domingo, 29 de dezembro de 2013

Sporting não desliga na Taça da Liga

Sporting à Sporting
Vi todos os jogos dos últimos anos (já perdi a conta de quantos) com o FCP e tenho a memória ainda intacta e não me lembro de o Sporting jogar tão olhos nos olhos como o fez hoje. Não é uma injustiça para com Paulo Bento, com quem até o Sporting alcançou bons resultados com o FCP. É antes sim uma homenagem ao trabalho que Leonardo Jardim vem fazendo esta época. 

Confirmação, se preciso fosse
Ficou confirmado que este Sporting é sério e para levar a sério, como anteriormente aqui afirmei. Jardim demonstrou ter percebido o que se passou no primeiro embate deste ano com o FCP. Desta feita Sandro e Danilo não gozaram de tanta liberdade para criarem desequilíbrios com os seus movimentos, muitos deles para não apenas pela lateral mas também para interior. A par disso Carlos Eduardo foi completamente abafado por um Adrien imperial. 

Qualidade
É um facto que o Sporting vale sobretudo pelos seus processos colectivos. É por aí que tem conseguido e merecido o destaque que lhe tem sido dedicado. Mas há também muita qualidade em todos os sectores como o demonstraram hoje por exemplo Cédric, Jefferson, Adrien, Carrillo e William. Talvez nas alas falte um pouquinho de nada para ter Montero e Slimani terem ainda mais protagonismo.

Duas notas sobre aspectos laterais o jogo

Sobre a proibição das claques do FCP levarem tarjas e demais adereços acho lamentável que o Sporting tenha que tomar esta medida, mas ela é recíproca à vergonha que foi o comportamento dos stewarts no estádio do Dragão. 

Sobre a forma como o Sporting se referiu ao FCP, isto é, como visitante só posso dizer que quem o fez desconhece o que é o Grande Sporting Clube de Portugal. O Sporting não é grande apenas pela história ou pelo palmarés. É-o pelo que representa e isso passa também pelo respeito pelos adversários, independentemente das relações do momento. Isto não é o Sporting, é o outro lado da Segunda Circular.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Uma descida aos esgotos do futebol português


O Jornal Sporting publica um artigo muito interessante sobre a composição do Conselho de Arbitragem. Fazendo uma espécie de "who's who", são abordadas as preferências clubisticas e as respectivas ligações e dependências pessoais. 

A sua composição é a prova que, na formação das listas para a FPF, o Sporting não fez os trabalhos de casa. Ficou com os ossos para os dois rivais se refastelarem com o filet-mignon.

Vítor Pereira - Presidente do Conselho, instrutor FIFA, observador da UEFA. Adepto do Sporting.

Domingos Gomes - Vogal, provém da AF. Braga. Ligações ao FCP, tendo como amigo chegado Reinaldo Telles. 

António Rodrigues da Silva - Responsável pelas nomeações, estando conotado com fortes ligações ao FCP.

Luís Guilherme - Responsável pelo pelouro Administrativo e Financeiro. Como árbitro passou despercebido - o que não é necessariamente bom... - tenho ganho notoriedade como dirigente da APAF. Actualmente é presidente da CAJAP, Confederação de Juízes e Árbitros de Futebol - o que esta gente arranja para aparecer e se encostar... - e é, como bem sabemos, um grande amigo do Sporting e já de longa data. 

Relacionado com Adelino Caldeira e apoiante de Paulo Costa, seu colega de comissão e de outras andanças. Foi ele, Paulo Costa, o autor da primeira greve em 1998/99 e, coincidências das coincidências, logo contra o Sporting. Foi ele também o mentor da greve de há dois anos de João Pode Ser Ferreira e Paulo Baptista.

Lucílio Baptista - Vogal responsável pelo pelouro da formação. Um caso paradigmático de que Roma paga aos traidores. A sua passagem pela arbitragem é um compêndio de como cavalgar a toda a sela e fugir entre os pingos da chuva, agradando aqui e ali aos dois lados da margem do sistema. As suas actuações insidiosas proporcionaram-lhe, com inteiro mérito, uma competição oficial, a Taça Lucílio.

Estes são os 5 elementos que compõem a secção profissional, responsável pela nomeação de juízes, árbitros assistente e quartos árbitros para as competições nacionais e internacionais a pedido dos respectivos organismos. tem ainda obrigação de participar ocorrências que possam consubstanciar infracções disciplinares.

O artigo é muito mais detalhado - uma boa razão para assinar o jornal do clube - e aborda também o papel dos observadores, decisivo na classificação dos árbitros, composto por eminências pardas, grande parte das quais não passariam num vulgar teste psicotécnico. Conheço pessoalmente um par deles e bastam 5 minutos a falar de futebol para perceber o seu condicionamento e fidelidade canina ao seu clube, que pede meças aos mais fervoroso adepto. 

Quem julga que o sistema morreu tem aqui um par de ideias para reflectir. O descaramento é tal que, na actual composição deste C.A. está pelo menos um elemento, Carlos Manuel Carvalho, que até constou no rol de acusados do Apito Dourado. É dono do conhecido Lima 5, conhecido por o Novo Canal Caveira. Juntamente com o restaurante Antunes, do irmão de Reinaldo Telles, onde foram gravadas muitas escutas do caso Guímaro, faz parte do roteiro obrigatório a quem quiser conhecer os primórdios dos esgotos do futebol português. É seguro que hoje muitos dos intervenientes se movimentam em ambiente mais requitados...


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Duas perguntas rápidas sobre as imagens que nos chegam

Uma pequena interrupção na ressaca natalícia para deixar uma pergunta que me parece não ter visto ainda feita por ninguém.

Voltemos ao golo anulado a Slimani. 

Tentei ver o que diziam alguns dos habituais programas dos diversos canais mas rapidamente dei o meu tempo como perdido e, para que o prejuízo não fosse maior, arranjei rapidamente melhor forma de o empregar. No entanto, não sem grande surpresa, ainda vi o suficiente para constatar que a discussão do lance se continuou a fazer com recurso exclusivo às imagens televisivas passadas em directo
e não usando as da câmara colocada por trás da baliza e que foi objecto de referência aqui em post e que são mais esclarecedoras. 

E de certeza que a SportTV tem outras imagens do lance, gravadas por outras câmaras distribuídas pelo estádio. É que usando as segundas imagens muitos dos argumentos usados a favor do juízo(?) do árbitro não poderiam ser usados sem insultar de forma ainda mais veemente a inteligência dos espectadores.

A pergunta que fica é a quem interessa a dúvida e o não esclarecimento do público em geral? 

E já agora uma segunda: 

porque razão a SportTv não usa as várias imagens que tem à sua disposição?

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Os meus votos de Natal para todos, sem excepção

Pois, desejo primeiro que você ame e que amando, também seja amado,
E que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos e que, mesmo maus e inconsequentes, sejam corajosos e fiéis,
E que em pelo menos um deles você possa confiar, que confiando, não duvide de sua confiança.

E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos, nem poucos,

mas na medida exacta para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas.

E que entre eles haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiadamente seguro.

Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituivelmente útil, mas razoavelmente útil.
E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
mas com os que erram muito e irremediavelmente, e que essa tolerância, não se transformem em aplauso nem em permissividade,
Para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.

Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E
 que, sendo velho, não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
E é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.

Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo, nem em um mês e muito menos numa semana,
Mas apenas por um dia. Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom,
o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra, com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo,
Talvez agora mesmo, mas se for impossível, amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes,
E que estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimento um cão e ouça pelo menos um joão-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal;
Porque assim você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente, por mais ridícula que seja, e acompanhe o seu crescimento dia-a-dia, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático.
E que, pelo menos uma vez por ano, você ponha uma porção dele na sua frente e diga:
"Isso é meu". Só para que fique bem claro quem é dono de quem.

Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal,
não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que esse frugalismo não impeça você de abusar quando o abuso se impõe.

Desejo também que nenhum de seus afectos morra, por ele e por você,
Mas que, se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.

Desejo, por fim, que sendo mulher, você tenha um bom homem,

E que sendo homem, tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez,
E novamente, de agora até o próximo ano acabar,
E que quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda tenham amor para recomeçar. 
E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar.

Autoria de Sergio Jockymann (jornalista e escritor brasileiro)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Como é agora evidente houve falta no lance do golo

Não precisava de ver o lance registado pela câmara atrás da baliza e que a imagem documenta, para perceber que não tinha havido falta. Além da impressão que o lance me havia deixado logo no imediato, pela distância a que estava Slimani de Miguel Rodrigues, bastou-me olhar para a reacção de mesmo Miguel Rodrigues quando cai no chão sem protestar. O mesmo sucede com o os seus colegas directamente envolvidos no lance, em particular o guarda-redes e, em particular nas suas costas o lateral-direito, com vista privilegiada para o lance e que não esboçam qualquer reacção.

Fica pois evidente, até pela posição também privilegiada do próprio árbitro, que houve falta. Mas foi "apenas" falta de vontade deliberada do sr Mota em validar um golo limpo. Devo dizer que não fiquei surpreendido. Com o decorrer do jogo era cada vez mais evidente perceber ao que vinha o Sr. Mota.

Todos compreendem a difícil missão que é arbitrar um jogo mas todos percebem também a diferença entre um erro deliberado e um erro de avaliação. Essa diferença pode até ser difícil de estabelecer num lance em particular, mas torna-se evidente quando se avalia o critério do árbitro. Toda a arbitragem deste fulano, em particular na primeira parte, foi retirada de um compêndio do que melhor se fazia nos anos 80, quando um árbitro tinha intenção declarada de controlar um jogo. Foras-de-jogo assinalados para cortar lances de perigo, faltas e lances permitidos a uns e negados a outros, etc, etc. 

Fica também por explicar o porquê da nomeação de um árbitro destes, sem categoria, para um jogo desta importância, ainda por cima de pois de uma paragem por lesão. Uma nomeação a fazer lembrar também o melhor dos anos 80...

sábado, 21 de dezembro de 2013

Empate estava encomendado e foi entregue de Mota

O sistema meteu novamente as garras de fora. O Sporting já estava a causar muito incómodo e como não estava ser possível travá-lo dentro das leis do jogo envia-se de Mota o Manuel para empatar o Sporting. O lance de golo anulado devia ficar num museu do sistema, ao lado do golo com o mão do Rony e de outros tantos lances do mesmo cariz. Manuel Mota não se ficaria só por aí. Foras-de-jogo "preventivos" e total via aberta à dureza na disputa das bolas por parte do Nacional, que por vezes nem falta marcou.

Isto não invalida dizer duas coisas sobre o jogo de hoje, porque o espírito do final do jogo também não dá para mais:

Bem o Nacional, a fazer o que lhe competia, como equipa pequena que é, tentando jogar no erro e com o relógio. Não é agradável de se ver mas é assim o futebol português.

Mal Leonardo Jardim nas substituições. Meter Slimani matou o nosso meio-campo, onde Adrien ficou sozinho com a missão de construir. Com mais de vinte metros entre ele e os avançados era uma missão condenada a fracassar. Preferiu tirar Carrillo e manter Capel ao contrário do que a produção de cada um deles vinha aconselhando. E quando Mané entrou não vinha fazer nada porque a bola não chegava pelo chão. Montero, numa forma tenebrosa, preferiu a profundidade, encostando-se a Slimani, quando se lhe pedia que aparecesse entre linhas, oferecendo uma referência para quem tivesse a bola atrás dele. Ficou o chuveirinho feio que apesar de tudo teria chegado se não fosse o Mota.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sporting enfrenta o cúmulo da pressão

É um bocado parvo dar muito importância ao que escreve o Correio da Manhã. Por várias razões mas por uma essencial: quando a bola começar a rolar no relvado contam muito pouco parvoíces como a que hoje servem de capa ao jornal (?). Mas sempre contam alguma coisa - provavelmente contam mais para aumentar a ansiedade do público do que da equipa - e pelo menos assim o espera quem faz um boneco destes. Mas, mesmo sabendo isso, fica o post como protesto à última invenção do diário da Cofina: o cúmulo da pressão. SLB e FCP pressionam o Sporting mesmo antes de jogarem e por isso antes de fazerem qualquer ponto. E eles não primeiro pressionados a fazer pontos que reduzam a distância para o líder, para dessa forma o pressionarem?

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Leaked: os novos equipamentos do Sporting

A melhor forma de guardar um segredo é não o contar a ninguém. A partir do momento que o partilhas, o segredo deixa de o ser. Foi mais ou menos isso que aconteceu com a noticia da futura marca de equipamentos do clube que, ao que tudo indica, será a Macron. O Sporting já terá negociado com a marca, o que envolve imediatamente vários intervenientes e o circulo abriu-se em definitivo quando foi celebrado a parceria com o Real Cartagena, da Colômbia. 

O que se me oferece dizer sobre isto?

A importância da marca
A Macron não é uma das Big3 do mercado. Este é dominado pela Adidas, Nike e Puma. Pode parecer uma questão de somenos mas os interesses que circulam nos subterrâneos do futebol também passam por aqui. Uma marca está disposta a qualquer coisa para ver uma equipa sua vencer uma grande competição  - campeonatos continentais de selecções, campeonatos do mundo, Liga dos Campeões, ou até menos uma de menor importância, como a UEFA, etc - estando para isso disposta a preço que lhe parecer correcto. Isto pode parecer um pouco feio de dizer e escrever, a mim parecer-me-ia demasiado ingénuo não o considerar com esta crueza. 

Acontece que o mercado nacional é muito pouco atractivo e não é de crer que estes interesses se façam sentir com tanta acuidade como nas competições supra-mencionadas. Neste momento muito particular da sua história parece-me mais correcto que o Sporting se preocupe em fazer o negócio pelo melhor preço, desde que não tenha ao lado do seu emblema o de uma empresa de vão de escada e Macron não o é. 

O valor do contrato
Fala-se em valores que podem ir até ao triplo do valor auferido com o contrato que se extingue no final da época. A ser verdade seria um negócio do século. Duvido. 

