sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Keizer Chief

A míngua de boas exibições era tanta que, por comparação com o passado recente, o jogo de ontem em Baku que quase parecia um concerto. Há obviamente ainda muito por fazer, mas Marcel Keizer está obviamente a marcar pontos. E não vale a pena vir com a conversa que o adversário era fraquinho porque isso também era o Loures, o Estoril e até Volska Poltava, que apesar de lhes termos ganho, fizemos um dos piores jogos do Sporting de que tenho memória.

Simplificar processos parece ser a receita de Marcel Keizer. Os jogadores referem-se a isso sempre que são chamados a pronunciar-se e o resultado está à vista na subida de produção de jogadores como Bruno Fernandes, Gudelj, Nani e até mesmo Diaby e na aparição saído do meio do espesso nevoeiro de Wendell. A brincar, a brincar foi a segunda mais expressiva vitória na Europa, não tendo faltado nestes anos vários Sekenderbeus a quem afinfar idêntica receita. O próximo jogo com o Rio Ave será um bom teste de aferição para Keizer e a sua banda.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

André Geraldes, o capacete azul

André Geraldes, de forma surpreendente, escolheu a CM TV para dar uma prova de vida. Não me referiria à entrevista se ele não versasse dois temas importantes que continuam, um mais do que outro, a marcar a actualidade leonina. 

A primeira nota vai para a escolha do canal. Entre tantos disponíveis escolheu logo o pior. Ou então Geraldes andou muito desatento no período em que exerceu o cargo de Team Manager.

A segunda tem a ver com o frase "(...) Tinha uma data de coisas para lidar, estava a tentar fazer o papel da ONU". 

Ora a frase encerra com precisão a actuação da administração de então e onde era Team Manager: tal como a ONU, nos assuntos mais incómodos e escaldantes, o resultado da sua acção foi mais ou menos semelhante: muita retórica, poucos resultados práticos. Senão repare-se na sequência dos eventos, numa espiral em crescendo de confrontação com elementos da Juve Leo e nenhuma medida preventiva e dissuasora foi tomada. 

Confrontação na Madeira, onde Geraldes se deixa ficar de lado, tendo sido Jorge Jesus o elemento que tomou a defesa do grupo de trabalho.

À chegada a Lisboa foi a espera nas garagens.

O sucedido em Alcochete. Ao contrário do que parece agora quererem normalizar, não é minimamente aceitável pelo tempo e pelo modo a forma como a Academia foi invadida, com os agressores a passearem-se como se estivessem a ver as montras da Avenida da Liberdade.

Não sei nem preciso de saber se existiu instigação interna para que estes eventos ocorressem. Não sei nem tenho que saber se há ou não responsabilidades criminais, tenho apenas as minhas convicções sobre o que sucedeu. E aí é para mim bastante claro que houve uma enorme incompetência em toda actuação da administração e é dela que todos os responsáveis têm que prestar contas aos associados pelos prejuízos causados.

Os anglófonos têm uma palavra para isto: accountability. A falta dela é aquilo que nós por cá designamos como o eterno celibato da "culpa", acaba sempre por morrer solteira.

Quanto ao caso Cashball, espero obviamente que seja como ele diz e que o envolvimento do clube não seja mais do que a vontade desviar as atenções do caso dos emails e "e-toupeira" (isso sou que digo). Quanto ao André Geraldes propriamente dito, que seja feliz nas suas novas funções.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Emissão Obrigacionista Sporting – Subscrever porquê?

NDR: este post foi escrito pelo meu amigo José Gomes 

Deixem-me iniciar este post com um preâmbulo. Eu, como muitos de vocês crescemos num mundo em que o desporto e os clubes eram paixão, seriam quiçá também negócio, mas esta ultima vertente era apenas a necessária para que o resto funcionasse.

O mundo mudou e as organizações desportivas como o Sporting também. Não há como fugir da realidade, mesmo que não gostemos dela. Mas há como nos adaptarmos a ela, sem perdermos a nossa identidade, os nossos princípios, a nossa ética pessoal e de grupo.

