Sabem de quem é que é o título de Campeão da Europa de Futsal, mais do que qualquer outro?
A quem é que os sportinguistas têm de agradecer, mais do que a ninguém?
Aos sócios do Sporting com as quotas em dia.
Sim, são os sócios do Sporting com as quotas em dia que financiam e pagam as modalidades, justamente através do pagamento das quotas.
São os sócios "cotas" com as quotas em dia, são os mais novos, sócios infantis e juvenis (cujas quotas, a maioria das vezes, são pagas pelos pais ou avós, esses tais "velhos" de que muitos se queixam), os sócios de qualquer categoria e escalão com quotas em dia.
Os que desistem, os que deixam de pagar quotas só porque sim - e não por atravessarem dificuldades financeiras, por exemplo - os que falam, falam, falam, mas nunca se fizeram sócios...
Esses são os que menos podem falar. Alegrem-se, festejem, como sportinguistas, vocês merecem, todos nós, sportinguistas, merecemos. Mas ninguém, mais do que os sócios com as quotas em dias, estão de parabéns.
O Rei da Selva in Facebook
Nota pessoal: obviamente que é também e dos jogadores, treinadores, seccionistas, equipa médica e todos os dirigentes que trabalharam para que tal fosse possível. Mas só os sócios com quotas em dia é que tornam estes sonhos realizáveis.
Nuno Dias: A forma como os jogadores interpretaram [o jogo] e como lutaram foi extraordinária e, acima de tudo, aqueles sentimentos que nós trouxemos para o Cazaquistão e hoje para o jogo foram absolutamente indispensáveis para este triunfo. Assim como todo o espírito de equipa, toda a união, garra e solidariedade, a confiança que hoje demonstrámos em todos os momentos de jogo e a forma como nos unimos quando estávamos em dificuldades, porque o Kairat é uma excelente equipa. Mas, acabámos por ser felizes e merecemos toda a felicidade pela qual estamos a passar e agora é usufruir."
Miguel Albuquerque: "É um objectivo cumprido, era algo que nos fugia há uma vida. Competimos durante 16 anos na UEFA Futsal Cup, nunca conseguimos conquistar a competição e na primeira edição da UEFA Futsal Champions League o Sporting CP escreve o seu nome na história. Acho que é justo para eles [jogadores], fizeram tudo… uma equipa que elimina o SL Benfica, o Inter FS e que vem ganhar a Almaty merece. Há coisas que às vezes parecem que estão escritas na história: foi aqui que perdemos a primeira e a segunda final e foi aqui que, à terceira tentativa, conquistámos a competição. Eu falei nisso muitas vezes, sempre que cá vínhamos, algum dia tinha de ‘cair’ para o nosso lado e esse dia foi hoje”
"Toda a gente merece isto, os Sportinguistas merecem este troféu, espero que todos o consigam festejar, é um troféu muito importante na história do Sporting CP. Espero que amanhã (segunda-feira) os Sportinguistas consigam dar uma resposta daquilo que é a força do Clube e do nosso eclectismo e consigam ir receber estes heróis ao aeroporto, eles merecem porque são fantásticos"
Frederico Varandas: Um título que era perseguido há mais de uma década e no primeiro ano em que a UEFA agarra nesta modalidade e lhe dá uma dignidade máxima, organizando a primeira Champions League de futsal, essa nos livros da história será do Sporting Clube de Portugal. É um orgulho tremendo, um orgulho neste grupo, nos jogadores, na equipa técnica, no técnico de equipamentos, no departamento médico. É um grupo muito forte e é uma prova para toda a gente porque à entrada para este torneio nós não éramos os favoritos, mas a história diz que os heróis nunca partem favoritos antes das batalhas e antes dos jogos, e estes senhores escreveram história, tornaram-se imortais na história do Sporting Clube de Portugal"
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting deu ontem uma entrevista que reputo de importante, onde analisa o momento actual do clube. Momento esse que infelizmente continua marcado pelo ruído permanente de acentuado cariz negativo em torno de todo e qualquer acto dos órgãos sociais.
