segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Os derrotados

Tive finalmente tempo, mas sobretudo vontade hercúlea, para me dispor ao masoquismo de ver o pretérito jogo contra o Nacional. O que se passou no relvado e o que ocorreu depois é o tema do post de hoje.

Falta de atitude?
A falta de atitude é uma queixa muito comum, particularmente entre os adeptos, mas radica na maior parte das vezes da ausência de conhecimento que permita entender de outra forma o que está a acontecer. Pelo menos pelo jogo da passada sexta-feira não me parece que faça sentido, até porque, e com o miserável estado do terreno, sem entrega as coisas ficariam bem piores.

Crise de confiança
É notória a crise de confiança, que explica a série de falhas técnicas absurdas para o nível obrigatório numa equipa com as responsabilidades de vestir a nossa camisola. E se,  como é óbvio, os jogadores menos dotados de talento ficam ainda mais expostos, até mesmo os melhores jogadores parecem outros, bem piores. O penalty de William é a imagem de um jogador a quem a bola magoa como chumbo e a camisola pesa como uma armadura. Só assim se explica a forma frouxa como o castigo foi cobrado. Esta é uma imagem transversal a toda a equipa, com pontuais excecpções. Uma imagem de uma equipa perdida de si mesma e das suas melhores ideias e qualidades e que não parece perceber o que lhe está a acontecer.

Crise de resultados
A equipa entrou no pior dos círculos viciosos: a crise de confiança agudiza-se com a crise de resultados, entrando-se rapidamente num vórtice do qual só se sai a muito custo. Para inverter o curso dos acontecimentos a equipa precisa de arrancar forças ao fundo das suas entranhas (passe o dramatismo) ou então um golpe de sorte que recoloque os níveis de confiança onde os erros por insegurança diminuam. Não gostava de incluir aqui as questões de arbitragem, embora seja incontornável reconhecer que decisões mais acertadas em Guimarães e agora na Madeira poderiam reduzir em muito o âmbito desta crise. Mas sabemos que, para ganhar, não podemos esperar outra coisa que não seja derrotar também estas "coincidências".

Como sair desta espiral?
Cada jogador responde de forma diferente aos estímulos mas não me parece que seja com esperas e ameaças que os jogadores vão começar a falhar menos. Da parte dos adeptos não há muito mais a fazer que não seja sofrer com a equipa e tentar também fazer das tripas coração para a ansiedade e desconfiança se transforme em convicção de que podemos reverter este momento.

É preciso maior acerto, mas também mais constância e convicção nas apostas por parte de Jorge Jesus. Tirar e por, baralhar e voltar a dar não incutem confiança nos jogadores e para o exterior transmite a ideia de que a racionalidade e frieza que estes momentos obrigam deram lugar ao casuísmo e aleatoriedade. É notório que faltam rotinas colectivas, que a falta de confiança ao executar ainda torna mais dramáticas e estas não acontecerão num permanente corropio de jogadores.

Da parte de quem deve liderar, o que no Sporting quer dizer da parte de Bruno de Carvalho, pede-se o que um líder deve ser nos piores momentos: um referencial de estabilidade, vigor, de perseverança e de presença física, dando a cara pela equipa e pelo treinador nos piores momentos. Algo que não se viu na Madeira, com Jesus e os jogadores a enfrentarem sozinhos os adeptos, o que se repetiu já em Lisboa. O fim do caminho ( the end of the trail, nome da escultura que serve de ilustração ao post) não pode ser este, a menos que as forças que devem ser de todos e exercidas para o mesmo lado passem a ser usadas no "salve-se quem puder". A derrota começa quando se instala a ideia que não se pode vencer.

sábado, 29 de outubro de 2016

Nacional 0 - Sporting 0: Ensaio para requiem de uma época

Pela primeira vez em muitos anos marquei deliberadamente uma actividade para a hora do jogo, precisamente o contrário do que é habitual fazer. Não era difícil intuir que, tendo em conta as prestações da equipa, a possibilidade de perder novamente pontos era considerável, o que se veio a verificar. Mas nunca foram os resultados que condicionaram o meu compromisso com o clube.

A reincidência de episódios menores (os comunicados patéticos do Saraiva, a triste rábula do atleta paralímpico, e o inqualificável e incompreensível episódio da apresentação do almanaque de Rui Tovar) mas que, pela rejeição que me provocam este tipo de comportamentos, exigem a  procura lugares e matérias onde o ar seja mais respirável do que a proximidade que este Sporting permite. 

Os piores receios aqui anteriormente antecipados confirmam-se e a delicadeza do momento acentua-se à medida que os resultados não surgem. Por certo lá teremos esta semana mais circo e bolos para entreter e desviar a atenção, quando o que o bom senso recomendaria era discrição, concentração de ideias e forças e não dispersão, e um toque a reunir. É nos piores momentos que as lideranças mostram do que são feitas, porque bater no peito e voltas ao redondel em maré de vitória é o mais fácil.

Não há como negar a gravidade do momento: cada vez que se acumulam as perdas de pontos são pregos que se estão a espetar no caixão desta época. Mesmo sem ter visto o jogo não é difícil de adivinhar que este se assemelhou a mais um ensaio do requiem de uma época.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O pão nosso de cada dia nos dai hoje

Foto: www.sapo.pt


Quem manipula os sócios do SCP a cada dia? O próprio SCP ou a Comunicação Social "burmelha"?


O caso "Luis Gonçalves" é paradigmático e um excelente indício sobre quem, neste momento, possui maior força propagandística.


Vamos lá analisar, sem medo de usar as palavras certas, este caso: é (mais) uma vergonha. Mais uma atitude deplorável por parte da "comunicação" leonina com um comunicado a desmentir um jornal, misturado (podia lá faltar?) de suposto elogio à divindade que se apresenta como presidente do Conselho Directivo. Desta vez correu mal. Tão mal que o desmentido do SCP foi desmentido de forma categórica e esclarecedora... Sem deixar margem a qualquer dúvida sobre quem mente e de que lado se encontra a verdade. E a verdade é tão límpida  que cobre de sujidade o(s) verdadeiro(s) autor(es) do comunicado. 


E assim vai (já dura desde 2013) a campanha eleitoral que visa reeleger no próximo mês de Março um ser que me envergonha  profundamente enquanto sportinguista.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

E agora? Agora é aguentar!

Ao Sporting parecem-se colar-se uma série de maldições que ciclicamente se repetem, independentemente do estado de forma momentâneo da equipa. Faz parte da liturgia  de um jogo contra uma equipa onde pontue um nosso ex-jogador que este acabará por fazer uma grande exibição e na maior parte das ocasiões até por marcar pelo menos um golo.

Ao que parece esta maldição não se estende apenas aos jogos mas também às épocas em que apostamos mais alto, acabando o investimento por nos sair caro no imediato ou num momento temporariamente muito próximo àquele.

Quem não se lembra do descalabro que seguiu ao titulo de 1999/00, em que após um grande investimento, veríamos desmoronar-se por completo a época ainda antes do Natal?

Quem não se se lembra depois da última dobradinha 2001/02, com Lazlo Bolóni, em que a rábula à volta de Jardel nos retiraria o principal argumento que nos tinha garantido o titulo e nos atira para uma crise de escassez de vitórias da qual ainda estamos por recuperar?