O Sporting Clube de Portugal tem sido ao longo destes últimos anos e quando a vertente negócio se sobrepôs à vertente paixão uma presa permanentemente alvo da atenção de alguns abutres que gostariam de a capturar. Até agora conseguimos resistir e o Clube é nosso. E com o Clube, o seu ativo mais precioso, a SAD, o futebol do Clube. A SAD tem sido um alvo mais apetecível que as dos rivais pela nossa desunião, pelo desespero que a falta de vitórias no futebol acaba por trazer, pelos seus problemas financeiros. Mas acima de tudo pela nossa incapacidade de traçarmos um caminho de exigência a quem nos tem liderado nas ultimas décadas. Desperdiçamos as nossas energias em permanentes lutas internas estéreis e não somos capazes de nos unir para exigir.

Queremos que o Nosso passado seja o Nosso Futuro?

Chegamos a este garrote financeiro por razões várias e não interessa agora estarmos a desperdiçar as nossas energias á procura de culpados. Porque isso não resolve o nosso problema. O problema é uma asfixia financeira grave que pode comprometer o futuro que queremos. E que acredito, mesmo não tendo votado na lista vencedora nas ultimas eleições, que esta Direção é capaz de oferecer muito ao Sporting. Acima de tudo, um rumo! Porque tem gente muito capaz, para lá do seu Presidente. Porque é uma equipa!

Para isso, é necessário que esta emissão obrigacionista seja um sucesso, mesmo relativo, não se atingindo os 30M€ inicialmente previstos. Essa almofada financeira vai ser a rampa de lançamento para todo o saneamento desportivo e financeiro que é necessário fazer. Sem ela, fica tudo mais difícil.

Foi lançada num momento particularmente difícil a todos os níveis. Principalmente para captar o investimento dos investidores institucionais que seriam o primeiro grande foco. Desde logo, o não reembolso da emissão anterior nos prazos inicialmente previstos retira confiança aos potenciais investidores. Depois, temos Alcochete, o cashball e a falta de confiança em que no curto prazo seja possível maximizar as receitas da sociedade, até pelas dificuldades em entrarmos no curto prazo no caldeirão da Champions.

Essas são as dificuldades. A mensagem de esperança é que os sportinguistas acreditam. E, racionalmente, têm razões para acreditar. Com a almofada financeira que esta emissão possa trazer e com mais alguns milhões que venham do Gelson, é mais que possível normalizar a sociedade e fazê-la seguir outro rumo,. Esta Direção já mostrou que é capaz disso e que está a trabalhar bem na sombra, sem ruído. A maneira como esta operação foi montada, contra ventos e mares é o melhor exemplo disso.

Ou seja, não vindo os investidores institucionais do modo como seria desejável, temos de ir NÓS. Porque o Clube é NOSSO, porque nós somos responsáveis pelo que lhe vier a suceder. Porque temos de ser nós a cuidar do que é nosso.

Além disso, a taxa oferecida por esta emissão é de quase 4% líquidos. E os custos, para quem já tenha ações comissionadas em qualquer banco são muito baixos (rondarão qualquer coisa entre 15 e 20 Euros, no total, para investimentos até €5.000,00).

Acreditar no Sporting é acreditar em nós. Porque nós é que somos o Sporting! E é construir um futuro sustentado que todos queremos. Quem não for agora a esta emissão, pode amanhã lamentar muito não ter ajudado o Sporting quando o Sporting mais precisava de ter a sua base para construir outro futuro. E pode estar a entregar o Sporting de bandeja a quem nos o quer roubar. Para ser sua propriedade. Quem acha que este pode ser o caminho, deve olhar para o Belenenses e tirar as devidas conclusões. Destruir é fácil e rápido. Reavermos o que é nosso pode ser uma tarefa praticamente impossível.

Acabo como comecei. A emissão será sempre um bom negócio para quem investir (obviamente tem um risco, mas não é a PT, nem é o BES). Mas acima de tudo, a participação dos sportinguistas pode evitar que o Sporting passe a ser SÓ e APENAS negócio….

Eu já subscrevi 6ª Feira. Agora passo-vos a palavra a vocês, meus irmãos da savana! Que é onde vive o Leão! Que todos queremos forte e bem alimentado, para capturar as suas presas como fez domingo no João Rocha!


