quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fazer ao contrário e desejar/exigir que saia direito

Julgo que nem o mais pessimista dos Sportinguistas conseguiu antecipar que, por pior que corresse a época, nos encontrássemos na situação em que nos encontramos. O Sporting vive um momento de particular fragilidade que, por isso, merece um tratamento adequado às circunstâncias. Mas o que se tem visto, dos mais variados quadrantes do clube, e com raríssimas excepções, é precisamente o oposto.

Começando por quem toma as decisões, que são as acções cujos os efeitos mais rapidamente se fazem sentir, foi notório desde o inicio dos problemas - a pré-época deixava claro que havia questões essenciais para resolver - que não se estavam a escolher os melhores remédios para atalhar os sintomas de doença. Ao invés, como aqui o fui dizendo, mandava-se o bom sendo às malvas. Tal como acontece quando um avião cai, cometiam-se vários erros em simultâneo. Fosse apenas um e estaríamos a falar de meros percalços, não de uma hecatombe generalizada.

A renovação com Sá Pinto era quase inevitável face ao que foi o final da época sob o seu comando, apesar do desastre do Jamor. Mas se me parece impensável deixá-lo cair então, estender o contrato por mais do que um ano, sem se saber o que valia Sá Pinto a preparar uma época de raiz foi precipitado. Mais precipitado ainda se não se fazia a mínima intenção de viver com as consequências. Isso pelo menos é o que se depreende pela forma como o treinador foi ficando isolado e com uma equipa técnica claramente incapaz de o ajudar. 

É incompreensível que se tenha dado a Sá Pinto carta branca para tomar decisões sobre a constituição do plantel e se tenham produzido alterações de monta até do ponto de vista financeiro para, em 2 meses, entregar a criança nos braços de um pai adoptivo. Despedir o treinador, a 24 horas de um jogo no dragão, é também injustificável sob qualquer ponto de vista. Uma jogada nitidamente "à Duque", que tinha tudo para resultar mal, confirmando que o macete Materasi/Inácio foi a excepção que a regra não confirma.

Deixar o plantel entregue a um Oceano de dúvidas, a ver no que dava, num limbo de semi-interinidade, foi o momento de não retorno na actual crise. Não se conhecem bons resultados causados por soluções deste tipo. Subsistem ainda dúvidas se a escolha de Vercauteren foi a mais avisada mas, como é bom de ver, o que actual equipa produz é muito menos do que se tivesse sido ele a preparar a época, valendo o mesmo quase para qualquer outro treinador no comando desde inicio.

Mas se são as decisões dos dirigentes as que determinam o essencial, não se pode retirar da equação o que os adeptos fazem e dizem. E aqui também encontramos motivos para pensar que do nosso lado se continua a proceder de forma oposta ao que aconselharia pelo menos o bom senso. Exigir a demissão dos corpos sociais após cada derrota até é compreensível no estádio, com a emoção à flor da pele. Fora dele o Sporting precisa mais da razão e dispensa bem o excesso de emoção.

Como o meu amigo Virgílio e o MF aqui deixaram bem claro, a demissão pura e simples dos actuais corpos sociais não muda nada no imediato e, creio, só concorreria para acentuar ainda mais a crise que já se vive. Só vejo 2 razões para, neste momento se insistir nesta ideia: a vontade de punir de Godinho Lopes e convicção que a saída dos actuais dirigentes e a entrada de outros resolveria de imediato todo e qualquer problema. A minha convicção é exactamente a oposta, não só poderia resolver muito pouco para esta época, como seria provável agravar. A punição concreta de Godinho Lopes recairia em abstracto sobre todo o clube, que nem é apenas o futebol.

É óbvio que no Sporting se fala demais e, em grande parte, se fala na hora errada, acrescido de propostas que só são boas porque nunca serão confrontadas com a sua aplicação prática. Citando um leitor deste blogue "não é no desespero que perco a visão, somente luto pela minha lucidez e sobrevivência de mim, ou do meu Grande Amor."

Também aqui andamos ao contrário, falando quando o momento recomenda contenção, e não são apenas os "notáveis", como muitas vezes se quer fazer crer. Tenho dúvidas que o excesso de ruído chegue da mesma forma ao plantel - os jogadores vivem nos seus mundos muito particulares - como se propaga pelo clube , subindo das redes sociais, pela comunicação social até aos gabinetes de Alvalade. Pensar que esse ruído não afecta o discernimento de quem tem a tarefa de decidir é ingenuidade. Se atendermos a que o barulho é sempre maior quando mais preciso era o silêncio e a reflexão temos explicadas pelo menos uma parte significativa das precipitações.

Claro, uma boa liderança é impermeável às pressões e o ruído, dirão. Não sei se estamos a dizer que o dirigismo no Sporting é apenas acessível aos super-homens. Pior ainda é constatar que se apregoa que a liderança é fraca, o que por si só a fragiliza ainda mais quer interna quer externamente.

Proclama-se a preocupação com a situação financeira mas, na mesma frase, exige-se a venda  de uma série de jogadores que, face ao nosso momento e à conjuntura geral, só pode ser mau negócio. E pedem-se prendas de Natal para um final de época que pouco mais se pode ganhar do que reconstruir o amor próprio.

Redescobrem-se as virtudes da formação porque a equipa B é um sucesso, (ignorando-se "estratégicamente" a virtude  da decisão e sua autoria), mas rejeita-se a mesma formação que nos colocou uma série de jogadores na equipa sénior e que estão num estado mais evoluído das suas capacidades.

Promete-se apoio mas "com outros" e não "com estes" ignorando-se que um clube se constrói todos os dias, em cada momento. Julga-se o Sportinguismo na presunção de quem não só se acha mais Sportinguista que os outros, como se arvora o direito de decidir quem deveria ser ou não Sportinguista.

Não podia a fotografia ficar completa sem me debruçar pela ideia peregrina que é o protesto da Juve Leo. Compreendo como ninguém o seu desencanto e desespero face ao momento, que não será superior em nada aos demais. Mas a sua existência não faz sentido sem ser no estádio a apoiar a equipa quando ela mais precisa. Também o excesso de emoção parece estar a toldar o raciocínio a esta parte importante da família leonina.

Conheço muito bem o meio do futebol profissional para acreditar que os jogadores não querem ganhar ou que se aplicam menos por qualquer razão. Grande parte dessas teorias conspirativas não passam de mitos que servem como explicação para uma menor compreensão da importância que tem o treino e a táctica.

"Manguelas" há em todas as profissões, mas a regra é a necessidade do reconhecimento que só o jogar bem ou pelo menos as vitórias proporcionam. É o que que abre as portas aos melhores contratos para carreiras sempre pressionadas pela sua curta duração e pelas inúmeras vicissitudes. Pensar que os jogadores são o "inimigo"  é uma visão enviesada e perigosa da realidade. O barco onde navegamos, adeptos e jogadores, é o mesmo, mas eles são, em campo, a nossa tripulação. O que não lhes falta são outros barcos para navegar mas nós só temos este.

Dizer que a época está totalmente perdida é um erro estratégico e simultaneamente contraditório com a exigência que se faz aos jogadores de respeitarem a camisola. É dizer que  todo e qualquer esforço é inútil, quando podemos perder ainda muito e o temos o orgulho leonino para restaurar. E isso só se faz ganhando.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Passivo=Património