Mais recentes ainda são os anos de Bettencourt e Godinho Lopes que, por estarem próximos, não carecem as memórias de ser ressuscitadas. É sob esta aparente maldição que se vem juntar agora mais um ano em que se investe fortemente para, com a época ainda no seu dealbar, serem já mais as dúvidas do que as certezas. 

Não acredito em "karmas" ou "maldições", mas em explicações racionais das relações entre as causas e os efeitos provocados pelas acções ou pelas omissões. É dessa forma que deve ser explicado o actual momento do Sporting. Da mesma forma que hoje percebemos o que aconteceu nas épocas acima descritas, mais tarde ou mais cedo perceberemos melhor o que se está neste momento a desenrolar diante dos nossos olhos.

Do que ninguém duvidará é que muito do futuro do Sporting se desenhará sobre os resultados desta época. E tendo-se verificado um investimento vultuoso e a aquisição numerosa de jogadores, está à vista de todos que a última coisa que se deseja é que esta signifique mais um rotundo falhanço. Porque acima das consequências para a estratégia de poder de quem manda (BdC) ou de quem vir a mandar (há eleições a caminho...), as que resultarão para o clube podem assumir-se como de enorme gravidade.

Claro que esta é a hora de os adeptos expressarem as suas dúvidas, perplexidades e até as suas discordâncias. Mas é também a hora de perceber que ainda nada está perdido, que o atraso é recuperável e que este surgirá de forma mais segura quanto menor for a instabilidade e o ruído à volta da equipa. Isso mesmo deveria ser assumido superiormente, quer da parte da "gestão política" do clube - a SAD obviamente, com BdC à cabeça - quer da gestão técnica da equipa. 

Da parte da gestão politica até agora assistimos apenas ao silêncio que só havia sido quebrado para celebrar uma derrota épica em Madrid. Silêncio também entrecortado pelos recados de Inácio na televisão esta semana e na insistência ridícula em mais um post vulgar de um pretenso director de comunicação, que parece ser pago para comentar em exclusivo comentadores de televisão ou actos relacionados com o clube rival. 

Não demorará muito até que a generalidade dos Sportinguistas constatem que a estratégia comunicacional do clube é um insulto à sua inteligência e até mesmo educação.

Não se duvide porém que grande parte da resolução deste momento é essencialmente dominado pelas questões técnicas e pela recuperação psicológica da equipa. Que não se fará por certo com afirmações onde pontue o ego desmedido de Jorge Jesus, diminuindo-se assim o papel dos principais intervenientes  -  os jogadores - a meras marionetas.  É altura de Jorge Jesus demonstrar que além das questões tácticas que brilhantemente domina é também um líder, condição sem a qual nunca se poderá assumir à altura de uma grande treinador que tanto reclama.

É natural que nestes momentos se multipliquem análises e se apontem as soluções, grande parte das quais sem grande critério ou solidez. A referência a nomes da formação para substituição de jogadores contratados é um exercício interessante, bem como de potenciais reforços, porém é com os que estão neste momento que vamos ter que fechar o ciclo até Dezembro. Por isso resta-nos até lá esperar pelo melhor e aguentar.

domingo, 23 de outubro de 2016

Sporting 1 - Tondela 1: confirma-se, temos uma equipa "nem-nem"

Nova época e vários milhões gastos depois e o Tondela acaba a roubar-nos mais dois preciosos pontos. E consegui-o com muito mérito, defendendo sempre muito bem, e quase sempre longe da sua baliza. Invocar mais uma vez a desculpa com o anti-jogo serve apenas para nos lembrar de como fomos imaturos em Madrid, quando ganhávamos e deixamos o jogo correr.

Sem recorrer ao autocarro a maior parte do tempo, Petit subiu a defesa, e colocou dois jogadores a condicionar na nossa saída de bola. Com uma linha de quatro atrás a impedir a progressão pelo centro, eliminou a possibilidade de impor a nossa superioridade através do jogo interior. Dessa forma só Gelson revelava velocidade e mestria para fugir ao cerco dos jogadores do Tondela, ficando Dost isolado, com André totalmente incapaz de ligar o nosso jogo.

O que fez o Sporting? Saiu sempre da mesma forma. Ora mais do que cair sobre os nossos jogadores há que perceber porque o Sporting, de forma sempre muito previsível, tentou sempre sair a jogar igual? Aos sessenta minutos de jogo o guarda-redes do Tondela era ainda um confortável espectador.

Porque não se usou o jogo directo como variação, de forma a explorar o espaço nas costas da defesa do Tondela em velocidade? Ou porque não optou pela variação dos lançamentos longos, de forma a sobrevoar o bem preenchido meio-campo do Tondela, tornando-o senão inútil pelo menos menos preponderante e dessa forma procurar disputar segundas bolas, quando até tem jogadores que o podiam fazer? Ou porque só o fez no final já em desespero, sem força nem discernimento? 

Cabe a Jesus explicar, porque mais uma vez fica a sensação de o jogo ter sido mal preparado. Até porque a "desculpa Adrien" está já demasiado gasta para quem tem um plantel tão extenso à disposição. Este jogo veio confirmar uma ideia que já vinha desde o desaire com o Rio Ave: temos uma equipa "nem, nem". Nem exibições, nem pontos. Nem Liga dos Campeões, nem Liga. Cabe a Jesus mudar este estado de coisas. A época ainda não acabou, mas já queimamos muitas oportunidades. Há água que já não voltará a passar debaixo da nossa ponte e ainda temos muitos problemas por resolver.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Jesus e os milagres por fazer

No que a este inicio de época diz respeito, não me parece que haja razões para alarme, mas há já vários motivos para preocupações. Pelo menos três, se o foco estiver apenas nos resultados, como é normal entre os adeptos. E essas três, como é fácil de entender, têm nome: Rio Ave, o Guimarães e Borússia de Dortmund. 

Todos estes resultados têm em comum alguma dose de surpresa, por não ser expectável tanta fragilidade numa equipa que tinha construído de si própria precisamente a imagem oposta. A preocupação é natural por se perceber que ainda está por encontrar o equilíbrio da equipa e que, caso este não surja rapidamente, a possibilidade de ficar na estação a ver partir o(s) comboio(s) acabará por se colocar.

São já várias e abundantes as análises sobre as razões particulares das derrotas com o Rio Ave e Borússia  empate com o Guimarães. Tendo estes resultados acontecido num curto espaço de tempo, creio que se justifica percebê-los não de forma isolada, mas sim enquadrados por um contexto comum de problemas que se arrastam sem serem resolvidos.

A questão dos laterais tem sido profusamente analisada, pelo que não vale a pena repisar. O mesmo para a ausência de Adrien. O jogo com o Borússia trouxe agora à ribalta, pelas piores razões, os nomes de Elias e Markovic, estendendo-se as culpas e dúvidas sobre outros jogadores.  

Sobre Elias já aqui dei conta da impressão que, tal como William, foi mais vitima que réu. Markovic também o é claramente, seja das suas próprias características, como do facto de ter andado de mochila às costas nas últimas épocas, sem estabilidade e qualidade que lhe permitissem apurar e consolidar o talento que já demonstrou e nada ter feito que recomendasse estar em condições mínimas para assumir a titularidade.