Provavelmente esses valores devem incluir prémios por objectivos. Isto é: o contrato terá sido celebrado e contempla a hipótese de para o ano a marca estar a vestir o campeão nacional em título e para isso pagar X. Se for o segundo classificado é X menos Y e por aí fora. Independentemente de poder ser assim ou de outra forma a minha preocupação não está tanto no contrato que venha a fazer no imediato. Importante é que o Sporting se reabilite de acordo com o seu estatuto. Dessa forma a nossa capacidade negocial também aumentará e com ela os valores dos novos contratos.

A estética e a importância da camisola
Neste ponto tenho que remeter os leitores - sobretudo os que não seguem habitualmente este blogue - para o que disse anteriormente. Esta é uma questão amplamente debatida - alarga-se também às cores dos patrocinadores - e quanto mim muitas vezes de forma muito inconsequente, até irrealista e certamente com contornos políticos, ao sabor do momento. Mas como este fenómeno é 101% emoção...



Já anteriormente me tinha pronunciado especificamente sobre a publicidade nas camisolas que, de certa forma, se aplica na avaliação estética e o valor emocional que a camisola representa. No post escrito a propósito - e se o nosso patrocinador for a McDonalds - e em particular sobre o azul da TMN e a reacção que provocava em alguns adeptos dizia que "o  tema desgosta-me por se tratar da importação de uma ideia que nasceu benfiquista e que tem subjacente o ódio ao FCP, um sentimento totalmente descabido na actividade desportiva e revelador de despeito e inveja, comum em gente com complexos de inferioridade, sentimentos que julgo não caberem no Sporting. Pessoalmente não me revejo neles.


Não sinto necessidade de alterar o que então escrevi. Relembro os mais distraídos e os que em regra lêem em diagonal: se pudesse escolher havia todos os anos a mesma camisola dentro de um perfil tradicional, sem outras cores que não a nossa. 

Mas, enquanto o Sporting precisar de patrocinadores, quem tem a espinhosa missão de os angariar pode contar com a minha compreensão. É preciso dar alguma coisa em troca para poder também receber. E para isso não é preciso vender a alma, isto é, ao fim e ao cabo, suportar aberrações que curto-circuitem a ligação afectiva ao símbolo que a nossa camisola representa para todos nós.

Há que perceber também o essencial: há que descontar a subjectividade que vem de arrasto com questões desta natureza e é a subjectividade que provoca o ruído e nos afasta do consenso que são as nossas cores e símbolos. Cabe a quem que decidir não se afastar deles.

Nota final (provocação): Julgo que ninguém imagina um equipamento alternativo cor-de-rosa, o que provocaria a mesma estupefacção que os adepto do Nápoles devem ter sentido com o equipamento alternativo que Macron lhes ofereceu este ano. Mas (atendendo às cores)  e se fosse o nosso?

PS. Este post foi redigido no dia de ontem, quando começaram a surgir os primeiros rumores. É possível que entretanto possam ter ocorrido alguns desenvolvimentos mas que não devem alterar o que aqui fica escrito.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Bruno de Carvalho e a arbitragem e comunicação social

Bruno de Carvalho não perdeu tempo e (creio que ainda no aeroporto) não deixou passar em claro a polémica que ficou do fim-de-semana. Julgo que as declarações são já conhecidas de todos, deixo-as no entanto para quem eventualmente venha a ler o presente post e não se tenha apercebido delas:

"A única coisa que falta e vou bater nesta tecla as vezes que for preciso é a honestidade na apreciação das coisas. É triste sair de Portugal e ver que as pessoas no jogo do Sporting esqueceram-se do lance de Montero, que era penálti e motivava a expulsão. É uma situação complicada, mesmo assim não disse nada, porque são daquelas situações complicadas. Aliás, é uma situação complicada perceber que podemos empurrar um jogador e fazer lhe falta depois da linha, que para as pessoas não é perfeitamente nada", atirou.

"Num jogo em que o Sporting dominou por completo, quase toda a comunicação social quis fazer crer que foi o lance do penálti que veio dar alento à equipa do Sporting. Não vejo fazer a mesma coisa no jogo com o Benfica, onde o primeiro golo é em fora de jogo claríssimo e no jogo com o FC Porto, onde o 2-1 é similar a um lance de Montero, que toda gente se queixava. Não vejo essa honestidade utilizada pelos jornalistas e enquanto não existir honestidade as pessoas vão ser enganadas, porque os outros são ótimos, são maravilhosos e fazem pequenas referências à arbitragem, mas no Sporting é sempre com sorte. É pena não utilizarem a época natalícia para serem honestos", completou Bruno de Carvalho."

Duas notas avulsas sobre estas declarações:

Sobre a pertinência e oportunidade:  Não surpreenderá ninguém que as declarações do presidente incomodem muita gente. Pode-se discutir o estilo - uns gostarão mais, outros menos - mas parece-me indiscutível que a discussão gerada à volta dos erros de arbitragem verificados em TODOS os jogos dos 3 grandes foi parcial. Não só por se assumir como irrefutável que não houve penalidade sobre Cédric, o que até é muito discutível, mas também por se querer deixar a ideia que o Sporting foi amplamente beneficiado, resultando daí o prejuízo dos outros 2 competidores. 

Como é evidente trata-se de uma falácia assente em 3 pressupostos:

 - O Sporting foi empurrado para a vitória por um penalty "oferecido, e foi esse lance que lhe permitiu ficar por cima do jogo.

- O lance sobre o Montero, que daria penalty e expulsão, não é contabilizado.

- Não se passou nada nos jogos do SLB e FCP.

No passado recente, depois da presidência de Dias da Cunha, a reacção a este tipo de pressões mais ou menos dissimulada era feita de forma anárquica. Exceptuando  o tempo de Paulo Bento, era deixada ao cargo dos adeptos que, como se sabe, não têm o peso de um representante oficial da instituição. Acresce que, em regra, os representantes do Sporting nos principais centros de pressão - os programas erradamente chamados de "desportivos", que prefiro apodar de "paineleiros" e os tribunais de ex-árbitros - o Sporting está muito mal representado e/ou sem defesa à altura.

No que aos órgão de descisão diz respeito nem vale a pena falar, o Sporting não tem poder nem força e esses não lhe serão nunca entregues embrulhados neste ou noutra quadra festiva, porque não existem natais neste futebol de bastidores. Ao não deixar passar em claro Bruno de Carvalho dá conta a quem interessar que esse tempo acabou. Ficam por saber os resultados práticos dessa actuação mas não ficam muitas alternativas senão ser incómodo.

Sobre a representatividade dos interlocutores: Ninguém melhor que o presidente para dar a cara de forma oficial pela instituição pois, no universo Sportinguista, quer a nível interno quer para o exterior, não existe ninguém com maior peso mediático para o fazer. 