O passivo do Sporting é pequeno! É esta a conclusão a que chego após as diversas noites de insónia que a nossa equipa principal me tem proporcionado. Nos tempos em que o Sporting era activamente rico corríamos um risco desgraçado de ser tomados de assalto. Hoje que somos passivamente ricos o nosso futuro está garantido, aliás o passivo ainda é baixito se lá estivessem mais uns 500 milhões de euros (mais 200 milhões, menos 200 milhões) eu estaria muito mais tranquilo.
Nos dias que correm as regras económicas estão a ser reinventadas, quanto maior a asneira e o buraco que tenhas cavado, maiores são as probabilidades de seres protegido e financiado a níveis ainda mais absurdos desde que isso garanta a existência etérea dos créditos que nunca vais pagar. Aquilo que jamais pode acontecer é o menor vislumbre de falência ou bancarrota, esse crime teria um imenso efeito dominó que arrastaria para a miséria uma enorme comunidade de gente que gosta de jogar golfe (por falar em golfe alguém sabe os resultados da nossa mais recente secção desportiva? Adiante…).
Num qualquer deserto das arábias um grupo de sheiks fez uma experiência definitiva para decidirem investir no futebol europeu. Chamaram o Queiroz, mais o Toni, e pediram para eles prepararem uma equipa futebol para jogar contra uma equipa preparada pelos milionários confrades do petróleo. Certos da sua vitória, os sheiks dispuseram 11 montinhos de petrodólares segundo “las regras de Guardiola”, a saber, 18 milhões (Ml) na baliza, laterais 12 Ml à direita e 16 Ml à esquerda, 20+20 Ml em linha no centro, meio campo em losango invertido com 25 Ml na 6, 42 Ml divididos irmãmente pela direita e esquerda, apoiados pelo génio de 50 Ml na posição 10 com liberdade para se espalhar por todo o meio campo adversário, no ataque 145 possantes milhões coadjuvados por 84 Ml de potente remate e fina técnica.
No final do jogo, o espanto, o horror, a equipa de Queiroz e Toni ganhou 8-2, ainda havia esperança na cara dos sheiks ao intervalo com o resultado em 2-2, a oposição que o monte de 145 Ml faziam aos pontapés de baliza da equipa liderada pelos dois portugueses rendeu 2 golos de ressalto, mas Queiroz lá conseguiu convencer ao intervalo o Toni a tirar o Hassan que tinha grandes dificuldades em sair com a bola controlada sem ficar a guardar nos calções as notas que o 10 espalhava pelo meio campo.
Toda esta conversa serve para quê? Simples. O Sporting só é viável se ganhar títulos. Não há qualquer outra solução para viabilizar o clube, neste sentido, não existe limite de investimento, passivo ou prejuízo até atingir um patamar de competência e competitividade que nos permita vencer e uma vez lá chegados teremos de investir ainda mais para manter e superar todos os adversários e adversidades. Mesmo que se pense que a solução está na formação, essa aposta só funciona se for inserida num grupo de tal forma competente e competitivo que garanta a estabilidade e superação necessária para o sucesso da aposta em jovens jogadores.
Os senhores que antes empilhavam notas para ganhar estão a multiplicar-se como cogumelos por esta europa fora e se a cada primeiro contentor de dinheiro fresco se prova a teoria de que só dinheiro não chega, a capacidade de ser resiliente na aposta, acaba no final por produzir resultados. As poucas certezas que existem são, quanto maior a quantidade de recursos à disposição maior a quantidade de erros que vou praticar (em quantidade e qualidade) e se mantiver a capacidade de recursos para corrigir os erros vou acabar por ter sucesso.
Enquanto não formos campeões em dois anos consecutivos o passivo será sempre pequeno para as nossas necessidades de sobrevivência desportiva e financeira. Perante esta minha conclusão aguardo que se forme uma direcção com este projecto de acção para lhe dar o meu apoio. Até lá vou fazer o possível para arranjar forma de dia 10 estar em Alvalade, a apoiar este grupo de bidons, os jogadores que correm, o treinador que os arruma e o Presidente que os compra, no fundo vou para o que der e vier…

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Sporting à beira do "momento Tiririca"

Godinho Lopes foi ontem ao balneário, no intervalo do jogo, quando o Sporting perdia por 2-0 e quando muitos, onde me incluo, davam já o jogo como perdido. O Sporting chegou ao empate e com mais arte e a indispensável sorte, podia ter chegado à vitória. Se o tivesse conseguido seriam menos os que hoje pediriam a  demissão de Godinho Lopes, mesmo que, sejam quais forem os motivos, a continuassem a desejar. Isto, por si só, já diz alguma coisa sobre o pedido e de muitos dos "sobrescritores" da ideia.

Voltando ao acto em si, tivesse ele sido realizado por Pinto da Costa ou Salvador, e imaginamos de imediato as parangonas nos jornais, estabelecendo relação de causa e efeito entre a descida do presidente ao balneário, a sua avisada liderança, e a (meia) recuperação alcançada. Mas não, os títulos resumem-se hoje ao simples "Godinho Lopes foi ao balneário ao intervalo". No que ao Sporting diz respeito, isto é, aos adeptos, o acto em si também não mereceu qualquer destaque ou parece ter tido qualquer impacto. O que continua a pesar na avaliação do desempenho de GL são os resultados da equipa de futebol.

Ao contrário do que alguns se esforçam por não entender nunca aqui foi defendido o branqueamento de responsabilidades e se há alguém que não pode fugir a elas é Godinho Lopes. O que me separa dos que pedem neste momento a sua cabeça é a ideia de que o simples facto de a actual direcção cair constituirá um alivio dos nossos problemas. Esses, como bem sabemos, são vários mas centram-se neste momento nos resultados - mais até do que as exibições - da equipa de futebol. Poucos se lembrariam dos restantes se a época estivesse a decorrer com normalidade. Aqui não conto com os que nunca se conformaram com os resultados das últimas eleições e que procuram a cada momento a satisfação do que lhes foi negado e era tido como adquirido.

Ora mudar os resultados só se conseguirá pelos treinos, pela qualidade das decisões tácticas. Como ainda ontem se viu, o Sporting colectivamente tem quase tudo por fazer e sem esse trabalho quase todas as equipas valem muito mais do que os nossos onze jogadores anarquicamente distribuídos em campo. Julgo que não passa pela cabeça de ninguém voltar a mudar de treinador e a abertura de mercado, face ao que pode esperar do resto da época nem devia ser considerada uma verdadeira possibilidade. 

E, ao contrário do que é a percepção da maioria que se pronuncia, não estou certo que estes problemas possam ser resolvidos por uma nova direcção de per si. E pode até ser uma surpresa para muito boa gente verificar que, ao invés do que parece, as coisas podem ficar pior. Falta juntar a este puzzle como  reagiria o plantel a mais uma chicotada psicológica deste tipo. Isto descontando no impacto do que a queda da actual direcção teria no clube na sua totalidade, algo que me parece que ninguém foi capaz de ainda por nos pratos da balança. 

Quem diz que estamos pior do que no tempo de Bettencourt ou não conhecia a realidade do seu tempo ou afirma-o porque lhe é precioso para a sua estratégia. E se o faz é, paradoxalmente ou talvez não, por responsabilidade directa de Godinho Lopes. Tivesse dado conta pública do que encontrou quando tomou posse talvez hoje houvesse maior consciência do que foi feito para chegar aqui.

Obviamente que a falta de resultados são eles mesmos uma fonte de instabilidade e não há nenhuma direcção que se consiga furtar a essa realidade. O próprio Godinho Lopes o perceberá e, por maior que seja a sua vontade e ânimo, acabará por intuir que continuar concorre em forte medida para não só perpetuar essa instabilidade como o aparecimento de vendedores de milagres.

Este parece ser o nosso "momento Tiririca", em que a maioria percepciona que não há nada a fazer e que seja o que acontecer a seguir "pior não fica". Não sei se essa maioria -  no que ao número de votos necessários para convocar uma AG para destituir os actuais órgãos sociais diz respeito - já foi atingida, até porque no Sporting, de há muito tempo para cá, há quem tenha muito mais voz do que representatividade.

Mas não deixa de ser um facto indesmentível que o "argumento Tiririca" é tanto válido para os cheguem como para os que fiquem. Como anteriormente aqui afirmei, continuo a pensar que a saída a meio só vai contribuir para a tal "grande instituição nacional" a desculpa e pouco adiantará para melhorar o que tanto aflige os Sportinguistas: a sua equipa de futebol. Os que partem dirão que não puderam acabar o que se propuseram e quem chega queixar-se-á da herança recebida.

De resto afligem-me pouco as eleições em si, a não ser a intuição de que elas só poderão constituir uma mais valia para o Sporting se, ao contrário do que se verifica de há muito tempo a esta parte, o amor ao clube se sobrepuser ao amor próprio.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Surpresa? Sim, conseguimos empatar

Não esperava muito do jogo de hoje. Não seria possível de repente, face ao que tem sido a produção desta equipa, apresentarmo-nos melhor do que havíamos feito no jogo em que perdemos no mesmo campo para a Taça. Cheguei a pensar o pior quando sofremos dois golos (mais uma vez de forma inacreditável). Se surpresa houve foi ter chegado ao empate e isto pode ter sido uma novidade face ao passado recente.

Contrariamente ao que sucedeu noutras ocasiões, a posição na tabela classificativa não mente: neste momento somos das piores equipas do campeonato em praticamente todos os momentos do jogo, em especial nos momentos em que temos que defender. Esta equipa do Sporting devia cobrar portagens. Neste momento é uma das melhores e mais velozes auto-estradas do País!

Dizer isto não é o mesmo que dizer que os jogadores não prestam e muito menos não se aplicam. Se assim fosse hoje teríamos deixado os 3 pontos em campo. Veremos o que o trabalho dos próximos 10 dias nos pode dar do tanto que precisamos.

Vercauteren: em pouco tempo já nos conhece tão bem!

"Ser negativo, procurar culpados e apontar dedos nesta altura não adianta nada. Temos é de trabalhar juntos e puxar todos para o mesmo lado."

Julgo que não é preciso dizer mais nada, pois não?

Falta ainda saber se Vercauteren conseguirá ser tão assertivo na táctica como é na leitura do momento que vivemos e da forma como se está a reagir à adversidade. Mas quem fala como ele falou na conferência da imprensa tem que ter pelo menos o beneficio da dúvida e do tempo que é necessário para tentar remediar o que não foi possível evitar.

"Quando ganhamos é juntos e quando perdemos também o fazemos todos juntos. Estamos todos no mesmo barco, no Sporting. Se o barco andar, melhor, mas se se afundar, vamos todos com ele. O jogo de amanhã [hoje] é um jogo novo, o passado é passado e temos de o esquecer e tentar fazer melhor"

"A falta de golos não é só culpa do Ricky. Não é só responsabilidade do avançado, é dos laterais, dos médios, de todos, afinal, todos atacam. Claro que se pede mais golos a quem está na frente, mas isso não é só o trabalho de um jogador, depende das condições que lhe dão."