Ora, mais do que olhar para este ou aquela questão de ordem individual, parece-me inevitável que as atenções se têm que centrar nas escolhas e no trabalho de Jorge Jesus. Não tanto nas razões porque não procurou melhores jogadores, algo que poderei fazer mais tarde, mas porque, tendo ao seu dispor vários jogadores, escolhe uns em detrimento de outros, os lugares onde os põe, forma e a frequência que o fazem, etc. Aí parece-me fácil apontar aquilo que me parecem erros ou pelo menos opções questionáveis ou que não têm dado resultado. 

Por exemplo:
- A individualização de erros dos laterais ou do peso da ausência de Adrien remetem-nos para uma questão mais estrutural, directamente relacionada com articulação da equipa como um todo e entre os diversos sectores. Afinal os laterais, sendo o que são, não pareciam tão maus na época passada e Adrien é apenas um naquilo que devia ser uma equipa. 

- Parece-me pois que é a falta de solidez anteriormente exibida que expõe à evidência as fragilidades dos jogadores que de si já não são bons e que, pelas mesmas razões, impede os melhores de jogaram ao seu melhor nível. Mais do que trocar este por aquele é urgente encontrar um modelo que reequilibre a equipa nos diversos momentos de jogo e isso ainda está por acontecer.

- A aposta de Jorge Jesus em Alan Ruiz para segundo avançado não se justificou e com isso perdeu-se a oportunidade de experimentar e consequentemente preparar outros jogadores. Markovic acabou por fazer poucos minutos, Campbel nem sequer foi testado e quase não jogou ainda, Castaignos parece não contar para o totobola.

- A forma aparentemente errática, sem continuidade, com que entram e saem jogadores também não parece ser o meio de proporcionar nem segurança nem as indispensáveis rotinas.
Jesus goza da fama de fazer milagres e por isso colocou muito alta a expectativa relativamente ao que poderia fazer relativamente ao crescimento de alguns jogadores. O que agora se lhe pede é "somente" que faça o milagre - leia-se "encontre outra vez a fórmula" - de tornar uns invisíveis para que outros, os melhores, possam novamente aparecer.  E pelo meio tem ainda outro milagre por realizar: fazer parecer aos nossos olhos que os muitos milhões gastos nos novos jogadores foram um bom negócio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sporting 1 - Borússia 2: Liga para campeões, não para falhas e hesitações


Há que dizê-lo sem subterfúgios: esta equipa está a dever apenas a si mesma - e , por conseguinte, aos adeptos - uma situação bem mais confortável e vantajosa do que aquela que está a ocupar na Liga dos Campeões. O mesmo se pode dizer relativamente ao campeonato. 

Sejamos também claros no que às ambições do Sporting diz respeito: em teoria, o terceiro lugar deve ser considerado uma normalidade aceitável. Na prática, e atendendo ao que vimos em campo ontem e em Madrid, somos obrigados a ambicionar mais do que derrotas épicas ou o regozijo um bocado pacóvio de "obrigar o Dortmund a fazer anti-jogo" ou assobiar o hino da Liga dos Campeões.  

A astúcia também é uma componente essencial nas grandes equipas e a nossa não a tem tido. Ou estamos na presença de falta de maturidade ou da soberba de pensar que os jogos se ganham apenas a fazer reviengas e chicuelinas para bancada aplaudir. Com astúcia ou, se preferirem, a matreirice, não teríamos perdido em Madrid ou dois pontos em Guimarães. Este é um dos muitos aspectos por onde a equipa tem que crescer. Astúcia é saber parar o jogo quando o adversário está por cima, para refrear ímpetos. Ontem na primeira parte quase não fizemos faltas

Quem viu a primeira parte do jogo facilmente foi levado a concluir que aquele não foi bem preparado ou os jogadores não cumpriram o que lhes foi pedido. Seja qual tenha sido a razão, é de todo inadmissível a prestação da equipa quando os alemães vieram fazer exactamente aquilo que se previra. Não por acaso, o golo surgiu cedo, mas a forma como ele foi pré-anunciado, sem qualquer reacção para obstar às movimentações do Dortmund, dão bem a ideia do quanto andou a equipa à deriva.

Ainda antes do golo já Zeeglaar abria a cancela ao corredor esquerdo, tornando-o mais parecido com uma autoestrada alemã sem limite de velocidade. No lance do golo, foi Semedo que ficou mal na fotografia, mas muito por culpa de William, ao perder a bola em local e momento proibidos, apanhando o defesa esquerdo em contra-pé, obrigando o central a acorrer ao lance, onde chegaria décimos de segundo atrasado. A movimentação de Aubameyang foi em tudo a precisamente a esperada.

Seguiram-se vários outros lances de perigo com cheiro de golo e este acabaria por surgir com naturalidade. A forma descansada com que a equipa saiu a jogar, um dos trunfos consabidos do seu jogo, diz tudo sobre a nossa impreparação para lhes fazer frente.

Vale a pena visualizar a prestação de Weigl neste curto vídeo [LINK]para se perceber o quão ineficazes fomos. Imagens onde é bem clara a total ausência e inutilidade de Markovic, a quem cabia o condicionamento do médio alemão na saída de bola. Ele estava sempre lá, é um facto, mas apenas com o olhar e na falta de intenção e intensidade com se opôs.

Foi assim que sofremos o segundo golo, onde William está mais uma vez envolvido no lance, mas a forma como Zeeglaar lhe endossa a bola é um convite a perdê-la. A tudo isto assistiu impávido e sereno Markovic que, ao invés de olhar para ontem, deveria ter acompanhado o movimento do médio alemão. Elias estava bem posicionado, em contenção, não se justificando as criticas aqui.

E assim oferecemos a primeira parte, onde o árbitro foi também um precioso aliado dos alemães. Não apenas nos lances capitais como o da não marcação do penalty - estava bem colocado - ou do golo anulado porque o guarda-redes chocou com o Bas Dost, mas nos pormenores que revelaram tendência.

A segunda parte aconteceu para nos lembrar duas coisas:

- A ambição de ganhar era perfeitamente justificada. A equipa alemã nesta fase estava perfeitamente ao alcance daquilo que achamos que a nossa é capaz de fazer no seu melhor.

- A este nível não se pode falhar tantas vezes. Se na primeira parte oferecemos os golos, ma segunda desperdiçámos oportunidades que, certamente, o lado contrário não o faria. Esta foi a grande diferença entre as equipas e que contribuiu para a frustração de sentir este resultado como injusto.

Creio que, a esta altura, se justificam algumas considerações:

- A conversa dos laterais está já um pouco gasta mas a cada jogo ganha sempre mais um motivo para voltar a ela. Para quem acha que eles não têm importância na equipa veja-se quanto jogo atacante se perde sem conseguirem fazer uma assistência, mesmo com jogadores bem colocados, como várias vezes aconteceu ontem com Schelotto, ou quantos buracos se abrem nas suas costas, como vimos com Zeeglaar e quanto isso nos está já a custar em apenas dois meses de competição.