Porque esta é também uma guerra mediática. À conta de muitos silêncios e sapos deglutidos a maior ou menor custo, e sob o pretexto da nossa menor competitividade, que "roubar" - com e sem aspas - o Sporting deixou de representar um perigo, ao contrário do que sucedia e continua a suceder com os outros 2 rivais. Requer alguma articulação com o treinador para que não haja dissonâncias entre as afirmações de um e de outro. Não só por causa da imagem mas sobretudo para que tal não possa ser aproveitado para descredibilizar o discurso também de um ou outro.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Sporting levanta voo com asas da formação

Foto feliz do Público


A formação do Sporting é tema de artigos e conversas frequentes embora nem sempre com inteira justiça, nem sempre pautados pelo devido realismo. Infelizmente esses erros na abordagem desta matéria que nos é tão cara começam dentro da nossa própria casa. Erros que não se ficam nos juízos desajustados aos valores dos jogadores, que tanto pecam por defeito como por excesso. Outro, mais frequente e injusto, é o imputar culpas por exibições ou até épocas desastrosas cujas verdadeiras razões fazem dos jogadores mais vitimas do que propriamente réus.

O exemplo de William Carvalho é paradigmático. É óbvio que o seu êxito actual seria muito difícil em épocas anteriores e mesmo impossível no ano passado. E isso em nada deveria beliscar o seu valor, porque as condições de sucesso lhe estariam negadas à partida pela faltas de organização e enquadramento do próprio clube. Mas William Carvalho, que pode vir a ser um grande, enorme jogador, ainda não o é. Da mesma forma André Martins, Cédric Soares ou Adrien não são tão maus como muitas vezes foram pintados.

A imagem que serve de ilustração ao post e feliz. Não apenas pelo instantâneo mas, para este post em particular, por apanhar dois jogadores, cujo valor foi tantas vezes posto em causa, num momento de felicidade. Ao contrário do que tantas vezes temos assistido com alguns jogadores que os antecederam, a felicidade é vivida de camisola verde e branca vestida. 

Ver uma equipa com base oriunda de Alcochete triunfar de forma inequívoca é o circulo por fechar na nossa formação. Ver jogadores formados por nós vencer com outras cores tem funcionado como factor destrutivo para o amor próprio e orgulho leonino, acabando por afectar a avaliação que nós próprios fazemos da nossa formação em geral e de muitos jogadores em particular.  

Essa tem sido outra das pequenas vitórias desta época. Pequena mas extremamente deliciosa de saborear.

P.S.- O Sporting está hoje a enviar um e-mail de parabéns aos sócios, ou pelo menos a alguns sócios, felicitando-os pelo seu aniversário. Para mim não é grave que o Sporting se tenha esquecido do meu aniversário, apesar de, na altura, ter repardo. Grave seria se eu me tivesse esquecido do aniversário do Sporting. Mas não é uma campanha feliz, uma vez que vem lembrar que o clube se esqueceu de o fazer na devida altura. E ainda por cima a mensagem pode ser equívoca para muita gente, uma vez que é mencionado que  "pode usar 30 dias após aniversário", referindo-se às facilidades concedidas pela campanha. Quem sabe não seria melhor aguardar 15 dias e começar o novo ano com o pé direito. A rever.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Nós andamos lá cima, os outros é que têm vertigens

No dia seguinte a uma sexta-feira 13 o Sporting defrontou o 13º classificado, à 13ª jornada e... GANHOU! Noutras alturas, em que se via um fantasma em cada sombra, esta coincidência numérica seria encarada com tal fatalismo que já entraríamos em desvantagem. Felizmente não foi assim e o Sporting acabou por amealhar mais 3 preciosos pontos. Esta é uma das pequenas vitórias de que falava há uma semana, a que se soma uma presença maciça de adeptos em Alvalade, desta vez de acordo com o desempenho da equipa. Esta merece tudo, pela sua postura séria, rigorosa e pela lição que nos dá a cada jogo: são eles os primeiros a acreditar que a vitória é possível, por mais dificuldades que o jogo apresenta.

Um fim-de-semana carregado de compromissos impediu-me quer de ir a Alvalade quer mesmo de observar o jogo como gostaria. À hora que decorria o jogo tive que dividir a atenção com familiares e amigos num repasto delicioso que teve pelo menos a virtude de rever o meu Pai voltar a ver um jogo do Sporting com interesse. Ah, e os croquetes estavam deliciosos!...

Não faz muito sentido fazer agora a análise ao jogo, pois este já deve ter sido objecto de escalpelização por todos. Ficam por isso algumas apreciações genéricas que resultam do primeiro visionamento anárquico de sábado e a observação do jogo gravado ontem, quando me sentei no sofá para descansar do... fim-de-semana.

-  Os dois pontos já acima aludidos, mas que nunca é demais voltar a referir: o fervor dos adeptos e a crença da equipa.

- Vale a pena ter paciência com o talento porque ele acabará por vir ao de cima sobre a mediania. Falo, como é óbvio, de Carrillo. Com a partida de Bruma, e com Carlos Mané ainda na incubadora, é talvez o nosso único jogador capaz de fazer "coisas diferentes". Precisa de mais jogos assim, para ganhar confiança, precisa de sentir essa confiança das bancadas.

- Mais um grande jogo de Jefferson. Sempre que o jogo requeira mais ataque e "sejam possíveis" menos cuidados defensivos o melhor do jogo dele vem ao de cima.

- Falar de Jefferson sem falar dos restantes companheiros de defesa seria injusto. Toda a defesa esteve "intratável" enquanto o jogo andou cá e lá na primeira meia-hora e o Belenenses parecia querer mais do que nos daria jeito conceder. E assim se manteve pelo jogo fora, às vezes sem grandes primores mas sempre com grande eficácia.

- Adrien é por este tempos o patrão do meio-campo e um capitão sem braçadeira. Exemplo de atitude e dedicação ao jogo, finalmente a fazer calar senão os punham em causa o seu valor pelo menos os que desconfiavam do carácter. Pode ainda ser melhor e ser mais importante, sobretudo se conseguir fazer valer em zonas mais adiantadas do terreno a qualidade do seu último passe e a potência do remate. Mas para isso tem de dispor de mais segurança e confiança atrás. As tarefas de recuperação de bola atrás não se têm ficado apenas pelo seu lado, sendo muitas vezes obrigado a fechar os portões que William deixa abertos e isso retira-lhe disponibilidade para aventuras mais adiante.

- André Martins acabou em grande e deve ter sido para ouvir Alvalade rendido ao seu jogo que Jardim o tirou já final. Fez um golo, respondendo ao que pedia aqui há dias atrás: alguém que apareça nas costas de Montero e que dê sentido ao muito trabalho que o nosso goleador tem a arrastar os defesas com ele. Era o que estava a faltar para os extremos terem mais hipóteses de verem frutificar as arrancadas área dentro. Sem linhas de passe grande parte do seu esforço está condenado ao fracasso ou demasiado dependente da sorte.

- Montero já viveu dias de maior acerto e quiçá de confiança. Esta poderá ser uma ilação primária, que tenderá a esquecer que na jornada anterior foi decisivo, tocando pouco mais que 2 vezes na bola dentro da área. Há que olhar para o jogo de ontem como para qualquer outra inevitabilidade: se marcasse sempre a cada oportunidade era melhor que Messi e Ronaldo, pois nem esses conseguem esse nível de eficácia.

- Jardim é o grande nome por detrás do sucesso da equipa da equipa. Obviamente que conta com uma retaguarda - um núcleo duro formado por um grupo muito restrito e coreáceo - que lhe oferece estabilidade, permitindo que o seu trabalho dê frutos. A equipa é muito a sua imagem: discreta mas eficaz, paciente mas  objectiva. E as conferências de imprensa dele reflectem a sua personalidade, tornando-as quase tão obrigatórias como o próprio jogo.

