sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ontem foi uma vitória à Sporting!

Ontem, há medida que se aproximava a hora do jogo mais cresceu em mim um sentimento de pena por não poder estar em Alvalade. Os feellings valem o que valem, isto é, nada, mas qualquer adepto sabe a importância que estas insignificâncias têm na hora de nos fazer decidir a ir ou a ficar. A verdade é que ontem estava confiante de que valia a pena ir  a Alvalade. Mas quem tem uma vida profissional e vive longe de Alvalade tem as suas escolhas limitadas, foi esse ontem o meu caso.

A  vitória de ontem acabou por ser uma vitória à Sporting! O que é que isso quer dizer? Quer dizer que foi uma vitória por onde perpassou o sabor ácido e com um final doce. Explico melhor:

Do Sporting em que me reconheço tem sempre que haver classe, mesmo que apenas pontual. Uma equipa a jogar para o quintal é uma equipa que nunca casará com os adeptos do Sporting. Admitimos excepções mas sabemos que sem jogar bem as vitórias são mais difíceis de alcançar e nunca serão em número suficiente para as nossas ambições. Esta equipa ainda não está consolidada mas vai crescendo paulatinamente e a isso têm ajudado os resultados. O golo de Wolfswinkel é intuição mas também classe pura, daqueles que ficam na memória e fazem voltar ao estádio.

Foi também uma vitória à Sporting pelo inconformismo. Nisso o golo de Ínsua bem pode ser considerado um ícone e uma inspiração para o muito que ainda resta da presente época. Um ícone a lembrar todos os Sportinguistas que não se conformaram com o passado recente e sempre acreditaram num Sporting capaz de se opor às fatalidades. O golo acabado de sofrer minutos antes reportou-nos a tantos outros momentos idênticos e que gostávamos de esquecer. É também uma inspiração contra a adversidade, muitos serão os momentos em que teremos que cerrar os dentes e rematar contra o infortúnio e até contra os erros.

O jogo de ontem constituiu também uma excelente oportunidade para preparar a equipa para os jogos em que enfrentamos mais de onze do outro lado. Os critérios dispares na amostragem dos amarelos condicionaram alguns dos nossos jogadores e permitiram jogo duro aos italianos, em particular a André Dias e Hernanes. Foi também um bom treino para quando tivermos que jogar com menos um jogador.

Foi também uma vitória à Sporting porque foi de todos e de ninguém em particular. Do público, aos adeptos, nos quais se incluem os dirigentes, passando à equipa técnica e jogadores todos souberam desempenhar o seu papel, ganhando o Sporting apenas contra o adversário e não contra nenhum sportinguista. Vitórias destas, à Sporting, fazem-nos muita falta.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

As grandes equipas também se constroem assim

Não foi um grande jogo de futebol do ponto de vista técnico, muito porque a expulsão de Ínsua condicionou a actuação do Sporting no segundo tempo, mas teve muito dos ingredientes que viciam os adeptos neste grande jogo. Momentos de bom futebol, de responsabilidade exclusiva da nossa equipa, grandes golos e emoção pela incerteza no resultado final. 

Domingos dizia no lançamento do jogo que seria necessária uma grande equipa para vencer a Lázio. Em condições normais seria uma afirmação algo hiperbólica porque esta Lázio não é uma grande equipa. Mas as circunstâncias do jogo acabaram por ditar a necessidade de um grande sentido colectivo para manter a vantagem no marcador. As grandes equipas também se constroem assim, com muito suor e sacrifício, ficando a classe individual para fazer a diferença e sabendo merecer a sorte, indispensável em todos os jogos. Este é um Sporting novo que continua a saber sofrer só que agora também sabe fazê-lo a ganhar. E isso marca uma enorme diferença para o passado recente. Ainda não somos uma grande equipa mas podemos sonhar que ela é perfeitamente possível.
Ficha do jogo

O leão e as tempestades

1- Por ser a véspera do jogo deixo para posterior análise a recente saída de Luís Aguiar, agora que já são conhecidos mais alguns pormenores. Mas não deixo em claro a conferência de imprensa de ontem, onde Polga acabou por ser visado, quanto a mim injustamente. O defesa central que, como sabemos, não goza de grande cartel em muitos sectores da bancada, afirmou que “infelizmente” não foi para a Roma em 2003. Não vejo na afirmação qualquer relação com o Sporting e com o facto de, depois da abordagem dos italianos, ter acabado por assinar pelo Sporting. A interpretação que faço é que Polga se referiu ao facto de o negócio com a Roma ter ficado pelo caminho, não servindo o advérbio empregue para ser extensivamente aplicado á etapa que se seguiu na vida profissional. Até porque, mesmo que assim pensasse, não acredito que Polga, ou outro jogador qualquer, o diria em conferência de imprensa em Alvalade. Quanto a mim isto não merece sequer um copo de água, quanto mais uma tempestade. E sendo Polga o provável titular logo, muito menos.

