#EmModoJamor
Ontem, Hoje e (independentemente do resultado) Amanhã!...
Pelo Sporting, Sempre.
Estatisticamente o Sporting realizou uma época muito semelhante à temporada anterior. Os 76 pontos obtidos em 34 jornadas correspondem a uma média de 2,24 pontos/jogo, por comparação com os 2,23 pontos/jogo da época passada. A maior diferença está no número de golos marcados - 54 (1,87jogo) -20 (0,67/jogo) o ano passado, 67(1,98/jogo)-29(0,85(jogo) este ano, mas não substancial."(...) creio que o Sporting terá feito um campeonato positivo. Se compararmos com os registos históricos das últimas décadas, essa tem de ser claramente a conclusão, mesmo que isso não tenha chegado sequer para lutar pelo título. O Sporting, a este propósito, está numa situação atípica, porque não é uma equipa que tenha uma referência comparativa clara no panorama do futebol português actual. A sua ambição incontornável é a luta pelo título, mas não parece justo que se exija estar permanentemente no patamar de rivais que se preparam com condições orçamentais muito mais favoráveis. Por outro lado, o Braga também não é uma referência suficientemente ambiciosa para a dimensão do Sporting. O habitual é que as equipas estabeleçam para si próprias metas comparativas (ser campeão, chegar à Europa ou não descer), dependendo estas sempre dos desempenhos alheios, mas não tem de ser assim. Pode-se perfeitamente definir metas próprias, como um número de pontos a alcançar, ou mesmo de golos marcados e sofridos, e no caso do Sporting creio que é isso que fará racionalmente mais sentido. Assim, e voltando ao inicio, não creio que se possa fazer um balanço negativo do campeonato do Sporting, se atentarmos apenas aos resultados da própria equipa."
- Nunca estivemos em primeiro ou segundo lugar, tendo estabilizado no terceiro lugar
- Não perdemos em casa o que já não acontecia há muitos anos
- Número elevado de empates (10)
- Série de 13 jogos sem perder
- Não perdemos com o actual campeão (1-1)
- Não ganhamos a nenhum dos dois maiores rivais
- Enorme dificuldade com as equipas do escalão abaixo (que lutam pela Europa), tendo registado apenas 63,33% dos pontos possíveis (19 em 30).
- Sofremos golos em 65% dos jogos (22), 11 deles em casa, o que explica em muitos casos o número elevado de empates.
- Marcamos em 94% dos jogos (32), o que equivale apenas a 2 jogos (Guimarães e FCP fora) sem marcar.
- O Sporting fecha a Liga sendo a equipa com menos derrotas.
Boavista 5
Belenenses 3
Setúbal 3
Académica 2
Seguem-se Vitória de Guimarães, Leixões, Braga, Estrela da Amadora e Beira-Mar com um troféu.
A duração do contratoAlgo surpreendente, a duração de quatro anos, por se tratar de um contrato longo e sobretudo por ultrapassar a vigência do actual mandato.(...)
A estratégia por trás da aquisição de Marco SilvaO facto de o Sporting ir buscar o melhor treinador da Liga disponível é importante para a auto-estima dos adeptos e pode ter uma importância estratégica superior à mera ocupação do lugar deixado vago por Jardim. Pode tratar-se, o tempo o dirá, da inversão dos papéis quando o Sporting (ao tempo Bettencourt) podia ter contratado Jorge Jesus e preferiu a renovação com um Paulo Bento esgotado. Erro que viria a agravar com o abrir mão do compromisso firmado com AVB para ir buscar... Paulo Sérgio.
O entusiasmo em volta de Marco SilvaExcelente, como quase sempre, a resposta dada pelos adeptos, sempre dispostos a abrir o peito e deitar para trás das costas o mau agoiro.
Euforia sim, irracionalidade nãoÉ muito árdua a tarefa de Marco Silva, como seria obviamente a de Leonardo Jardim. Mudou o nome, mudará até a forma de jogar, mas as dificuldades manter-se-ão. O próximo ano será muito difícil, muito mais difícil até. Quem vê facilidades na chegada de Lopetegui ao Dragão é bem capaz de ter uma surpresa... desagradável. Na continuidade ou não de Jorge Jesus, mais do que a continuidade deste ou daquele jogador, estará, ou não, a manutenção da vantagem de quem acaba de ser campeão. O Sporting continua, a meu ver, a correr por fora.