"Já o disse aos jogadores: agora só penso neste grupo. Janeiro é Janeiro e agora estamos em Novembro. A minha prioridade é melhorar com estes jogadores. O meu problema é o que vai acontecer amanhã [hoje], não o que vai acontecer em Janeiro"

"Temos de fazer escolhas. Tento optar pelos melhores. O Elias não jogou no início e agora está a jogar, o Adrien jogou no início e nos últimos jogos não."

sábado, 24 de novembro de 2012

Sporting, um clube de Carlos Barbosas


A conclusão é inevitável e surge na sequência da chusma de reacções que desaguaram em tudo o que é comunicação social: o Sporting é um clube de Carlos Barbosas.

Carlos Barbosa pôs um pé no Sporting (antes ainda pensou por os 2) sem tirar o outro do ACP e julgava que podia das 9h ao meio-dia ser presidente de um clube e das 14h às 18h00 ser vice-presidente de outro.

Ainda não se tinha sentado na cadeira de vice e nem sabia o que era o Sporting e já nos vendia ao desbarato os sonhos que não fazia a mínima ideia de como cumprir. Saiu sem que da sua presença se pudesse até agora extrair qualquer vantagem que não seja para o próprio, pelo menos em tempo de antena. 

Poder-se-á pensar que quem ocupa a cadeira de presidente do maior clube do País em número de associados não precisa de tempo de antena. Mas não será bem assim. 

Se assim fosse - se o ACP fosse tão visível como é o Sporting - talvez os sócios de ambos os clubes já se teriam interrogado se faria muito sentido entregar tamanhas responsabilidades a alguém que, na vigência da mais profunda crise que há memória na democracia portuguesa, advoga a construção de uma linha de "eléctrico rápido do Marquês até ao Rossio ou ao Terreiro do Paço" para resolver "o problema do trânsito e da poluição" porque "quem polui são os transportes públicos, não são os privados". Talvez Carlos Barbosa ande demasiado de carro, com ou sem motorista, não sei, e ainda não se tenha dado conta que o tal eléctrico que preconiza já existe desde a década de 50 do século passado e se chama Metropolitano de Lisboa.

Para o Sporting infelizmente existem demasiados Carlos Barbosas. Quando lhes é concedida a honra de associarem o seu nome ao de muitos ilustres dirigentes que, estribados na força de um associativismo ímpar, ajudaram a fazer o que é hoje o nosso grande Clube, entram à leão mas saem sem deixar outra marca que não seja as que fazem crescer os orçamentos e quase sempre do lado da despesa. Uma vez fora estão sempre prontos a dar opinião, cujo acerto e profundidade em tudo se assemelha à pobreza da obra realizada, confundindo-se quase sempre com acertos de contas, sem qualquer proveito para o clube.

Vivo o Sporting há já muitos anos e não me lembro de, em momentos de particular necessidade, haver quem se ofereça para mais do que estes diagnósticos proferidos de forma ligeira, com um microfone pela frente. O contributo mais comum é juntar mais barulho ao ruído de fundo, que é em tudo semelhante aos préstimos que se podem esperar do histerismo na hora do naufrágio. Já perguntar "como, onde e quando posso eu ajudar para inverter a actual situação?" não me lembro de ver. E este comportamento não é exclusivo apenas dos notáveis, há sempre Carlos Barbosas desconhecidos perto de si...

É fácil pedir eleições ante os maus resultados. Quem as pede oferece-nos exactamente o quê? Mais difícil é perceber que um novo acto eleitoral não garante o que o Sporting mais precisa neste momento: que a sua equipa jogue com qualidade suficiente para alcançar os pontos que precisa. 

Talvez durante a próxima semana dê, de forma mais fundamentada, a minha opinião (que em tudo se assemelha à que expressou o meu amigo Virgílio nos comentários ao post anterior) sobre a questão. Mas estou seguro de que, no actual momento, mais do que uma mudança imediata de presidente e direcção o Sporting precisa de boas decisões do seu treinador e de todo o empenho dos seus profissionais. Sem isso estou seguro que a actual crise não só não será debelada como se pronunciará, sendo bem provável que em pouco tempo se esteja a falar de novo em eleições.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Responda à pergunta que se impõe

Após mais uma das muitas derrotas que vamos coleccionando esta época, engrossa o coro de vozes que apontam a Godinho Lopes, exigindo a sua demissão imediata.

Julgo que os adeptos que o fazem entendem que este seria o caminho para resolver melhor e mais rapidamente a crise em que o futebol do Sporting está mergulhado.

Sobre este tema tenho a minha própria opinião que, por não estar ainda totalmente amadurecida, e por falta de tempo, reservarei para post a propósito.

Mas deixo a caixa de comentários disponível para quem quiser responder à que parece ser a questão do momento para muitos Sportinguistas, acrescida de outras que me parecem igualmente pertinentes : 

A demissão da actual direcção ajudaria a resolver a actual crise? 

Ou, ao contrário, acrescentaria ainda mais problemas aos que já existem?

É uma crise apenas causada por falta de resultados, ou é de origem mais profunda e que tem a sua génese em más decisões estratégicas como sejam:

A construção do plantel?

A escolha dos treinadores?

Ambas?


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um longo e penoso inverno

É difícil de perceber o que andam estes jogadores a treinar e o que andam os treinadores a fazer quando - creio que o fazem - visionam durante a semana os jogos realizados. Isto dito porque não se nota qualquer evolução positiva no jogo do Sporting, antes se pronunciam as nossas principais fragilidades. 

Quem viu as fragilidades exibidas ante o Moreirense ( por exemplo a falta de cobertura ao centro ou na cabeça da área, como dizem os brasileiros) e as vê novamente plasmadas no jogo de hoje não pode deixar de colocar estas questões.

O Sporting não defende, afunda-se no campo, prescindindo de qualquer contenção limitando-se a ceder o espaço. Se, por absurdo,  Patrício fizesse o mesmo e pudesse recuar a sua baliza chegaríamos a ver o adversário a percorrer centenas de metros para chegar à nossa baliza. E qualquer equipa começa por ter que saber defender.

É natural que nesta altura a ira dos adeptos se vire contra os jogadores e duvide das suas capacidades. Se, de entre eles, houver aqueles que consigam sobreviver a este pesadelo, poderemos pelo perceber que tinham pelo menos categoria para que nada do que estamos a viver acontecesse. Naturalmente que se salva Patricio porque, de todos os jogadores, é o que menos depende da indispensável e inexistente força e articulação colectivas.

O problema não é o plantel, é o treino. Por muito respeito que me mereça o seu passado como jogador, a sua coragem como treinador, ao aceitar "este Sporting" nesta altura, Vercauteren (é já claro) é o terceiro equívoco consecutivo da época. Já houve tempo para fazer um pouco mais. O Sporting está a anos luz do que é o básico numa equipa de futebol e ante isto é de esperar que toda a época seja um grande e amargo inverno.

Nota: este post foi escrito,na sua maioria, ao intervalo não tem sequer como pano de fundo a hecatombe do segundo tempo. Talvez como nunca faça falta reler o post anterior.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O braço direito de Vercauteren (e a formação de treinadores)

Tem-se falado com alguma insistência na vontade (?) de Vercauteren em recrutar mais um elemento para a já extensa equipa técnica (a saber: Oceano, Porfírio, Nelson, Márcio Sampaio) que o acompanha. . E que, em principio, o técnico em causa teria mais ou menos as mesmas origens do treinador belga. 

Pode-se entender este desejo de Vercauteren pela necessidade de contar com alguém da sua confiança (pessoal e técnica) do seu lado, até porque os elementos supracitados foram herdados quer da equipa técnica de Sá Pinto, quer da de Oceano. Mas o raio de acção do técnico a entrar será limitado, esgotando-se no apoio à gestão interna do plantel e ao debate sobre opções técnico-tácticas. 

Dificilmente alguém que aterre hoje na Portela, e que não seja um observador atento do nosso campeonato, poderá ser considerado uma mais-valia imediata num aspecto importante e muito concreto: o conhecimento da especificidade da Liga portuguesa. Na prática é um desconhecimento que se junta ao do treinador principal.

Poder-se-á pensar: é para isso que está lá Oceano. Sim, é um facto. Mas se tivermos em linha de conta o que aconteceu durante o mês que esteve à frente da equipa talvez devamos concluir que também ele é um treinador em formação, e sem o trajecto de Vercauteren, bem entendido.

Quando me debato interiormente sobre estas matérias é difícil não lembrar o que foi, quanto a mim, um dos melhores contributos ( e raros) em sede de debate eleitoral e que não teve provavelmente o destaque - e por isso também o debate... - merecido. E como o Sporting está desde então em permanente debate eleitoral mal não fará voltar ao que o referido período teve de melhor. Refiro-me em concreto ao Manifesto Por Um Debate Diferente Sobre o Futuro do Sporting. 
Esse documento, no que versava a vertente desportiva, continha uma análise importante (a ler) e uma proposta concreta: a constituição de uma equipa de consultadoria para apoio nas tomadas de decisão na hora de definir o perfil do treinador a contratar e cuja actividade poderia certamente ser alargada a outros áreas de actuação, tais como a escolha dos perfis dos jogadores a contratar, jogadores que, por exemplo, com pouca utilização por preferência do técnico do momento, por lesão ou por dificuldade de afirmação após a chegada a sénior lhes sejam reconhecidas características e/ou potencialidade para permanecer ligados ao clube.