2- O Sporting disputa logo um jogo importante mas que está longe de ser decisivo, seja qual for o resultado. Tendo em conta a vitória alcançada fora na jornada inaugural e a posição de relativo conforto alcançada preocupa-me, para lá do sempre necessário resultado, a resposta que a equipa vai dar às muitas dificuldades que a Lázio nos vai colocar ao longo do jogo. Preocupação que se alarga às consequências que se possam vir a verificar após o jogo: além de ser importante não se registarem lesões, uma vitória seria moralizadora para a partida de Guimarães, onde a equipa surgiria mais confiante e poderia contar com um apoio confortável dos adeptos. Mas isto são factores que estão para lá do nosso controlo e que, para os quais, pouco mais podemos do que fazer figas. Pessoalmente estou confiante num bom jogo e num bom resultado, desejando que logo o estádio de Alvalade reviva a atmosfera das grandes noites europeias e que uma tempestade de bom futebol se abata sobre os italianos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lázio, uma exigente prova de aferição

Foto A Bola
O regresso á competição na Liga Europa marcará, estou certo, o regresso das dificuldades. As características do adversário assim o pressagiam: equipa italiana, privilegiando a organização defensiva, fechada atrás mas com um excelente meio-campo, onde se destacam Matusalém Ledesma e especialmente Hernanes. Na frente Cissé e Klose são nomes que dispensam apresentação, especialmente o alemão, que não precisa de muitas oportunidades para marcar.

Apesar do um inicio  de época titubeante e de revelar problemas de entendimento no centro da defesa os italianos constituirão um adversário de respeito, capaz de nos criar dificuldades idênticas às sentidas na pré-época com adversários de maior valia do que os encontrados até agora em competição. Será por isso uma boa oportunidade para aferir os progressos registados a nível colectivo nos mais diversos momentos do jogo. Ah, e erros como o ocorrido no jogo com o Setúbal (e registados no vídeo em baixo) e recorrentes no jogo com o Rio Ave, por exemplo ser-nos-ão fatais.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Luis Aguiar: o que torto nasce...

No Público:



"O clube de Alvalade anunciou em comunicado que chegou a acordo com o futebolista uruguaio para a suspensão do contrato que une as partes.

“A Sporting Clube de Portugal - Futebol SAD e o jogador Luís Aguiar chegaram a acordo para a suspensão do contrato, até 30 de Junho de 2012”, pode ler-se no comunicado do Sporting.

“Devido a problemas pessoais do jogador, relacionados com a gravidez da mulher, a Sporting Clube de Portugal – Futebol SAD entendeu que o Uruguai, onde o jogador irá jogar a partir de Janeiro de 2012, é o local ideal para sua recuperação futebolística”, acrescenta o texto publicado na página oficial do Sporting na Internet."

Para ler e meditar


O treinador do Barcelona e o presidente do clube catalão estão, aparentemente, de costas voltadas.

À partida para a Bielorrússia, onde os campeões europeus vão defrontar o BATE Borisov, Pep Guardiola e Sandro Rosell cruzaram-se no Aeroporto del Prat mas, de acordo com o diário
Marca, não se falaram nem sequer se cumprimentaram.

Na base desta situação estão as declarações de Guardiola tomando partido de Joan Laporta, anterior presidente
blaugrana, na guerra com Rosell.

«Laporta está a sofrer muito e não acho que o mereça. Não merece ir a tribunal, gosto muito dele. Escolheram-me para treinar o Barcelona. Encontrou o clube numa situação precária e devemos-lhes muito porque fizeram coisas extraordinárias. Espero que as pessoas reflictam», declarou Guardiola.

A tensão entre Rosell e Laporta tem crescido nos últimos tempos. O antigo presidente acusou a Junta Directiva de Rosell de mentir.

«Dedicámos tempo e esforço para construir o melhor Barça da história e não merecemos tanta fúria. Não merecemos que os nossos filhos sofram as cpnsequências desta tempestade de mentiras e ataques ferozes contra nós», afirmou Laporta.

Por seu lado, Rosell voltou a criticar Laporta, qualificando a contratação do sueco Ibrahimovic como o negócio «mais ruinoso da história do clube».


Como seria se fosse no Sporting?  Quanto se ganha e quanto se perde num ajuste de contas? 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Finalmente o regresso à normalidade?

Foto MaisFutebol
A dada altura da segunda parte do jogo com o Vitória de Setúbal vimos Onyewu fazer, ( que dizem que nunca será mito famoso com os pés e também já o haviam condenado por não ser rápido…),  por mais do que uma vez, simulações contornando os adversários e saindo a jogar. Não pude deixar de pensar que esta era um tipo de aventura que dificilmente veríamos o americano enveredar nos jogos anteriores. Sendo exactamente o mesmo jogador a diferença estava no momento da equipa e no ambiente que o rodeava. As vitórias recentes tiveram o condão de distender e relaxar os espíritos, voltando alguma normalidade a Alvalade. Isso sentiu-se no relvado e sentiu-se nas bancadas.

O exemplo dado não é à toa. Onyewu será dos jogadores menos dotados tecnicamente e dele não se esperam grandes flores. Mas até ele, sem a pressão excessiva dos jogos anteriores, consegue render o que está ao seu alcance e, em determinados momentos até superar-se. Este último jogo acaba por ser um marco: a  equipa precisava de fazer uma afirmação de categoria e demonstrar aos adeptos que podiam contar com ela, anulando uma divida que estava pendente e vinha engordando.