- A conversa da ausência de Adrien está também estafada mas à medida que o tempo passa cada vez mais é evidente que é algo mais do que apenas a ausência de um jogador. Hoje é fácil culpar William e Elias mas gozassem William e Elias da liberdade de Weigl e demais alemães ao invés de estarem quase sempre em minoria e em esforço... E depois, convenhamos, num plantel tão extenso como o nosso não haver substitutos à altura ao ponto de nos deixar expostos só pode ser considerado mau planeamento. 

- Onde andam os reforços de que tanto se esperava? Para lá de Dost, jogamos praticamente sempre com os mesmos do ano passado mas sem João Mário e Slimani, quem muita falta estão a fazer, embora à primeira vista não pareça. Markovic está com a natural falta de confiança mas estará onde quer? Quem é veio para o lugar de João Mário, um jogador determinante no equilíbrio da equipa? Ruiz, um grande jogador, vai jogar sempre, mesmo passando ao lado dos jogos?

- É impossível não reagir com frustração ao resultado de ontem, bem como de alguns que o antecederam. É o sentimento natural de quem acredita que esta equipa pode fazer muito mais. É ela e o treinador que têm agora a palavra para que as razões de crença não passem afinal apenas de sonhos de um adepto. Mas o tempo não espera e essa resposta terá que surgir imediatamente, sob pena de vermos a esperança de uma época de sonho transformar-se num enorme pesadelo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Liga dos Campeões: Gigante alemão aqui mesmo à mão

Por vezes o desenrolar dos jogos acabam por defraudar expectativas muito elevadas, mas dificilmente será esse o caso do nosso próximo jogo para a Liga dos Campeões. Frente a frente estarão dois treinadores que privilegiam a preparação minuciosa das suas equipas, sendo frequentemente apontados como inovadores. Sem dúvida um grande jogo em perspectiva, não apenas nos aspectos tácticos, mas também pela importância dos pontos em disputa, uma vez que grande parte das ambições de ambas as equipas terão que ser justificadas nos confrontos entre si. Um jogo que deverá merecer ser gravado para visionamento posterior.

Estarão em confronto duas equipas que debatem ainda na procura do seu equilíbrio, como o demonstram os resultados e as classificações abaixo do esperado. Porém estes jogos da Liga dos Campeões têm a sua própria dinâmica, que não é exclusiva apenas dos adeptos: são estes os jogos que qualquer jogador gosta de jogar. Mas é claro que nenhuma das equipas, pelo que tem sido o respectivo trajecto, desfruta de níveis de auto-confiança ideais, pelo que o percurso do marcador poderá adquirir influência decisiva no desfecho da partida.

São do conhecimento geral os constrangimentos que Thomas Tuchel, treinador alemão, encontrará para formar o seu onze e fechar a lista de convocados para a partida, tão extensa é a sua lista de lesionados. Por isso e pelo facto da sua equipa, na sua irregularidade de resultados e exibicional, estar ainda num processo de evolução e assimilação das ideias do seu treinador esta é capaz de ser mesmo a altura ideal para os defrontar.

Pensar contudo que os alemães se deixarão comer como uma salsicha em pão é puro delirio. Apesar das dificuldades que enfrenta, com a ausência de algumas das suas individualidades, a sua força assenta no colectivo. Se houvesse uma figura geométrica para definir o jogo ofensivo dos alemães ela deveria ser o triângulo. É frequente descortiná-la nas movimentações e posicionamentos dos jogadores alemães como suporte à progressão da equipa. A atenta e rigorosa marcação à zona será a única forma de contrariar a liberdade que os jogadores alemães utilizam para se movimentar em ataque posicional, explorando com frequência e eficácia os espaços entre as linhas adversárias. 

A velocidade com que se movimentam e executam, explorando  tanto a largura como a verticalidade, baralhando marcações e rompendo linhas, são de um predador atrás da presa. É aí que frequentemente aparece Aubameyang, em rápidas diagonais, quer a partir do exterior quer do interior, seja para finalizar, seja para assistir colegas melhores colocados. Este ano conta com a preciosa ajuda de Osmane Dembelé, um miúdo desconcertante de dezanove anos. Se no final do jogo os nossos defesas, em particular os laterais, tiverem mais cabelos brancos, certamente a responsabilidade deverá ser dividida por estes dois.

Será um pouco por causa deles que, com ou sem Semedo no onze, dificilmente veremos uma defesa tão subida como habitualmente vemos o Sporting em Alvalade por causa da facilidade com que exploram a profundidade. No rigor defensivo residirá a principal dor de cabeça para Jesus. Não que o seu plano de jogo não o preveja, mas têm sido as muitas falhas individuais a sobrepor-se às boas ideias do treinador.

O número de golos sofridos por jogo nesta época é quase escandaloso, quando comparado com os números da época passada. Onze, na sua totalidade e olhando com minúcia ressalta à vista algo que não pode ser visto apenas como coincidência: mais de 60% desses golos ocorreram na ausência do capitão Adrien. Acontece que a sua ausência está já confirmada, constituindo um poderoso contratempo.

Veremos como JJ resolve esta intrincada equação. Adrien seria muito importante, pelo comportamento individual, que acaba por contagiar o colectivo, na reacção à perda de bola, mas também na forma como sabe sair da pressão, que os alemães recorrem, sendo muitas vezes quase asfixiantes. Aí Elias estará já mais à vontade do que na recuperação, mas serão William e Gélson quem melhor apetrechados estão para infligir danos, aproveitando os desequilíbrios defensivos que pontualmente surgem, quando o Borússia coloca muitos jogadores na zona da bola. William com os seus passes a quebrar linhas e Gélson com a sua criatividade imprevisível. A rapidez de Markovic, desde que mais assertivo do que tem sido até agora, não deveria deixar de ser convocada.

Como foi dito acima, será deste resultado que se construirá muito do destino de ambos os clubes na competição. A vitória daria o conforto, mesmo que temporário, de assumir um lugar de qualificação e o alento para a evolução de confiança que a equipa parece estar à procura. Muita concentração, rigor e capacidade de sofrimentos, complementados pelos indispensáveis querer, coragem e ambição e tudo será um pouco mais possível.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Famalicão 0 - Sporting 1: estão bem à vista os problemas desta equipa do Sporting

Regressou ontem o futebol a sério, há já tanto tempo que parecia que a época estava a começar. Para acentuar essa ideia, o Sporting apresentou um onze com jogadores que, na sua larga maioria, nunca tinham jogado juntos e, alguns deles, nunca o tinham feito sequer este ano a nível oficial. Deve ser também por esta sensação de jogo de pré-época que o nosso amigo Manuel Talhante do Apito não quis penalizar o jogo duro da equipa da casa, ou até marcar um incómodo penalty, que poderia ter dado uma distância de dois golos logo numa fase inicial do jogo. 

Não se infira porém que a referência à arbitragem está aqui como calçadeira para fazer caber uma desculpa para a má exibição. Este jogo foi até mesmo muito importante para perceber aqueles que me parecem ser os principais problemas que enfrentaremos este ano, alguns dos quais são até mais evidentes à medida que os jogos vão decorrendo.

Um dos principais prende-se com o planeamento do plantel. Não abdicando da ideia que este é dos melhores plantéis de sempre do Sporting é também muito extenso, o que provoca largos hiatos sem competir a muitos jogadores. Jogadores que não jogam não só não têm ritmo para poderem executar ao seu melhor nível, como não têm grande identificação entre si, bem como com os princípios de jogo do treinador. Só por milagre se poderia esperar muito mais, daí que a severidade na apreciação ao jogo e à generalidade dos jogadores deve ser contida.