José Gomes

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

O grande desafio de Marcel Keizer está a começar

Se o despedimento de Peseiro não pode ser considerado uma grande surpresa, talvez o momento escolhido para o realizar o tenha sido. Mas a grande surpresa seria a revelação do nome escolhido para a liderança da equipa técnica da equipa principal do futebol do Sporting: Marcel Keizer. O grande desafio que tem pela frente está prestes a começar, com o primeiro jogo oficial.

Numa altura em que a nova administração ainda procura a afirmação em circunstâncias difíceis, a escolha natural e esperada seria um nome consagrado, de curriculum recheado de vitórias. Dessa forma a direcção comprava algum tempo da tolerância  que normalmente é concedida aos nomes mais conhecidos e titulados. Ou talvez um nome nacional ou já conhecedor das especificidades do nosso campeonato.

A preferência por uma escola de treinadores - a holandesa - mergulhada no ocaso, depois de ter liderado uma profunda revolução no futebol mundial parecia de todo improvável. As lições deixadas pelo mestre Rinus Michels e bem aproveitadas pelos seus inúmeros discípulos foram cristalizando no e conhecendo antídotos mais ou menos eficazes. Com o tempo  não sofreram actualizações  no seu país de origem e, desde que Johan Cruijff se aposentou, são de outra nacionalidade aqueles que aperfeiçoaram o seu rico legado, mantendo-o como vencedor.

Refeitos da surpresa, há que perceber a decisão. Gostando-se ou não do nome escolhido, há pelo menos que reconhecer que a escolha não pode ter sido casual, há ali muito de objectivo e intencional. Há que reconhecer também a coragem em tomá-la porque, como foi já dito acima, se não foi o brilho do curriculum, a escolha de Marcelo Keizer configura pelo menos a busca por um potencial que se crê que ele possua.

Desse potencial há um que está claramente identificado: a atenção dada à formação. Se há alguma coisa que ressalta do curriculum de Keizer é precisamente o seu trabalho no Ajax Jong, a equipa B que pontua no escalão secundário da liga holandesa. Foi sob a sua batuta que o clube de Amsterdão ofereceu ao futebol mais um lote notável de jogadores como Onana, de Ligt, de Jong, ou Justin Kluivert. Um outro nome que fazia parte desse lote - Abdelhak Nouri - já não é jogador de futebol e a forma trágica como esse desaparecimento sucede acabou por ser determinante para a rápida saída de Keizer do comando da equipa principal do Ajax, quando se esperava a continuidade do trabalho efectuado na segunda equipa. Como Frederico Varandas seguiu desde aí o seu trajecto até ao Al-Jazira é seguramente uma das grandes interrogações desta contratação.

Mas por mais proveitoso que venha a ser o trabalho do treinador holandês no aproveitamento da Academia, e por mais que sejam os jogadores que venha a revelar, serão os resultados que servirão de barómetro e determinarão a longevidade da sua presença em Alvalade. Questões de ordem pessoal, como as da sua personalidade e respectiva adaptação a Portugal, ou do seu relacionamento com o plantel, ou mesmo profissionais como o modelo de jogo e a operacionalização das suas ideias e aplicação ao treino, são certamente importantes. 

Há que reconhecer que Keizer não estará sozinho na sua tarefa. Há um trabalho de fundo que tem vindo a ser realizado no sentido reestruturar o futebol leonino, dotando-o de recursos humanos que permitam a realização de um trabalho sustentado e não apenas uma aposta do tipo "all in", como a realizada nas épocas de Jorge Jesus. Uma regeneração há muito necessária até por comparação de estruturas dos "Três Grandes".

Mas num clube como o Sporting os resultados são quase sempre o mais importante. Quase porque, como se viu com Peseiro, os resultados nem foram o pior, se compararmos com a pobreza das exibições. A tentativa de passar a ideia de que "ainda estamos em todas as frentes" não vingou nem poderia vingar, porque a ausência do grau mínimo de "nota artística" não era compaginável com  o estatuto de grande e inclusive retirava a esperança (ou até a ilusão...) de manter a luta por um lugar no pódio sequer. Este discurso de "todas as frentes" só foi possível pelo começo anormal dos principais rivais, ao perderem pontos de forma pouco esperada. Em condições normais, a frente do campeonato estaria ainda mais longe do que já está a da Taça da Liga, onde o Sporting defende o título.