Até anúncio antecipado da programação da pré-epoca é objecto de comentários de indisfarçável azedume. Não será demais lembrar que, no ano passado, por esta altura, com uma direcção eleita e a viver em lua de mel com os associados, estávamos a discutir alterações estatutárias completamente desnecessárias, que obrigaram os sócios a ir a duas (!) AG's... Daí que, por via desse tal azedume, algumas das reacções ao que foi dito por Rogério Alves seriam mais ou menos as mesmas, ainda que ele tivesse aproveitado a entrevista para despachar algum dos processos do seu escritório ou fizesse uma pole-dance. Até o facto de ter sido dada ao nosso canal foi contestado. Preferiam a CMTV? Adiante...
Da entrevista retiro algumas das frases que me parecem mais relevantes, a entrevista pode ser vista na totalidade no vídeo abaixo. Os sublinhados são meus em função da relevância das afirmações.
Soube primeiro da carta (de Ricciardi, Dias Ferreira e Fernando Tavares) pelos jornais.
Não se trata de uma auditoria forense, mas sim de gestão. Foi mau para o
clube ser objeto de uma fuga de informação. É muito prejudicial para o
Sporting e SAD. É evidente que não é bom verem espalhadas informações
confidenciais. Obviamente que a Direção não queria. Foi algo traiçoeiro,
é uma violação de estatutos, mas não sabemos quem foi.
Não faz nenhum
sentido imputar à Direção a fuga. Pode vir de vários lados. A Direção
seria a última entidade interessada pois debilita o poder negocial. A
divulgação foi feita e a nossa preocupação é minorar os estragos. Não
podemos ficar a esfregar na ferida, a lamuriar, a culpar a Direção. Há
quem tenha ficado feliz por esta Direção ter tido um problema
Era bom que no Sporting deixasse de haver ex-candidatos. Isto é, não
podemos permanentemente andar a ocupar o espaço público do Sporting com
advertências, avisos, ralhetes, criticas. Quando paralelamente se está a
desenvolver uma atividade de robustecimento do clube, quando
efetivamente os sportinguistas estão a voltar a ganhar o entusiasmo por
aquilo que é a atividade para o qual o Sporting nasceu, a desportiva.
Como sportinguistas não podemos permitir que o espaço público relativo
ao Sporting, que é enorme, esteja permanentemente ocupado por más
noticias.
Tenho o mesmo respeito por todos. Mas é preciso dizer a todos os
sportinguistas algo que é óbvio: AG? Amnistia?*(ver nota abaixo). Pessoalmente não tenho
nada contra a discussão de ideias, ideias novas. Já disse que quero
rever os estatutos... Terei todo o gosto em discutir a amnistia, mas
parece-me óbvio que os estatutos não a prevêem.
Se me perguntam em tese qual teria sido a melhor posição, eu entenderia
que o Sporting deveria ter apresentado recurso da decisão de
não-pronúncia (n.d.r Processo E-Toupeira). O Sporting entendeu que o argumentário que poderia ser
utilizado para reverter a decisão do tribunal já estava totalmente
listado pelo Ministério Público. Eu, em tese, sem análise detalhada,
penso que me inclinaria pela opção contrária. Simbolicamente teria sido
mais marcante
O que está a acontecer é algo que nos pode guiar a uma das melhores épocas dos últimos anos. Ganhámos a Taça da Liga e não tivemos uma final com uma equipa de segundo escalão. Jogámos com as melhores equipas do campeonato. Os sportinguistas estão entusiasmados porque a Taça é a Taça, permitir-nos-ia ganhar dois troféus na mesma época, seria excecional. Há um projeto que está a correr bem e os resultados estão à vista.
Se ganharmos a final da Taça, e sendo muito difícil ir além do terceiro lugar, uma época sem Champions traz prejuízos, mas vamos agora jogar contra o atual campeão nacional, que foi aos quartos da Champions e se continuarmos com este ritmo podemos ter a expectativa de para o ano as coisas correrem melhor e podermos lutar pelo título. Se ganharmos a Taça, a época será muito positiva. Espero que ninguém estrague a festa, o universo sportinguista está preparado para fazer essa festa
*Nota: A invocação de um expediente que não está previsto nos estatutos é desprestigiante para quem a pede, mais ainda se tivermos em conta o facto de muitos dos subscritores serem ex-dirigentes do clube, do grupo Stromp ou mesmo sócios de elevada antiguidade.
Talvez o objectivo tenha sido apenas dar uma prova de vida e manter vivo "o ambiente de divisionismo que reina em Alvalade" quando os próprios fazem questão de falar primeiro para os jornais. São os mesmos que se queixam simultaneamente de a auditoria não ter sido revelada em primeiro lugar aos sócios(!), num jeito de "olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço".Como diria o outro, estão apresentados.
