ao Corinthians, os sportinguistas deverão recordar um atleta com feito especial mas com uma dedicação extrema e responsável pela grande maioria das alegrias vividas ao longo das 7 épocas em que representou o Sporting Clube de Portugal.

A um avançado pedem-se golos e Liedson marcou muitos, de todas as maneiras e feitos a qualquer tipo de adversário. "Liedson resolve", "São Liedson", "Salvador", "Liedshow" serão algumas marcas icónicas desta fase que agora termina.

Sexta-feira defrontamos a Naval em casa naquela que deverá ser a última partida do Levezinho em Alvalade. Odiado por uns, amado por muitos mais, Liedson conquistou um lugar na eternidade do Sporting - que infelizmente não é reforçado com a estatística de títulos conquistados - e merecerá obviamente um aplauso da nação leonina numa despedida digna e que marque uma nova era no Sporting: Saber tratar bem os seus.

Obrigado Levezinho!

EM FRENTE SPORTING!

Primeiro nós


A dinâmica que se irá sentir à medida que nos acercamos das eleições vai aproximar alguns sportinguistas do clube, e vai afastar outros. É o que normalmente acontece em eleições, sejam estas de clubes desportivos, de associações ou de instituições e cargos políticos. Debater o Sporting de hoje é uma tarefa desgastante e não é qualquer um que se predispõe a tal. A altura é de debates fundamentais e de escolhas decisivas, e não vou entrar aqui em especulações acerca de cenários e de hipóteses. Mas venho alertar para uma circunstância que julgo ser uma das principais consequências dos últimos anos de gestão, comunicação e actuação dos dirigentes do Sporting: hoje, os sportinguistas estão virados uns contra os outros.

O argumento "em casa onde não há pão (...)" não é suficiente para justificar a deriva agressiva "de cima para baixo" que se verificou ao longo dos últimos anos. As palavras de Costinha a seguir à nossa última vitória, segundo as quais essa vitória desagradou "a algumas pessoas", são apenas o último exemplo de um triste rol de eventos que marca indelevelmente o mandato de Bettencourt. E isto é tanto mais grave quanto se alastra a muitos outros adeptos, que já festejam cada golo com um sentimento de revolta contra um "alvo" indefinido, mas que aparentemente mora algures sob as palas de Alvalade. Sempre houve adeptos pessimistas, ressabiados, de mal com a vida, de mal com todos os jogadores, daqueles sportinguistas que mal o jogo se inicia já estão a vaticinar desgraça. Felizmente, sempre houve também aqueles que acreditam sempre, e que não se deixam contagiar. O problema, porém, reside na tensão que hoje existe entre estas duas formas de pensar, que, no fundo, não passam apenas de duas das formas de pensar existentes entre 3 ou 4 milhões de adeptos.

Pensando assim, é de facto ainda mais lamentável que Costinha se vire contra "algumas pessoas", apenas algumas, num universo de milhões. Mas Costinha sabe que não está sozinho, e nos cronistas do Jornal SPORTING, por exemplo, encontra respaldo para esta postura. Costinha, Maniche, Bettencourt, pessoas que têm o FCPorto como referência reverencial, procuraram imitar Pinto da Costa na busca permanente de um adversário para espiar as frustrações colectivas. Enganaram-se foi na escolha do alvo, e hoje estamos todos uns contra os outros, quando deveríamos estar todos juntos contra todos os outros. Ou seja: criámos uma situação ainda pior do que a ridícula e lamentável retórica maniaco-depressiva anti-desportiva entre FCPorto e Benfica.

Por isto tudo, e porque há muito Sporting para além dos bancos (sabiam disto?...), o próximo presidente e a próxima direcção terão de pacificar o universo leonino, e deverão fazer disso uma prioridade absoluta. Como diz um amigo, a "nossa família é sagrada" - façamos disso uma realidade.

domingo, 30 de janeiro de 2011

A melhor aquisição deste Inverno

Paulo Sérgio tinha razão quando ontem afirmava, após a vergonhosa actuação conjunta da equipa que comanda e da equipa de arbitragem, que está muito fácil fazer mal ao Sporting. Mas na feira de horrores onde cada vez mais se mergulha o futebol do Sporting há que ver onde estão os piores mal-feitores. Pelo que resta da época o Sporting pode bem com os Catitas e com os Cosmes, mas o mesmo já se poderá afirmar de Paulo Sérgio, Costinha, Couceiro e obviamente da direcção demissionária, com Bettencourt à cabeça. O que esta gentinha está a fazer estes dias no Sporting propagar-se-à pelas próximas épocas no passivo e na falta de competitividade e constituirá uma âncora ao pescoço daqueles que venham a ser eleitos nos finais de Março.

Não é difícil de perceber o que está a acontecer neste momento em Alvalade. Bettencourt deve estar a pensar no que vai fazer daqui a um mês e por isso, tal como Pilatos, lava as mãos sobre o destino do Sporting. Paulo Sérgio, Costinha e surpreendentemente (ou não?) Couceiro comportam-se como uma besta no seu último estertor: sabem que não têm futuro e por isso não têm nada perder. Agarram-se como e onde se podem, destruindo tudo à sua volta, quem sabe haja alguma janela que se abra por onde possam sair para continuar as suas carreiras, que conhecem hoje o seu zénite irrepetível.

Que sentido faz, face à actual conjuntura, alterações significativas no plantel? Seria até uma discussão interessante se faz sentido aliviar a folha de pagamentos do ordenado de Liedson por 2 jovens promissores, mas não no momento em que vem aí uma direcção e seguramente que não com os nomes que estão em cima da mesa. O mesmo serve para a dispensa de Izmailov, que, com a saída óbvia de Costinha, não seria inevitável.

O mandato desta gente terminou e se as decisões ruinosas que hoje tomam podem até estar a coberto da lei, não encontram abrigo naquela que devia ser a postura ética. Por isso, não tenho dúvidas que a melhor aquisição neste mercado de inverno seria uma providência cautelar que impedisse este quadrunvirato de continuar a enterrar o futuro do Sporting.


sábado, 29 de janeiro de 2011

Sporting desLIGAdo

Colectivamente o Sporting não existe, vale apenas a forma voluntariosa como os jogadores se batem. Lamentavelmente a situação vivida hoje é o signo da época, não se tratou de apenas de um sortilégio habitual na Taça de Portugal. 

Rezava assim a crónica do jogo do passado dia 16 de Outubro, quando o Sporting se deslocou à Linha para disputar uma eliminatória da Taça de Portugal.  De lá para cá não se registou nenhuma evolução sensível no futebol do Sporting e por isso o resultado de hoje pouco ou nada pode espantar, mais ainda quando Cosme Machado decidiu vestir de azul e amarelo. Vamos à Luz disputar as meias, só falta agora ressuscitar o Lucílio. 

Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.

Árbitro: Cosme Machado, de Braga.

ESTORIL: Vagner; Andreson Luís, Steven Vitória, Erick, Lameirão e Jefferson; João Coimbra, Luciano Bebé e Vinicius Reche; Luís Leal e Alex Afonso.
Suplentes: Mário Matos, Bruno Nascimento, Tony Taylor, Clodoaldo, Nelsinho, Murilo Ceará e Carlos Eduardo.

SPORTING: Tiago; Abel, Torsiglieri, Nuno André Coelho e Grimi; Pedro Mendes; João Pereira, Matías e Zapater e Salomão; Saleiro.
Suplentes: Rui Patrício, Carriço, Postiga, André Santos, Cedric, Tales e Vukcevic.

Sporting à Braz?

Sabe-se ainda muito pouco sobre o projecto (?) de Braz da Silva para o Sporting, não se justificando por hora grandes comentários. As versões variam consoante o veículo que as propaga. Ele são 50 milhões ou 100 milhões, e a diferença faz toda a diferença. Não é igualmente claro que o empresário, aparentemente suportado por capital angolano, queira ser presidente do Sporting ou apenas accionista maioritário da SAD, ou ser investido com poderes equiparados.É porém inegável que se transformou no homem do momento.

Sabe-se pelo menos que Braz da Silva é sócio há tempo suficiente para se candidatar a presidente do Sporting, se assim o entender. Mas o facto por si só não é tranquilizador:  admito que qualquer sócio ou adepto do Sporting quer o melhor para o clube, mas isso não impediu presidências como as de Jorge Gonçalves (por sinal a última vez, antes das SAD, que se ouviu falar em rios de dinheiro...) ou Bettencourt, cujo amor ao clube me parece inquestionável. De boas intenções estamos todos um pouco cheios, certo?

Mas, enquanto se aguarda pela clarificação das  intenções de Braz, não posso deixar de considerar que a ideia de um homem providencial que resgate o Sporting é há muito perseguida pelos sócios, mas cujos resultados falam por si. Convém ter presente que o Sporting Clube de Portugal construiu uma história centenária alicerçada numa matriz associativa e foi precisamente quando escolheu outro caminho que parece ter perdido a alma. Desde então o clube nunca conseguiu adaptar-se a uma realidade nova que, por sinal, foi  mentor e precursor, sendo ultrapassado e secundarizado pelos rivais de sempre.