Mas é bom lembrar que de definitivo ficaram apenas os três pontos conquistados e uma boa exibição mas que pouco conta para os difíceis jogos como serão os de  quinta-feira e domingo, por exemplo, e todos os outros. O jogo de sábado foi o jogo em que a equipa puxou pelo público, vai haver jogos em que terá que ser ao contrário, pondo fim a um ambiente mórbido e agoirento que se instalou há muito tempo em Alvalade e que escorria como uma doença contagiosa da bancada até ao relvado. Essa é uma normalidade que urge reinstalar para que a nossa casa volte a ser temida pelos adversários e para que os jogadores possam pôr a render o seu talento. Essa é uma tarefa que cabe apenas aos sócios e adeptos que se deslocam a Alvalade e que não pode ser deliberada nem instituída por nenhuma direcção.

Da euforia à depressão auto-destrutiva é uma passagem volátil que realizamos no passado vezes sem conta. São muitos os factores que para isso contribuem, desde as características que o fenómeno futebolístico encerra, suscitando a paixão exacerbada, até às que são fomentadas externamente, seja de (i) forma involuntária ou mesmo (ii) dolosa.

Nos segundos enquadro alguns comentários ouvidos e testemunhados por terceiros sobre Rui Patrício.Não é apenas o Sporting que está em causa mas também a luta pela baliza da selecção nacional.

Volto ao assunto, e disso peço desde já desculpa aos leitores assíduos, porque no rol onde se incluem as asneiras do próprio continuo a ver, de forma que considero tudo menos inocente, as dos árbitros, como foi o caso de Paços de Ferreira. Ou até as que tem responsabilidades partilhadas, como foi o caso da bola dominada com a mão por João Silva. É certo que resulta de uma displicência imperdoável do nosso guarda-redes, mas é também impossível que os 2 pares de olhos de árbitro e auxiliar não tenham visto o jogo de braço do ponta-de-lança setubalense.

Nos primeiros incluo a imprensa pela forma meramente contabilística ou de registo estatístico a puxar o sensacionalismo no qual caem como moscas no mel muitos Sportinguistas.

Os mesmos que se estarreciam há 2 semanas com a possibilidade de o Sporting registar o pior inicio de campeonato do século, que tantas dúvidas tinham na contratação de um jogador que ainda não tinha jogado, Wolfswinkel, são os mesmos que agora já o comparam  a Jardel, Jordão, Acosta ou até Liedson. Que os jornalistas o façam para vender papel até poder ser aceitável, a vida está difícil para todos. Mas fazer a vida difícil o jovem ponta-de-lança holandês que só agora desponta, colocando-lhe em cima dos ombros o lastro de nomes que têm já assegurada a imortalidade história do clube é irresponsável e contraproducente. Depressa chegará a altura que os treinadores e defesas adversários conheçam melhor o jogador e lhe criem mais dificuldades.

Acresce ainda que as comparações são redutoras. Deixemos Ricky ser apenas Wolswinkel, na certeza de que se continuar a marcar golos em todos os jogos vai-nos ajudar a chegar longe mas para o ano estará a milhas de Alvalade. Esta é também a normalidade do futebol de que o Sportng precisa – valorizar os seus jogadores para que se possa renovar – e que foi num sentido mais lato de todo o clube aqui abordada pelo meu amigo Bruno Martins e cuja leitura recomendo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Setúbal pondera protesto e ainda incidências do clássico

Foto Record
O Vitória de Setúbal pondera neste momento a apresentação de um protesto relativo ao jogo de ontem,  alegando tentativa de genocídio da sua equipa através de asfixia futebolística. A queixa será apresentada esta semana nos mais diversos organismos internacionais, incluindo na sede da Amnistia Internacional, na secção contra a tortura. Tem como uma das principais testemunhas Joaquim Oliveira, cuja experiência como treinador vitima de homicídio por audiovisual é considerada decisiva. Junto do protesto seguem como provas excertos dos primeiros minutos de ambas as partes do jogo de ontem bem como uma deliberação favorável à pretensão dos sadinos por parte do Conselho de Justiça que, ao antecipar previdentemente o sucedido, se havia reunido de emergência na passada quarta-feira, na sequência da nomeação de Cosme Machado. 

Já noutro âmbito, os setubalenses enviaram para a Direcção Geral de Viação registo de excessos de velocidade de diversos jogadores leoninos, efectuados pelo prestimoso guarda Abel.O árbitro, conhecido por Colina de Braga, por usar as lâminas em segunda mão do célebre juiz italiano, está neste momento em peregrinação a Miramar, onde espera ser recebido em audiência pelo papa para efeitos de aconselhamento psicológico.

Consequências do clássico do Dragão

O FCP vive momentos de profunda crise de identidade. Pela primeira, vez ao fim de muitos anos, o clube tem razões de queixa de um Vítor Pereira. Este tem sido particularmente visado pelos comentários criticos de dirigentes e adeptos, particularmente no que diz respeito às substituições desde o jogo com o Feirense, por retirar o ponta-de-lança e ficar a jogar apenas com extremos, quando no banco dispõe de elementos da eficácia de Benquerença, João Ferreira, Soares Dias e muitos outros.