É aqui que começa o primeiro grande trabalho de Marcel Keizer: colocar a equipa principal do Sporting a jogar de forma mais atractiva, não só para devolver a esperança, mas também o gosto pelo jogo. Grande mas também complexo. Não apenas porque o tempo e as condições estão longe de ser as ideais, mas também pelas circunstâncias em que recebe a equipa das mãos de Tiago Fernandes. O segundo lugar herdado funcionará como uma medida de comparação e avaliação do trabalho do treinador holandês e daqui a um mês de Tiago Fernandes só se lembrará o ineditismo do resultado com o Arsenal e a invencibilidade. Que tenham sido apenas três jogos, o que é manifestamente insuficiente para uma avaliação pouco ou nada contará.

Em condições normais Marcel Keizer teria a época em curso para lançar as bases do seu trabalho e das suas ideias para abordar a próxima época num plano mais próximo da concorrência. Mas condições normais é tudo quanto está longe de se verificar num Sporting ainda a viver na agitação permanente que as réplicas do profundo abalo sofrido na época transacta provocam. Se se espera que apoio não lhe falte a nível da estrutura directiva - pela clara aposta pessoal do seu líder, Frederico Varandas - sobram muitas dúvidas pelo lado externo. São tão vastos os problemas e as divisões, que só um percurso imaculado permitirá a estabilidade necessária para as grandes conquistas. O desafio de Marcel Keizer é de facto enorme. Mas não é apenas dele, é de toda uma instituição que pela enésima vez volta a lançar os dados à procura da sorte.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

6 notas sobre a detenção de Bruno Carvalho

1- Dificilmente alguém terá de facto sido surpreendido com a detenção de Bruno de Carvalho, quer face aos rumores que há muito circulavam, quer mesmo atendendo aos muitos indícios que o ligavam ao que aconteceu em Alcochete, a 15 de Maio de 2018.

2- Independentemente do grau de envolvimento de Bruno de Carvalho nos factos ali ocorridos, há que deixar bem claro o meu repúdio pelo tempo e pela forma como a detenção ocorre e o espectáculo que se segue. A presunção da inocência é um valor basilar da democracia e mesmo os réus condenados a pena transitada em julgado perdem a liberdade, mas não têm que abdicar da sua dignidade. A forma como a justiça portuguesa se comporta recorrentemente nestes casos é um atestado de menoridade à nossa democracia.

3- Apesar do que é dito acima há também que reconhecer que o tratamento do caso de Bruno de Carvalho nada tem de excepcional, infelizmente. Pena é que alguns só agora tenham acordado para esta realidade, o que me leva a crer que as preocupações são outras, que não as da administração da  justiça, propriamente dita. Pode até ser comovente, mas são no mínimo ridículas as preocupações com a saúde da nossa democracia por parte de quem ainda hoje não aceita os resultados expressos por uma maioria significativa dos sócios do Sporting. Ser leal ao Sporting significa aceitar as regras, os limites dos estatutos e as escolhas da maioria dos associados, especialmente quando não nos são favoráveis. De outra forma é desejar o caos e dele nunca sairá um clube saudável e suficientemente forte.

4- Se o tratamento agora dispensado a Bruno de Carvalho merece o nosso repúdio, convém contudo que não se extrapole daí para exercícios de vitimização ou teorias delirantes de conspiração. Até prova do contrário é inocente. Mesmo que não seja declarado culpado é porém responsável pelo que aconteceu e das respectivas consequências. Se Bruno de Carvalho é vitima de alguma coisa é-o em primeiro lugar de si mesmo. Assinalo com muita pena e sobretudo desilusão, talvez a derradeira, que em todo este processo a sua preocupação se tenha mantido apenas nos horizontes dos seus interesses. Deixou, ou antes, foi obrigado a deixar, um clube completamente estilhaçado, importando-se agora absolutamente nada com as consequências e com outro futuro que não fosse apenas o dele.

5- Independentemente do grau de regozijo ou de rejeição que este caso provoca nos adeptos Sportinguistas que ninguém duvide que o Sporting continua  a ser, desde o fatídico dia 15 de Maio, o grande prejudicado. O circo mediático não tinha levantado sequer a tenda e aguardava pacientemente para nos proporcionar o triste espectáculo que agora se desenrola à nossa frente.