Um dos principais perigos de uma solução encarnada por um homem providencial, é os Sportinguistas pensarem que não precisam de fazer mais nada senão aplaudir e celebrar as vitórias. Tem sido essa a postura desde a chegada da “era SAD” ao clube, em que os sócios se prostraram como basbaques perante a áurea de competência e infalibilidade dos gestores de topo, que de facto o eram e continuam a ser. Mas apenas e só nas suas vidas particulares  que continuam prósperas, em chocante contraste com a penúria em que nos encontramos.

Há outro risco que não posso deixar passar em claro quando ouço falar em lucro. Se ele é desejável sempre, parece-me desde logo precipitado e irrealista mencioná-lo, quer na presente conjuntura do clube em particular quer tendo em conta a realidade em que se insere a actividade em geral. Mas pior ainda é pensar que sejam esses os objectivos de curto ou médio prazo dos "homens da massa" por trás de qualquer candidato. É que, no momento em que o lucro não seja alcançável, ou surjam negócios de proveitos mais promissores, os mesmos "homens da massa", hesitam muito menos que Bettencourt na hora de partir para novas paragens, ficando nós novamente com a criança nos braços, ou a balançar nos cornos do touro, escolham a que mais se adequar. E é bom ter em conta desde logo quem lucra o quê num projecto deste tipo...

Temo contudo que acenar com o dinheiro seja um isco que os Sportinguistas consigam deixar de morder. Porque, em regra, acredita-se sempre que o dinheiro não traz a felicidade mas ajuda a comprá-la. Mais a mais quando os Sportinguistas ainda sonham em disputar (pelo menos ) os primeiros lugares das parangonas dos jornais sempre que o mercado abre a porta à loucura e ao sonho. Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Querem ver que Liedson vai mesmo?

Vendo a lista de convocados e atendendo aos rumores que circulam há dias, parece que o tempo do Levezinho chegou ao fim em Alvalade. Até segunda-feira saber-se-à.

Guarda-redes: Rui Patrício e Tiago;

Defesas: Abel, Torsiglieri, Carriço, Cédric, Nuno André Coelho, Grimi e João Pereira;

Médios: Pedro Mendes, Zapater, André Santos, Vukcevic e Matías, Tales;

Avançados: Saleiro, Salomão e Postiga.

Noticias do mercado: quem vai agitar quem?

É mais de meia equipa. Estão lá um guarda-redes (Patrício), um defesa-central (Carriço), dois médios (Vukcevic e Izmailov) e dois avançados (Postiga e Liedson). Refiro-me às notícias que dão como possíveis as saídas dos jogadores mencionados. De uma forma sintética concluiria de imediato que, pelas cláusulas de rescisão ou por valores aproximados, o clube faria um bom negócio com qualquer um dos envolvidos. Essa aliás seria a única premissa em que consideraria que a direcção, agindo na defesa dos superiores interesses do Sporting, estaria habilitada para negociar jogadores. Mas não serão seguramente propostas desse teor que o Sporting terá neste momento em cima das secretárias pelo que só excepcionalmente se poderá aceitar que uma direcção demissionária tome medidas desse tipo. Daí que seja legitimo perguntar quem vai agitar quem: o Sporting agitará o mercado ou será o seu contrário?

Digo isto porque, a serem verdade as noticias que por aí circulam, o Sporting poderia aproveitar agora oportunidades que podem não se repetir. Não tenho dúvidas que 7 / 8 milhões por Vuckcevic seriam um bom encaixe face à produção irregular do montenegrino. Lembro-me do que se passou o ano passado com Izmailov para o justificar, sendo que o russo, lesões à parte, já fez mais com uma perna que Vuk com as duas mas sem a cabeça que lhe falta.

Já o mesmo não direi de Liedson. Não acredito que os clubes brasileiros abram as bolsas para pagar muito dinheiro por um jogador com a idade do baiano e sem a devida compensação o Sporting não se poderá suprir o lugar em aberto. A não ser que se entenda que, como se deduz do que diz hoje o DN, o Sporting esteja com dificuldades de fazer face aos compromissos que assumiu com ponta-de-lança. Talvez seja a altura de nos conformarmos apenas com os dividendos desportivos, esquecendo qualquer realização de capital.

Postiga é um jogador pouco popular entre os Sportinguistas e não falta quem gostasse de o ver de costas. Acontece que pelos valores que se falaram, 2,8 milhões o Sporting faria um mau negócio, mesmo que esse fosse apenas pelo valor dos 50% do passe que detém. Por esse valor o Sporting não compra nenhum avançado por valor idêntico, muito menos internacional A português, que, com a chegada de PB vislumbra aumentar o número de internacionalizações e hipotética valorização.

Sobre Patrício falei ontem aqui. Carriço dependeria do preço oferecido. Izmailov é apenas uma ilusão. Ninguém vende um jogador lesionado a não ser a preço de outlet, isto é, saldo sobre saldo.

É por isso ainda mais lamentável a forma e o timming escolhido por Bettencourt para se demitir. Tivesse apenas rectificado as más decisões e o Sporting estaria agora habilitado para preparar antecipadamente o plantel do próximo ano.

Quando se pensa com os pés dá nisto

Seria grande ingenuidade pensar que 2 elogios consecutivos no mesmo jornal ao treinador Paulo Sérgio acontecem por acaso. Ontem foi a dignidade e hoje é o carácter. Que, apesar de serem apresentadas em termos definitivos pelos dois escribas ao serviço de "O Jogo" e vai-se lá saber de quem mais, (embora não seja difícil avinhar) podiam até ser contestadas, tendo em conta o percurso recente do treinador. Obviamente que esse é um caminho que não me interessa percorrer, apesar de ter como absolutamente claro que questões desse teor nunca poderão ser consideradas acessórias num clube com a matriz do nosso. Noutros, rasgar camisolas e esconder a mão, são pormenores insignificantes inseridos numa doutrina em que todos fins justificam os meios.

O que os dois artigos deixam evidente é que onde sobram os elogios sobre a pessoa faltam os argumentos apoiados em factos que sustentem a qualidade que justifique a posição que ocupa e que lhe caiu do céu: a de treinador do Sporting. Fazer de Paulo Sérgio uma vitima do Sporting parece ser um dos objectivos dos jornalistas / comentadores do jornal de Joaquim Oliveira. O que não surpreende quando estes olham para o futebol pelas mesmas lentes do Paulo Sérgio, perfilhando também a filosofia do pinheiro aplicada ao futebol

Pensar com os pés é uma forma de estar muito comum entre quem vive e escreve sobre futebol. Mas se já é censurável andar na margem do que estipula a ética e o código deontológico a que estão obrigados, é absolutamente ridículo, para continuar a ser simpático, que, quem vive da escrita, atire a matar sobre o que mandam as normas da língua portuguesa, com ou sem novo acordo ortográfico. Ora diga lá outra vez sr. Mário Duarte: Porque nunca apontou a essa mesma adversidade que o acompanhou desde o início (o agravamento da lesão de Izmailov, a perda por quatro meses de Pedro Mendes, a incapacidade da SAD em colmatar todas - ou, pelos menos, as mais prementes - as lacunas identificadas pelo técnico), nunca lhe virou as costas e enfrentou-a sempre de frente.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Noticias do mercado: Patrício e os tubarões

Patrício foi actor principal na vitória na Madeira e desde então muitos têm sido os elogios à sua actuação. Essa foi tão notável como  algumas "conversões": não falta quem ainda há pouco duvidava do valor do n.º 1 do Sporting e agora exija que lhe seja atribuída a titularidade da selecção. O excesso e a precipitação parecem marcar, de forma constante, a carreira de sénior de Rui Patrício.

Foi de forma precipitada que Patrício foi lançado às feras, sendo obrigado a assumir a pesada camisola de guarda-redes do Sporting quando não estava preparado para tal. Não vale a pena recuar ao tão mal gerido "dossier Stojkovic" para lembrar que, por inabilidade, o Sporting quase perdeu 2 guarda-redes. Tivesse sido Tiago então chamado, fazendo Rui Patrício uma entrada planeada por etapas, e certamente que não teria que ter crescido à força, como aconteceu. Afinal é para estas eventualidades que os plantéis são dotados de guarda-redes mais velhos e experientes.

Patrício nem é tão mau como então se dizia nem justifica que se gastem para já todos os adjectivos. Antes de mais Patrício, que desde o ano passado vem evoluindo de forma assinalável, precisa de ser mais vezes o que foi na Madeira: decisivo. O tal guarda-redes que, na contabilidade final dos campeonatos, tem nas suas luvas pontos conquistados. Precisa disso para crescer, para se sentir mais seguro e para apagar uma imagem negativa da qual ele é o que menos responsabilidade tem. Nos momentos em que o banco se justificava, até para sua própria protecção, não lhe cabia a ele tomar a decisão ou recusar-se a jogar.