Não tendo dúvidas no mérito do modelo então foi proposto, antevejo inúmeras dificuldades na  implementação de um modelo deste tipo. Começaria logo na discussão dos nomes escolhidos, ou não estivéssemos a falar do Sporting: porquê o A e não o B? Mas o B não nos ganhou uma vez e o C não é amigo do Z? 
Mas também não tenho dúvidas que se esse modelo estivesse já implementado ele próprio poderia ser hoje um importante apoio à tomada de decisão do próprio Vercauteren na escolha do seu braço direito. Como teria sido o ano passado, quando surgiram os primeiros problemas com Domingos e com o modelo que pretendia implementar e que, de forma nítida, não estava a resultar. O mesmo se poderia dizer relativamente ao sucedido este ano com Sá Pinto. Se por hipótese, tivéssemos evitado estar neste momento a pagar a 3 treinadores em simultâneo, já teríamos justificado o investimento na constituição da referida assessoria técnica.
Poder-se-à também pensar na dificuldade que representaria a aceitação por parte de um treinador ter alguém a questionar a sua competência. Teria obviamente que haver tacto e bom senso, de forma a que as matérias a abordar não fossem colocadas nesse plano. E qualquer treinador inteligente percebe que não há nenhum profissional que não precise de se saber mais, conhecer melhor, em suma, da necessidade de nos formarmos continuamente.

A implementação deste tipo de solução poderia ser também importante na interacção com os treinadores da Academia Sporting. Se ela é hoje uma referência mundial na formação de jogadores, ampliar essa virtude a uma escola de treinadores só traria vantagens acrescidas para o clube.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O certo pelo incerto e o candidato Baltazero

Continuam os rumores sobre hipotéticas transferências. Hoje é Jeffren que é dado como hipótese para Liverpool. Seria uma perda importante, quanto a mim. Depois de parecer ter resolvidos os problemas de  lesões crónicas que o afectavam - curioso como não foram dados créditos ao Sporting por ter conseguido o que o Barcelona tanto tentou... - o internacional espanhol tem todas as condições para finalmente comprovar o muito que é legitimo esperar dele. Por isso veria com pena a sua partida, justamente agora.

Rumores devem ser tratados como tal e até ao fecho da janela de transferências, que ainda nem aberta está, serão muitos os que circularão. De qualquer forma reitero o que tenho dito sobre o tema: o potencial deste plantel continua sub-avaliado, face à instabilidade em que tem vivido, pelo que uma intervenção de fundo na sua constituição me parece precipitada.

Julgo que passou despercebida a muitos Sportinguistas a entrevista de Pedro Baltazar ao programa Zona Mista, já na madrugada do passado sábado. Já do tempo da anterior campanha que a substância do discurso deste consócio me merece atenção pela pertinência do que diz, apesar de ter com ele uma divergência de fundo: para Pedro Baltazar o Sporting é a SAD e para mim a SAD é apenas uma parte, muito importante é certo, mas apenas uma parte do Sporting. E tenho muitas dúvidas que as suas ideias para a SAD pudessem produzir resultados significativamente diferentes das que que foram tomadas. Ainda me lembro de Zico e, quando vem com a ideia de um treinador espanhol (a menos que fosse Guardiola...) ou italiano, ainda mais desconfiado fico.

Pareceu-me interessante a ideia da responsabilização dos órgãos sociais pela gestão realizada. Já outras me parecem a exploração do momento, como por exemplo a incongruência de se achar que o plantel é bom, mas a solução económica é má, como aqui foi já abordado. Mas comparar Godinho Lopes a Vale e Azevedo é mau gosto e ir longe de mais. Zero para Baltazar.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"Pinto da Costa poderá gostar mais da selecção da Colômbia"

Esteve muito bem Paulo Bento a colocar no seu lugar o presidente do FCP. Julgo que é preciso recuar aos tempos do saudoso João Rocha para ver alguém responder como deve ser a Pinto da Costa: com acutilância mas sem lhe cair o pé para o chinelo, como são quase sempre as respostas que surgem do outro lado da segunda circular.

Não é a primeira vez que Pinto da Costa demonstra o seu pouco interesse pelo sucesso da selecção nacional, apesar das palavras de circunstância ditas sem muita coerência, e normalmente motivadas por razões que pouco ou nada têm a ver com o apreço pela equipa das quinas. Recue-se ao tempo de Oliveira como seleccionador nacional ou de Carlos Queiroz, de quem foi testemunha abonatória, quem sabe para lhe retribuir o jeito que lhe deu para o "negócio Moutinho" a absurda não convocação deste para o Mundial da África do Sul.

Certamente muitos se lembram do que foi o seu relacionamento com a selecção ao tempo de Scolari. Não é preciso atribuir credibilidade ao testemunho de Carolina Salgado, então sua companheira, segundo a qual PdC terá aberto uma garrafa de champanhe após a derrota na final de 2004, ante a Grécia, para perceber que  PdC não morria de amores pela selecção.

Já poucos se lembrarão (e muitos dos que hoje comentam nas redes sociais não eram ainda vivos) mas não é a primeira vez que Pinto da Costa se atravessa no caminho da selecção. Há precisamente 34 anos, mais precisamente em Outubro de 1978, estava então PdC a instalar-se na presidência do FCP, a FPF marcou um encontro particular com a Espanha em Vigo. Era então seleccionador Mário Wilson. Pedroto e Pinto da Costa recusaram-se a ceder os jogadores do FCP e esta acabou mesmo por jogar em Vigo sem os jogadores azuis e brancos. Mas, ainda antes do jogo, a selecção foi vaiada em plena estação de Campanhã (a comitiva deslocou-se de comboio entre Lisboa e o Porto) e na comitiva de "boas-vindas" estava nem mais nem menos que... Pinto da Costa.

Quem assistiu como eu, à chegada de PdC ao futebol português, testemunhou todo o seu percurso, não tem problemas de memória, ou se tornou indulgente perante o seu sucesso, tem presente que o dirigente mais titulado do futebol português gostou sempre apenas e só do seu clube. Se isso é naturalmente apreciado pelos adeptos do FCP, já não se compreende as honras que lhe são concedidas pelos diversos poderes (políticos e desportivos). O muito que o FCP deu ao futebol português nas suas conquistas internacionais resultam de uma inerência desprovida de qualquer generosidade ou altruísmo de PdC.

Há poucos dias, na sequência deste post, vieram à discussão as virtudes da gestão desportiva de PdC. Elas são indesmentíveis. Mas também é hoje indesmentível que os meios empregues para alcançar a actual hegemonia permitiram a PdC "comprar" o tempo necessário para se especializar numa actividade onde hoje praticamente não conhece rival. É esse tempo que os que chegam não têm e por isso sentem sempre enormes dificuldades em se afirmar. Por isso os elogios que hoje lhe vejo serem feitos enquadro-os no mesmo âmbito dos elogios a quem prospera pela concorrência desleal. Em suma, é o elogio do chicoespertismo.

Voltando às palavras de Paulo Bento: confesso que tenho saudades de ver alguém a falar com esta coragem e desassombro. Não apenas sobre PdC, mas sobre as idiossincrasias do futebol português e que essas vozes não venham de Alvalade. Até nisso PdC é um bom estratego: em regra não abre mais do que uma frente de batalha. Sabe de há muito que, para arrumar o Sporting, basta "atirar-lhe às pernas" no tiro de partida. A instabilidade interna que geram os primeiros maus resultados, num clube que nada ganha há muito, fazem o resto. PdC também conhece o fenómeno como ninguém: o seu FCP era assim quando lá chegou.

Nota: Este foi o post 2000 do ANortedeAlvalade .

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ibrahimovic imita Wolfswinkel



Num exclusivo do A Norte de Alvalade o nosso repórter capturou o instantâneo que está a chocar o mundo. Ontem no decorrer do encontro entre a Suécia e a Inglaterra o avançado Ibrahimovic não satisfeito em humilhar a Inglaterra com golos de toda a forma e feitio ainda teve o desplante de celebrar com gestos ofensivos para a bancada.
O avançado Sueco reconheceu no final que se inspirou no jovem avançado leonino, Ricky Wolfswinkel, confessando que também sonha ser primeira página do Record, disse o avançado ao nosso repórter, "A carreira de um grande jogador não está completa sem instaurar um processo por difamação a um pasquim."
Sabemos de fonte segura que a UEFA já tem o caso sob sua alçada disciplinar tendo mesmo aberto um inquérito por conduta imprópria, segundo a nossa fonte as razões quer deste inquérito quer do de Wolfswinkel são, "A malta anda por aqui sem nada para fazer, veja lá que ontem até vimos o jogo do Gabão contra Portugal, uma seca mas o pior foi que a meio do jogo desapareceu o whisky e o caju, obviamente que tínhamos de abrir um inquérito."
O poderoso avançado Sueco, que já esteve na órbita do Benfica, pode agora sofrer com a mão pesada da UEFA, segundo nos foi revelado, "O castigo pode ir de um a três Luisões depende se o PSG passar para a Liga Europa e puder jogar contra algum clube do vosso país. Por exemplo se sair no sorteio um PSG-Benfica e o João Rodrigues devolver o whisky e o caju temos de aplicar o quadro penal mais grave, assim algo que apanhe as duas eliminatórias. Caso contrário arquivamos."
P.S.- Se os nossos queridos leitores pretenderem fotos do vosso jogador favorito a fazer gestos obscenos para a bancada é só pedir... Prometemos imagens bombásticas e  inequívocas!!!!!