- Vamos ver quanto nos vai custar o penalty marcado sobre Cédric, já que o outro sobre o Montero depressa vai ser esquecido. Devo contudo dizer que, no lance de Cédric a dúvida não se é dentro ou fora. Tive oportunidade de ver e rever o lance e não tenho dúvidas que Cédric está já dentro da linha de área. Duvidas podem existir é se é falta ou não que merecesse castigo.

- Uma das virtudes da nossa posição na tabela classificativa é deixar muitos comentadores à nora, acabando por revelar as suas preferências com as vertigens que o nosso lugar lhes provoca. Tal é ainda mais notório quando, numa jornada em que os 3 grandes defrontaram 3 das equipas mais frágeis do campeonato, o Sporting foi o único que não viu a sua baliza comprometida e teve o jogo mais tranquilo. Sem saber o que o futuro reserva para cada uma das equipas os números até agora registados falam por si e só por uma infinidade de razões que nada têm a ver com gosto pelo futebol é que não se reconhecem os nossos méritos.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Auditoria: algumas considerações importantes

Introdução
Esta é uma nota para quem me lê mas não me conhece e que deve estar presente sobretudo na leitura deste post. Sou um entre muitos Sportinguistas e desse universo sou um Sportinguista pagante. Pago as quotas, os bilhetes, as viagens, refeições e tudo o que implicam as deslocações para qualquer estádio onde joga o Sporting. Nunca beneficiei de qualquer favor especial ou particular. Nenhum dos dirigentes do Sporting do período sob escrutínio na presente auditoria é das minhas relações pessoais presentes nem passadas. Não estou vinculado a nenhuma pessoa, corrente de opinião ou grupo de pressão, o meu vinculo é exclusivo ao Sporting Clube de Portugal.

O que eu penso sobre a auditoria
Vejo-a acima de tudo como uma oportunidade que não deve e não pode ser desbaratada. Uma oportunidade para esclarecer um determinado período da vida do nosso clube sobre qual abundam dúvidas e seguramente se construíram muitos mitos. Esta auditoria é uma oportunidade de esclarecer esse período, dele retirar as devidas ilações e, se os dados recolhidos o justificarem, chamar à responsabilidade quem possa ter, de forma dolosa, prejudicado o clube. Dessa forma, separando o dolo da incompetência, o clube poderá seguir em frente pacificado e por isso fortalecido.

Claro que este processo tem riscos vários. Por alguma razão defendi aqui, à semelhança do que se faz nas famílias mais saudáveis, que este inevitável introspecção fosse feita dentro de portas, por Sportinguistas. Não apenas porque ficaria mais barato, porque há gente entre nós capaz de o fazer, porque ninguém melhor do que um Sportinguista sabe o que e onde procurar mas, sobretudo porque se evitava sermos vistos a nú por quem não deve. Infelizmente não foi essa a decisão tomada e o clube passará os próximos 18 meses a ser autopsiado por uma entidade externa, cujos funcionários serão seguramente das mais variadas procedências e preferências clubisticas. Imaginar que todos se manterão fiéis ao sigilo profissional a que estão obrigados é, no mínimo, ingenuidade. 

Dúvida
Auditoria de gestão Muitas dúvidas sobre a legitimidade/imparcialidade da  figura "auditoria de gestão". Dos vários profissionais da área com quem falei há uma dúvida que subsiste: como pode alguém fazer uma avaliação séria de um acto de gestão sem conhecer todas as condicionantes e sem reconstituir todo o processo que levou à respectiva decisão? Há muita gente a falar sobre "auditoria de gestão" sem saber do que está a falar.

O período sob escrutínio
Indo directo ao assunto é óbvio para todos que o período eleito para análise é o de que se convencionou chamar o "roquetismo". Sobre esta matéria e este período em particular mantenho muitas dúvidas sobre algumas operações imobiliárias. Não refuto ou alimento a ideia de alguém ter retirado proveitos económicos de alguns negócios porque não tenho provas. Mantenho sim a ideia de incompetência em muitas decisões que nos levaram a ficar praticamente apenas com os dedos, depois de despojados de todos os anéis. Um projecto imobiliário sem nexo, que nos deu um estádio novo cheio de deformidades e do qual dificilmente voltaremos a ser donos em plenitude - p.ex. há fracções alienadas como a clínica CUF, etc - e sem um pavilhão que honre o clube ecléctico que somos. 

Pior e seguramente a grande parcela do nosso passivo, uma gestão desportiva errática que, a meu ver se deve ao profundo desconhecimento do fenómeno, à gestão delegada em terceiros e não exercida de forma directa, como mandam as boas práticas, que certamente observaram na gestão das empresas de que procediam e onde obtiveram sucesso. Quando nos curtos períodos que assim não foi o Sporting obteve resultados, com sorte umas vezes e azar com outras.

Não duvido que nesse período se tenham cometido exageros nas remunerações, favores no recrutamento de recursos humanos e que aqui e ali haja quem se tenha "governado" à conta do clube. Não me refiro apenas ao futebol, onde essas práticas são quase praxe face à nebulosidade dos procedimentos, mas em todo o clube. Sobrinhos, afilhados a ganhar muito dinheiro, provavelmente sem curriculum que o justificasse, não é um vicio exclusivo do Sporting, é uma forma de estar muito lusitana.

O que eu não aceito é generalizações que façam dos últimos anos do Sporting um clube de uma clique de malfeitores que tomaram o clube de assalto para se governarem. Não apenas por ser obviamente injusto, mas porque aceitá-lo poria o Sporting no mesmo plano de alguns clubes e agentes desportivos nacionais, cujos métodos e acções tanto nos prejudicaram e tanto criticamos. Esta é uma questão identitária que me é cara e que radica na ideia de um clube especial. No dia em que o entender igual ou pior que os demais é esse o último dia do meu Sportinguismo. Acresce que tal seria passar um atestado de estupidez aos associados do Sporting, que sucessivamente elegerem e reconduziram esses dirigentes. Nesse rol estão, por certo, incluídos a quase totalidade dos actuais dirigentes que também devem ter votado nessas direcções.

A escolha da empresa de auditoria, a Mazars
O processo que levou à decisão de escolher esta empresa não foi objecto de explicação mas talvez o devesse ser. Não é uma empresa com reputação no meio, era, até ser anunciada, uma perfeita desconhecida. Foi apenas referido por Bacelar Gouveia que se chegou à Mazars "depois de um longo e rigoroso processo de selecção da empresa responsável" e que tal pôs à prova até as capacidades do seu grupo de trabalho. No entanto não foram explicados os critérios que levaram à escolha e que poderiam ser o preço oferecido, trabalhos relevantes anteriormente executados, etc.

O preço da empreitada
Podemos falar de uma pechincha se atendermos que estão seguramente em causa milhares de documentos a analisar. Para que se tenha ideia da tarefa que lhe caiu em mãos basta fazer algumas contas de cabeça. Pegando aleatoriamente num relatório anual de contas com 160 páginas, num semestral de 67 e num trimestral de 35 temos 262 páginas de leitura. Se multiplicarmos isto por 17 anos (os que estão em causa) temos 4454 páginas.