A estabilidade e serenidade que Patrício necessita também podem chegar pelos adeptos. Que bem devem usar de maior sensatez nas análises que fazem ao seu desempenho. Nem o 8 de antes nem o 80 de hoje.  A titularidade absoluta que lhe tem sido concedida, a par do lugar reservado nas convocatórias da selecção, é um atestado de qualidade de difícil contestação e que lhe deve ser creditado.

Patrício aparece hoje nos jornais como pretendido pelos tubarões da Premier League, mais propriamente 3 dos big-five: Arsenal, Chelsea e Manchester United. ( Dou tanta credibilidade a esta notícia como a que ontem referia que Nuno André Coelho estava a ser observado pelo Génova. Onde, nos treinos em Alcochete?) Vejo-a como resultante do mesmo destempero que falava acima, porque quando olho para os respectivos plantéis não vejo lugar para Patrício, neste momento da sua carreira.  E se  os plantéis de Arsenal e Chelsea ainda poderiam merecer análise, não vejo como aparece o nome do Manchester United, que ainda há pouco comprou o internacional dinamarquês Anders Lindegaard, de 26 anos.

O futuro parece ser de Patricio, mas a sua saída agora para qualquer um destes clubes significaria nos tempos mais próximos a ancoragem ao banco de suplentes. Mais não seria do que interromper de forma dramática a sua evolução, sendo por isso tão criminoso como pôr agora Hildebrand no seu lugar.

Não sei o que anda a fumar, mas que é bom é...

Hoje no "Jogo":
Paulo Sérgio pode não ter sido a primeira escolha de José Eduardo Bettencourt para a liderança da equipa técnica leonina, mas ao contrário de tantas outras que o presidente demissionário fez durante ano e meio, foi uma boa escolha. Com ele, o Sporting procurou sempre praticar bom futebol, o tipo de futebol que se espera de um grande - ter a bola, ser agressivo com ela e dominar sempre o adversário, privilegiando o ataque -, e teve um líder sério, frontal e coerente com as suas convicções, mesmo se, para ser honesto, nunca lutou com armas semelhantes às da concorrência. Agora, num momento delicado para a vida do clube, e também para si, refém de uma Direcção que desistiu e de uma estrutura "profissional" que nunca funcionou, não esconde alguma frustração com um contexto que o prejudica, mas defende os seus jogadores e o emblema que ostenta de forma intransigente. É, no meio desta confusão, quem mantém a dignidade. E essa, ninguém lha pode tirar...

A questão da dignidade por si só dava pano para mangas, mas prefiro passar ao lado. Mas afirmar que Paulo Sérgio foi uma boa escolha  e que com ele "o Sporting procurou sempre praticar bom futebol, o tipo de futebol que se espera de um grande - ter a bola, ser agressivo com ela e dominar sempre o adversário, privilegiando o ataque" é, para ser simpático, uma visão original. Num adepto anónimo nem me mereceria qualquer comentário, mas num profissional da comunicação social que se debruça sobre o futebol parece-me, e continuando a ser simpático, parece o delírio absoluto. Não sei o que anda a fumar, mas que é bom é...

Esta é a deixa que Paulo Sérgio precisava, e que já ensaiou na útlima conferência de imprensa, para vir dizer que as razões do seu espalhanço estão na demissão do presidente, quando toda a gente intui que foi precisamente o contrário.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Está encontrado o novo presidente!

"O meu nome é São, Abstém São, e serei a próxima presidente do Sporting." Podia ser assim apresentada a velha figura que há muitos anos ocupa a cadeira presidencial. A abstenção. Figura essa que tem ganho não apenas as eleições, mas também as sucessivas votações sempre que os Sportinguistas têm sido chamados a pronunciar-se.

Pode ser muito conveniente a todos os que não votaram nos últimos anos e aos que foram ratificando os sucessivos corpos sociais e respectivas cooptações, reestruturações financeiras, alienações de património, e politicas desportivas ruinosas pensar ou afirmar que a culpa da actual situação é apenas dos que foram eleitos. Conveniente mas pouco conforme com a realidade.

Ninguém tomou o Sporting de assalto, o  caminho que nos trouxe até à situação em que nos encontramos hoje resultou sempre da comunhão de ideias, da conivência, da complacência, do silêncio cúmplice ou apático, ou do alheamento de uma grande maioria dos Sportinguistas que outorgaram autores e legitimaram as respectivas acções. Essa larga maioria silenciosa foi tão cúmplice como os que sucessivamente sufragaram os últimos anos da vida do Sporting. O Sporting não é apenas hoje o que Roquete sonhou e não concretizou. O Sporting é hoje o que  a maioria de nós foi querendo que se tornasse.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Fui eu quem contratou Zapater

O Sporting tem um director desportivo que fala quase sempre na hora das vitórias e na hora das derrotas sai pela porta dos fundos. É-me difícil entender que alguém que nada teve a dizer quando perdemos sem sequer entrar no jogo na Luz, e em momentos tão difíceis como no jogo com o Guimarães e após a eliminação da Taça de Portugal, venha agora querer assumir-se como defensor do grupo de trabalho. No fundo o que Costinha quis ontem dizer, de forma subliminar, é que foi ele que contratou Zapater, mas apenas agora que as coisas correm bem ao espanhol. Nada há de novo no comportamento de Costinha. Afinal é o mesmo que, na era do e-mail e do Skype  é capaz de fazer quase 2.000 km até à Bélgica para saber como corre bem a época de Nuno Reis, Renato Neto e William Owusu e é incapaz de fazer pouco mais de 300km para saber o que se passa com Diogo Rosado quem nem convocado é em Penafiel. É fácil gerir o sucesso.

Costinha falou finalmente ontem porque de certa forma sentiu que a vitória de ontem foi épica. Talvez tenha sido. Mas é importante perceber porque o foi. E foi-o porque o Sporting estava encostado às cordas perante o 12º classificado da Liga, que joga precisamente um futebol à Paulo Sérgio. Quando entra Torsiglieri o Sporting faz o 2-0 na 1ª vez que consegue chegar à baliza do Marítimo na 2ª parte. Achar que há relação de causa e efeito entre uma coisa e outra e quase atribuir o "óscar da táctica" a um treinador que já tinha a jogar 3 médios de características defensivas e ainda lhe somou um terceiro central, e nem assim conseguiu segurar o jogo, é pelo menos legitimo duvidar que perceba de futebol. Mas mesmo que perceba, gosta pouco de futebol. Jogando assim é mais provável perder mais vezes do que ganhar.

Alguns pensarão que a razão pela qual falo tanto em Paulo Sérgio se deva a algum factor de ordem pessoal ou embirração pura e simples. Puro engano. Até porque, nas criticas que lhe dirijo, cinjo-me apenas à sua actuação como técnico de futebol, evitando sempre questões de natureza pessoal, embora não me faltasse nem vontade nem razões para o fazer. O que realmente me preocupa é ver adeptos defender que o Costinha e Paulo Sérgio com mais dinheiro poderiam ganhar mais vezes. Esse é perigo real que ameaça o Sporting. muito maior do que Costinha afirmar que "Paulo Sérgio está a fazer um excelente trabalho". É não perceber porque o Man. City,  gasta milhões, mas dificilmente ganhará. É que no dia 26 de Março o Sporting vai para eleições e vai eleger um adepto e meu maior temor é que possamos eleger um adepto que pense assim. É que o Sporting já perdeu 2 épocas e não se pode arriscar a perder muitas mais. E com Paulo Sérgio arrisca-se a fazê-lo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Viva Zapater e S. Patricio

O estádio dos Barreiros parece ser talismã para Rui Patricio: foi lá que estreou e foi neste regresso que é capaz de ter carimbado a titularidade na selecção nacional, agora que Eduardo é bem capaz de ir para o banco reflectir no que terá deixado ficar em Braga. Zapater é outro dos nomes incontornáveis da noite ao marcar 2 golos em momentos cruciais do jogo. Em particular o 2º, quando o Sporting estava já a jogar com 3 centrais (!!!).O post anterior foi premonitório... 

Ficha de Jogo
Liga Zon Sagres: 17ª Jornada

Estádio dos Barreiros, Funchal

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)

Marítimo
Marcelo Boeck; Roberto Sousa, João Guilherme, Roberge e Luciano Amaral (54'); Rafael Miranda, Sidnei e Alonso; Marquinho (54'), Baba e Djalma.
Suplentes: Marafona, Robson, Kléber (54'), Briguel, Tchô, Heldon (54') e Danilo Dias.
Treinador: Pedro Martins.