Podemos também revelar em primeira mão que o SLB, no regresso a Lisboa, após o clássico, realizou diversas voltas de descompressão à volta do santuário de Fátima de joelhos, sendo que a palavra mais ouvida foi "obrigado" nas mais diversas línguas e sotaques. Existem sérias dificuldades em traduzir o que disse Jorge Jesus, questão que está a ser tratada no forno interno dos serviços de tradução do santuário, mas sabe-se que o empate foi dedicado aos motocards benfiquistas.

sábado, 24 de setembro de 2011

Sporting de regresso aos Carri(llo)s

O Sporting hoje foi simplesmente demolidor, cilindrando o Vitória de Setúbal em apenas 15 minutos com 3 golos e criando jogo em volume e qualidade suficiente para construir um resultado histórico. As bancadas de Alvalade,por sinal bem compostas, puderam finalmente ver um espectáculo digno e uma promessa de voltarmos a ver o Sporting de regresso aos carri(llo)s

A menção implícita a André Carrilo deve-se ao facto de ter considerado o jogador mais importante do jogo. Aquela sua arrancada fenomenal acabou por ser crucial no desbloquear do jogo logo nos seus momentos iniciais, facto de enorme importância neste regresso a casa,onde ainda não tínhamos ganho. O destaque pode até ser um pouco injusto, tendo em conta o acerto da generalidade dos jogadores da equipa, onde Wolfswinkel se revelou um finalizador repentista eficaz. Bem servido este miúdo é um caso sério.

Análise detalhada ficará para mais tarde porque agora vou rever o jogo,que deixei a gravar. 

PS- A vitória de hoje é de todos os Sportinguistas pelo que não a posso dedicar a ninguém em particular. Assim fica a decicatória do post ao JVL que tem que voltar a ver as vitórias do Sporting de muito longe, e ao Virgilio, a quem desejo as melhoras e que na quinta-feira, se as coisas não estiverem a correr bem, volte repetir a dose, mas desta vez sem dores.
Ficha de Jogo

Mais uma excelente aquisição

Pedro Sousa assumirá a partir de 1 Outubro  a a comunicação da SAD leonina como assessor para o futebol. Voz conhecida de todos os portugueses, chefe de redacção de uma das melhores secções de desporto da comunicação nacional - A RR anda quase sempre à  frente nas noticias, em particular no que ao futebol diz respeito - é um jornalista consagrado e com muita tarimba e a quem os meandros do futebol não assustam. 

Com a entrada de Pedro Sousa o Sporting completa um lacuna há muito identificada e coloca-se ao nível dos seus principais rivais, assim ele possa desenvolver o seu trabalho com autonomia. A sua aquisição revela também que em Alvalade finalmente se trabalha a sério.Apesar da independência com que sempre exerceu a sua profissão Pedro Sousa nunca escondeu a sua condição de Sportinguista. Uma excelente aquisição, sem margem para dúvidas. Não marcará golos de forma tão visível como Wolfswinkel o que não quer dizer que do seu trabalho não resultem muitas vitórias para o Sporting.

Carrossel de emoções
Quem tem medo compre um cão ou fique em casa. Logo é para ganhar e só são precisos os que podem e querem ajudar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O que é que eu quero para o meu Clube?

Partindo de algumas reflexões deixadas aqui A Norte de Alvalade nos últimos tempos, gostaria também de deixar a minha contribuição acerca do que pode ser a postura dos adeptos em relação ao dia-a-dia do Clube. Cada um terá as suas (visão e postura) e está longe de mim querem impôr as minhas. Cada um deve viver o Sporting da forma que entender. Mas o LdA descreveu cenas tristes passadas em Paços, eu tenho presenciado cenas tristes noutros sítios, todos temos histórias destas para contar. Julgo que, por não ganharmos há muitos anos e por termos sido vítimas de uma gestão que danificou a nossa identidade e a nossa identificação com o Clube, é muito comum encontrar posições extremadas que vão já muito para além da bola que entra ou da bola que não entra. Isso faz com que actos de gestão que são elogiados noutros clubes sejam criticados em Alvalade. O que se passou com as reacções à contratação de Elias é paradigmático, e parto daqui para contar o que se segue.



Eu sou sócio do FC United of Manchester, um clube formado por adeptos dissidentes do Manchester United que, por não se reverem na política dos Glazer, por não poderem pagar os bilhetes para verem o seu clube jogar e por acharem que o vínculo que os unia ao seu clube do coração se estava a erodir, decidiram, há 7 anos, fundar um novo clube. Há uns meses, em conversa com alguns dos seus dirigentes, perguntei-lhes: "O que é que vocês querem para o vosso clube? Como é que vocês gostavam que o FCUM fosse, daqui a 20 anos? Quais são os vossos objectivos para esta época? Querem subir? Até onde querem chegar?" E um deles disse-me "Eu não quero que o clube cresça desmesuradamente até ao ponto de nos depararmos novamente com aquelas questões que nos afastaram do Man Utd, salários ridículos, subserviência às televisões, importância desproporcional dos patrocinadores, bilhetes caros. Eu quero, nós queremos, um clube comunitário, que seja de todos nós". E eu pensei: "Isto é assinalável, este espírito é fantástico. Mas eu não quero que o meu Sporting seja um Clube que purismo radical, de prata da casa apenas, de valores levados ao extremo. Eu também quero que o meu clube jogue de igual para igual com os melhores da Europa, pelo menos de vez em quando; também quero que o meu clube ganhe; quero lá saber de que "sportinguista sofre", "sportinguista é para sofrer", etc; eu também quero ser grande, e quero tentar contribuir para isso”.