O que vale Marco Silva
O trabalho feito pelo treinador é absolutamente notável. As melhores classificações de sempre do Estoril sob o seu comando. A subida na classificação depois de perder os melhores titulares e se ver privado, em Janeiro, de jogador ancora do seu modelo, Luís Leal. Um trabalho possível não apenas pelo seu valor como técnico, mas também pelo trabalho da SAD estorilista. Marco Silva estará também dependente dos meios que a SAD do clube lhe proporcionar, da sorte e, inevitavelmente, da relação de forças com os principais rivais.
A surpresa dos númerosUma nota de mera curiosidade mas que poderá ser um dado com algum interesse na avaliação do trabalho de Marco Silva. Se houvesse um campeonato apenas a 4, isto é, apenas com o registo dos jogos entre os quatro primeiros, o Estoril seria o segundo classificado com 8 pontos, numa classificação assim alinhada:
SLBenfica: 13 pontos;
Estoril: 8 pontos;
FCPorto: 7 pontos;
Sporting: 5 pontos;
Este são dados importantes que permitem avaliar o bom trabalho de Marco Silva. E obriga-nos à inevitável reflexão, muitas vezes aqui feita, sobre o real valor do Sporting e a importância dos resultados alcançados. É muito difícil pensar que as dificuldades sentidas com os mais fortes foram meramente casuais. Uma reflexão obrigatória para perceber o real ponto de partida para a próxima época.
O que mudará com Marco Silva
Abordagem em algumas pinceladas, há um campeonato inteiro para registar as alterações. Mudará o estilo de jogo. O Sporting procurará ter mais posse, defenderá mais subido, defenderá mais cedo, logo a seguir à perda de bola e com mais gente. Provavelmente aumentará a presença no último terço do campo, bem como a procura por espaços mais ao centro, perdendo as alas a preponderância que tinham com Jardim. Aumentará, por consequência, a exposição ao risco no momento imediato à perda de bola. Poderão mudar alguns dos protagonistas, mudarão pelo menos muito do que lhes foi pedido durante este ano.
A formação de novos títulos a caminho- Pode ter sido particularmente saborosa a vitória recente dos juniores no Olival. Foi ela aliás que nos permitiu disputar o titulo até ao último jogo, que nem correu bem. Mas o que aproveitará o Sporting, e os jogadores em particular, em apresentar-se num bloco baixo, de três linha muito próximas, conseguindo realizar a primeira transição quase no final do primeiro tempo (que por acaso, e felizmente deu golo)? Quantas vezes jogará o Sporting assim no campeonato principal? Ou esta atitude é o reconhecimento tácito da nossa inferioridade?- O caso da equipa B é paradigmático. Enquanto se arrastou pelo fundo da tabela às criticas correspondia um enorme silêncio. Agora que a equipa anda nos lugares cimeiros não falta quem fale num ano bom. Mantenho as mesmas interrogações de então: tenho muitas dúvidas do aproveitamento que o clube possa retirar de muitos dos jogadores que a constituem, como me interrogo sobre o que estão estes jogadores a aprender que lhes seja útil na equipa principal. Ora isto não é muito mais importante do que ser campeão da II Liga, não?
- O patrocínio das camisolas
- O que vai ser feito com o dinheiro do empréstimo obrigacionista
- Novos investidores
- Naming do Estádio José Alvalade
- Processo Doyen
- Orçamento da SAD
- O que importa é apenas o valor do patrocínio, ou também se deve atender ao que o patrocinador representa?- Para quem está lembrado das polémicas à volta das cores da então PT, como é que se vai encaixaria o símbolo do novo patrocinador nas nossas camisolas?
- O que diria hoje o candidato Bruno de Carvalho se ouvisse esta frase do presidente Bruno de Carvalho?
- Que impacto têm estas palavras junto de um potencial patrocinador? (Isto descontando na dúvida e perplexidade que lançam sobre os adeptos)
- Desde logo o permanente exercício do conceito de adepto/pagador. Para quem paga, a época já vai longa e a "factura Sporting" mesmo que exercida com gosto e paixão, já é volumosa.- Se a intenção é a melhor - contribuir para a "Missão Pavilhão" - é bom lembrar que muitos dos interessados, a irem, irão sofrer uma espécie de dupla tributação, isto se já tiverem contribuído anteriormente. Se a contribuição tiver sido do tipo "familiar" essa tributação é agravada, pelo que me parece ser de considerar a possibilidade de deixar à iniciativa de cada um a possibilidade de voltar ou não a contribuir.- A politica de preços parece-me irrealista por demasiado onerosa. Ora isso pode obstar a uma participação massiva, o que concorreria para transformar a festa numa espécie de evento alternativo para meia dúzia. Tal, a ocorrer, seria no mínimo desprestigiante para o clube.- A permanência de adeptos pagantes no interior do estádio inibirá a abertura de portas para eventual recepção da equipa em caso de vitória. Ora isso contribuiria para uma divisão em duas festas, o que, a suceder seria no mínimo absurdo.- Escusado será lembrar o estado do relvado, cuja utilização está prevista no evento, e que, em caso de danos maiores, as receitas não cobrirão a necessidade de eventual substituição.