Sporting
Rui Patricio; João Pereira, Carriço, Polga e Evaldo; André Santos (82'), Pedro Mendes e Zapater; Valdés (88'), Liedson e Vukcevic (65').
Suplentes: Tiago, Torsiglieri (65'), Maniche (82'), Saleiro (88'), Salomão, Zezinho e Nuno André Coelho.
Treinador: Paulo Sérgio.

Golos: Zapater (44'), Zapater (67'), Liedson (75').

Adepto em psicoterapia

Independentemente do resultado de logo é muito provável que Paulo Sérgio regresse feliz a casa. Porque, como o próprio afirma, só vai feliz para casa quando faz tudo ao seu alcance em prol do clube que lhe paga o ordenado. A questão, que parece hoje ser consensual, é que o que está ao alcance do técnico não é suficiente para que os adeptos do clube que lhe paga partilhem do mesmo sentimento, bem antes pelo contrário.

Mas o jogo de logo disputa-se num contexto diferente dos anteriores, pelo menos sob o meu ponto de vista pessoal. Apesar do processo ter sido despoletado de forma invertida, o que é certo é que a demissão de Bettencourt veio introduzir uma pitada de esperança de que, algures depois das eleições, o Sporting consiga finalmente começar tratar de um ter um futuro próximo melhor. Essa esperança, mesmo que remota e envolta em incertezas, é pelo menos um tónico de sabor mais agradável que o fel amargo de não ter qualquer indício que permitisse sequer sonhar com dias melhores. É essa a marca que a passagem de Paulo Sérgio e quem o nomeou deixa ficar no clube e explica a inusitada sensação de insatisfação que sentia quando o Sporting ganhava.

Tal como várias vezes aqui afirmei as vitórias do Sporting não me deixavam triste, mas é também verdade que, acabados os jogos, quando me perguntava para que serviam aqueles 3 pontos, acabava por concluir que serviriam para muito pouco, uma vez que depressa viria o jogo para que os mesmos fossem "descontados". Esse desconforto depressa recrudescia quando percebia que o balão de oxigénio que os 3 pontos representavam para perpetuação da actual equipa técnica significavam um atraso de vida para nós.

É assim, pela 2ª época consecutiva, sempre à procura de todos os pormenores e bocadinhos de esperança, que um pobre escriba Sportinguista tem de se agarrar para se motivar. Mas, sabendo que o técnico jamais se demite, e sabendo também que o 3º lugar e consequentemente o prestigio do Sporting também estão em causa, talvez seja extemporâneo pensar nos dias melhores, que, seguramente terão que vir.

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Couceiro pode ser tão ou mais importante que o próximo líder"

A frase não é minha é de Bruno Prata, cronista do Público, que, num longo artigo, reflecte sobre a situação que se vive no Sporting.A reflexão faz ainda mais sentido quando se sabe que hoje a equipa partirá para a Madeira chefiada precisamente pelo director-geral, orfã portanto de qualquer dirigente ainda em funções. O artigo é extenso e mereceria uma análise mais profunda do que a que aqui vou levar a efeito mas não quero desviar-me do essencial.


Couceiro já foi presidente do Sindicato de Jogadores, administrador da SAD do Alverca, director desportivo do próprio Sporting, treinador de vários clubes, incluindo o FC Porto, e seleccionador dos sub-21. Já treinou a selecção e um clube na Lituânia e experimentou também o futebol turco. Na generalidade, foi-lhe sempre elogiada a competência e a capacidade de gestão quer dos processos, quer das relações humanas. Apesar de não fazer alarde disso, até o facto de ser sobrinho-neto de Fernando Peyroteo lhe pode facilitar a vida, pelo menos entre os que ainda têm memória d’“Os Cinco Violinos”.

Com ele, e a menos que surja um mecenas caído do céu, o Sporting continuará a não ter dinheiro para grandes aventuras. Mas terá, pelo menos, alguém que entende e sabe actuar no intrincado futebol português. E que é capaz de destrinçar o essencial do acessório. Couceiro sabe como poucos que a aposta na Academia de Alcochete deve ser valorizada, hoje mais do que nunca, até pela nova realidade que irá resultar do fair play financeiro que a FIFA vai impor. Sabe igualmente que isso tem de ser coordenado com uma política sagaz no que toca à exploração do mercado nacional, que comporta menos riscos. Claro que haverá sempre necessidade de recorrer aos jogadores estrangeiros, mas sempre numa lógica de complementaridade e de promoção e negócio futuro. O Sporting precisa de aprender a vender melhor e na altura certa, mas até para isso vai ser preciso dar outra credibilidade a um plantel hoje muito desvalorizado.

Depois, Couceiro conhece também os meandros do dirigismo português e saberá também o que o Sporting precisa de fazer para voltar a ter um papel influente e interventivo nos órgãos decisórios, algo que há muito vem sendo desprezado.

Mas, para que tudo isto funcione, o Sporting precisa de encontrar um presidente que se concentre essencialmente nos dossiers em aberto, na gestão financeira e na criação de novas receitas. E que reduza ao mínimo a sua exposição mediática, não tenha a tentação de reclamar a pasta do futebol ao primeiro resultado negativo e não ceda às ameaças das claques.

Demos então de barato que Couceiro possui as qualidades que o carácter laudatório do artigo lhe confere. Mas, mesmo que assim seja, o futuro presidente do Sporting terá sempre que assumir a primeira linha do dossier mais importante do clube que é o futebol. O próximo presidente do Sporting não tem que perceber de futebol, do ponto de vista técnico-táctico, tem acima de tudo que ser um bom decisor, mesmo que as ideias que lhes estejam subjacentes não sejam da sua autoria. Por mais preponderantes que sejam os directores e por mais avisadas que sejam as assessorias, o rosto da decisão tem de ser o presidente.

É que o presidente do Sporting não pode apenas festejar os êxitos e, se as coisas correrem mal, mandar os adeptos e comunicação social pedir explicações ao director-geral. Não vejo como um presidente se possa resguardar do insucesso. Não se pode ser líder apenas na hora de festejar. Assim, até eu poderia ser presidente do Sporting, o que, obviamente, está muito longe de ser verdade.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Últimas do mercado: o futuro atirado ao destino

O empréstimo de Amido Baldé ao Badajoz é apenas mais um de muitos episódios demonstrativos de que o Sporting não tem um projecto de vida. Depois de o ter emprestado ao Stª Clara dos Açores, por sinal uma filial benfiquista, o clube acaba de oferecer como continuidade da sua formação o clube da cidade onde outrora os portugueses iam comprar azeite e caramelos: o Badajoz, que milita na 3ª divisão espanhola.

Pode até ser que Baldé tenha sorte e Afolfo Muñoz Mora, o treinador da equipa da raiana, vislumbre nele mais do que treinadores limitados profissional e intelectualmente costumam ver em avançados com as características do guineense: um pinheiro. Tive oportunidade de o ver jogar poucas vezes mas as suficientes para perceber que ele pode, no futuro, vir a ser muito mais que apenas um bulldozer para demolir defesas. Para a sua envergadura física Baldé está longe de ser um tosco. Com 19 anos está numa fase crucial da sua formação e também a mais difícil, com a agravante de jogar numa posição decisiva do jogo, onde os clubes investem por isso muitos recursos. O que com ele se fará torná-lo-á numa estaca, ou um pinheiro se quiserem, ou  num jogador capaz de se envolver na criação do jogo ofensivo de uma equipa, oferecendo assim muito mais soluções ao colectivo, conferindo-lhe simultaneamente acrescido valor individual.  Salvo o exagero, pode ser a diferença entre ser um jogador como Ibraimovich ou David Carew.

Neste momento, o mais provável é pois que um jogador como Baldé, internacional sub-19, veja desperdiçados mais 6 meses do seu primeiro ano de sénior. São jogadores como Baldé que justificam a criação de um verdadeiro projecto de formação no Sporting que complemente o que se vai fazendo em Alcochete e que, ao nível do futebol, é o que ainda nos vai mantendo em contacto com o desígnio de sermos pelo menos tão bons como os melhores. Atirar o futuro ao destino, que é ao fim e ao cabo o que vimos fazendo, está longe de ser solução. Neste momento e neste contexto fazemos pior que o FCP há muito tempo e provavelmente que o SLB, que entregou a um treinador conhecedor como Rui Vitória a afirmação de 2 dos seus valores mais promissores. Esse projecto complementar, que deveria ser acarinhado por todos como o verdadeiro investimento, poderia passar pela formação de uma equipa B, que aqui já defendi, mas que tem na Bancada Nova (que entretanto “regressou”) as melhores justificações.

Mas a solução da equipa B, talvez a ideal, não é única. A criação de um protocolo de longo prazo, devidamente planeado, com um clube da periferia de Lisboa,  por razões de proximidade, já dotado de boas infra-estruturas, seria uma solução a considerar no sentido de fornecer o estágio que tanto falta faz aos jogadores saídos da formação. Um estágio que lhes dê continuidade à formação continuando a jogar.  Um protocolo não nos moldes em que já foi anteriormente efectuado com o Lourinhanense, ou recentemente com o Real Massamá. Por norma estes acordos começam por falhar ao não ser bem acolhidos nos adeptos locais, por parecer que o clube grande apenas quer do mais pequeno uma barriga de aluguer e, uma vez consumado o parto, pouco ou nada reverte a favor do “parturiente”.