6- Se se compreende que quem vive do dito espectáculo o ponha a render, já não se compreende que haja Sportinguistas que aceitem nele participar como tristes figurantes de mais um filme de muito mau gosto.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

sábado, 10 de novembro de 2018

...E a confirmação aí está!

E chegou com uma imagem que brilhantemente representa o basquetebol do Sporting. O editor da notícia com a confirmação oficial do Clube da entrada na próxima época na Liga Placard teve a excelente ideia de escolher a imagem de Manuel Sobreiro, cheia de dinamismo e perspicácia.

Sobreiro foi, e continua a ser, uma figura emblemática do basquetebol leonino. Apareceu, ainda sem idade para poder jogar oficialmente, no campo da sede da Rua do Passadiço e logo nesse ano começou a vestir a listada verde-e-branca que só deixou de vestir quando terminou a sua carreira de jogador.

E o exemplo de Sobreiro é emblemático porque representa o arranque de uma época de brilhantismo do basquete Leonino. Tinha terminado o ciclo de uma equipa brilhante onde sobressaíam nomes como Fonte Santa, Garranha ou Abílio Ascenso (também grande praticante de atletismo) e onde estavam a chegar à veterania homens como José Mário ou Hermínio Barreto.

Decidiu então o Sporting contratar o treinador brasileiro Prof. Guilherme Bernardes, que veio para Portugal para exclusivamente ser treinador de basquete, coisa nunca vista na altura. Bernardes treinava todas as equipas do Clube. Seniores (1ª e 2ª categoria), juniores e infantis os únicos escalões existentes. Nos escalões de infantis e juniores chegou a haver quatro equipas por escalão. Chamávamos, por graça, Academia do Passadiço.

Formaram-se aí as bases para o Sporting voltar ao topo do basquetebol português, que começou com o título nacional de 1969 e que terminou com os campeonatos de 1981 e 1982, quando intempestivamente a secção foi “suspensa”.

Para o próximo arranque as bases já estão lançadas. Já vamos na sétima época depois de alguns amantes do Clube e do basquete fazerem voltar o nome do Sporting aos pavilhões onde se joga a bola-ao-cesto. Estamos na terceira época em que o basquetebol já é modalidade oficial do Sporting. Os resultados obtidos pelas diversas equipas mostram que se tem feito um bom trabalho. Confiemos.
Frederico Varandas, Miguel Afonso e Miguel Albuquerque têm agora oito longos meses pela frente para, aproveitando o que já está feito, criar as estruturas necessárias para que o regresso do basquetebol leonino ao mais alto nível seja um sucesso.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Um pequeno (mas também grande) cobertor verde e branco

O Sporting conseguiu ontem no Emirates marcar dois importantes pontos: um para a Liga Europa, que nos deixa a praticamente outro tanto para carimbar o passaporte para a fase seguinte. Outro foi na propagação da imagem de um grande, grande clube através da actuação que fez abrir a boca de espanto os próprios adeptos arsenalistas, que estão habituados a receber "la crème de la crème" dos clubes mundiais.

Vamos primeiro ao jogo e sobre ele há muito pouco a dizer. Tiago Fernandes tem o mérito de ter traçado um plano realista para o jogo face às circunstâncias. A realidade nem sempre é muito atractiva, é o que é. E de facto não foi uma exibição muito bonita a que ficou registada no estádio situado em Ashburton Grove. Mas do outro lado da moeda está não só o ponto conquistado, como foi referido acima, mas trata-se do primeiro ponto conseguido aí por um clube português. Até ontem eram mais notórias as noticias de regresso de saco cheio de quem lá se deslocou.

Pode-se dizer com propriedade que o cobertor verde e branco era curto mas de comprimento suficiente para deixar a salvo as redes de Renan. Daqui a uns ano o tempo vai-se encarregar de diluir os pormenores do jogo e deixar em destaque o ineditismo do ponto conquistado. Será precisamente o mesmo que sucederá com as belas exibições feitas em anos passados em Madrid e noutros palcos de sonho, mas sem qualquer resultado prático de monta. Como costumo dizer a obtenção de um resultado importante favorável é a única justificação aceitável para a oferta de maus espectáculos. Parabéns por isso a todos os envolvidos neste pequeno mas importante passo, especialmente pelo momento em que foi alcançado, quando as expectativas eram em muitas conversas apenas reduzidas a quanto íamos perder.