- Truques de acréscimo de preços por obras não orçamentadas em empreitadas são muito comuns. Aliás, a desorçamentação dos custos totais nos lançamentos de obras são o truque mais utilizado para justificar quer social quer politicamente grande parte das obras que se realizam neste país, porque quase ninguém se dá ao trabalho de saber qual o seu custo final. Não parece que seja este o caso.- Até que se saiba mais sobre este caso, e se o agora sucedido foi tentativa abusiva de adulterar o que havia sido negociado previamente, a razão está do lado do clube.- Há no entanto uma implicação directa imediata que é o facto daquele que tinha sido considerado o melhor projecto e com as condições mais favoráveis ter sido substituído pelo que tinha ficado em segundo lugar, por isso aparentemente não tão bom nem tão favorável.- No custo final da obra não haverá diferença significativa no seu custo final uma vez que a obra adjudicada à Somague tinha o custo de 7,2 milhões inicialmente previstos e que ficaria no final, acrescentando os valores pedidos pela empresa para os trabalhos adicionais, em cerca de 7,8 milhões. Ora a Ferreira Build Power apresentou uma proposta de 7,5 milhões o que, acrescidos dos 297 mil euros pretendidos para execução do campo de futebol de 7, muros de suporte e tabelas de basquetebol, aquele valor é praticamente igualado.- Fica então a pergunta: vale a pena ficar com o projecto e obra do pavilhão que não tinha sido considerados nem o melhor nem mais favorável por uma diferença de verbas tão pequena, atendendo a que estamos a falar de uma obra de uma geração, ou até talvez mais?
- Qual foi o critério primordial para adjudicação: a qualidade do projecto, o preço ou a conjunção de ambos? Vale a pena lembrar os erros cometidos aquando da construção do estádio e o seu resultado?- Não menos importante parece ser de salientar que, à altura do lançamento da primeira pedra, não havia contrato assinado nem projecto aprovado, e que a obra continua sem orçamento aprovado para a sua realização. Contudo a data prevista para o inicio das obras é o próximo mês.
1- Sobretudo nas primeiras jornadas vimos uma equipa a subir no terreno, procurando pressionar alto e reduzir os espaços, sem contudo conseguir controlar o espaço sobrante nas suas costas. Tal falha deveu-se em grande parte à (i) qualidade dos intervenientes (Maurício e Sarr, sobretudo), sobretudo à deficiente leitura de jogo que lhes permitisse antecipar os movimentos dos adversários. Mas também (ii) às suas características, que os deixava em desvantagem em relação aos adversários mais velozes. Um treinador tem de perceber as limitações dos seus jogadores, de forma a, ao invés de as expor, lhes potenciar as qualidades.
Essa proposta parece ter sido progressivamente abandonada por Marco Silva, sendo notório nos últimos jogos uma linha mais descida. Esta mudança, conjugada com o facto de qualquer um dos defesas centrais actuais serem melhores do ponto de vista técnico, contribuiu para estabilizar o sector. Valha a verdade que ter que jogar com oito duplas de centrais diferentes deve ter constituído um sério obstáculo à consolidação de processos.
2- Várias foram as vezes em que a equipa ficava desequilibrada e não sabia responder de forma adequada ao momento da perda da posse de bola. É verdade que o recomeço de William chegou a ser penoso, registando erros comprometedores e pouco habituais nele. A isto somaria muitos erros de Adrien em posse e de posicionamento. Aqui convém salientar que, com Marco Silva, a sua área de intervenção se alargou, o que não estou certo que esteja de acordo com o que o jogador pode dar.
3- Várias vezes se falou na falta de jogo interior. Neste aspecto há que conceder que nenhuma equipa em Portugal tem o seu jogo atacante tão bem estruturado e é tão eficaz como o SLB. Por exemplo, quem tiver presente o primeiro golo deles no último jogo (Gil Vicente) percebe o que tento dizer. É nesse sentido que deveria crescer o nosso processo ofensivo, e isso depende muito do trabalho do treinador, da operacionalização do treino mas também muito da qualidade e talento individual dos jogadores. Ambas as condicionantes deveriam crescer para o Sporting poder estar à altura das suas ambições.