Sabemos bem que grande parte dos pequenos clubes da periferia de Lisboa sobrevive de forma dramática, submergidos em problemas financeiros. Que, apesar de registarmos uma situação semelhante, por comparação com os nossos, são muitas vezes verdadeiros “peanuts”. Para tornar apelativo um protocolo nos termos sugeridos o Sporting deveria e poderia oferecer contrapartidas, como por exemplo o atractivo económico de uma percentagem simbólica do passe dos atletas que passassem pelo clube parceiro. Veja-se que 0,5% do passe de Veloso teria rendido ao Olivais e Moscavide 40.000 euros. Quase uma insignificância para nós e uma verdadeira fortuna para o clube, que, à beira do seu centenário, enfrenta agora a extinção por problemas financeiros.

Um protocolo assim teria obviamente que passar pela escolha criteriosa das equipas técnicas e poderia ser também um braço da formação feita na Academia Sporting, onde, muitas vezes, jogadores de qualidade, vêem a sua afirmação interrompida pelas contingências habituais na vida de um jovem futebolística, que vão das lesões às “dores de crescimento” dos adolescentes. Poderia servir igualmente de instituto de formação de jogadores com qualidades para se tornarem treinadores, prolongando assim uma ligação proveitosa para ambos, clube e jogadores. Abel, jogador a quem é apontada capacidade de liderança no balneário e licenciado em educação física, poderia encontrar aqui uma solução conveniente para ambas as partes e que a prorrogação do seu vínculo como futebolista já não permite divisar.

Os erros cometidos no último ano e meio tornam ainda mais urgente a tomada de decisões. O Sporting não pode oferecer o melhor dos seus recursos a jogadores em fim de carreira, alienar os ovos ainda dentro da galinha (Dier e Tobias)  e ostracizar na folha de pagamentos os jogadores da casa (Patricio e Carriço).

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As eleições e o respeito pelo Sporting

A demissão de Bettencourt na sequência da derrota com o Paços de Ferreira desviou as atenções da arbitragem catita, com nítida influência no resultado. Mas tão importante do que os erros do árbitro, e até que eles tenham resultado sempre em nosso prejuízo, é a própria nomeação em si. O agente da PSP de apito na boca é um árbitro inexperiente, que em Alvalade arbitrou o 6º jogo da época, mas o primeiro da sua vida envolvendo um grande. Mais uma vez o Sporting serviu de cobaia, revelador da falta de respeito com que é usualmente tratado pela generalidade das instituições, e após o jogo não houve quem se fizesse ouvir em sua defesa. Faz sentido protestar contra as ditas instituições ou, em primeiro lugar, contra quem tem o mandato de zelar pelos interesses do clube?

Não esqueço também o facto de o Sporting ter sido anormalmente beneficiado este ano numa série de lances, alguns deles decisivos no resultado final, e que contribuíram, em última análise, para mascarar a falta de qualidade do nosso futebol. O que, é bom lembrar,   permitiu  o prolongamento de vida útil a um técnico nitidamente incapaz, que vive por hoje o momento mais alto da sua carreira e provavelmente irrepetível. A forma como os nossos tradicionais adversários se alhearam das consequências desses erros diz bem da importância que, desde bem cedo, atribuíram à seriedade da nossa candidatura.

E entretanto o Sporting parte para novo período eleitoral. Precisamente no momento em que se advinha igual período na FPF. Se já seria difícil o Sporting estar atento e interventivo, dentro do seu atávico alheamento e incapacidade de fazer valer a sua importância nestes processos, nas circunstâncias em que está mergulhado não verá o seu nome inscrito no rol dos tradicionais beneficiados na distribuição dos pés-de-altar. Aí poderemos até ser ultrapassados por clubes como Nacional, Braga; Guimarães, normalmente mais diligentes.
 
Para o Sporting recuperar o seu estatuto e voltar a ser respeitado é tão importante voltar a ter uma equipa verdadeiramente competitiva no relvado como nos corpos sociais. É importante por isso que os próximos dirigentes abandonem de vez a postura diletante que tão conveniente tem sido para adversários e até inimigos, que os tem. E para isso não precisa de abdicar dos valores que nos distinguem dos demais e que fazem do Sporting um clube ímpar. As eleições são uma oportunidade que não pode, mais uma vez, ser desperdiçada.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

4 passos em direcção às meias com derby

Em condições normais, (normalidade e futebol não rimam em Alvalade) o Sporting deu hoje um passo decisivo na direcção das meias-finais onde encontrará o SLB no estádio da Luz.

Ficha de Jogo
Taça da Liga: 2ª Jornada do Grupo D da 3ª Fase
Estádio de Alvalade, Lisboa
Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)

Sporting
Tiago; João Pereira, Carriço, Polga e Grimi; André Santos e Pedro Mendes; Vukcevic, Valdés e Salomão; Liedson.

Suplentes: Rui Patrício, Torsiglieri, Evaldo, Saleiro, Zapater, Cedric e Abel.
Treinador: Paulo Sérgio.

Penafiel
William (8'); Dias, Sandro, Vagner, Stephane e Ginho (45'); Hugo Soares (64'), Coronas, Bruno Madeira; Wesllem, e Michel.

Suplentes: Márcio Ramos (8'), Ferreira, Vítor (45'), Kanu, Jardel, Elízio e Cascavel (64').
Treinador: José Garrido.

Golos: João Pereira (43'), Jaime Valdés (g.p. 71'), Zapater (83'), Zapater (91').

Noticias do mercado: o futuro na porta de saída II

Confesso a minha ignorância relativamente ao que deve ser a complexidade das tarefas que incumbem a um presidente e que impacto teria por isso que, na sequência da demissão, a cadeira ficasse realmente vaga. Mas não é difícil de adivinhar que, pelo menos do ponto de vista administrativo, sejam muitos os assuntos de gestão corrente. Uma comissão administrativa poderia provavelmente ser suficiente embora pudesse representar uma perda de tempo por falta de identificação e conhecimento das matérias. Já do ponto de vista da gestão desportiva não tenho dúvidas que, face ao que se vai e o que não se vai fazendo em Alvalade, que melhor seria que não estivesse ninguém.

É que é cada vez mais difícil de perceber porque se continuem a tomar decisões com impacto no futuro do clube tão absurdas e desconexas como o empréstimo de Eric Dier ao Everton, sob o ridículo pretexto  de dar uma «oportunidade para o atleta crescer numa conjuntura competitiva mais exigente.» e não se toma a medida de fundo que o Sporting mais necessita no momento: a demissão do treinador. Quanto mais não fosse para nos poupar às figuras ridículas como as da conferência de imprensa de ontem.

O futuro com retrospectiva eleitoral

Na linha do que ontem aqui escrevi é ainda cedo falar de candidatos ou de candidaturas. Sabemos bem o que são normalmente os programas eleitorais, há quem diga até que foram feitos para não ser cumpridos. Mas a forma como são elaborados e o seu conteúdo são indicadores suficientes para permitir uma primeira avaliação distintiva. Foi isso que fiz nas anteriores eleições, percebendo que o "Paulo Bento Forever" além de ser o calcanhar de aquiles de Bettencourt era programa de menos para uma candidatura à presidência do Sporting. bastaram 3 meses para o tempo me dar razão

Como entendia que o período de validade de PB já tinha expirado entendi que a opção Eriksson feita por PPC permitiria pelo menos um "fresh start", embora lhe reconhecesse fragilidades. Tudo dependeria da forma como o sueco encarasse o desafio, tendo em conta que a sua carreira tinha entrado há algum tempo numa curva descendente. O que PPC não contou foi com a falha carácter do sueco. Alguém acha que Erickson foi a Cascais tirar uma fotografia com PPC apenas para ver o mar?

Do ponto de vista "ideológico" havia um programa da candidatura do "Ser Sporting" que JEB contrapunha com "bocadinho mais de cagança". Do meu ponto de vista ambas as candidaturas me pareciam padecer de pouca clareza num aspecto primordial para um clube como o Sporting que era a vertente competitiva. Embora admitindo que a memória me possa trair, não me recordo da haver em ambos os lados uma definição muito clara do papel da formação, do que se pretende para o funcionamento da Academia de Alcochete, como seria a politica de aquisições, dispensas e de empréstimos.

A forma de governação do clube é um dado essencial na apreciação das candidaturas mas a actividade competitiva, do futebol em 1º lugar mas não só, é o suporte onde tudo assenta. Questões como a auditoria externa, revisão estatutária (que, por exemplo, permita pelo menos o voto por correspondência para os sócios que vivem longe e que é muito mais simples de implementar do que a votação distribuída pelos núcleos) são questões essenciais que não podem ser esquecidas.