E, para isso, o Sporting tem de jogar com as armas dos outros, mesmo que, num mundo ideal, tal não existisse. Fundos, empresários, comissões, etc, são parte do dia-a-dia de qualquer clube de futebol que quer ganhar alguma coisa; porque, se quisermos um clube puro, imune a essas coisas, só com miúdos da Academia, então não jogamos para ganhar nada, e o nosso ADN passa a ser outro.



Com isto pretendo dizer que a minha visão acerca do papel dos adeptos em geral é que estejam também ao serviço do Clube e que lutem pelo "Clube que imaginam"; se eu quero que o meu Sporting cresça, tenho de aceitar determinadas coisas; se quero um clube puro e com uma caça às bruxas interminável, seja ela relativamente a jogadores mal-amados ou dirigentes, então lamento mas o meu clube nunca sairá do círculo negativo em que entrou há uns anos. É uma chamada self fulling prophecy: este não é o meu Sporting; vou fazer o que for preciso para acabar com esta gente se não o Sporting nunca mais será o mesmo; mas, actuando assim, de facto o Sporting nunca mais será o mesmo.

Nota: texto da autoria de Bruno Martins, editor deste blogue.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ainda sobre a defesa do Sporting

Foto EPA/ESTELA SILVA
Muito se tem falado da defesa do Sporting desde o inicio de época e sobretudo depois do traumático 0-3 do jogo de apresentação. Ontem, depois de rever o Valência, desta feita contra o poderoso Barça de Guardiola e de ter ficado impressionado com a forma como se souberam opor ao demolidor tica-taca concluí definitivamente que os valencianos NUNCA deveriam ter sido os nossos adversários de então. 

Agora que o campeonato se iniciou os problemas mantêm-se e só a uma súbita eficácia nos deu um novo fôlego. Por alguma razão somos a quarta equipa com mais golos sofridos, oito num total de cinco jogos. Preocupante.

Depois de ter feito aqui referência aos artigos do PB no Lateral Esquerdo, lembrei-me de um post que tinha lido no inicio de época no  Centro de Jogo e que me parece fazer sentido reflectir hoje, passado mais de um mês. Sei que estas coisas técnicas são por vezes desinteressantes para a maioria dos adeptos, mas são indispensáveis para nos ajudar a compreender que, para lá da bola que bate na trave e do falhanço incrível, há muita coisa que não acontece por acaso.

"Se olharmos para a linha defensiva do SCP a nível individual, com a excepção de Rodriguez, podemos até nem perceber uma qualidade desmedida. A questão aqui, é a percepção que se tem de “uma defesa”. Eu, tenho como definição de “uma defesa”, toda uma equipa, a capacidade do todo, de uma forma organizada (conduzida pelo líder, neste caso o treinador) selar processos e interagir de uma forma adaptada entre si mesma. 

As individualidades no futebol, poderão ter o seu valor, mas no panorama defensivo (e ofensivo também, mas não é este o tema do texto), o mesmo tende esbater-se, despontando assim, sob forma de colectivo. Não se pode perceber a forma como uma equipa defende, pelos valores individuais. O processo defensivo não é o somatório da capacidade defensiva de cada unidade, e sim, a forma como as mesmas se relacionam entre si.

Certamente, e tendo em conta a sua afirmação, Domingos P. saberá disto. Saberá também, que mais tarde ou mais cedo, o colectivo dará o salto qualitativo (a nível defensivo) pela ligação que se criará com o decorrer do tempo (experiência competitiva). Aqui estou de acordo. A minha "única reticência", é mesmo o facto de Domingos saber tudo isso, e ainda não o ter conseguido sistematizar! 

Apesar do período em que se encontram as equipas portuguesas não ser (ainda) de competição específica, os jogadores do SCP  estão a treinar há já algum tempo. Pergunto-me então, se Domingos P. não terá tido tempo suficiente (começaram a pré – época dia 4 de Julho, há mais de um mês, portanto) para organizar e definir princípios de acção defensivos, através dos quais a grande maioria dos jogadores não tivesse já tido tempo de os assimilar? A resposta não a sei, o que sei é que esta estrutura passa imenso tempo junta (inclusive a equipa técnica) e a incongruência defensiva (respostas do “todo como organização”) do SCP se manifesta de jogo para jogo. É certo que nem todos chegaram ao mesmo tempo, principalmente os da linha defensiva (mesmo que, para mim, o problema do SCP comece bem mais à frente), também é certo que estamos numa fase inicial, mas não consigo entender isso como "desculpa".  Isto porque, pensando bem, um mês e pouco de treino (por vezes fazem mais de um treino por dia) são muitas horas passadas. Resta perceber, a fazer o quê!"