Para o comum dos adeptos, como eu sou, assistir a um jogo como o que fizemos frente ao Nacional acaba por ser um verdadeiro suplicio. Ou, para fazer jus ao dia, uma autentica Via Sacra. Não porque o Sporting tenha feito um mau jogo - mas a exibição também não encheu o olho - mas porque não traduziu o domínio quase absoluto do jogo em número de golos. Ora, qualquer Sportinguista mais ou menos experimentado sabe que a possibilidade de sofrer um dissabor em jogos de registo semelhante é enorme. Talvez não tenha sucedido porque o Nacional não possua na sua equipa nenhum jogador que tenha jogado por nós. Ou porque é uma das equipas cujo modelo de jogo revele mais fragilidades deste campeonato...
Foi o golo do Phelyppe, "armado em Bas Dost", que acabou por reflectir no resultado alguma justiça. Mas talvez uma das ilações a retirar deste jogo seja a importância que Bruno Fernandes tem pata nós. Esta viagem à Madeira registou uma das exibições menos fulgurante do nosso actual capitão e extraordinário jogador. Deu certamente para percebermos que a falta que fará se se confirmarem os rumores que cada vez, de forma cada vez mais insistente, vão surgindo nos meios de comunicação social. Oxalá não se confirme...
Deste jogo há ainda a retirar a ideia de que Gudlej, não sendo um "seis" está longe ser tão mau como tem sido pintado e a sua produção subiu de qualidade com a subida colectiva. Por seu lado Doumbia que é mais um "oito" do que um "seis" parece ter mais possibilidades de resultar bem a sua adaptação à posição mais recuada da linha média. Nota para mais um grande jogo de Acuña, que me fez perder a aposta de que, tendo sido amarelado aos sete minutos, não acabávamos o jogo com igualdade numérica. Mas, mais uma vez, talvez sem dar muito nas vistas, foi Mathieu o jogador mais esclarecidos. Uma espécie de pivot a partir do lado esquerdo da defesa. Muita qualidade a ler o jogo, seja nas tarefas defensivas, antecipando muitas vezes os lances, seja a criar jogo, recorrendo aos passes a rasgar linhas na defesa nacionalista.
Três pontos mais do que merecidos com o único pecado a registar-se na escassez do resultado perante tanto domínio.
O percurso do Ajax na Champions League fez voltar os holofotes para a "velha escola do futebol total" que, desde meados da década de 70, se estabeleceu em Amesterdão. Ten Hag foi beber à origem mas, como é natural nas ideias vencedoras, ofereceu-lhe evolução e adaptação aos desafios da contemporaneidade. Há ali muito das ideias precursoras de Totaalvoetbal Rinus Michels, aprimoradas por Johan Cruijff e do tikitaka de Pep Guardiola, também ele um discípulo inovador e ex-aluno da cátedra holandesa.
É por isso inevitável que nos lembremos de Keizer, o nosso actual treinador, pelo seu percurso. É aí que as perguntas se impõem:
Será ele capaz de implementar algo semelhante no Sporting? Talvez esta pergunta deva ser feita em primeiro lugar para dentro do clube.
Até que ponto estamos preparados, como clube, para proporcionar as condições de sucesso a Keizer ou a outro qualquer treinador?
Estamos preparados para ter a paciência necessária para fazer crescer os nossos miúdos, aguentando nesse percurso, os erros naturais do crescimento e as suas consequências?
Temos o nervo suficiente para, no estilo agora tão elogiado do Ajax, de jogar tão subido, ter a paciência de deixar os jogadores procurar as melhores associações para jogar pelo centro e sair da pressão adversária?
Ou, como quase sempre, gostávamos imitar os resultados dos melhores exemplos (quem não se lembra da corrente Klop do tempo do Borússia?...) mas não temos a paciência para lhes imitar os métodos?
Isto sem falar da permanente autofagia que nos consome. Um clube que vive uma época conturbada, que passou por uma série de eventos desestruturantes (invasão da Academia+rescisões+destituição+eleições com 8(!) listas) e ainda assim tem a possibilidade de vencer a segunda competição nacional, continua a ter demasiado ruído à sua volta e que, em grande parte é fomentado no seu interior.