Sobre a a presença dos nossos adeptos, foi de facto um espectáculo maior que o próprio espectáculo. Não faltam por isso hoje referências elogiosas. Os adeptos foram o conforto necessário de suporte para as naturais dificuldades. Um grande cobertor verde e branco que se estendeu das bancadas até ao relvado. Sé é surpreendente para quem não conhece o nosso amor ao clube. É um facto que ele nem sempre é bem canalizado mas é uma das grandes forças que mantém a referência de um clube grande. Uma mistura de amor filial com amor paternal, que torna a nossa relação praticamente indestrutível. Onde Tu fores nós vamos lá estar, Grande Sporting.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

A vertigem do sucesso num clube sem tempo nem tolerância

Ontem celebraram-se, entre muitas outras, duas efemérides futebolísticas. Duas efemérides de sinal contrário, uma delas relacionada com o Sporting e a outro pertence já às lendas do futebol mundial. Uma coincidência interessante e que serve de ponto de partida para este post e com especial enfoque na actual situação do Sporting Clube de Portugal.

A coincidência:
A 6 de Novembro de 1986 Alex Ferguson foi nomeado treinador do Manchester United. Realizaria 1.500 jogos, contabilizaria treze Premier League, cinco FA Cups, quatro Taças da Liga, 10 Charity Shields Cup,  duas Champions League, 1 Supertaça de Europeias , uma Taça Intercontinental, um Mundial de clubes. 

Não se pense contudo que Sir Alex teve vida fácil em Manchester, como não havia tido em Aberdeen, de onde provinha. No clube da cidade escocesa de um dos mais importantes portos do Mar do Norte, demorou duas épocas para conseguir chegar à velocidade de cruzeiro nas conquistas. Frequentemente entalado entre Celtic, Rangers e Dundee United, o Aberdeen sairia do atoleiro onde se encontrava encalhado desde 1955, com Ferguson ao comando que daria o título, pela primeira vez na época 83/84, feito repetido na época seguinte. 

Como já vinha vencendo a Taça da Escócia há três temporadas seguidas, os "Dons" haviam carimbado o ingresso na já extinta Taça das Taças. Aí, obrigou a Europa do futebol a perguntar quem eram estes escoceses. Quando a resposta chegou já eles iam de regresso com a conquista da competição, isto depois de eliminar o Bayern de Munich do mestre Udo Latek e dos seus alunos Pfaff, Klaus Augenthaler Dieter Hoeness e Rummenigge. Bateria na final o sempre todo poderoso Real Madrid do mítico Di Stefano como treinador e jogadores Camacho, Juanito, Stielike e Santillana. Como registo curioso, assinale-se no ano seguinte o encontro nas meias-finais com FC Porto de Pedroto e Morais (que viria a ser técnico do Sporting por pouco tempo, vitimado por um acidente de viação) em que os da Invicta levariam a melhor até à final perdida de Basileia, ante a Juventus de Boniek e Platini.

Em Manchester seria bem pior. Já ninguém acreditava que este escocês de  Glasgow seria capaz de interromper mais de duas décadas sem ver o caneco maior da Liga Inglesa. Ia já no seu terceiro ano a ouvir assobios e ler tarjas a espelhar a descrença que se ia instalando, quando arranca do meio da tabela já em Novembro para um final em que deixa a dez pontos o Aston Villa. Para tal seria determinante o ingresso de Cantona e a sua associação virtuosa com Mark Hughes. O resto da história já foi contada acima. Pelo menos o resultado de muitas tardes e noites de glória pontuadas com cânticos personalizados em seu nome e honra.

No mesmo dia de Novembro, mas em 2009, Paulo Bento demitia-se do cargo de treinador do Sporting. Várias vezes apontado como um possível Ferguson à escala leonina, não resistiria a um mau começo de campeonato e seria vitima colateral das guerras internas e de uma presidência infeliz, com má relação com os adeptos e maus investimentos no futebol. O desgaste provocado por quatro anos sem nenhum campeonato nacional fez o resto. É no entanto um dos treinadores com mais tempo no comando técnico e o mais titulado deste século: duas taças de Portugal e duas Supertaças Cândido Oliveira. Sem nenhuma taça que testemunhe, ficou a aposta nos jogadores da casa, que acabaria por se reflectir nos cofres, no prestigio internacional e até mesmo com grande quota de responsabilidade na conquista do Europeu de França, pela selecção nacional.