Mas sem uma equipa de futebol capaz de devolver o orgulho aos Sportinguistas será impossível inverter o processo auto-destrutivo em que mergulhamos nos últimos anos. Percebê-lo e consegui-lo ditará a sorte do próximo presidente do Sporting. Da nossa parte "bastará" perceber que voltar a ganhar não acontecerá enquanto pestanejamos, sem contudo prescindirmos que o Sporting volte a jogar à Sporting.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Noticias do mercado: finalmente uma boa noticia

Bom, na verdade é uma noticia meio boa. Refiro-me á renovação do contrato com Adrien. Contrariamente ao que parecem pensar a maior parte dos Sportinguistas, vejo em Adrien um dos melhores jogadores da sua geração e com categoria para ser, a médio prazo um jogador de referência na sua posição. Depois de perder mais 6 meses na sua afirmação, parece ter o bom-senso imperado, tendo o jogador visto interrompido o seu exílio em Israel, para ser emprestado à Académica. A minha insatisfação resulta do escasso prolongamento do contrato, indicador de que se desconfia do seu valor. Adrien encarregar-se-à de demonstrar que os temores são infundados. Assim ele tenha oportunidades reais para o fazer.

Será que os Sportinguistas querem mesmo mudar de vida?

Dizer que o momento do Sporting é particularmente difícil e complexo é pleonástico. Todos o sabemos, independente do posicionamento pessoal que tenhamos sobre o que vem sucedendo no clube. A necessidade de mudança também me parece consensual. Já tenho dúvidas que todos tenhamos consciência da urgência dessa necessidade e dos resultados dramáticos que inevitavelmente ameaçarão o estatuto do Sporting como clube grande, porque continua a haver quem, de forma irrealista, o dê como dado tão adquirido como o sol que nasce todos os dias.

Urgente ou não é pelo menos uma base de entendimento a percepção de que temos que alterar processos para podermos aspirar a resultados melhores. Os associados do Sporting serão chamados em breve a pronunciar-se sobre o que querem que o clube seja no futuro bem próximo. Tendo imperado o bom-senso, o clube elegerá novos corpos sociais no dia 26 de Março que, sendo um sábado, permitirá certamente uma afluência em conformidade com a importância do momento e a grandeza do clube. O cenário de cooptação seria uma perda de tempo e um passo em falso.

Mas o cenário de eleições também encerra os seus perigos. Desde logo porque há que considerar a hipótese de ficarem desertas as candidaturas, o que cavaria ainda mais o fosso de indefinição em que vivemos. Mas também aqui temos uma palavra a dizer. Pessoalmente estou convicto que a importância e a gravidade da situação em que mergulhamos também fará soar as campainhas de alarme junto dos que se sentem capazes de oferecer soluções para uma inversão sustentada de rumo.

Neste contexto há erros muito comuns e já praticados em situações semelhantes às que hoje vivemos e que, ao invés de chamar os melhores, afasta-os, deixando campo aberto aos aventureiros e irresponsáveis que, nada tendo a perder, tudo o que vier é ganho. Nunca é demais lembrar a importância do nome Sporting para quem quer tirar partido da exposição mediática: Sousa Cintra, Dias da Cunha; Filipe Soares Franco eram já empresários de referência mas foi a sua associação ao nome Sporting que os tornou conhecidos dos portugueses. Ao contrário do que acontecia antes dessa exposição, Cintra, por exemplo, era já o "rei das águas" mas poucos o conheciam como tal.

Desses erros há pelo menos 3 fáceis de identificar. (i)O primeiro dos quais é a propensão que os Sportinguistas têm para acreditar em candidatos providenciais e em candidatos infalíveis. Alguém que faça todo o trabalho que as suas funções implicam e se possível poupe a maçada aos sócios de ainda terem que escrutinar a sua acção. Muitos dos problemas de que o Sporting hoje enferma não se teriam instalado se, ao invés da cega complacência com tudo o que nos diziam, fossemos vigilantes, exigentes e actuantes. Como temos aprendido a duras penas, esse tipo de candidato não existe, mesmo que a sua vida empresarial ou profissional tenha sido recheada de sucessos. A competência não se transmite de forma genética ou por contágio como a gripe ou a tosse convulsa, bastando frequentar as mesmas salas ou respirar o mesmo ar.

(ii) Além de confiarem cegamente na divina providência os Sportinguistas acreditam nas vagas de fundo para convencer candidatos que o não querem ser. Terá sido assim com Bettencourt, com os resultados que hoje se conhecem e, associado erro identificado no parágrafo anterior, o que se quer fazer agora com João Rocha Jr. Saber-se desejado é um conforto para quem quer avançar mas não dá nem retira o que é essencial para dar o passo decisivo: convicção. Sem ela nenhum candidato se tornará num bom presidente.

(iii) Por fim a facilidade com que se apodam os que pretendem avançar. Abutre é uma das mais simpáticas e useiras classificações. Que, como dizia acima, não afasta os indesejados, antes sim os que, na hora de contabilizar as perdas profissionais, pessoais e familiares que o exercício do(s) cargo(s) nos corpos sociais implicam ainda têm que somar os insultos.

O Sporting não está em condições de afastar os que, entre si, tenham capacidade coragem e vontade de  enfrentar uma empreitada que antes de trazer fama e proveito provocará muitas insónias e cabelos brancos e que implicará sacrifício pessoal, profissional e até familiar.

Gosto de dar o exemplo do Barcelona no que muitas vezes sou acusado de irrealismo. (Os Sportinguistas sempre muito ufanos em proclamar aos 4 ventos o ilustre palmarés do clube, esquecendo-se que na década de 80 ombreávamos em conquistas com os catalães. Pelo meio perdemos a postura pioneira e talvez não seja mau olhar para os que agora melhor fazem.) O clube catalão viveu mais de 20 anos sob a dinastia de Josep Lluis Nuñez (1978-2000) e do seu delfim Juan Gaspart (2000-2003) que se veria obrigado a resignar em favor de Enric Reina. Perante os sinais de abastardamento e declínio os sócios do clube catalão não hesitaram em fazer um corte radical com o passado, escolhendo para presidente um jovem advogado mas desconhecido. E apesar de, sob a sua presidência o Barcelona ter conhecido o período mais profícuo da sua história centenária, perante os rumores de descontrolo financeiro, Joan Laporta seria preterido em favor de Sandro Rosel, que de imediato sujeitou o clube a uma auditoria externa dolorosa mas clarificadora, apesar da polémica interna que suscitou. Neste entretanto o Barcelona continua a ganhar.

Têm a palavra os Sportinguistas. Se queremos mesmo mudar de vida temos que mudar a forma de viver. Repetir os mesmo erros trará apenas os mesmos resultados.

Canto da sereia


Olhando para os dois mais recentes presidentes leoninos, as diferenças de políticas e posicionamentos foram deveras evidentes. No entanto, existiram também estratégias semelhantes mas com resultados diferentes e para tal basta ver que a Reestruturação Financeira idealizada nos tempos de Soares Franco apenas foi concretizada por José Eduardo Bettencourt. Para tal não será indiferente, o facto de no ponto de vista humano, JEB sempre nutriu - e nutrirá - maior simpatia que o seu antecessor. Porém, contas feitas e o resultado foi o mesmo: Algo que se pretendia, avançou.

Por entre uma série de factores que me têm desiludido dentro de quem tem assumido papel relevante no nosso clube, a falta de honestidade e frontalidade tem sido um dos principais motivadores de decadência. Tal como referi ontem, em determinados momentos a mensagem transmitida elevou as expectativas dos sportinguistas mas por detrás da mesma, existia algo que iria defraudar essas mesmas.

É esta mesma falta de honestidade e frontalidade que permite o comportamento de determinadas figuras - onde se inclui Rui Oliveira e Costa - que desde o pedido de demissão de José Eduardo Bettencourt, iniciaram o seu "canto da sereia".

No domingo, ouvimos Menezes Rodrigues a dizer que o próximo presidente deve obrigatoriamente deter "boa imagem" perante a Banca. Ontem, Paulo Abreu, que pulula há mais de 20 anos entre cargos no Sporting, culpa os sportinguistas por o Sporting ainda não ter um fundo de jogadores. Por sua vez, Rui Oliveira e Costa resguarda-se no eventual obsoletismo dos nossos estatutos como entrave ao progresso do Sporting. Naturalmente que não posso discordar do ideal de descentralização do voto, mas creio que é evidente que a verdadeira intenção de Oliveira e Costa é a constituição de Assembleias-Delegadas.

Como uma "ilustre" associada leonina tanto gosta de afirmar, há que "separar o trigo do joio" e assim, misturar alhos com bugalhos é meio caminho andado para confundir temas e misturar problemas. O mesmo é dizer que é meio caminho andado para evitar a verdadeira consciencialização dos sportinguistas.