O texto que aqui reproduzo um excerto pode ser lido na íntegra no Centro de Jogo. Fica aqui a devida vénia ao seu autor.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Estarão os Sportinguistas preparados para vencer?

Estarão os Sportinguistas preparados para vencer? A resposta à pergunta é óbvia, claro que sim. Festejar é a parte mais fácil de qualquer título e, nessas alturas, o acesso é livre. Dos que trabalharam arduamente, aos que nada fizeram, passando pelos que obstaculizaram o sucesso, todos sentem a vitória como sua bem como o direito de participar na festa. Tenho sérias dúvidas é que todos estejam disponíveis para escolher o lado certo para lutar pelas vitórias.

Como adepto a última coisa que desejo é resvalar para o julgamento moral das atitudes dos meus congéneres. Cansam-me as conversas do tipo “o meu sportinguismo é maior do que o teu”. Entendo que cada um deve encontrar o seu plano de conforto no relacionamento com o clube e todos são precisos. Do adepto que não perde um jogo seja em casa ou fora, do que compra a gamebox e paga as suas cotas de associado, até aquele que escolhe um relacionamento mais distante, todos podem exercer um lobying pró Sporting e, neste momento, iria até mais longe e diria que todos são preciosos. Mas acompanhando de perto a equipa profissional de futebol e assim compartilhando as bancadas com os demais adeptos e tendo um blogue onde se pode aferir os diversos estados de alma dos adeptos não posso contornar esta matéria.

Para chegar ao Marquês há um longo caminho a percorrer e nenhuma garantia de lá chegar. É de tal forma assim que completar-se-á no final da presente época um ciclo de 10 anos sem se ver a famosa praça pintada de verde e branco. Nesse espaço de tempo muito aconteceu no Sporting que parece ter alterado uma forma de estar que fazia dos Sportinguistas uma massa de adeptos especial e inconfundível e nos levava a termo-nos como diferentes. Hoje há pelo menos uma franja ruidosa de adeptos que parece cada vez mais parecida com o que víamos de pior nos nossos congéneres rivais e que a mim me envergonha como Sportinguista. Seja nas redes sociais, seja nas bancadas dos estádios e que até já se estende para fora deles, há um rolo compressor que arrasa de forma destrutiva o Sporting e que o torna mais fraco por dentro.

Pegue-se no exemplo de Patrício e o sucedido em Vila do Conde. O que pretendiam os que o esperaram no final do jogo para o insultar? Que jogasse melhor no próximo jogo e que recuperasse assim a serenidade que não teve? Ou que Domingos o substitua? Qualquer líder que se preze e que mereça a designação nunca o fará a pedido. O que os adeptos que assim procedem o melhor que conseguem é diminuir a margem de manobra do treinador que  assim não dificilmente pode fazer outra coisa senão não deixar cair a decisão na rua. A menos que queira que qualquer jogador no balneário sinta que mais importante do que ser um profissional aplicado e o do que o trabalho que desenvolve diariamente à frente do treinador é a opinião que dele têm os adeptos.

Quem fala em Patrício podia dizer o mesmo de quase todos os jogadores que transitaram das épocas anteriores. O mais racional seria os adeptos perceberem que os jogadores, com as suas qualidades e defeitos, são tão vitimas como qualquer adepto  pelo que foi o Sporting dos últimos anos. Que o Sporting foi para muitos um pântano para as suas carreiras como o foi para as nossas aspirações e para o legado dos que nos precederam. Que muitos não evoluíram e que o seu valor foi depreciado porque o Sporting estagnou quando até, em muitos casos, terá regredido. E que alguns ou porque tinham valor de mercado ou foram mais perspicazes depressa escolheram outros sítios para poderem ambicionar prosseguir as suas vidas profissionais com o mínimo indispensável de normalidade.

Não será por acaso que, dos 7 pontos perdidos este ano 5 foram em casa. Aqui temo-nos preocupado mais em perceber porque falham os dirigentes, jogadores e treinadores. Agora que se aproxima mais um jogo em Alvalade talvez fosse a altura para pensar se todos estamos a fazer tudo o que é preciso para ganhar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O Sporting está (mais ou menos) de volta!

(Foto ESTELA SILVA/LUSA)
Não se pense pelo título que vou incorrer no mesmo erro que cometi após o jogo com a Juventus quando pensei que o bom futebol estava de regresso a Alvalade. Como ainda ontem se viu, isso só acontece a espaços e no restante tempo depressa regressamos ao passado do qual queremos fugir a sete pés. Os sinais são contraditórios porque se parece haver razões para ter esperança numa subida sustentada percebe-se que caminhamos numa linha muito ténue que mal nos separa do sucesso e do fracasso. Foi assim ontem como já havia sido em Paços de Ferreira. A diferença para os jogos iniciais da Liga é que agora conseguimos os resultados mercê da subida da eficácia em frente à baliza adversária. 