Passou quase uma década desde então. O Sporting vive novamente um período conturbado e tantos têm sido os momentos semelhantes que deveria começar a equacionar incluir a palavra na sua heráldica institucional. Apresta-se a entregar a um novo treinador, um quase desconhecido, a responsabilidade de o resgatar a seu segundo período de maior jejum e o relógio continua a contar. Se quer dirigentes e adeptos não perceberem que um treinador é uma peça importante, mas apenas uma peça de uma engrenagem, o seu nome será mais um, apenas. 

No actual momento que o Sporting vive o treinador e até mesmo os jogadores são frequentemente usados como peças de xadrez num tabuleiro "politico" onde debatem interesses de pessoas, grupos e grupelhos. É provável que a tolerância seja reduzida e o tempo que o Sporting precisa para se reconstruir dos escombros dos últimos meses não venha ser concedido. Se for esse caso o Sporting nunca encontrará o seu Ferguson. E até a memória de Paulo Bento com apenas quatro troféus secundários parecerá um oásis muito longe de alcançar.

Terá sido por acaso que o período de domínio leonino do futebol luso tenha surgido da estabilidade dos anos de Joseph Szabo e tenha terminado após se iniciar a dança de cadeiras, mano a mano com a instabilidade directiva, que tem marcado a liderança técnica no Sporting?

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Pedimos desculpa por esta vitória, o caos volta já a seguir

Foi fechada da melhor forma a semana futebolística do Sporting, tão recheada de eventos. De todos o despedimento de Peseiro e a contratação de um novo treinador dominaram as nossas atenções. Mas não só as nossas mas, como é óbvio, a de todos os que vivem do futebol e à sua volta.

O despedimento do treinador e o que se vai dizendo de Keiser é o exemplo acabado de como para muita gente o Sporting é um clube maldito e que só o simples mencionar do seu nome lhes provoca as maiores descargas de bílis. Isto apesar de o clube andar arredado há muito das grandes vitórias. Por isso certamente que o melhor seja pedirmos desculpa pela vitória nos Açores, que a tantos deve ter custado a deglutir. E nesses tantos, infelizmente, contam-se alguns cada vez mais infelizes de se considerarem Sportinguistas... Não deve haver cera disponível para tanta vela posta a pedir que o caos se volte a instalar.

Sobre o jogo propriamente dito, há muito pouco a dizer de diferente do que se vinha dizendo. Não há milagres e nenhum treinador iria conseguir mudanças substanciais só pelo simples facto de calçar as chuteiras e dar um treino. Foi mais ou menos isso que fez o Tiago Fernandes. Mas fez mais alguma coisa. Promoveu Lumor, fazendo com isso que Acuña assumisse maior preponderância no nosso jogo. O jovem treinador foi feliz e teve a estrelinha que têm aqueles que não se conformam com o destino. Essa opção acabaria por ser decisiva para o resultado final, quer pelo golo, quer pela acção do médio argentino ao longo do jogo. A falha de Lumor no golo é bem menor que a de Renan, que estava de frente para o lance, embora se deva considerar também que a acção do vento favoreceu o movimento do homem que faz o golo, José Manuel.

Se ninguém esperaria nota artística de uma equipa que ainda anda à procura de o ser, não há quem possa reclamar do seu empenho perante um cenário completamente desfavorável, que se agravou consideravelmente com o tempo e o resultado. Com a agravante de que, no segundo tempo, a equipa ter que lutar contra o vento, embora com a tarefa facilitada pela expulsão infantil de Patrick. Se aquela veemência toda era por causa de um penalty claro, deveria ver o seu castigo agravado com uma ida compulsiva ao oftalmologista. Pelo menos... 

O resto do jogo a partir do golo que nos dá a vitória foi uma ilustração de quão incipiente são as defesas desta equipa perante qualquer adversário e até de si mesma. Quando se olha para a classificação é quase inacreditável que quem joga tão poucochinho esteja onde está e de esperanças intactas. E que até consegue dar a volta ao resultado a jogar com chuva e contra o vento...