Ora os relatórios são sínteses de centenas de documentos, alguns deles com dezenas ou até centenas de páginas (uma escritura ou um protocolo, p.ex)  e no caso anterior falávamos apenas do relatório e contas da SAD. Estenda-se agora a todo o clube para se perceber o que está em causa. 319 mil euros são um preço muito abaixo do mercado para uma investigação de um ano e meio a dezassete anos de vida. Ora a auditoria só faz sentido se for exaustiva e minuciosa. Quantos funcionários está a empresa disposta a alocar para a tarefa por um período tão dilatado (que equivale a, grosso modo, a uma entrada de 17.772€'s mês brutos, sem descontar encargos com ordenados e impostos)?

A escolha da ordem cronológica 
Pelo que percebi a escolha da ordem cronológica não foi justificada. 

Fase 1: Mandato de Luiz Godinho Lopes (27/03/2011 a 27/03/2013) e Gestão Imobiliária dos últimos 18 anos – 2 de Janeiro a 2 de Março de 2014
Fase 2: Mandato de José Eduardo Bettencourt (06/06/2009 a 26/03/2011) – 2 de Abril a 2 de Junho de 2014
Fase 3: Mandato de Filipe Soares Franco (19/10/2005 a 05/06/2009) – 2 de Julho a 2 de Setembro de 2014
Fase 4: Mandato de António Dias da Cunha (01/08/2000 a 18/10/2005) – 2 de Outubro a 2 de Dezembro de 2014
Fase 5: Mandato de Pedro Santana Lopes e José Roquette (02/06/1995 a 31/07/2000) – 2 de Janeiro de 2015 a 2 de Março

Esta ordem é pelo menos estranha se for levada em linha de conta que as contas vão ser observadas de pernas para o ar. Este pode parecer um pormenor de somenos mas não é. Não só porque parece ser pouco aceitável uma escolha que não vai poder contar com a sequência cronológica do sucedido e respectivas pendências (uma decisão do mandato de Dias da Cunha pode ter sido obrigatória por decisão anterior de José Roquette, por exemplo). Mas também porque - e isso sabe-o quem já foi objecto de auditorias ou já as realizou - não é o auditado que define as regras mas sim o auditor. De outra forma, sem a independência indispensável, comprometer-se-ão a credibilidade dos resultados, sejam eles quais forem. Nesse sentido também não ajudaram as declarações do presidente, bem antes pelo contrário. A auditoria não pode suscitar o mais leve indício de um ajuste de contas pessoal, de um grupo, a satisfação de uma determinada clientela ou de objectivos particulares.

Auditorias imprescindíveis
As ideias aqui expressas são bem intencionadas mas, não tendo dúvidas da sua bondade e razoabilidade, percebo que algumas delas estão ultrapassadas pelos acontecimentos. Independentemente do resultado vir ou não a ser frutuoso para o clube e este sair dele reforçado, a auditoria tornou-se incontornável e inadiável. A justificação para a sua realização começou precisamente há 17 anos em cada decisão, relatório e contas ou em cada A.G. que os sócios preferiram votar em grupo, ir na corrente sem usarem a melhor e imprescindível ferramenta de uma auditoria: o sentido critico. 

Foi assim que encerramos modalidades, que permitimos uma idiota dupla quotização que outro efeito não teve senão afastar em definitivo milhares de sócios, que não nos interrogamos sobre que estádio se estava a construir, que acreditamos sempre que o melhor estava sempre para vir quando a cada ano ia sucedendo o contrário. 

E é mais ou menos assim que vivemos os últimos meses a entender que tudo o que é feito é bem feito, numa demonstração que aprendemos pouco com os erros e com a história. Este é aliás um momento muito semelhante ao da chegada de José Roquete, cujo projecto foi tão elogiado e tão amplamente sufragado por uma frenética e surda maioria e que hoje jaz proscrito e exilado num canto escuro da nossa história

Se o clube está hoje como está a responsabilidade é, antes de ser de qualquer dirigente, de todos quantos o elegeram e aprovaram os respectivos actos. E esses fomos nós, os sócios do Sporting. Falo no plural porque, não tendo votado em nenhum dos dirigentes em causa, não tendo gostado de muitas das suas decisões e disso aqui ter dado conta, aceito as decisões da maioria com todas as suas consequências enquanto me sentir um entre muitos.

As verdadeiras e imprescindíveis auditorias  devem ser feitas a cada momento por cada um de nós.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O que tem o mercado de Natal para nos oferecer?

Bruno de Carvalho disse à chegada da viagem à China que o Sporting não ia comprar ninguém no mercado de inverno que entretanto abre portas. Este assunto foi aqui em parte objecto de reflexão mas a afirmação do presidente de alguma forma reabre a questão.

Naturalmente que a afirmação deixa algumas interrogações:

- A afirmação deve ser tomada à letra ou é meramente circunstancial e estratégica?

Inclino-me para a segunda hipótese até porque estávamos a 24 horas do inicio de um jogo que nos poderia dar, e deu, a liderança isolada no campeonato. Um jogo de futebol encerra uma miríade de condicionantes e poucas delas são verdadeiramente controláveis. As declarações públicas já o são e, uma vez que as respectivas repercussões podem ou não vir a surgir, por isso o cuidado é justificável. 

Não levo à letra  o que foi afirmado porque quando o mercado abre é impossível saber à priori que ofertas cairão nas secretárias. Nesta conformidade é pois bem provável que, a haver negócios, eles ocorram já depois do Natal e entre o último jogo do ano para a Liga - fim-de-semana de 21 - com o Nacional e o jogo com o Estoril, já a 12 de Janeiro do novo ano.

Por outro lado não me parece que, nesta abertura de mercado, algum jogador chave venha a ser transaccionado, mesmo que venham a ser invocadas cláusulas de rescisão, o que também me parece improvável. Tal não corresponde ao conceito de reforço nem têm sido esses os sinais que vêm de dentro.

- O Sporting tem necessidade de recompor o seu plantel, quer para colmatar algumas fragilidades quer para introduzir maior competitividade/concorrência em lugares devidamente identificados (e com isso mimetizar o sucedido em 1999/2000, com a chegada de André Cruz, Mpenza e César Prates?)

Começando pelo fim a situação de hoje só com muita dificuldade pode ser equiparada à de então. Desde logo porque no Natal desse ano a turbulência era muito maior, já tinha ocorrido uma chicotada psicológica e não estávamos no primeiro lugar do campeonato, que só alcançaríamos apenas em Março. 

Relativamente a fragilidades julgo que, com mais ou menos discussão, facilmente se consegue encontrar algum consenso. 

O centro da defesa é um dos sectores mais apontados mas talvez só se justificasse caso ocorresse alguma lesão que implicasse paragem prolongada. Do ponto de vista desportivo não faz muito sentido interromper a afirmação da actual dupla, que tem Dier à espreita  e  a situação económica dificilmente permite contratar alguém que equivalha à possibilidade de um titular absoluto.