Eficácia essa que está longe de se verificar quando chamados a defender. Há quem julgue, como muitas vezes ouvi ontem na bancadas, que o problema está na qualidade individual dos nossos centrais, eu continuo a pensar que o problema está na forma como a equipa defende. Um problema colectivo, que vem sendo sucessivamente muito bem explicado pelo PB, no Lateral Esquerdo, hoje e aqui e aqui. De uma forma sintética, e para lá das referidas explicações e das comparações que se possam fazer, é óbvio que os centrais do Sporting estão muito mais expostos que os seus congéneres nos rivais e por isso, naturalmente, errarão mais. Provavelmente Luisão, Garay, Rolando e Otamendi também sentiriam muitos problemas em travar o jogo ontem em Vila do Conde se jogassem de verde e branco. Já Maicon e Jardel têm demonstrado que, mesmo protegidos, falham em demasia.

Mas então porquê que o Sporting está de volta, perguntarão?

O Sporting está de volta ao campeonato, mercê do único resultado que ontem lhe era conveniente. Cumprindo a obrigação de ganhar em casa, a próxima jornada encurtará mais as distâncias para os que seguem à sua frente. Mas os últimos jogos, apesar terem sido 3 vitórias, deixaram um relance daquilo que será provavelmente toda a presente época. Para nós do céu pouco mais há a esperar do que chuva, todo o resto vai ter que ser arduamente conquistado, esgravatado, subido a pulso.

Está de volta uma legião de adeptos que se havia afastado, apesar de as coisas nem estarem a correr muito bem. Sinal de que há esperança em dias melhores. Esse é um aspecto fundamental e indispensável para um futuro melhor. Ontem, apesar da hora e do dia, o estádio dos Arcos teve um número de adeptos Sportinguistas que há muitos anos não se via. Falta transformar o relvado de Alvalade num local indesejado e temido para os adversários, ao contrário do que vem sucedendo (5 pontos perdidos em 7). A responsabilidade não é apenas da equipa e não foi por acaso que Domingos disse o que disse ontem.

O Sporting está de volta aos golos de canto, e logo 2 no mesmo jogo. Um pormenor digno de registo, uma espécie de regresso a uma normalidade tão ansiada, tendo em conta a importância que devem ter numa equipa com as nossas pretensões os lances deste género.

Tendo estado em Vila do Conde deixo as restantes impressões pessoais que parecem pertinentes:

Dificilmente  o Sporting ganhará muitos jogos com Capel e Carrillo defrontando equipas mais fortes (Braga, Guimarães e os rivais, por exemplo), pelo menos actuando como o fizeram ontem. Ambos participam muito pouco, e muitas vezes mal, nas tarefas defensivas o que contribui para uma inferioridade numérica crónica, sobrecarregando os restantes elementos, dificultando-lhes as tarefas. Carrillo é até um jogador interessante mas que tem ainda um longo caminho a percorrer. Capel, apesar de ter participado de forma decisiva no jogo, pareceu-me acusar algum desgaste. Vai revelando aqui e ali que já percebeu que baixar a cabeça e correr com a bola é capaz de não ser a melhor opção.

Não me espanta o jogo inseguro de Patrício. Parece-me ser ainda cedo para proclamar um mau momento, tendo em conta que não falhou nos jogos anteriores. Mas depois de ter visto o que sucedeu em Paços de Ferreira (foi insultado toda a 2ª parte por vários adeptos pendurados na vedação, encostados a ele e no fim saiu directo para o balneário. Ontem, no final do jogo não passou do meio campo) não me espanta a insegurança, parecendo estar a atingir o seu limite. Isto não explica o 1º golo que resulta de um erro de posicionamento e o deixa mal na fotografia.

Teria preferido Polga a Oneyewu - continuo a pensar que os defesas devem ser avaliados primeiro pelo que defendem - mas a verdade é que o americano acabaria por fazer o que o brasileiro poucas vezes fez: marcar um golo decisivo. De condenado a salvador foi uma viagem curta e agora já poucos se lembrarão de dizer que é um jogador lento. Estou certo que continuará a revelar dificuldades em travar jogadores que lhe apareçam lançados  mas isso nada tem a ver com a sua velocidade ou falta dela. Esse é sempre será o problema de todos os centrais. Esse tipo de problemas evitam-se antes e no meio-campo, depois são muito difíceis de solucionar.

Não acho que Pereirinha, outra na linha de tiro, tenha feito um mau jogo embora tenho entrado mal, ficando ligado ao 2º golo. A questão parece-me estar ligado ao momento escolhido por Domingos para entrar. A substituição fazia já sentido ao intervalo mas o treinador optou pela entrada após o golo e num momento que o Rio Ave criava problemas precisamente sobre o lado direito, revelando Pereirinha dificuldades em entrar no ritmo de jogo. Nitidamente afectado após o golo (ficou de cabeça baixa e ombros caídos) foi conseguindo recompor-se paulatinamente.

Não seria nunca muito fácil para Pereirinha ou outro integrar-se ao lado de João Pereira que vem revelando enormes dificuldades quer a defender quer a atacar, embora não se lhe possa atacar o empenhamento. É um dos que só pode melhorar.

Rinaudo tem sido fundamental nos últimos jogos no que diz respeito à recuperação da bola e quando e se conseguir o mesmo a pô-la a jogar será jogador para ficar pouco tempo no Sporting.

Pode-se avaliar um avançado recorrendo aos mais variados parâmetros mas quando ele marca em todos os jogos em que participa e ainda por cima golos decisivos who cares, não é Van Wolfswinkel?