Não sei se o Keizer é o treinador que o Sporting precisa. Talvez a pergunta deva também ser feita pela inversa: terá o Sporting as condições necessárias para fazer de Keizer, ou outro qualquer o seu lugar, um treinador campeão?
Dizem-me muitas vezes que para haja as condições internas necessárias para o sucesso (estabilidade, ausência de permanente ruído, convergência de objectivos e a tal tranquilidade de que falava Paulo Bento...) só acontecerão quando começarmos a ganhar.
1- A divulgação integral da auditoria é um facto de difícil qualificação. Tudo o que se pretende com a execução de um processo destes - clarificação de procedimentos, identificação de falhas, avaliação da qualidade dos processos de gestão e governance, avaliação do real estado do clube nas suas diferentes vertentes - tende a perder-se no ruído criado em torno de aspectos que em tudo lhe são laterais. Por isso, ao invés de estarmos a falar dos resultados que se terão apurado, estamos à procura do wally ou dos wally's que terão estado na origem do furo.
2- Os principais suspeitos não são desta feita o mordomo, como nas boas novelas policiais, mas todos aqueles que puseram as mãos e os olhos no documento. À cabeça está por isso o CD, que o recebeu em mãos e que o poderia estar a utilizar como arma no processo de expulsão do presidente deposto. Não há, pelo menos até agora, qualquer indicio que comprove esta teoria. Mas foi o próprio CD que se colocou na linha de fogo ao fazer chegar a terceiros o relatório, nomeadamente à PJ, segundo o que foi noticiado.
3- No mínimo este acto tem de ser tido como precipitado. Porque o Sporting, como instituição, tem um órgão fiscalizador, o CFD, a quem competiria avaliar em primeiro lugar os factos apurados pela auditoria. E se as autoridades policiais não consideram os factos suficientemente relevantes para abrir uma investigação? Mantendo o relatório na esfera do clube limitava o indecoroso streap tease do clube, para gáudio dos adversários e inimigos externos e internos e angustia de todos quantos sentem o clube como uma parte de si.
4- Mesmo partindo do principio que o CD tem fundadas razões para requerer a intervenção das autoridades policiais e judiciais, existia ainda a possibilidade de ter enviado apenas a matéria sob suspeita. Enviando todo o relatório expôs matérias cujo sigilo é sua obrigação zelar. Não sabendo que consequências tal terá no futuro, podia pelo menos ter-nos poupado a mais este momento de desassossego.
5- Na sequência da divulgação da auditoria foram várias as reacções. Da indignação e estupefacção generalizada por parte dos adeptos até ao comunicado da YoungNetwork e de Carlos Vieira. Sobre estas reacções algumas notas:
Não tenho dados para contradizer o comunicado da empresa de comunicação que trabalhou com a anterior direcção. Mas o custo da sua presença e acção no Sporting é muito maior do que a que vem contabilizada em números nos relatórios, nomeadamente a sua intervenção por via directa e indirecta na vida associativa do clube.
Carlos Vieira tem razão quando invoca o lucro, mas os dados da auditoria lançam pelo menos sérias dúvidas sobre alguns actos de gestão, seja sobre a sua qualidade, seja pela transparência ou mesmo até necessidade. Ficou curta a reacção.
O comunicado do clube foi curto também. Disse muito pouco para a gravidade do sucedido e nada sobre a intenção de apurar como se chegou a tal.
Não se conhece para já qualquer reacção da empresa auditora perante algumas acusações que lhe foram feitas, nem sobre o que pensam sobre a fuga da informação. Fugas essas que começaram por escorrer desde muito cedo para a CMTV, ainda sobre a vigência do mandato da Comissão de Gestão, que foi quem encomendou o trabalho, lembre-se.
6- Um capitulo especial para a reacção dos adeptos. Na sua maioria sobretudo com acento tónico na fuga da informação por um lado e, por outro, a procura das habituais teorias de conspiração. Estas mais não visam do que o desvio das atenções e descredibilização de alguns dados no mínimo preocupantes sobre alguns actos de gestão que carecem de um cabal esclarecimento. Para alguns a capacidade de indignação parece ter-se esgotado em 2013...