É nestas duas premissas - jogadores sem ritmo individual e identificação colectiva - que assentam os nosso principais problemas, a que somam inevitavelmente questões que se prendem com a qualidade individual de alguns elementos.

Por exemplo:

Meli e Castaignos continuam sem minutos. 

A dupla defensiva de ontem (Douglas e Paulo Oliveira) estreou-se a jogar e fazê-lo juntos, sendo particularmente notória a desarticulação entre si, nomeadamente no que diz respeito ao alinhamento defensivo.

Idem para Elias e Petrovic, sendo a inutilidade do sérvio grandemente responsável pela nossa falta de autoridade no meio-campo, ressentindo-se disso a nossa defesa. Por outro lado, a menor propensão de Elias em recuperar a bola e entregá-la jogável esteve na razão da fraca produção ofensiva, porque a bola poucas vezes chegou com qualidade à frente.

Markovic vai marcando, mas está claramente fora de ritmo e, porque não dizê-lo, sem grande confiança.

Jefferson é um pesadelo cada vez maior. Já sabíamos que defendia mal, os jogos mais recentes vêm mostrando que, ao invés de aprender, parece que esquece. Vive apenas dos rendimentos dos bons cruzamentos do pé esquerdo, o que é claramente insuficiente.

A única razão para a presença de Alan Ruiz é a teimosia de JJ, que o jogador não demonstrou até agora ser merecedor. Também ele é em larga medida responsável pela falta de ligação no sector dianteiro.

Ontem o Famalicão criou-nos bastantes dificuldades, o que só é surpresa para quem não reconhece que a diferença entre as grande parte das equipas da divisão secundária e as da ultima metade da principal é mesmo o escalão onde militam. No que o jogo de ontem foi mais obviamente explicativo para a posição aflitiva na tabela classificativa que ocupa é que uma equipa que não marca não recolhe muitos pontos. Ora a quantidade de oportunidades concedidas são, essas sim, razões para preocupação. Com outro aproveitamento  do adversário não sei se não teríamos agora mais a lamentar do que apenas uma má exibição.

JJ diagnosticou bem na conferência de imprensa os problemas, dando o foco ao principal à necessidade de por a jogar os jogadores que o têm feito com menos frequência, mas não adiantou como implementar a solução. Problemas que ganham maior expressão quando ficam indisponíveis os jogadores habitualmente titulares. Veremos um pouco disso já no próximo jogo, com a ausência de Adrien.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

"Comunicação Sporting": "Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca."

A derrota em Guimarães - continuo a referir-me assim aos pontos perdidos naquele famigerado empate - inauguraria uma semana horribilis para o Sporting. Não que os resultados obtidos tenham sido muito diferentes dos habituais - sim, a derrota, já no inicio desta semana, em futsal, apesar de normal, doeu... - mas a triste saga da agora chamada "Comunicação Sporting" parece apostada em envergonhar-nos de forma permanente. 

Senão vejamos:
- Tudo começa com um post absurdo, digno no máximo de blogue de vão de escada, sobre pretensas ameaças ou pressões sobre membros de equipas de arbitragem. Um clube como o Sporting está obrigado a fazer muito melhor do que isso, sob pena de se cobrir de ridículo. A ideia de com ele se estar a lançar uma cortina de fumo para esquecer Guimarães, tal o vazio de conteúdo do post, é perfeitamente plausível;
- Seguem-se uma série de posts cuja forma insistindo num conteúdo próximo do ordinário, que nos remete para uma manifestação de taxistas. Também aqui o Sporting está obrigado a fazer muito melhor, pelo que é e por quem representa.
- Com isto a única "conquista" a assinalar foi o vexame de ver o clube tratado como um vulgar "hatter", vendo os respectivos posts apagados e a conta suspensa;

- Para completar o triste ramalhete, o CD da FPF acabaria por instaurar um processo disciplinar cujas consequências estão ainda por apurar. De pouco adianta vir invocar a Constituição ou a liberdade de expressão, uma vez que ninguém se pode iludir à responsabilização pelas opiniões emitidas quando estas podem estar a por em causa a independência e honorabilidade dos atingidos.
- No mesmo período o responsável do bilhar do Sporting seria forçado a um pedido formal de desculpas, em nome pessoal e do clube, à Associação Retiro com História, qualificado de "tasca". Não posso porém de deixar de louvar a atitude, pois o problema não está em errar mas permanecer no erro.

- Ora quando se esperava que o tempo e os eventos entretanto decorridos tivessem permitido alguma reflexão e correcção de trajectória,  novo post provoca nova suspensão de conta, entretanto anunciada em vários meios de comunicação, uma vergonha perfeitamente evitável.

Há um ditado chinês que diz, a propósito do erro e da reincidência, mais ou menos isto e onde se inscreve na perfeição o que tem andado a fazer a conta de comunicação do clube:

"Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca."

É bem claro para todos que se isto é uma guerra, como parece ser, estamos a perdê-la, batalha de comunicado, atrás de batalha de comunicado e essencialmente por não sabermos como, quando e onde a disputar.

Vale a este propósito dizer que a estratégia da máquina de comunicação do rival está bem montada e não é de todo fácil de contrariar. A imagem institucional é preservada, enquanto os seus esbirros, habilmente escolhidos e colocados nos lugares certos, se entretêm a marcar a agenda com rumores e boatos, armadilha bem montada que não estamos a conseguir contornar. 



A recente reunião em local público da máquina benfiquista de produção de boatos e rumores é um excelente exemplo para ilustrar o seu sentimento de superioridade e impunidade. Só assim se percebe que a tenham realizado agora à vista de todos, quando poderiam manter o carácter secreto, como foram certamente todos os anteriores encontros. Pensar que "foram apanhados" e que não foi uma atitude deliberada é ser ingénuo.

Ao escolher responder oficialmente, o Sporting não apenas se coloca ao mesmo nível, enquanto promove meros peões de brega, sem atingir quem lhes segura a trela, como lhes reconhece importância. O que é mais estranho em tudo isto é o Sporting reconhecer esta articulação entre a estratégia de comunicação do SLB e paineleiros e demonstrar o quanto se sente afectado, mas sem saber muito bem como lidar com ela.

Mas é pior:
- O tom geralmente empregue e a relevância dispensada demonstra o quanto nos estamos a importar e como eles "entraram na nossa cabeça".

-  A imagem do clube é dessa forma malbaratada, ficando por apurar os danos reputacionais junto de actuais e potenciais fornecedores, parceiros e patrocinadores. Tudo isto lhes é indiferente ou obriga-os a pensar nas decisões que tomaram/tomarão?

- Mais me preocupam os danos na identidade do clube. Isto porque o mercado alvo da comunicação do Sporting são (ou deveriam ser...) os Sportinguistas. Como pode um pai explicar ao filho que lê e ouve que Sporting é este e que valores representa? Como ficam os Sportinguistas colocados? Como é possível defender isto até nas vulgares discussões de café?