EM FRENTE SPORTING!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As eleições e o que é hoje o Sporting

A TVI avançou com a novidade: as eleições serão no dia 26 de Março, os pormenores seguir-se-ão dentro de momentos. Mas, face a esta noticia, parece que o bom senso terá imperado: não há cooptações e as eleições ocorrem a um sábado, o que permitirá, finalmente, que os Sportinguistas que moram longe possam exercer o seu direito sem terem que perder mais do que o dinheiro da gasolina e das portagens, SCUTS incluídas.

 Mas não posso terminar sem deixar 2 notas sobre o que é hoje o Sporting. Sabia-se que a reunião dos órgãos sociais teria lugar no  EVA pelas 6 da tarde, sendo por isso natural que os jornalistas se deslocassem para o local com o objectivo de recolherem informação que interessava a todos, aos Sportinguistas em particular. O Sporting criou um perímetro de segurança, obrigando os profissionais da comunicação social a exercer a sua profissão sem o mínimo de condições. No conforto de um estúdio de televisão, e antes da reunião terminar a noticia do agendamento das eleições era dada em 1ª mão, esvaziando quase na totalidade o interesse da conferência de imprensa que entretanto se seguirá.

Obviamente que a fuga de informação só poderá ter origem em círculos restritos, provavelmente no interior da sala onde, saliente-se, estavam os elementos que os sócios elegeram confiando-lhes a missão de defender os interesses do Sporting. É preciso dizer mais?

Noticias do mercado: o futuro na porta de saída

No dia em que correm rumores da possível saída de Eric Dier para o Everton - é bom recordar que dele já só "possuímos" 1 perna, dado que alienamos 50% do seu passe ainda recentemente - sabe-se que Maurício Pochettino, um dos homens do momento da Liga Espanhola, promoveu Rui Fonte ao quadro principal, depois 6 meses de experiência bem sucedida na equipa B.

Recorde-se que este jovem ponta-de-lança passou os últimos anos da sua formação no Arsenal de Wenger e Costinha  - não satisfeito com o exílio de Adrien e agora de Pereirinha - resolveu emprestá-lo ao Espanhol de Barcelona precisamente no ano em que termina a sua ligação ao clube sem acautelar uma possível valorização. Isto também no dia em que se sabe que o Sporting é a equipa portuguesa que mais jogadores forma para colocar noutros clubes, sendo a 5ª a nível europeu com mais jogadores disseminados pela Europa fora.

As voltas que o Sporting dá


O título por si só é uma referência à instabilidade que o Sporting vive e responsabilidade quanto à mesma será sempre inputada às mais diversas personalidades, consoante as ocasiões, opiniões e posições.

Não sei quem será a pessoa indicada para o Sporting mas consigo delinear um perfil que considero indicado e a consolidar esse perfil estará obviamente as ideias e a equipa por detrás de um rosto. No fundo foi isto que faltou a JEB a quem afirmei em 2009 que tinha simpatia pela pessoa - fervorosa sportinguista e experiência profissional - mas indevidamente acompanhada.

Depois da queda daquele que foi para mim um género de "Príncipe Herdeiro", começa agora a especulação e contra-informação em relação às personagens que se perfilam para a sucessão. Tal como em 2009, creio que uma suposta "Terceira Vaga" será o principal desejo dos sportinguistas, mesmo que não sejam capazes de o reconhecer. Resta porém entender, em que é que deve consistir essa "terceira vaga".

Serei incisivo e repetitivo as vezes que for necessário na afirmação que o Sporting precisa de ideias e de projectos e não de rostos e aparências. Não considero a "credibilidade junto da banca" uma necessidade mas sim uma contingência. Existindo a dependência face aos credores, há que criar condições para ganhar margem de manobra junto dos mesmos em vez de procurar mais argumentos para justificar a dependência de tais entidades.

Mas o Sporting dá voltas e voltas pelo que o que hoje é verdade, amanhã poderá já não ser. Tão depressa uma pessoa é candidata como logo de seguida surge num outro cargo numa lista. Tão depressa alguém é considerado um traidor vil e venenoso como logo depois é visto como uma solução pacificadora.

O Sporting precisa de soluções para os problemas que estão há muito identificados. Querer olhar apenas para alguns deles é como tapar o Sol com a peneira e deixar que outros tomem dimensões que se tornem incontroláveis.

O Sporting tem de virar-se para os seus adeptos e reconquistar a sua confiança e conseguir mobilizar as pessoas. As últimas eleições trouxeram um caudal de confiança à família sportinguista que depois foi fustigada com a angústia e sensação de traição e negar isto será meio caminho para não conseguir reconhecer a "crise" que se vive.

As expectativas elevaram-se mas cedo caíram por terra e a família ficou mais pobre com os diversos acontecimentos. Mas eu acredito que é possível dar a volta... Resta ser tolerante, interveniente e participativo, exigente e construtivo, sem acreditar em contos do vigário nem no canto da sereia.

Não existem milagres nem varinhas mágicas, nem dependência de "caganças" e bolas que batem no poste. Mais do que palavras bonitas e "clichés", o Sporting precisa de muito trabalho e reconquistar o respeito de todos os que o rodeiam.

EM FRENTE SPORTING!


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tchau, Bambino, tchau, tchau, tchau



O Sporting é realmente um caso único no panorama desportivo mundial. Juntamos agora à maldição do 7, ao coleccionismo de capitães vendidos/dispensados/corridos, à novidade, já quase tradicional, da demissão de Presidentes com ou por causa de maus desempenhos de equipas técnicas.

Para mim demissões nunca constituem momentos dramáticos, antes desafios óptimos para poder avaliar e inovar o nosso trabalho, talvez porque ao longo da minha carreira profissional fui recorrentemente confrontado com a demissão de elementos importantes da estrutura produtiva onde estou inserido. O momento em que ocorrem é sempre péssimo, temos sempre a sensação de que deveria ter sido um mês antes ou no mês seguinte, mas como estamos a falar de factos consomados aprendi que o momento ideal é aquele em que acontece. Tal como nos divórcios o pior que pode ocorrer é deixar a relação degradar-se para lá do tolerável.

Bettencourt atinge o seu limite no momento em que para mim tinha reunido condições para poder mostrar algo de positivo, reestruturou o funcionamento do clube, as finanças, toda a estrutura do futebol, podia agora com pequenos ajustes aos erros que inevitavelmente qualquer pessoa que decide comete ter algum trabalho de qualidade, não que aquilo que foi feito antes tenha sido fácil mas não é visível nem nos enche a alma.

Tenho dificuldade em perceber as alegrias e euforias que por ai correm, a demissão de um Presidente é uma derrota do Sporting e isso significa que falhámos, que os projectos nos quais o Sporting se envolveu não tiveram o resultado esperado. Cada vez mais sinto a urgência de sucesso (seja em que área for desportiva ou financeira), não é o próximo projecto que tem de dar certo, era este, infelizmente continuo a detectar muito mais vontade de mudança do que de estabilidade. O que é bom é mudar quem está, não interessando os méritos que a sua acção tenha, para permanente destaque dos erros que sempre vão ocorrer. A regra ou o ditado que diz “Cada vez que apontas um dedo, tens quatro a apontar para ti.” faria muitas vitimas entre os Sportinguistas.

Julgo que o período que se avizinha não vai ser pêra doce, concordo com o Leão de Alvalade relativamente ao que deve ser feito, renúncia da restante Direcção (têm agora uma oportunidade para se conhecerem…) e marcação de eleições para meados ou finais de Março. O problema que não me sai da cabeça é, penso que essas eleições vão ficar vazias de listas concorrentes, ficando aí sim uma situação difícil de resolver. Seguir-se-á uma direcção de gestão eventualmente cooptada e o avolumar de criticas inconsequentes ao estado a que chegámos.

A futura Direcção eleita, encabeçada seja lá por quem for, seja ela formada por figuras publicas ou jovens lobos, tenha um projecto em magníficos powerpoints ou em papel reciclado, vai debater-se com uma realidade difícil que lhe vai limitar a acção tenha boas ou más intenções. Essa realidade é interna e externa ao Sporting. Se alguém quiser um bom programa eleitoral é simples, basta pegar no documento final do recente congresso e dizer este é o meu programa.

Continuamos todos órfãos de uma terceira via, que em vez de promessas de continuidade ou revolução, permita sim uma evolução, há méritos muito grandes na estrutura actual que é preciso não degradar e muito trabalho a fazer no emagrecimento de uma estrutura ciclópica que pouco oferece ao Sporting em termos de celeridade e rentabilidade da sua acção.

Para qualquer projecto ter o mínimo de viabilidade de execução é necessário, Sportinguistas, muitos, todos, aos milhões e que saibam distinguir o que é importante ou acessório na forma como vivem o clube. Alguns desses, poucos, serão eleitos dirigentes, compete-nos dar-lhes condições para vencer as adversidades e apoiar as nossas equipas em campo incondicionalmente.