No meio-campo (e linha avançada) é nos extremos de cada lado onde a necessidade de maior rasgo individual e capacidade improviso é clara. Carrillo não "encarrilha", Capel é Capel e Wilson, não sendo um ala puro e apesar do esforço, tem limitações evidentes. Jogando o Sporting preferencialmente em 433 seria mais por aí do que a necessidade tantas vezes um "10", para cujas funções quer Vitor, quer André Martins estão habilitados para exercer.

Conclusão
Para cumprir o que foi prometido aos sócios no inicio de época relativamente ao comportamento da equipa "já quase tudo está feito", bastando para tal meter velocidade de cruzeiro no que vem sendo feito. Dessa forma o 3º lugar dificilmente fugiria e a hipótese, mesmo que remota, de ficar com o 2º permaneceria em aberto. Isto em teoria, porque na prática num clube com a grandeza real e a que os seus sócios e adeptos idealizam é obrigatório pensar sempre no melhor lugar.

Olhando para a sua equipa em 1º lugar qualquer Sportinguista projecta a sua manutenção e está disposto a fazer qualquer coisa para o defender. Melhorar a equipa é uma dessas "qualquer coisas" e em futebol não há equipas ou grupos de trabalho imelhoráveis. E a nossa, apesar da boa conta que tem dado de si própria, está longe de o ser.

Acontece que esta janela que agora se abre tem características muito diferentes das do verão e o tempo de integração do(s) novo(s) jogador(es) é diminuto. Não é por acaso que poucos são os casos em que as aquisições resultam em claras mais-valias.

O de 1999/2000 foi-o porque também não se olhou a gastos: André Cruz veio de Itália (Torino) e era internacional brasileiro. César Prates veio do Corinthians, era também internacional brasileiro, com passagem fugaz pelo Real Madrid. Mbo Mpenza veio do Standard de Liége e também era internacional pelo seu país.

Não estão apenas em causa verbas necessárias para aquisições ou empréstimos. É necessário encontrar também jogadores que se enquadrem na politica salarial seguida. Fazê-lo com pouco dinheiro é sempre muito mais difícil e, nestas circunstâncias, o risco de errar é ainda maior do que o habitual.

P.S.- Obviamente que tenho alguma coisa a dizer sobre a auditoria de gestão. Correndo bem falarei disso no próximo post.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Este futebol não é para fracos e de estômago sensível

Este inicio de semana tem sido pontuado pela quase omnipresença do nome do Sporting. E quando a semana começa com uma reunião numa sala em que três quartos dos presentes (sim, é verdade e estamos mesmo a Norte de Alvalade, tão a norte que até o Porto cidade está a sul) não houve profissionalismo que resistisse ao imperativo de, mesmo roubando uns minutos ao almoço, falar sobre o momento do clube. 

Ainda depois disso tem sido particularmente entusiasmante constatar que muitos Sportinguistas que sabia há muito terem desistido de se deslocar aos estádios, estão aos poucos a recuperar o hábito. Como é óbvio todos sabemos a que se deve esse regresso. São vitórias que estão a retirar os Sportinguistas do marasmo e da longa hibernação. Esta afirmação daria pano para mangas mas prefiro ficar-me pela conclusão óbvia: 

O Sporting é muito maior do que a imagem que tem dado de si mesmo nos últimos anos. Essa imagem tem sido um aliado crucial para os adversários, que aos poucos também vão despertando para o nosso próprio despertar. As tiradas de sarcasmo, a roçar a mais primária das invejas, tem que ser vista sob esse prisma e entendida como um sinal evidente e até necessário de que começam a levar-nos a sério. Deixarem de nos dar pancadinhas de comiseração e piedade para nos querem derrubar deve ser encarado como um mal necessário.

Todos sabemos que o futebol português não é para fracos de espírito e até para quem tenha o estômago sensível. Olhe-se por exemplo o que tem acontecido com os súbitos achaques dos jogadores emprestados cada vez que têm pela frente o clube patrão. Esta é uma forma de batota que contribui para acentuar a impressão que a batota continua a pagar dividendos aos batoteiros, com o beneplácito e total demissão de responsabilidades dos órgãos competentes da Liga e FPF.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

As pequenas vitórias da viagem a Barcelos

Cortar a crista ao galo
O Sporting foi a Barcelos cortar a crista do orgulhoso galo minhoto, que até ontem não apenas não tinha perdido em casa como não havia permitido mais do que um golo num jogo só. Tendo dominado quase o tempo todo não se pode dizer contudo que tenha tido como resultado final uma cabidela. Por duas razões que me parecem essenciais: 

Por culpa própria, que veremos mais adiante, e pela forma aguerrida como o adversário se bateu. Este, apesar de limitado ao nível individual, - o guarda-redes, Viana e o Peixoto serão as excepções - denota alguns processos colectivos que denunciam o bom trabalho do seu técnico.

Equipa séria e coesa
Há duas qualidades da nossa equipa cada vez mais consensuais entre nós e reconhecidas até entre os nossos adversários, Elas são a forma séria e coesa como vem abordando os jogos em que intervém. Ontem foram mais uma vez essas qualidades a vir ao de cima quando, fazendo quase tudo bem, ia faltando o melhor acerto na definição dos lances. Os jogadores não esmorecem e voltam sempre à carga, numa demonstração de confiança nos processos. Confiança e uma crença quase pueril seriam mais duas qualidades que se poderiam associar.

Confiança e esperança no futuro
Não sou dos que acha que o adversário de ontem era fraco, mesmo concordando, como já foi acima afirmado, na menor valia individual de alguns dos seus executantes. Há muito mérito do Sporting no menor fulgor do Gil Vicente, e que começou pela forma como subiu as linhas, o que lhe permitiu pressionar muitas vezes de forma asfixiante o processo de construção gilista. Da recuperação da bola e partida para o ataque era um ápice mas, por uma razão ou por outra, quase nunca conseguíamos definir o último passe com acerto. 

Estas dificuldades, já sentidas em jogos anteriores, podem ser também um indicio que, da equipa que Jardim está a construir, falta ainda completar o telhado. Isto é, se defensivamente a equipa vem denotando alguma consolidação, há ainda algo a fazer no mesmo sentido nos processos ofensivos. Se é certo que as limitações de Wilson Eduardo - que, além do mais, não é propriamente um ala  - concorreram largamente para esse registo no jogo de ontem é também verdade que Martins, Cédric e Jefferson já demonstraram melhores recursos nesse capitulo do que ontem, nomeadamente no momento de assistir os colegas via cruzamentos.

Numa perspectiva opitmista, que me parece ser perfeitamente justificável e não produto de uma euforia momentânea, a possibilidade dessa refinação ocorrer é um fundamento de esperança que o nosso jogo possa ainda crescer.

Destaques individuais
Nunca é demais afirmar, como já fiz em ocasiões anteriores, que a nossa equipa vale muito mais do que o valor da soma das individualidades. Essas virtudes, abordadas acima, são a justificação da justiça do primeiro lugar ontem alcançado. Os mais incomodados podem até, para sua auto-satisfação, virar a classificação de pernas para o ar, mas não conseguem iludir o óbvio: o mérito e se nem isso, pelo menos o maior número de pontos. 