Creio que todos compreendemos a necessidade de responder ao chorrilho de rumores, boatos e aleivosias que o rival consegue colocar de forma massiva e permanente. Mas de forma profissional e eficiente e cada qual com o devido tratamento, dependendo sempre da representatividade de quem o emite. Umas vezes simplesmente ignorando, outras usando de humor e inteligência, outras com dureza, indo até às últimas consequências, como já aconteceu, mas nunca dando o flanco como vem sucedendo.

Usando o paralelismo com o futebol, o que tem estado a acontecer equivale a reconhecer que é preciso jogar ao ataque e de seguida desata-se a marcar golos na própria baliza. Se inicialmente olhávamos para estes disparates com alguma tolerância, paulatinamente ela vai dando lugar à estupefacção e acabará na rejeição total. Ora, salvo meia dúzia de trolls e fiéis apaniguados, todos vão percebendo que este não é o caminho. A única perplexidade que registo é pensar até quando os Sportinguistas aguentarão estas humilhações.

Creio que sobre esta matéria é necessário  perceber o que pensa o presidente do Sporting pois, como é fácil perceber, todas as decisões passam por ele:

- Acredita nas "virtudes" e potenciais resultados desta estratégia, ou isto é apenas uma forma de manter os Sportinguistas entretidos, desviando a atenção do que realmente importa?

- Está satisfeito com a produção do novo director de comunicação e com a respectivas "medalhas" por ele entretanto coleccionadas?

- O trabalho do director de comunicação não passaria mais pela abertura de canais e oportunidades para veicular a mensagem do clube, e onde a presença nos diversos meios de comunicação de "opinion makers" ligados ao clube fosse maior ou é um mero redactor de comunicados que lhe são ditados?

- Ele foi contratado para servir o clube, respeitando a sua natureza social, cívica e importância, ou para servir um projecto pessoal de poder?

- Como é que alguém como o presidente, que invoca frequentemente o "ADN do Sporting" ignora os factos relatados acima ou a presença no canal do clube de um troglodita como o Carlos Dolbeth e onde é que é possível inscrevê-lo no dito ADN?

- Como foi possível ter permitido o estágio da WL Partners em Alvalade, antes de se passar para o outro lado da estrada, que consequências teve e de quem foi a responsabilidade, quando era do conhecimento de todos a ligação do seu responsável ao SLB?

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

"Máquinas" de comunicação: perceba as diferenças

A conta "comunicação do Sporting" no Facebook redige posts cuja linguagem evoca a imagem que fica entre um maníaco-depressivo ou sociopata atrás de um teclado e a coberto do anonimato.

Ao ver os seus posts apagados pela entidade gestora da plataforma, e reincidindo na sua publicação, reduz a respectiva conta à condição de um vulgar "bullie" das redes sociais.

A máquina de comunicação do SLB, que responde hoje com uma primeira página no jornal "A Bola" consegue promover "inefável" (ler execrável) Rui Gomes da Silva, esse sim um bullie da comunicação, à condição de estadista.

Isto diz muito do que se tornou um jornal que foi durante décadas uma referência para muitas gerações. Mas também diz muito da diferença de força, poder e sobretudo de visão e estratégia dos dois lados. Só faz sentido ter uma equipa de comunicação sob contrato se ela lograr promover valor e não o oposto.

Se isto é para ser disputado como se de uma guerra se tratasse, o que me suscita enormes dúvidas, pelo menos sejam competentes e eficazes e não nos envergonhem.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Para quem comunica o Sporting?

O Sporting realizou no passado fim-de-semana uma Assembleia Geral onde foram votadas as contas do clube.

Sabe quantos associados estiveram presentes?

Sabe quantos sócios intervieram?

Sabe como foram votadas as respectivas contas?

Conhece o relatório e contas aí votado?

Se sabe algumas destas respostas não foi através da conta de comunicação do Sporting no Facebook. Assim como não foi por seu intermédio que conheceu os resultados das muitas equipas que, nas mais variadas modalidades e escalões, competiram durante aquele período. 

Ao que parece, essa conta, ao invés de comunicar matéria de interesse para os Sportinguistas, entretém-se a andar a reboque da agenda mediática do rival SLB - nomeadamente dos seus inúmeros pontas-de-lança nos média - e, ao que parece pelo post de hoje, constituir-se como a única oposição conhecida à reeleição de Luis Filipe Vieira. 

Como Sportinguista obviamente que me desgostam estas observações, mas não posso deixar de as fazer por me parecer há muito que esta forma de comunicar ao invés de promover o clube, como deveria ser o seu primordial objectivo, apenas mistura o nome do clube com matérias e personagens dos quais deveríamos guardar distância. Ou porque são indesejáveis como companhia, mesmo que só nos títulos de jornais, como não nos dizem respeito. É no mínimo confrangedor constatar, como Sportinguista, que quase tudo o que sei hoje sobre o rival me chega via Sporting.

Se ter um director de comunicação significa ter alguém especializado em matérias benfiquistas porque não contratamos o João Gabriel, seguramente melhor informado e respondendo na mesma moeda à transferência de conhecimento que representou recente ida da equipa de Luís Bernardo para a frente do Colombo?

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O que está a acontecer? Que culpas de Bruno de Carvalho, de Jesus e dos jogadores?

Não há tempo que passe que ajude a esquecer desaires a raiar o absurdo como os que presenciamos em Guimarães. O tempo ajuda apenas a atenuar a dor e fornecer o distanciamento adequado para reflectir sobre o sucedido. O post de hoje deixará aqui algumas dessas ideias.

Gostar de futebol e do Sorting, sempre!
Começo com um pequeno aparte: se não estivesse envolvido o nome do meu, nosso, Sporting, não faltariam os elogios ao futebol, dando como exemplo o jogo de Guimarães. Não será por desaires assim que deixarei de gostar do futebol. E também não será o facto de, infelizmente, parecer que estamos fadados para sermos protagonistas de surpresas como estas, vezes sem conta (e só este ano, com a época no seu dealbar já vamos em três, Madrid, Rio Ave, Guimarães) que deixarei de gostar do Sporting.

Mais do que me zangar com o futebol ou com o Sporting, estes episódios servem para nos lembrar que ainda não somos a grande equipa que precisamos ser para ser campeões. E só essa tomada de consciência nos permitirá crescer para aí chegarmos.

Sem desculpas ou álibis
Esse crescimento nunca chegará com os "nhénhénhés" habituais nas desculpas, desresponsabilizando jogadores e equipa técnica do sucedido, porque são sempre eles os intervenientes. Nem os erros de arbitragem, que os houve, podem ser invocados, pois estes sucederam para os dois lados e de igual gravidade, o que contraria a ideia do "serviço" habitualmente prestado. 

Uma vantagem de três golos mandadas às malvas em cerca de quinze minutos tem de ser bem compreendida e assimilada para que não se volte a repetir. Quem sabe se esse foco, ao invés de estar centrado na exibição e não no resultado, tivesse acontecido logo após o jogo de Madrid, em que também perdemos uma vantagem em escassos minutos, não poderíamos estar agora a falar de outras coisas. 