As tão ansiadas prendas de Natal

O mercado de inverno ainda não abriu mas começam já a correr as noticias sobre as sempre tão ansiadas prendas de Natal. A ser verdade o que se diz, parece haver um compromisso assumido entre GL e Vercauteren para a recomposição do plantel, com particular atenção para o ataque e defesa. Foi também já tornado público, e até agora não desmentido, que GL assumiu com a JL o compromisso de fazer regressar Onyewu do empréstimo malaguenho. Simultaneamente existem rumores - valem o que valem - da possibilidade de saída de alguns elementos da linha média, onde as opções são abundantes, quer em qualidade quer em quantidade. O post de hoje abordará estes três pontos.

Há realmente necessidade de recompor o plantel? Deve o Sporting satisfazer as vontades do novo treinador? Estas são as duas perguntas que me ocorrem neste momento. E a resposta que me ocorre vem na linha do que aqui escrevi vezes sem conta: parece-me inevitável a aquisição de um ponta-de-lança que concorra e sirva de alternativa a Wolfswinkel. Nem Rúbio, Viola ou Betinho o são neste momento. Oxalá não surja uma lesão ou o 5º cartão amarelo a Wolfswinkel - veremos se este não surge em Moreira de Cónegos, jogo que antecede a recepção ao SLB... - para o confirmar.

No que à defesa diz respeito continuo a pensar que faz pouco sentido o regresso de Onyewu por razões estritamente técnicas. Não me parece que, desse ponto de vista, possa oferecer muito mais do que já temos, além dos custos que o regresso implicaria. E, como lembrei aqui há dias, as afirmações recentes do americano a uma publicação do seu país, e de forma pouco coerente com as palavras de despedida de Alvalade, o americano foi muito critico em relação ao tempo que passou no clube. A aquisição de um novo elemento parece-me impensável para quem tem Mendes e Reis em linha e Dier, Illori e Tobias Figueiredo para daqui a dois, três anos. O mesmo é válido caso se confirme um possível abandono de Xandão.

Elias e Gélson Fernandes têm sido apontados a clubes russos e suíços, respectivamente. Vender Elias dificilmente deixaria de ser em baixa - um mau negócio, portanto - logo agora, que parece estar a começar a render o que dele se espera. Mas a sua saída, por uma boa proposta, não deixaria o treinador sem opções seguras para o lugar. Será mais ou menos o mesmo para Gélson, se bem que o lugar ficaria apenas para Rinaudo, que tem sido segunda opção. A esse facto não será alheio o que disse recentemente Manuel Fernandes, quando invocou a falta de rigor táctico do argentino. A saída de Izmailov, sempre falado em cada abertura do mercado, e para clubes russos, não teria grande impacto, atendendo ao que tem sido o seu contributo nos últimos anos.

Conclusão: tendo em conta o que são neste momento as ambições do Sporting para a presente época e a gestão racional dos recursos humanos e financeiros à disposição a única aquisição inevitável continua a parecer-me ser um ponta-de-lança. Continuo a pensar que sem melhorias no treino e nas opções técnico-tácticas todas as avaliações que se fazem aos jogadores do plantel são precipitadas. E, com tantas mudanças consecutivas de treinador - cada cabeça, cada sentença - em tão curto espaço de tempo, o Sporting já está a correr elevados riscos de desperdiçar talento e dinheiro. Veja-se o que aconteceu a Adrien e onde anda André Martins...

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Há quem só tire a boca da mama para chorar

O presidente do Conselho Geral do SCBraga foi último a juntar-se ao coro de carpideiras arsenalistas que surgiu após a derrota do clube minhoto em Alvalade. Sem qualquer pudor, relacionou o facto de Godinho Lopes se ter apresentado na semana passada na sede da FPF (sem conhecer o teor dos assuntos pretensamente tratados nessa reunião de 15m) com o lance anulado ao Braga, e por sinal bem anulado. 

Objectivamente Mesquita Machado insinuou uma relação de causa e efeito entre esses dois factos, o que quer dizer que lhe passou pela cabeça que Pedro Proença, considerado por muitos como o melhor árbitro português, é passível de ser influenciado. Aqui tenho um ponto de concordância com Mesquita Machado e não apenas ao árbitro em questão: para mim todos venderam a alma ao diabo. E convém realçar que Mesquita Machado nestas matérias de tráfico de influências e corrupção pode ser considerado uma autoridade nacional.

O Sporting em comunicado reagiu às declarações do presidente da APAF mas não foi tão longe relativamente às declarações Mesquita Machado, ou do Braga em geral. Mas devia tê-lo feito, até pela barragem de artilharia que se montou, tentando, pela exaustão dos espectadores, convencer-nos que a falta sobre Schaars não foi falta, ignorando cirurgicamente aquele que deveria ter sido o caso do jogo: o absurdo fora-de-jogo a Wofswinkel. E já nem falo do perdão da expulsão de Salino, tendo em conta que o primeiro cartão amarelo foi exibido sem justificação.

Braga que diz que não comenta a arbitragem porque realmente lhe é conveniente o silêncio. E compreende-se melhor porque como poderia justificar este penalty ridiculo, que lhe permitiu desbloquear um jogo que lhe estava a correr "muito bem", atendendo às oportunidades desperdiçadas pelo Gil Vicente, estava o resultado em 1-1:
Enquanto isto acontecia o Sporting perdia no Bonfim, ante o Setúbal, com o segundo golo a ser assim validado, precisamente pelo mesmo assistente que, na 1ª parte tinha anulado 2 lances limpos, um a Jeffren outro a Wolfswinkel:
O silêncio já vinha de trás, quando o árbitro conseguiu não ver esta agressão de Micael, no jogo com o Olhanense, que haveria de terminar 4-4. O lance ocorre já o Braga perdia por 2-1, e acabaria por recuperar de 1-3 para 4-4. Será que teria sido possível?...
Enquanto isso ao Sporting acontecia o que aconteceu no Dragão, onde jogou muito mal, mas se o tivesse feito bem não sairia de lá com um resultado muito diferente. 

Esta guerra latente com a arbitragem, com os interesses instalados (muita comunicação social associa-se a este status quo, em conivente estado de negação) e com o sub-mundo que se movimenta em torno do futebol está a ser perdida, batalha após batalha pelo Sporting. E assim sucede porque o Sporting não é nem consequente nem objectivo nessa luta, como muito bem assinalava aqui há dias um leitor. Tanto se manifesta de forma ruidosa como se remete a um profundo silêncio sobre a matéria, ignorando que o que se passa à sua volta, que também influenciam a classificação.

Com este comportamento errático o Sporting justifica um pouco os que habilmente transformam a justeza das suas reclamações em desculpas. Ora o Sporting não se deve acanhar de reclamar o que é seu de direito só porque não joga bem - e sem melhorar neste aspecto dificilmente pode almejar muito mais do que um 3º lugar disputado ao palmo -  ou esquecer-se de o fazer quando as coisas lhe correm de feição. 

Nesta guerra não todos os momentos são oportunos porque todos os pontos contam. Hoje sabemos bem o que nos custou o ano passado, quando os 3 pontos que nos separaram do Braga nos remeteram para a UEFA. E por melhores que sejam os treinos e as opções tácticas não há equipas que se consolidem a perder pontos. E o Sporting tem jogado tão pouco que até nem precisa que lhos roubem.

P.S. - Uma vez que o nosso leitor MM tem uma opinião diversa da minha relativamente ao lance que o SCB reclama deixo aqui o o vídeo do lance, gravado de ângulos diferentes para, quem assim entender, se pronunciar.O que diriam os jogadores e dirigentes do SCB se sofressem um golo desta forma?


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

À noite, no museu

O tamanho importa
Esteve bem Godinho Lopes ao decidir por os "pontos nos ís" relativamente à discussão relativa à dimensão dos clubes. O suficiente para levar Salvador a corrigir a afirmação de que o Braga era já "a 3ª força desportiva nacional" para a "3ª equipa de futebol nacional". Substancialmente diferente, como é bom de ver, mas o suficiente para nos fazer pensar no que têm sido os erros cometidos e que, ao invés de nos aproximar dos lugar de topo, frequentados pelos nossos principais rivais, nos puxam para baixo, onde o Braga se agiganta.

A confirmação de Salvador
O jogo acabou por confirmar as palavras de Salvador: o Braga é muito mais equipa do que o Sporting e duvido que essa diferença possa ser já esbatida neste campeonato. Atenção, isto não é o mesmo que dizer que os jogadores do Braga, de forma genérica, são melhores que os do Sporting. Para termos uma noção real do valor de alguns dos que dão mais nas vistas (Beto, Viana, Mossoró, Custódio, Éder, p.ex.) era preciso vê-los jogar nas mesmas circunstâncias que jogaram ontem os jogadores do Sporting: com o peso da camisola do Sporting, em Alvalade, a um passo da linha de água.

A vitória de ontem foi merecida por todos mas desses salientaria os adeptos que estiveram presentes, os jogadores e o treinador. 