7- Ainda que possam não configurar ilícitos, chamam particular atenção e devem ser esclarecidos para lá de qualquer dúvida:
O negócio com o Batuque. O valor envolvido é claramente excessivo para o resultado que se poderia obter. Mas também pelo que representa aquele tipo de valores para o clube cabo-verdiano e na realidade económico-social em que se insere.
Os valores despendidos no scouting, (por quem e com quem?) bem como a falta de justificação de despesas no valor de 1 milhão de euros.
A circulação de dinheiro vivo em elevados montantes, completamente contrárias às boas regras.
Os negócios da China com empresas que se esfumaram depois de receber do clube verbas elevadas face ao seu histórico. A CHOW abre falência depois de receber 60 mil euros, quando a sua facturação média era de 1.300 euros. A PTCN extingue-se depois de receber 20 mil e nenhuma delas teria colaboradores registados à data.
O acerto de contas com as claques, no valor superior a 1 milhão de euros. Aqui não é apenas o tempo em que foi feito, que pode ser questionado, mas sobretudo como e quando, por não haver documentação relacionada.
A relação com a firma de advogados MRA. Pelos elevados valores envolvidos e pela sua proximidade com um elemento da direcção entretanto deposta.
8- Fica evidente que o aumento dos orçamentos foi determinante para a maior competitividade das modalidades mas praticamente inútil no futebol. Perceber o porquê é determinante para o sucesso da modalidade mais representativa do clube.
9- Fica claro pela auditoria que houve uma indiscutível recuperação económica do clube, face ao que conhecíamos de anteriores direcções, em particular das duas últimas.
10- Fica claro também que, com o passar do tempo, os órgãos sociais entretanto depostos, abandonaram as melhores práticas e os melhores princípios que tinham como bandeira eleitoral, como se tivessem sido tomados por um sentimento de intangibilidade.
Quando o nosso "amigo" Soares (tem quase sempre maus) Dias (quando arbitra o Sporting decide expulsar) Renan Ribeiro, no lance que resulta de desentendimento deste com Mathieu quem não pensou que dificilmente traríamos os três pontos de Vila das Aves? Pois o que os jogadores da nossa equipa acabaram por demonstrar foi uma enorme humildade, carácter e maturidade para superar todas as contrariedades que se foram colocando pela frente. Um penalty desnecessário, pela facilidade com que foi permitido, incluído.
Obviamente que não pode deixar de ser dado amplo destaque ao feito individual de Bruno Fernandes. Não foi apenas mais um golo do capitão, desta feita foi também um golo
de cabeça, a juntar ao naipe de recursos que vem exibindo em cada
relvado que pisa. Mas, ao invés de jogos anteriores, houve agora muito mais equipa que apenas Bruno Fernandes. Registo para mais um jogo de aplicação exemplar de Acuña e de precioso golo à ponta-de-lança de Phellype. E até Ristowski se encheu de brios em centro de régua e esquadro, contabilizando Graças a isso quase nunca se notou a inferioridade numérica, o que terá contribuído para confundir até alguns comentadores televisivos...
Quantas vezes situações como as vividas neste jogo foram o suficiente para desestabilizar a equipa e, dessa forma, atirá-la para jogos deprimentes e perca de pontos? Deste jogo na Vila das Aves fica então um excelente mote para o que falta do resto da época.
Organizou o Sporting Clube de Portugal nas últimas quinta-feira, sexta-feira e sábado a Sporting Summit – Cimeira de Modalidades. Excelente iniciativa de conferencias sobre treino desportivo, e não só, que reuniu muitos preletores e varias plateias muito interessadas e participativas.
Foi uma importante demonstração do empenho do Sporting na formação dos técnicos e atletas, desde a iniciação até à alta competição, mas fundamentalmente na formação do ser humano, física, psicológica e socialmente.
Serviu para ouvir e interagir com inúmeros especialistas quer do treino desportivo quer da medicina, da psicologia e do dirigismo.
Deu para perceber a qualidade dos muitos técnicos ao serviço do Sporting que acompanham o atleta nas várias vertentes da sua preparação.
Realço o grande conhecimento e capacidade demonstrada pelos principais treinadores das nossas equipas de alta competição, que, entre outras oportunidades, se pode comprovar nos debates proporcionados pelas varias mesas redondas que se verificaram ao longo dos três dias de conferencias, e que a Sporting TV transmitiu em direto, e até já fez algumas repetições.
O Sporting sempre na vanguarda (das coisas boas) do desporto em Portugal.