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Despedir Peseiro: necessidade imperiosa ou erro estratégico?

Comecemos pelo principio: a escolha de José Peseiro para treinador do Sporting foi um rotundo erro. Não tanto pelas suas capacidades como treinador, mas pela ausência de tolerância a que estaria condenado pelo seu historial, particularmente o que ficou escrito na época 2004/05. A aura de azarado desaconselharia sempre a sua contratação num clube onde a história das últimas décadas está marcada também pela falta de sorte nos momentos de decisão. Tanto assim é que a rotura nesta mais recente ligação é potenciada por algo que nenhum treinador consegue evitar: os erros individuais. Não fora as falhas clamorosas de André Pinto e não estaríamos agora envolvidos em mais uma crise.

Mas se não fosse agora é muito provável  que a crise se estabeleceria mais adiante, noutra derrapagem qualquer. Ao contrário das expectativas criadas, só por milagre este seria o ano do Sporting. Os milagres por vezes acontecem, mas para isso é preciso um trabalho competente que manifestamente não foi feito desde o início da época e isso é cada vez mais perceptível à medida que esta avança. Preparação deficiente, plantel construído às prestações e cheio de fragilidades. Juntar a tudo isto uma comunicação "pateta alegre", que apontou ao título numa conjuntura altamente desfavorável, só serviu para confundir criar expectativas que nem em momentos de maior estabilidade foram cumpridas.

Todos os ingredientes para uma passagem meteórica de Peseiro estavam na panela, a cedência à pressão dos adeptos fez o resto. A decisão de Frederico Varandas parece ter muito mais a ver com a submissão a essa pressão do que sustentada na racionalidade. Um estádio vazio e ainda assim cheio de lenços brancos, uma derrota com quase uma segunda equipa de um Estoril de divisão secundária parecem estar na origem da rotura. Decisão que, pela declarações recentes, já estava tomada. Quer por não ser este um treinador escolhido pela actual direcção quer sobretudo pela paupérrima qualidade das exibições. Não se sabia era o timing em que ocorreria. Um grande sinal de falta de empatia é o facto de não haver aparições publicas de presidente e treinador registadas em imagens.

Ora o timing escolhido (?) tem todos os ingredientes de tragédia à espera de acontecer. Talvez o único treinador que aplacasse a impaciência e irracionalidade da turba fosse Leonardo Jardim. Mas o técnico madeirense tornou-se num peixe demasiado grande para as nossas redes. Ao passo que nós, o Sporting, somos precisamente a antítese de um clube atractivo para qualquer treinador, excepto, claro está, para os Vercauterens desta vida. Todos eles conhecem o passado recente e as dificuldades que enfrentarão. Nomes como por exempo, Rui Faria ou Paulo Sousa dificilmente arriscam a sua estreia a solo no futebol nacional nas condições que os esperariam.

Até ao jogo com o Chaves o Sporting tem jogos de quatro em quatro dias (Sta. Clara fora, 4/11, Arsenal fora, 8/11, Chaves casa, 11/11. Não há nenhum treinador do mundo que seja capaz de alterar o que quer que seja numa equipa que revela tantas insuficiências colectivas. Quando surgir algum espaço para treinar e tentar introduzir alterações entre 11/11 e 25/11, o Sporting poderá estar ainda mais longe dos seus rivais do que Peseiro nos deixou.

Frederico Varandas precisará muito mais do que de sabedoria na escolha do novo técnico. Apesar do futebol sofrível de Peseiro, o que será lembrado daqui em diante é que foi despedido a dois pontos da liderança. Inclusive por aqueles que pediam a cabeça do treinador desde a data do anúncio da escolha de Sousa Cintra. Ou pelos que, por razões consabidas, contestam o actual presidente desde a  comunicação da sua candidatura. Já o culpavam da presença do treinador, culpavam-no de não o despedir vão culpá-lo de o ter feito, bem como da escolha do seu substituto. 

Para se compreender inteiramente esta decisão de Frederico Varandas neste timing - que equivale a deitar fora uma espécie de seguro de vida - tem que se perceber o efeito da pressão dos adeptos sobre os órgãos sociais, em particular numa direcção à procura de afirmação num dos piores contextos internos de que tenho memória. 

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