A vitória dos jogadores 
Começando pelos jogadores, foi preciso um enorme "upgrade" para aparecer ao nível que estivemos ontem na 1ª parte, isto se atendermos ao que tinha sido o jogo de quinta-feira passada, ante uma equipa muito inferior ao que é o Braga de hoje. Jogadores que têm sido os principais castigados pela anarquia que tem marcado o nosso futebol desde o inicio de época e que, assim, não rendendo o que podem, vêm o seu valor colocado em causa. Wolfswinkel é hoje talvez o melhor exemplo. Como podia ser Jeffren e outros. 

A serenidade de Vercauteren
À resposta dada pelos jogadores não é alheio o trabalho de Vercauteren. Longe de sermos ainda a equipa organizada nos diversos momentos do jogo, demos já alguns passos, o suficiente para alcançar  - com  sorte - uma vitória. E as equipas, as que jogam bem e as que jogam mal, não se consolidam sem vitórias. 

Há ainda muito para fazer, como foi mais visível na 2ª parte: Mas se não gostamos de ver o Sporting defender daquela forma, é também óbvio que neste momento aquela é a forma possível. Talvez esse seja o melhor que Vercauteren nos possa dar: realismo do muito que há para fazer, como o próprio reconheceu em mais uma boa presença na conferência de imprensa. 

Balada dos tristes
Tem sido muito curioso registar as declarações dos que, de dentro e de fora, reclamam a necessidade de um Sporting mais forte, para o bem do futebol nacional. Mas esses são precisamente os mesmos que, quando as vitórias do Sporting surgem nunca ficam satisfeitos. São os mesmos que hoje são incapazes de ver o empurrão de Eder nas costas de Schaars e ignoram o maior erro da arbitragem do jogo, quando foi marcado um fora-de-jogo a Wolfswinkel, quando este se encaminhava já isolado para a baliza. 

Se aos adeptos dos outros clubes se compreende este esquecimento, já difícil é compreender o papel da comunicação, em particular da especializada. Ontem o lance de Wolfswinkel foi completamente ignorado pela SportTv, para repetir à exaustão o do golo, bem anulado. O comentador de serviço deu-se ao desplante de afirmar "eu não marcaria esta falta". Ora as faltas não são para se marcar? Talvez por isso faça sentido reler o artigo ontem aqui deixado pelo Virgílio.

Vitórias do Sporting são más para a economia
Ontem foi apenas uma das muitas vitórias que o Sporting precisa para regressarmos a alguma normalidade, a que a actual classificação se opõe. Mas se ela nos deixa com quase duas semanas de folga, é capaz também de ser má para a economia. Há uma legião de indivíduos (Inácio, Carlos Xavier, Venâncio, Eduardo Barroso, técnicos, psicólogos, economistas,etc, etc) que serão ignorados pelos média, ficando "desempregados". O filho de Litos já poderá ir para a escola sem vergonha, e a PT não poderá ver acrescida a sua factura de comunicações internacionais. Uma vez que não me cabe a mim colocar em causa o seu Sportinguismo, talvez estivesse na altura de os próprios questionarem o seu próprio papel nos piores momentos do Sporting...

Ficha do jogo:

domingo, 11 de novembro de 2012

“A principal referência são os sportinguistas”

Comemoração do 20º aniversário do NSCB: a confirmação de que as leoas não têm par em beleza...


Deveria ter sido a frase que titula este artigo a grande mensagem a passar. Mas não, como o que se pretende é provocar polémica – sempre e quando esta em causa o Sporting –, descontextualiza-se e coloca-se outra frase nas parangonas, que agora por aí circula a toda a velocidade e que dá azo à revolta e incredulidade de tantos sportinguistas. Mais uns estragos alcançados! Adiante… O ataque é contínuo. Da imprensa que quer vender e dos sportinguistas que compram todas as guerras que a Comunicação Social nos vende… Por incrível que pareça há sportinguistas que acreditam que exista outro sportinguista que verdadeiramente pense e afirme que o futebol não é a modalidade mais importante do clube e que, para cúmulo do azar, esse sportinguista tenha chegado à presidência do Conselho Directivo. Enfim, que haja sportinguistas que gostem mais de outra modalidade que não o futebol, até se concebe e é verosímil inclusivamente pensar que tal possa acontecer com maior frequência entre nós do que noutros clubes. Mas que defendam que a modalidade que preferem é superior, em importância, ao futebol, realmente só vivendo completamente desfasados da realidade… Embora por outras palavras, o que Godinho Lopes desta vez afirmou foi, imagine-se, aquilo que tantos e tantos de nós repete muitas vezes, principalmente quando as coisas não correm bem no futebol: que “O Sporting somo nós”, isto é, os sócios e adeptos leoninos. A minha questão é: afinal somos ou não somos a principal referência do Sporting? Fomos nós ou não que garantimos a grandeza deste grande clube? É ou não por nossa vontade que o SCP, mesmo estando longe da hegemonia futebolística, mantém a sua implantação social e a sua grandeza intactas? De que servem as modalidades praticadas por um clube com a dimensão social do SCP, tenham elas a importância que tiverem, se tudo isto se perder, isto é, se os sportinguistas deixarem de ser a sua principal referência? Nem o futebol, que é também a minha modalidade preferida, supera a importância do meu sentimento pelo SCP, enquanto um todo, enquanto clube que alberga centenas de atletas, de dezenas de modalidades que encantam milhões de adeptos.

Outra das frases que acusam hoje GL é a de querer calar as vozes que APENAS denigrem o SCP… Bem, há anos que oiço os adeptos da minha cor, queixarem-se dos papagaios e de que ninguém lhes consegue por cobro… Não sei se será possível a GL concretizar o que jamais alguém conseguiu antes, mas ao manifestar essa intenção, vem, mais uma vez, ao encontro do que a grande maioria dos sócios comuns pede: calar a papagaiada com vontade de protagonismo e que incendeiam a nação leonina! Cabe-me ainda contextualizar esta afirmação, uma vez que estava presente no salão em que foi proferida e posso fazê-lo com total propriedade. Ela surge na sequência de excelentes discursos proferidos durante as comemorações do 20.º aniversário do Núcleo Sportinguista de Castelo Branco, protagonizados pela representante da Junta de Freguesia, posteriormente complementada pelo Sr. presidente da Câmara Municipal da minha cidade natal, ambos ferrenhos sportinguistas. Lembraram eles, imaginem lá vocês, que na vida das pessoas, como na vida das Instituições, existem impreterivelmente bons e maus momentos, mas que deve ser principalmente neste últimos, que é quando o SCP mais precisa, que nós teremos que apoiar ainda mais o clube que dizemos tanto amar, unirmo-nos em seu torno e estar mais atentos aos ataques cerrados proferidos contra um SCP fragilizado. Fizeram-no apelando de seguida a GL, enquanto actual líder, para dar o exemplo, reforçando a sua acção em prol da defesa do SCP. Foi nestas circunstâncias que GL proferiu o discurso final antes do almoço, e entre muitas outras mensagens, se opôs contra aqueles que sistematicamente aparecem a denegrir o SCP. Basta fazer um ligeiro esforço de memória para, estou certo,  cada um de nós identificar algumas dessas figuras, que só quando andamos de rastos dão a conhecer a sua opinião…

Não me interpretem mal, a crítica tem razão de ser e faz MUITA falta. Eu próprio critiquei no passado e critico sempre que me parece justo. Temos é que fazer um esforço em produzir apreciações na forma mais correcta e com conteúdo mais construtivo, racional, moderado. Situação que eu próprio, admito, nem sempre respeitei. Por breves instantes, pouco depois de ter chegado à sede do Núcleo, cheguei à fala com o Presidente do CD do SCP e do que lhe disse, percebi, não deve ter sido muito do seu agrado. Contestei a forma como o SCP comunica e, principalmente lida com a CS. Dei os recentes exemplos que todos temos ainda presentes, mas poderia ter mencionado centenas doutros episódios em que os OCS tão mal tratam o SCP. Lá está, mostrei-me critico e ele não só aceitou adequadamente a minha opinião como, estou certo a registou e tomou em devida conta. Nunca tinha estado antes com GL, pelo que a impressão pessoal que tinha dele formou-se a partir do que observava / via / ouvia / lia na Tv, rádio e jornais. E, resumidamente, afirmo que Godinho Lopes é dos tais casos em que é “muito melhor ao vivo que na televisão”.