Dito isto, é mais uma vez com um sentimento de injustiça que deixo os meus destaques individuais:

Patrício - Fez o que se exige a um guarda-redes de equipa grande, por isso normalmente menos chamado a intervir: ser eficaz e decisivo. E ontem foi-o quando impediu o empate.

Maurício: Pode muito bem ser o ícone desta equipa. Não é particularmente dotado tecnicamente e por isso usa de simplicidade de processos e concentração absolutas. Não atribuo a ele nem a Rojo culpas na melhor oportunidade do Gil, o problema havia começado bem antes com a permissividade da nossa linha média.

William Carvalho - É o homem do momento, porém a sua exibição ontem desceu uns furos em relação ao jogo anterior, onde esteve imperial. A entrada Carlos Gonçalves para o espaço entre as suas costas e os centrais na segunda-parte nunca foi bem resolvido, com William a revelar cada vez mais dificuldades, que ficaram esbatidas com a superioridade numérica, após expulsão de Pecks.

Adrien - Impressionante o que correu e lutou, sendo responsável pela consistência do nosso meio-campo. O número de intercepções de bolas e os quilómetros corridos devem ter sido imensos. Terminou o jogo completamente esgotado, a única justificação para o cartão amarelo escusado, a par de já dever estar cheio de aturar o Jorge Sousa.

André Martins - De mansinho parece estar tornar-se no ponto de Arquimedes do nosso ataque, faltando-lhe para tal conseguir ser mais assertivo na definição dos lances, seja no passe seja no remate.

Montero - Não deve ter disposto de mais do que duas bolas dentro da área e marcou dois golos. Se no primeiro golo beneficiou de colaboração "externa", no segundo disparou para se posicionar no lugar onde a bola haveria de ficar disponível poucos segundos depois. É um dom raro e Montero têm-o, para sorte e alegria nossa.

Conclusão
Poder-se-ia dizer que as vitórias do Sporting ante o Gil Vicente deveriam ser encaradas com naturalidade. Em teoria é muito fácil de concordar com esta asserção. Na prática é bom notar que, sendo um campo - não exactamente este - que estará para sempre ligado ao nosso regresso às conquistas, é também um campo onde só ontem conseguimos dobrar um cabo de que tem representado mais tormentas que sucessos: nos 17 jogos em Barcelos ganhamos apenas metade deles.

A vitória de ontem, olhada assim, é por isso uma pequena vitória. Mas é uma pequena grande vitória, se atendidos todos os factores e condicionalismos específicos deste jogo: o peso de ter que ganhar, que não se sentiu, e a vontade do adversário em nos contrariar.

Mas ontem houve alguns aspectos que não vêm normalmente nas análises ao jogo: ver um estádio de esfuziante de pé, pintado de verde e branco, a saltar e cantar, os rosto de satisfação e orgulho no final fazem destas primeiras jornadas um somatório de pequenas mas imprescindíveis vitórias para o regresso às grandes conquistas. 

Não sei, ninguém sabe, como tudo isto vai terminar. Mas, quando o percurso das vitórias for interrompido -  e vai ser - é necessário não esquecer estes momentos, para que não se passe da euforia à depressão e, dessa forma, se sucumba à tentação de por tudo em causa e, mais uma vez, deitar fora a criança com a água do banho.
Ficha MaisFutebol

sábado, 7 de dezembro de 2013

Sporting amanhã em Barcelos, num jogo sem grande importância

O Sporting pode chegar amanhã ao topo da classificação da Liga. Ontem, enquanto elaborava mentalmente o post de hoje já me imaginava obrigado a reincidir no tema e eventualmente no título do post da semana anterior, quando atribuí grande importância ao jogo com o Paços de Ferreira, face à derrota do FCP em Coimbra.

Mas são lances como os que Capela em Coimbra  e ontem o Rui Costa (how appropriate!...) na Luz que me levam a pensar que os nossos jogos são apenas importantes para nós, Sportinguistas, porque joga o clube do nosso coração. No contexto do futebol nacional eles terão que ser vistos, enquanto se mantiver o actual status quo, como secundários e independentemente da nossa carreira e classificação. Ao que parece os 2 primeiros lugares já estão atribuídos e cativados por muitos anos.

Repare-se na impunidade de Capela e não apenas por causa do jogo do ano passado na Luz, ou este ano em Coimbra, mas também por outros onde insiste em ser protagonista. Já toda a gente percebeu que o Capela anda de joelhos a cumprir penitência, leia-se a tentar pagar ao FCP os erros que cometeu quando roubou o... Sporting!!!

Ou no Rui Costa, o tal que não viu a agressão de Jorge Jesus a Luiz Alberto, jogador do Nacional. 
A forma duplice como olha para os lances não engana ninguém. Veja-se com ovuiu dois lances idênticos num jogo com o Sporting.


Veja-se como viu o lance que daria o penalty ontem na Luz:Falamos do mesmo árbitro cujos critérios variam de forma injustificável.


Enquanto este estado de coisas se mantiver os nossos jogos só são importantes para nós. Falamos de árbitros internacionais que em breve serão também profissionais. Dizia num post há tempos que a profissionalização da arbitragem era a promoção da incompetência. Talvez a minha análise peca por defeito: um incompetente não faz mais porque não sabe, grande parte dos árbitros parece ter a lição bem estudada.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Campeonato do Mundo: encontrar o ponto no grupo G e seguir em frente

Via Conversas da Bola
Alemanha, Estados Unidos e Gana. Não se pode dizer que tivemos sorte ou falta dela, isto atendendo a que poder-nos-ia ter calhado bem pior mas também não se antevê, com estes adversários qualquer jogo fácil. Como diria o outro, não foi bom nem foi mau, bem antes pelo contrário. Dificuldades que acrescem por ter que andar permanentemente de sacos (espero que não os da gíria brasileira...) às costas e com muitos quilómetros para fazer. 

A decisão estará seguramente nos resultados com o Gana e Estados Unidos a quem conviria ganhar. Aqui o já tradicional problema da motivação dos jogadores ante selecções sem grandes tradições é o óbice. Jogar  a sério, com intensidade e sem contemplações ajudará muito, seguramente.

A Alemanha é uma das selecções favoritas e com um lote extraordinário de atletas.

Os Estados Unidos somam o inconveniente de não os conhecermos em profundidade, o que hoje em dia não é propriamente uma dificuldade, a uma selecção que vem fazendo um percurso de afirmação consolidada. Donovan, Clint Dempsey e Altidore serão provavelmente os mais conhecidos.

O Gana faz juz o nome e representa o improviso e irreverência do futebol africano. Num dia bom podem ser terríveis, mesmo levando em linha de conta a habitual ingenuidade/anarquia táctica. É uma selecção com jogadores muito interessantes, alguns deles campeões mundiais sub-20. Quase todos eles jogam no estrangeiro, a maior parte em clubes europeus. Plantsil, Inkom, Mensah, Appiah, Muntari, Essien, Asahamoa, os Boateng e os Ayew não são propriamente pernas de pau.

Jogos, datas e cidades (salvo acertos de última hora)

Portugal-Alemanha, 16 de Junho Salvador;

Portugal-EUA, 22 de Junho, Manaus;

Portugal-Gana, 26 de Junho, Brasília.

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