O que é que realmente está a acontecer? 
A pergunta é inevitável. Depois da forma como terminamos a época passada e tendo havido poucas mexidas na titularidade, a que acresceu uma significativa melhoria quantitativa e (espera-se...) qualitativa do plantel, como explicar o que está a suceder? O problema é não apenas o terceiro lugar para onde caímos (poderia ser psicologicamente pior se o Braga tem ganho...) mas também a enormidade de golos sofridos (9) registados até ao momento, que já vem da pré-época e que não parecem assim estar resolvidos. 

Há um fio condutor entre o que sucedeu em Guimarães, Vila do Conde e Madrid? E estaremos a não dar importância ao que sucedeu em jogos que acabamos por ganhar, mas onde alguns indícios preocupantes já estiveram presentes, como o jogo com o Légia e Estoril? Não posso responder com segurança a esta pergunta, mas é indiscutível que, tirando o jogo com o Légia e o Rio Ave, a equipa produziu futebol de bom nível, dando testemunho de continuar dentro dos princípios que o treinador defende e que tornaram a nossa equipa numa referência no ano passado.

Faz então sentido questionar a preparação física? Ou estamos sobretudo a sofrer de falta de confiança? Sem certezas, deixarei alguns destes temas para o capitulo Jorge Jesus mais abaixo, mas ainda assim parece-me estar por acontecer a integração dos jogadores que chegaram mais tarde, bem como alguma continuidade em algumas apostas, que parecem estar a suceder de forma errática e não sistemática.

A culpa de Bruno de Carvalho
De forma muito desajeitada, o presidente tentou chamar a si a culpa do sucedido até agora, sendo óbvia a tentativa de desviar as atenções dos jogadores e sobretudo do treinador. Ora, goste-se ou não dele, é indiscutível que fez tudo ao seu alcance para dar ao treinador o que este entendia o que precisava. Portanto, a menos que aquele lhe tenha pedido um par de laterais "em condições", ou que falte nas condições de treino, viagens, alojamento, pagamentos atempados, etc, etc, não há culpas que lhe possam ser atribuídas. 

Outra coisa seria se falássemos de responsabilidade e essa normalmente é avaliada nas prestações de contas em A.G.'s, ordinárias, extraordinárias e eleitorais, contas que só poderão feitas mais tarde. É por isso que me espanta e entristece que alguém que não tem oposição constituída e, a manter-se a actual conjuntura, se apresta a ser reeleito com facilidade, denotando um nível de aprovação elevado, se sinta acossado ao ponto de repetir um dos piores erros do tempo de alguns que o antecederam na cadeira. Refiro-me à evocação dos "ratos" feita em sede de última A.G. Ele que vinte e quatro horas antes havia dito que "Temos de ser tolerantes, não quero voltar a ver no Sporting o que vi nas primeiras e depois nas segundas eleições [a que concorri], um Sporting sem tolerância e que não deixa os sócios falar. Espero que estas eleições tenham elevação". 

Problemas de memória, que o estejam a impedir de se lembrar do que disse no dia anterior e de quanto era prolífico na opinião antes de chegar ao poder? Ou é o poder que lhe mudou a percepção sobre o direito à opinião? 

A culpa de Jesus
Aqui terei que usar da mesma linha de pensamento que usei no parágrafo anterior: uma coisa é culpa, outra é a responsabilidade. Centrando-me unicamente no jogo de Guimarães por agora (até porque o post já vai muito longo) creio que tem havido uma pontinha de injustiça relativamente ao seu papel na perda dos dois pontos - mas até parece que foram três, não foi? - em Guimarães. O papel de um treinador é sobretudo relevante em tudo o que acontece até à bola começar o rolar no relvado. Aí, e mesmo até nas substituições, cuja importância papel é frequentemente sobrevalorizada, é sobretudo o reino dos jogadores. São eles que jogam, são eles que têm nos pés a possibilidade de desenhar o destino do resultado.

E foram erros destes, que habitualmente não vemos em equipas de Jorge Jesus, que acabaram por definir os resultados, agravados por dois golos de rajada. Ao penalty meio infantilóide de William seguiu-se quase imediatamente um novo golo, colocando o empate ao alcance. Ambas as equipas sentiram essa possibilidade e a nossa não conseguiu reagir. Os posicionamentos de Schelotto e a falta de Marvin, na linha do penalty de William ditaram o resultado.  Pensar que um treinador a partir do banco podia alterar esta sequência de eventos ou pode fazer muito para alterar a postura de desconfiança de uma equipa em si mesma é crer excessivamente num poder que não tem.

Como é evidente não ter Adrien foi importante, sobretudo para necessidade de voltar a ter bola. Mas em Vila do Conde ele estava em campo e foi o que se sabe. Jesus optou por meter Bruno César - e  Ruiz e Gélson tinham já também estoirado há muito - que não pegou no jogo por uma razão muito clara: o Vitória apostava tudo no poderio físico de Marega e Soares, colocando directamente aí o jogo e explorando a profundidade, tornou irrelevante a presença do brasileiro.

Jesus poderia ter colocado Paulo Oliveira, embora me pareça que era alguém como Petrovic que deveria ser chamado. Ele que havia devolvido a estabilidade ao meio campo no jogo anterior, libertando William, e que lidaria melhor com o jogo físico do adversário, mas tinha ficado em Lisboa. É sobretudo aqui que a leitura de Jorge Jesus me parece merecer criticas, a que acrescentaria a excessiva e até agora penalizadora rotação de jogadores, em particular dos laterais. Havendo tempo, voltarei a este tema em proximo post.

sábado, 1 de outubro de 2016

Guimarães 3 - Sporting 3: de Guimarães a Vila do Conde em quinze minutos

Perder dois pontos quando se está a ganhar a quinze minutos do fim é entregar o campeonato de mão beijada ou pelo menos facilitar a vida aos demais pretendentes. E depois de dois jogos fora e e cinco pontos perdidos e seis golos sofridos é justo questionar onde anda a segurança defensiva que tornou esta equipa num exemplo? E é hora também de perguntar se afinal as dúvidas e interrogações suscitadas nas exibições pálidas da pré-época não eram afinal um aviso do que aí vinha?

Como é bom de imaginar a última coisa que apetece é alongar-me na análise ao jogo, até porque me falta, no momento, objectividade e distanciamento para o fazer no imediato. Fico por isso por considerações que me parecem importantes:

Não há desculpas para a forma como a equipa soçobrou como um castelo de cartas. 

A arbitragem é o que é e depois de estarmos a ganhar fomos nós que nos pusemos a jeito.  

Jorge Jesus não pode invocar o jogo de terça-feira como desculpa para o descalabro. Ele mesmo poderia e deveria ter feito mais. Ruiz tinha estourado há muito e ficou até ao fim, Markovic esteve tempo demais em campo, Gélson, para mim o melhor em campo, estava também completamente derreado. E desta vez nem sequer tem a desculpa de não estar no banco.

"Contas totais revelam mau estado das contas do Benfica e do Sporting"


Esta é uma noticia inserta hoje no Jornal Expresso:

O Grupo Benfica fechou o ano 2015/16 com capitais próprios negativos de €84 milhões. O número que mostra uma realidade diferente da das contas individuais da SAD, contrastando com capitais próprios positivos desta de €21 milhões — está nas contas consolidadas do clube, que o Expresso hoje torna públicas pela primeira vez. A não publicação das contas consolidadas pelo clube da Luz esteve na origem de fortes críticas do Sporting, que ainda não apresentou as suas.