Por fim, resta-me agradecer o maravilhoso ambiente vivido ontem em Castelo Branco, de completa sintonia, harmonia e partilha leonina. É por isto que somos enormes, o Amor ao SCP e o gozo que nos dá amá-lo em conjunto, quando todos temos em mente esse objectivo. A minha alma saiu reforçada também muito ao convívio com verdadeiros mitos e figuras históricas do SCP. Mencioná-los seria fastidioso porque estiveram efectivamente muitos deles presentes, mas não podia deixar de enaltecer a simpatia e o esforço da Associação de Basquetebol do SCP, que está a iniciar o desafio que é devolver, novamente, esta modalidade ao seio do SCP. As dificuldades são múltiplas mas, pelo que pude observar, o empenho de atletas e dirigentes é enorme e vão conseguir vencer. Muita força para todos eles. Merecem toda a nossa atenção e apoio. Bem sei que o post já vai extenso, mas deixo ainda uma última nota a dar os parabéns à organização do evento e ao Núcleo Sportinguista de Castelo Branco pelo seu 20.º aniversário. É desta que me faço sócio… prometo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Só existe um Sporting


Nota prévia: Cuidado, este post devia ter uma bolinha no canto superior direito.
Desengane-se quem pensar que há muitos, Sporting Clube de Portugal, não há, só existe um e é deste que temos de cuidar. É oficial, esta é a pior época de sempre do Sporting, pode ainda terminar com alguns mínimos alcançados mas o presente é o pior momento de sempre. 
O presente é o corolário lógico das últimas décadas, Alvalade é uma trituradora, não de treinadores mas de tudo aquilo que lá se instale, projectos, dirigentes, treinadores, jogadores, sócios e adeptos. Conseguimos criar o mais perfeito clube de destruição maciça de que há memória.
Resolvemos os nossos problemas como meninos mimados, fazemos uma birra, agredimos a nossa família, exigimos brinquedos novos e quando a família, rica por sinal, nos atira com mais umas chupetas douradas calamo-nos durante uns tempos para voltarmos à berraria mimada da perpétua insatisfação.
Continuamos a acreditar que há escondido num nevoeiro qualquer um milagroso dirigente, técnico ou jogador que nos vai devolver a glória. Não há, já devíamos ter aprendido isso. A resolução dos problemas do Sporting não vai acontecer rapidamente, não existem varinhas de condão, fundos ou cheques que o façam. Há muito a fazer, há trabalho e responsabilidades para ocupar e criar cabelos brancos a centenas de Sportinguistas, talvez, ao ritmo que provocamos a rotação de pessoas nas cadeiras, para alguns milhares…
A Godinho Lopes pedia para fazer a seguinte reflexão pessoal, está disposto a ser Presidente do Sporting Clube de Portugal durante a próxima década? Se a resposta no seu íntimo for não, por favor saia depressa, precisamos com urgência de dirigentes que pensem, trabalhem e conquistem o futuro. O próximo jogo para mim não tem qualquer interesse, o fim da época já é passado e o futuro começou ontem. A situação é dramática e quem quiser ser solução e não problema tem de se apresentar depressa.
Por outro lado, se a resposta for sim, o esforço a fazer desde já é imenso. Neste caso pergunto, quem somos nós? Quem é o Sporting Clube de Portugal? Qual é a nossa função no mundo?
Nenhuma organização existe para pagar juros e dívidas, seja uma Nação, seja um clube desportivo, seja uma SAD. Sendo este reconhecidamente um dos nossos maiores problemas espero que não seja para isso que existimos, primeiro porque é uma actividade que dá pouco lucro, segundo porque é uma actividade chata e pouco emocional e eu sou Sportinguista por convicção e emoção, na alegria e na tristeza até que a morte nos separe.
Preciso de saber urgentemente a quem é que tenho de partir o focinho quando saio à rua de cachecol e camisola do Sporting, do mesmo modo e com a mesma urgência preciso de saber quem devo abraçar e proteger. Sabe, muito melhor que eu, que as dúvidas nesta matéria podem levar a actos menos cívicos contra um Presidente recém-eleito e, por oposição, a deixar passear alegremente por Alvalade o filho mal parido de uma qualquer mãe incógnita que escolhe fotografias para a primeira página de um jornal.
Não escolha muitos alvos ao mesmo tempo, escolha um de cada vez até atingir um record.
São estas algumas das dúvidas que nos assaltam e perturbam os ânimos e que urge definir imediatamente. Mas há mais, somos um clube formador ou um entreposto comercial? Ou seja, tenho de andar pela rua a espiar cada puto que dê um pontapé numa pedra ou a jogar o FM2013 para saber quem é o último suco da barbatana do tubarão da Noruega, do Gana ou do Chile? Queremos muitos, Aurélio Pereira ou Jorge Mendes? Qual é a nossa identidade?
Tenho de andar a tecer loas à gestão de clubes rivais? A sério? Tenho mesmo de perder latim com quem nos quer apagar do mapa? Se sim, para quê? Ganhamos algo com isso? Não são as nossas ideias próprias melhores e desportivamente maiores para perder tempo com organizações mafiosas que por acaso se dedicam, também, ao desporto?
Já conseguimos saber o que queremos da arbitragem? É que a classe parece saber perfeitamente o que quer fazer de nós! Por mim tinha mantido o amador de Aveiro, mais vesgos que os oficiais, internacionais e outros anormais que são promovidos com brilhantes classificações ao seu trabalho não devem ser.
Para finalizar, caro Godinho Lopes, uma boa noticia, fiquei feliz em saber que o meu outro amor, a Associação Académica de Coimbra era a 2ª maior potência desportiva nacional, quem me disse foi o mestre-de-obras do clube da cidade vizinha da Capital Nacional da Cultura, disse o mestre e tem sido corroborado por uns assalariados e demais avençados, que o seu clube, não sei se de bolso ou de coração, é o 3º nacional! Já tinha ouvido o mesmo de um militar em reforma domiciliaria lá para os lados do bessa e de um barman da Madeira como ainda nenhum chegou aos calcanhares da Briosa suponho que a Académica seja a 2ª Nacional.
Só fico com uma interrogação, quem será a 1ª potência desportiva nacional?  Se calhar até é o Sporting e nós nem sabemos… parece que há vergonha em dizer isto bem alto…

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Este Sporting não é para fracos


Nota (editada já depois da colocação do post): hoje não haverá post após o jogo. Escrevo esta nota no intervalo do jogo e lembro-me de um ponto essencial das linhas abaixo: o treinador é a peça fundamental num projecto futebolístico. E, avaliar pelas primeiras ideias, espelhadas nas escolhas que fez para mudar, ou nos enganamos na escolha ou Vercauteren precisa ainda de muito tempo. E sim, com estas opções, Peseiro só de pode estar a rir de contente... E como ainda faltam 45m, até podemos golear, que eu não mudo uma linha.
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Diz o Hélder Barbosa hoje que o SCBraga é o terceiro grande, depois do FCP e SLB. E justifica isso de forma vaga, que talvez se prenda com a classificação actual do Braga. Talvez o moço não diga nem mais nem menos que alguns Sportinguistas já vão dando como certo e outros vão já agoirando.  Isto é mais o menos o mesmo que um condutor domingueiro, a meia de uma copiosa digestão, dá consigo a ultrapassar o Alonso, parado na berma da estrada, e crê-se ter ascendido à elite dos pilotos mundiais.

É um erro muito comum, um pouco bacoco, diga-se, pensar que o Sporting de hoje, que está meio avariado e em pane, é apenas isto. É isto mas não só. É também o passado e aquele que o futuro trará. E, pese o momento, não tenho razões para pensar que nos próximos anos tenhamos que nos preocupar com as ultrapassagens do Braga.

Mas convém ir retirando as devidas ilações dos erros cometidos. Continuo a pensar que o Sporting não resolverá os seus problemas enquanto não encontrar um treinador que lhe sirva. Porque essa é a peça fundamental da engrenagem, mesmo sem deixar de considerar a estrutura que o deve suportar.

Veja-se o caso do SLB. Todos temiam o pior com a saída apressada de Javi Garcia e Witsel. Um erro crasso de gestão desportiva cometido para tapar os furos de igual má gestão financeira, com a compra de jogadores a granel e com a péssima gestão do que sucedeu na Alemanha com Luisão, peça fundamental. Não fora o treinador a inventar soluções, a fazer aparecer jogadores que ninguém tinha "visto" antes - veja-se o caso de Melgarejo, condenado apressadamente, mas que o treinador não deixou cair, mesmo atravessando o próprio pescoço - e o descalabro, mesmo que não tão estrepitoso como o nosso, seria inevitável. Há quanto tempo não vemos um treinador em Alvalade que, se não conseguir valorizar o que tem em mãos, ao menos não desperdice?

Mas não falta apenas saber escolher um treinador, que espero tenha acontecido agora com Vercauteren. Continua a faltar saber reagir às pequenas contrariedades, antes que elas se transformem em crises. Por norma a resposta à adversidade é a desagregação, quando aquela exige precisamente o contrário. E se a dos adeptos é a que se sabe, a que tem efeitos nefastos mais directos é a da equipa dirigente.

Não sei quais foram as razões que levaram à saída de Duque e Freitas e, como disse anteriormente, compreendo que o presidente chame a si a responsabilidade do futebol, tendo em conta os efeitos que os resultados produzem na relação com os adeptos. Já me custa mais a aceitar o timing escolhido, do qual é mais provável haver prejuízos que benefícios  A entrevista dada ontem por Manuel Fernandes leva-me a pensar se, mais uma vez, não houve o triunfo de uma linha de pensamento sobre a  que vigorava, levando a reescrever o guião pré-estabelecido.

A ideia de que, ao invés de todos remarem para o mesmo lado, se navega em barcos diferentes é muito comum no Sporting e é capaz de se justificar. E nem sequer estou a falar de "golpes palacianos", como vulgarmente vemos descritos. Refiro-me à viragem de rumo às primeiras dificuldades, sem dar tempo para verificar a bondade ou acerto das opções tomadas, tomando-se decisões apenas e só em função dos resultados. Talvez no futebol os projectos sejam apenas os resultados de cada fim-de-semana.