Ah, antes que me esqueça. Notável é o Sporting!

O timing de Bettencourt

Demorará ainda algum tempo a perceber as verdadeiras razões por trás da demissão de Bettencourt. Pressões familiares? Limite da capacidade de encaixe como indicou o nosso PMAG? Sejam quais forem as razões, o que não me parece admissível é que se faça agora do presidente demissionário uma vítima. Se Bettencourt se pode queixar de alguém deve-o fazer antes de mais a si mesmo, por desbaratar, desde o primeiro momento e de forma inexorável toda e qualquer condição básica que lhe permitisse concluir o seu mandato. E se foram os insultos que lhe foram dirigidos pela Juve Leo a gota que lhe fez transbordar o copo a última coisa que poderá fazer é lamentar-se, pela forma pouco clara como balizou as respectivas áreas de intervenção. As que lhe cabiam a ele e as que eram permitidas à claque. Faz pouco sentido, perante tudo o que sucedeu durante o tempo que decorreu o mandato de Bettencourt ainda querer onerar os Sportinguistas com mais um passivo, para lá do nos que nos atrapalha as contas. Em qual dos clubes grandes se permitiria o que foi permitido a Bettencourt?

Mas o que não pode passar despercebido é o timing da sua saída. Deixo de fora estarmos em pleno período de transferências, por, em coerência com o que aqui afirmei anteriormente, essa ser a última das nossas preocupações face ao que resta da época e para o buraco negro onde se some o talento dos nossos profissionais que é a actual estrutura técnica. Mas não pode passar despercebida que a demissão surja 15 dias após a nomeação de um director geral. Ou que ela aconteça no primeiro pretexto que lhe foi concedido por uma derrota para a qual se fartou de contribuir pelas escolhas que foi fazendo. E logo após de consumada a irreversibilidade das medidas tomadas na sequência da famosíssima reestruturação financeira, com a venda das VMOC`S, da passagem da Academia e dos direitos televisivos para a SAD, mas sendo incapaz de tomar uma decisão que fosse no sentido de reparar os erros cometidos que fazem o nosso futebol definhar.

Parece que na agenda de Bettencourt pesaram mais os interesses dos nossos "parceiros financeiros" do que os do Sporting. Quem vier a atrás que indique a porta a Paulo Sérgio e à malta do IPad. Que juntamente com os restantes profissionais do clube não deixarão de, por hora, se interrogar: aonde é que eu vim parar? Que clube é este?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Esperança para voltar a acreditar

São já conhecidas as primeiras reacções à pouco surpreendente demissão de Bettencourt, dos adeptos aos corpos sociais. Estes reunir-se-ão em plenário na próxima terça-feira devendo ter lugar, no dia seguinte, o plenário do Conselho Leonino. Não creio que estejam reunidas condições para outra tomada de decisão que não a convocação de eleições. Aos corpos sociais não restará outra opção senão renunciar aos seus mandatos, permitindo o seu agendamento.

Como não é demais lembrar, por trás de José Bettencourt não "existia" ninguém e se o próprio presidente tinha a sua credibilidade minada, seria tudo menos recomendável cooptar para o seu lugar um desconhecido. Para reforçar o meu argumento questiono-me se alguém sabe, sem recorrer a cábulas, o nome dos vice-presidentes do Sporting... Qualquer que seja a solução a ser encontrada não poderá ser mais do que temporária, com vista a assegurar a gestão corrente do clube. 

Fica por definir qual seja o prazo mais indicado para que a A. G. eleitoral ocorra. O tempo para preparar o futuro - não apenas do futebol, mas de todo o clube - é escasso. Por outro lado, e apesar de não se poder considerar uma surpresa, não existe neste momento qualquer oposição organizada - ao contrário do que por aí se dizia - pelo que deve ser dado tempo e espaço para surja quem entenda poder oferecer soluções ao clube. 

No meu entender esse prazo não deveria exceder os 2 meses. As eleições ocorreriam em meados de Março ficando os novos dirigentes com apenas 3 meses para limparem as secretárias e preparem a época. O que é pouco se atendermos a que, como é bom de prever, uma nova geração de dirigentes chegará a Alvalade. 

Mesmo conhecedores de que os tempos são e continuarão difíceis, não nos resta outra alternativa , como adeptos, senão aguardar com serenidade os desenvolvimentos necessários, confiando que, como grande clube que é, o Sporting tem no seio gente de capacidade ímpar, independente do nome e da origem. 

Sei que não haverá passes de mágica capazes de nos transportar para o êxito enquanto piscamos os olhos. Para acreditar basta-me a esperança de ver preparar o futuro de forma metodicamente sustentada, com verdade, mobilizando os Sportinguistas. Algo que não tem sido feito nos últimos anos.

P.S.- Ao contrário do que diz Dias Ferreira o futuro deve pertencer aos candidatos possíveis. Por mais que não queira o presidente da AG representa no presente mais o passado do que o futuro que se deseja. E um bom serviço que prestaria ao clube seria recatar-se, ao invés de se expor desnecessariamente,como fará certamente amanhã na sua tribuna semanal.

P.P.S: Segue em anexo um comunicado da AAS sobre a demissão de Bettencourt. (clique para aumentar)

O fim de uma era, ou quantas vidas tem o roquetismo?

José Eduardo Bettencourt bateu com a porta, mas, para os interesses do clube, já o fez com mais de um ano de atraso. Como presidente aquilo que de melhor se pode dizer, e que caracteriza de forma sintética a sua passagem pela cadeira presidencial, é que foi sempre de menos. Quase sempre, e na maior parte das circunstâncias, sempre que a sua acção era necessária, JEB deixava evidente não estar preparado para a função. O que, como a história certamente lembrará, constituirá uma das maiores desilusões do universo Sportinguista: ao acabar de ser eleito todos pensavam estarem reunidas as condições para um nova e mais estável etapa no Sporting, esperança que o presidente demissionário não foi capaz de justificar.

Bettencourt sai tão mal como entrou, prestando um mau serviço ao clube. Não o podia fazer sem desminar o campo a quem o substituirá, mesmo que interinamente. É inqualificável que bata com a porta deixando no cargo um treinador incompetente e um director desportivo que nunca esteve à altura do cargo. Foi na escolha de ambos que começou o principio do fim de José Eduardo Bettencourt. E eles sabem-o. Vendo partir JEB e permanecendo no cargo que ocupam, diz muito do seu carácter. Todos sabemos do que estão à espera , Paulo Sérgio (quem o conheceu em Guimarães certamente não está nada surpreendido nem com o seu falhanço desportivo nem com o seu carácter) e sus muchachos em particular: de alguém que assine o cheque.
Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos se ontem foi o principio do fim de uma era ou se à retirada de cena de Bettencourt se seguirá mais alguma movimentação estratégica no sentido de assegurar a continuidade da dinastia.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Dos 42 pontos que faltam ainda faremos 43

Seria redutor e injusto resumir o resultado do jogo de hoje à vergonhosa actuação do àrbitro, que, desta forma ajudou a perpetuar uma certa tradição do Paços de Ferreira conquistar vitórias em Alvalade com mais do que 11 jogadores em campo...

Seria injusto para Rui Vitória, que, com meios modestos, demonstrou a Paulo Sérgio como o jogo colectivo pode superar, no caso de hoje até com algum primor, a mais-valia individual desperdiçada num amontoado de jogadores, sem qualquer articulação entre si. Tendo sempre que recuperar de desvantagens no marcador, o Sporting viveu sempre de um enorme Valdés, que, como é bom lembrar, só joga na sua melhor posição por acaso. 

Se nem isso se consegue vislumbrar da tribuna em Alvalade, se de lá se aceita que mais uma vez o treinador diga que fez um bom jogo, se as substituições realizadas não despertam as consciências  o melhor é pensar  que dos 42 pontos que ainda faltam disputar, ainda somos capazes de fazer 43...
  
Estádio: José Alvalade
Árbitro: Luís Catita
0-1 por Samuel aos 28'
1-1 por Liedson aos 42'
1-2 por Manuel José aos 44' de grande penalidade
2-2 por Diogo Salomão aos 63'
2-3 por Pizzi aos 82'

SPORTING: Rui Patrício; João Pereira, Carriço, Polga e Evaldo; Vukcevic, Maniche, André Santos e Valdés; Liedson e Salomão.
Suplentes: Tiago, Torsiglieri, Pedro Mendes, Saleiro, Grimi, Zapater e Abel.
Treinador: Paulo Sérgio

PAÇOS de FERREIRA: Cássio; Baiano, Cohene, Samuel e Maykon; Leonel Olímpio, André Leão e David Simão; Manuel José, Rondon e Pizzi.
Suplentes: Coelho, Ozeia, Nuno Santos, Amond, Nelson Oliveira, Bruno de Paula e Filipe Anunciação.
Treinador: Rui Vitória

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