Foi o próprio Benfica quem forneceu as contas consolidadas ao Expresso, assim pondo fim à polémica quanto à sua não divulgação. O clube diz que age com “total transparência”, que sempre teve contas consolidadas, e que só as forneceu agora porque nunca antes nenhum jornal as tinha pedido. “Sempre tivemos esta informação disponível para partilhar com os parceiros e sócios (tal como hoje [ontem] vai ser feito na assembleia [geral de sócios]), prática que já tem muitos anos”, diz o Benfica.

Já o Sporting, que num texto de opinião de Bruno de Carvalho publicado esta semana no “Diário de Notícias” lançou suspeitas sobre as contas totais do clube rival, respondeu ao Expresso não ter ainda as suas contas consolidadas de 2015/16 fechadas, garantindo que as dará logo que isso acontecer. E enviou, sim, as contas consolidadas do ano anterior, 2014/15 (que não estão no site do Sporting), que revelam também um capital próprio negativo, num valor que é quase o dobro do do Benfica: €163 milhões, resultantes de muitos anos de prejuízos anteriores. Tendo em conta que a SAD do Sporting teve prejuízos de €32 milhões este ano, os capitais próprios consolidados deverão ter fechado 2015/16 num valor próximo dos €190 milhões negativos.

O que são contas consolidadas
Imagine que é dono de um grupo que tem duas empresas, a X e a Y. Se a X vender uma mesa por €100 à Y e a Y vender uma cadeira à X por €100, ambas faturaram €100, mas o grupo ficou exatamente com o mesmo dinheiro. Em contas consolidadas, o grupo nada faturou: as operações anulam-se.

Agora imagine que a mesa e a cadeira vendidas tinham sido inicialmente compradas por €20. Então, X e Y teriam tido um lucro de €80. E os ativos de cada uma também subiriam €80, pois quem vendera a mesa que valia €20 comprara a cadeira que valia €100. Mas, em contas consolidadas, nem mais lucro nem mais ativos.

Estes exemplos simples demonstram a diferença entre contas individuais e consolidadas, que anulam operações dentro do grupo e as contabilizam na proporção que umas empresas detêm das outras (segundo o método de equivalência patrimonial). Nestas SAD, as contas individuais são públicas, as consolidadas não.

O Sporting lançou suspeitas sobre os verdadeiros ativos e passivos do Benfica, depois de a SAD da Luz apresentar o seu maior lucro de sempre, de €20,4 milhões. O Benfica, instado, não quis alimentar a polémica, mas fontes do clube falam de uma manobra de diversão do Sporting para “tapar” os seus prejuízos de €32 milhões.

As contas consolidadas 2015/16 do Sporting serão aqui analisadas depois de serem fechadas. O FC Porto ainda não divulgou resultados, embora o Expresso já tenha antecipado o que podem ser os maiores prejuízos de sempre da SAD portista. Entremos nas contas consolidadas do Benfica, as únicas fechadas — e agora disponibilizadas.

“Falência técnica”
Diz-se que uma empresa está em “falência técnica” quando tem capitais próprios negativos, isto é, quando o passivo (o que “deve”) é maior do que o ativo (o que “tem”). Tanto o Grupo Benfica como o Grupo Sporting estão nessa situação (assim como o Porto), em grande parte por causa dos prejuízos antigos acumulados. O Sporting parte de uma situação pior: tinha no ano passado resultados transitados (soma de lucros e prejuízos de anos anteriores) negativos em €267 milhões.

No Grupo Benfica, os resultados transitados no fecho de 30 de junho de 2016 são de €114,7 milhões negativos, ainda assim uma melhoria de 5,4% face aos €121,3 milhões negativos de um ano antes, no fecho de 2014/15. Daqui resulta o capital próprio negativo de €84 milhões, que melhorou 16% face aos €99,8 milhões negativos um ano antes. Na prática, isto significa que o Benfica ainda tem de “limpar” muitos anos de prejuízos passados.

É o legado Vale e Azevedo? A esta pergunta, o Benfica responde: “Os €114,7 milhões de resultados transitados devem-se ao legado Vale e Azevedo e aos custos de reconstrução e recuperação do Grupo SLB nos primeiros mandatos pós Vale e Azevedo, onde teve de se investir fortemente na construção de infraestruturas e na recuperação desportiva do Grupo SLB.”

Ativo cresce, passivo também
O ativo consolidado do Benfica é €417,6 milhões, mais €52 milhões do que no ano anterior. Analisando o balanço, conclui-se que a valorização resulta essencialmente do plantel dos jogadores (os ativos intangíveis são de €116 milhões, mais 22,6% do que um ano antes) e de liquidez (o grupo tem €32 milhões em caixa).

Crescendo menos do que o ativo, o passivo do Benfica continua, no entanto, também a crescer: mais €28,7 milhões num ano, para um total de €495 milhões a 30 de junho último. Neste caso, o aumento resulta sobretudo de dívidas a fornecedores e outros credores, que, confrontado, o clube explica assim: “O aumento surge em consequência do aumento do ativo e deve-se aos investimentos realizados na aquisição de atletas, sendo a sua variação (aumento/diminuição) decorrente dos prazos de pagamento acordados e da data da transação.”


Quando, dentro do passivo, se olha para os empréstimos, conclui-se que a dívida do Benfica quase não se alterou de um ano para o outro (o valor total de empréstimos é de €313,7 milhões, menos 0,4% do que um ano antes). Mudou sim, e muito, a sua composição. Por um lado, houve uma redução de empréstimos bancários por substituição por empréstimos obrigacionistas; por outro, há uma evidente reestruturação de prazos das dívidas, em que o Benfica substituiu dívida de curto prazo por dívida de longo prazo. Há um ano, três em cada quatro euros (75,9%) que o Benfica devia de empréstimos eram a curto prazo, o que revela uma pressão financeira enorme; este ano, essa pressão baixou, pois dois em cada quatro euros (49,8%) são devidos a curto prazo, os outros dois a longo prazo.

Auditores avisam
Esta pressão financeira leva a alertas dos auditores. As contas consolidadas de 2015/16 enviadas pelo Benfica ao Expresso ainda não estão auditadas, mas as do ano anterior, que o Benfica também disponibilizou, estão. As contas são aprovadas pela PricewaterhouseCoopers (curiosamente, a mesma auditora do Sporting, que tem reservas às contas) com uma ênfase (uma espécie de aviso): alertando para os capitais próprios negativos, a auditora salienta que o princípio contabilístico da continuidade das operações depende “do apoio das instituições financeiras na renovação das linhas de financiamento e do sucesso das operações e atividades futuras do grupo”.

Isto significa que a situação financeira do grupo é de forte pressão, mas tem sido lidada ano após ano. Não há razões para que a mesma ênfase não seja repetida no relatório deste ano, pese embora a situação financeira do grupo ter melhorado. O Benfica desvaloriza a ênfase: “Este tipo de pontos na Certificação das Contas emitida pelos auditores é normal e recorrente sempre que os capitais próprios são negativos ou se encontram perdidos em mais de 50%, em conformidade no art. 35º do CSC. Esta ênfase é recorrente nos nossos relatórios e contas.”

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