E o projecto apresentado por GL aos sócios para o futebol era, quero crer, mais do que apenas as pessoas,  uma ideia base: reformulação do plantel, com aquisição de jogadores que permitissem criar valor e sustentabilidade de forma a que, a médio prazo, a formação voltasse a ser preponderante, sem terem que ser os mais novos a arcar com as responsabilidades, como sucedeu no passado. Alguma coisa terá sido bem feita a avaliar pela resposta dada pelos adeptos, quer na recepção a Domingos, quer no jogo de apresentação da época passada. O resto sabemos como foi.

Falando de lições, se há alguma lição a retirar da última derrota em Setúbal é a de que podemos melhorar e ainda assim essas melhorias não se reflectirem na classificação. Pior, pode até acontecer o contrário e o jogo de mais logo, juntamente com o do Braga, no próximo fim-de-semana, podem constituir uma confirmação dessa possibilidade. 

Este realismo, que não deve ser confundido com pessimismo - até porque tenho uma secreta esperança que logo possamos voltar à normalidade - parece-me necessário, em particular neste momento. E é um pouco de normalidade que precisamos e que julgo que acabará por surgir. Esta "anormal tranquilidade" é inevitável, atendendo ao que valemos e que paulatinamente o Sporting acabará por subir na classificação, aproximando-se do topo. Mas é muito provável que o pior tenha já acontecido e, sem puder lutar por objectivos muito concretos, nos espere uma época de provações.

É por isso muito provável que a nossa relação com o clube seja mais uma vez posta à prova e, talvez como em muitas outras ocasiões - demasiadas para o nosso gosto - precisemos de um coração grande e forte. E talvez como nunca antes, perdoem-me o tremendismo, o Sporting precise de nós como nunca precisou antes. Mas duvido, e sem muitos receios de me enganar, que as consequências sejam o abandono e a deserção.

Muitos acharão que quer um, quer outra, serão compreensíveis, outros inevitáveis. Há sempre uma boa razão para se desistir - o custo de vida, a vergonha, o embaraço, a incomodidade, a revolta - mas a desistência é o que nos torna mais próximos do que o Hélder Barbosa gostava que fosse mas que a realidade desmente: o Braga  não é um grande como nós.

O Sporting de hoje está longe de ser o que gostaríamos que fosse, é um facto. Mas um pai não desiste de um filho porque ele não é o que ele projectou que fosse, um filho não abandona os pais porque eles já não são o que foram um dia. O Sporting, pelo lugar que ocupa no coração de todos os Sportinguistas, também não merece que lhe viremos as costas quando mais precisa de nós.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Manuel Fernandes, o capitão que chega a general

Muitos se interrogaram - ou criticaram até - sobre a oportunidade da entrevista de Manuel Fernandes hoje ao Jornal Record. Para mim, e ao contrário de muitas elaborações, a conclusão é simples: Manuel Fernandes subiu na hierarquia e tornou-se num dos homens fortes de Godinho Lopes. Basta tresler a entrevista para o perceber, estão lá bem claras as razões que levaram à queda de Duque e Freitas. 

Isto significa o triunfo e ascensão de uma linha há muito pedida  por um largo sector de adeptos: dos antigos jogadores e de referências (Manuel Fernandes, Beto, Vidigal, Nelson) para os Sportinguistas. Claro que, agora que a ideia foi levada à prática, chega a hora de, como em muitas outras ocasiões semelhantes, esmiuçar as razões e sobretudo as pessoas que  acham que têm um contributo válido a dar ao clube e, quem sabe, uma forma de retribuir o muito que o Sporting lhe deu. Esse é um preço alto que todos têm hoje que pagar no Sporting e a isso nem o Grande Capitão se conseguirá furtar. Manuel Fernandes sabe-o, por certo.

Pessoalmente sempre achei que a competência devia ser a prioridade, sendo a preferência clubista obviamente importante, a funcionar como factor distintivo. Há nas afirmações de Manuel Fernandes muita coisa com as quais não concordo, mas há uma em especial a merecer o meu destaque: a responsabilidade da actual classificação passa pelos jogadores, mas eles estão longe de, por si só, de poder alterar a actual situação e, tal como os adeptos, são os principais prejudicados pela situação em que nos encontramos.

Continuo a pensar, e não encontro ainda argumentação que me leve a prescindir dos meus juízos, que o problema teve a sua génese em razões de ordem técnica, a que se juntam agora as restantes, que qualquer um pode facilmente constatar e enumerar. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Equipa B, a última tentação

Em nenhum momento dos mais de 100 anos do Sporting se havia visto algo como agora deparamos quando olhamos para a classificação, decorridas que estão oito jornadas. Tristeza, frustração, revolta são sentimentos que certamente hoje todos partilhamos, acrescidos pela difícil compreensão do que está a acontecer. 

São muitos os diagnósticos e poucas as certezas. É mais fácil hoje afirmar que foi um erro despedir Domingos, contratar Sá Pinto, despedi-lo e por Oceano a ver o que dava. Por coerência, mantenho-me fiel ao que disse nos respectivos momentos: pareceu-me boa a aposta em Domingos, pareceu-me inevitável o seu despedimento e, embora constituísse uma surpresa a promoção de Sá Pinto, os resultados por essa via alcançados foram pelo menos razoáveis. Todos os "diagnósticos" feitos à posteriori merecem-me pouca consideração.

Hoje são  as muitas dúvidas em torno da valia do plantel - que me parecem manifestamente exageradas, veja-se o que já se dizia de Jeffren - mas elas não justificam nem as exibições, nem os resultados, nem muito menos a posição na tabela classificativa. Desta forma, e tentando racionalizar, só consigo vislumbrar duas explicações: a qualidade do trabalho desenvolvido (e as opções técnico-tácticas), e as contingências da própria actividade desportiva.

Quanto à qualidade do trabalho e a vertente técnico-táctica, desde os primórdios da época que sobravam as dúvidas e faltaram as certezas. Às primeiras opções de Sá Pinto*, privilegiando a posse de bola e a segurança em construção, sucedeu-se o descalabro, com o desmantelar do alicerce de qualquer equipa: a segurança defensiva. Segurança de que não é apenas responsável o último quarteto, mas sim, tal como todos os momentos do futebol, de toda a movimentação colectiva. 

Ontem, o primeiro jogo de Vercauteren, deu ainda para perceber pouco, mas não me parece muito honesto castigar hoje a defesa por causa de um golo irregular, mesmo descontando os erros de posicionamento. O que é facto é que o Sporting perde por causa de um golo fortuito e outro irregular. Isto dito não invalida que é prioritário trabalhar muito e trabalhar melhor a forma como a equipa defende. E, para uma equipa de um clube grande como é o Sporting, isso que dizer começar a defender assim que se perde a bola. Há muito a fazer nessa matéria e não é apenas no último reduto a precisar de melhorar.

Sou dos ainda não desisti de defender a qualidade geral do plantel, mesmo considerando que falta concorrência/alternativa a Wolfswinkel, o excesso de jogadores semelhantes no meio-campo e excesso de juventude no ataque. Mas essas fragilidades não explicam tudo e o mesmo devem estar a pensar os adeptos do Liverpool ou do Lakers (tudo parecia perfeito...). Todos estaríamos longe de imaginar vermo-nos na posição que nos encontramos. A actividade desportiva está longe de ser uma ciência exacta, capaz de nos dar respostas lineares.

Ainda de ontem sobram as declarações de Vercauteren, que considero que esteve bem na conferência de imprensa. Hoje prefere-se dar o enfoque a uma frase «Fiquei desiludido com alguns jogadores», quanto a mim de forma manifestamente exagerada face à forma como foi proferida. Mas, seja qual for o alcance que Vercauteren queira dar, é um erro deixar de contar com estes jogadores. Porque não me parece que o problema seja de falta de atitude, como habitualmente se define o compromisso dos atletas com a equipa e o clube, e porque não se pode todos os anos reconstruir um plantel.

Desenganem-se aqueles que vêm na equipa B a salvação. Além de Mendes e eventualmente João Mário (que não tira o lugar a Rinaudo...) não há jogadores ainda suficiente "crescidos" para fazer face às dificuldades do que nos espera até ao final do ano. Metê-los nesta fogueira não só não resolverá os problemas dos A´s, como se estragará o que está a correr bem na equipa B. E isso não são tanto os resultados, mas sim a consolidação do muito valor individual que por lá abunda. A tentação dos ovos de ouro é grande, mas são apenas isso, ovos, e para sair desse momento é preciso muito mais do que promessas.

O que o Sporting tem feito nos últimos anos é saltar de modelo/projecto ao sabor dos resultados, sem grande convicção. Ao primeiro desaire deita-se fora tudo: o que foi bem feito, e o que não foi. Por norma começa-se sempre pior, porque há quase tudo para fazer.  

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*Vários foram os comentários depreciativos sobre o post na barra lateral Sá Pinto, o Guardiola do Sporting? Para quem não se deu ao trabalho de ler, o post foi motivado por uma frase de um treinador de um clube adversário e não se tratava de uma afirmação. Mas estou habituado a dar a cara pelas minhas convicções e que se diz no post, (acrescido pelas contribuições dadas nos comentários) sobre a escolha de um treinador, serviu para analisar aquele momento. Mas o post está muito para lá de se centrar apenas em Sá Pinto, pelo que me parece continuar actual, e, já agora, merece uma vista de olhos.

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