Houve um árbitro na primeira parte e outro na segunda, embora o nome fosse exactamente o mesmo. A dada altura cheguei a temer o pior mas no final fiquei na dúvida se teria havido algo de intencional ou apenas falta de categoria.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Com o credo na boca!


Aos 3 minutos do jogo o Sporting vencia o Rio Ave por 0-2. Credo!

Aos 6 minutos João Tomás parte o nariz em lance casual com Onyewu. Credo!

A qualidade do futebol na restante primeira parte. Credo!

O crescimento do Rio Ave nos 15 minutos finais da primeira parte. Credo!

A quantidade de cartões amarelos. Credo!

Aos 49 minutos o Rio Ave reduz com grandes culpas para Patricio. Credo!

Aos 63 o Rio Ave empata. Credo!

Sucessivos erros e desconcentrações de Patrício e João Pereira. Credo!

74 minutos Onyewu nas alturas marca o 2-3. Credo!

O Sporting marca dois golos em cantos. Credo!

Com tanto amarelo lá sai um vermelho para o Rio Ave (e com tanta porrada é por uma simulação…). Credo!

Aos 89 minutos Patricio salva o empate. Credo!

Acabou o jogo. Aleluia!!!!!!!

Quando ganhar se torna numa questão de "estofo"

Não é de esperar para logo outra coisa que não seja um jogo difícil. O Rio Ave encontra-se numa situação incómoda na tabela classificativa e irá lutar com todas as suas forças para nos dificultar a vida. Prevejo por isso um jogo onde que a luta em muitos momentos se sobreponha à organização táctica. Embora não tendo ainda visto jogar o adversário ninguém ficará surpreendido que este inicie o jogo com as linhas recuadas e muita gente atrás da linha da bola e, uma vez conquistada a posse da bola a tente colocar jogável nas alas, onde dispõe de jogadores com velocidade e técnica. Curiosidade por ver Kelvin e onde João Tomás, talvez o melhor ponta-de-lança dos pequenos, será sempre um perigo constante. Ele que até parece estar predestinado para nos marcar golos. E, possuindo o Rio Ave de jogadores com bom nível no jogo aéreo (Gaspar, João Tomás, Jefferson) as bolas paradas assumirão papel importante.

Possuindo o Sporting vantagem pela melhor valia individual terá que colocar sempre grande intensidade na disputa da bola conjugada com uma boa organização colectiva em todos os momentos do jogo, mantendo contudo sempre a frieza, sem se deixar cair no apelo da luta pela luta, onde o adversário se sentirá mais confortável. Daí a preferência pela entrada de Elias, com a missão de ligar os sectores e com Pereirinha a assumir o lado direito do meio-campo, mantendo-se o resto da equipa tal como no jogo anterior. A figura preconiza a postura da equipa quando no ataque, recuando Elias e o médio do lado onde sai o jogo do adversário. Seria importante que a equipa voltasse a revelar a coragem de subir as linhas tal como o fez nos jogos com o Olhanense e com o Nordsjaelland em casa.

Ganhar nunca será uma tarefa fácil e por isso mesmo é uma demonstração de "estofo" tão necessária para a equipa dar razões aos adeptos para confiarem nas suas capacidades. Mais ainda com a conjugação dos resultados de ontem e dos que se advinham na próxima semana.

domingo, 18 de setembro de 2011

O reforço que nunca mais chega

Para se perceber, se preciso fosse, da importância de Marat Izmailov no Sporting basta verificar que ele vale até agora 50% dos golos de toda a equipa no campeonato. Sem eles o clube estaria numa posição abaixo de delicada. Se esse facto juntarmos que a sua condição física deixa muito a desejar e que, por isso, o russo não tem podido contribuir com a totalidade do seu talento melhor se perceberá o que o Sporting perde por não o poder ter na plenitude dos seus recursos.

Tido, sempre que regressa dos seus prolongados períodos de impedimento por lesão, como o melhor reforço da época, Izmailov mais uma vez tem sobre si o terrível peso das lesões - ou da lesão, melhor dizendo - começando a fazer sentido os rumores que davam como seriamente ameaçada a sua carreira. É isso que resulta das sucessivas paragens e das palavras de impotência de Domingos hoje: "Izmailov não está em condições e algo tem que ser feito". O quê é que ninguém parece saber.

Entretanto, na tradicional conferência de imprensa que antecede os jogos foram revelados os convocados para o jogo de amanhã em Vila do Conde, onde constam Elias e Matias Fernandez.

- Guarda-redes: Rui Patrício e Marcelo.

- Defesas: Rodriguez, Onyewu, Evaldo, Pereirinha, João Pereira, Polga e Insúa.

- Médios: Schaars, Capel, Matias Fernández, Rinaudo, André Santos, Carrillo e Elias.

- Avançados: Wolfswinkel, Bojinov e Diego Rubio.

Das declarações de Domingos realço a lucidez ao reconhecer que o Sporting "Sporting tem que fazer mais do que no último jogo" o que vai de encontro à análise aqui feita após o jogo de Zurique e que parece não ter sido compreendido por muitos. Sendo o treinador a dizê-lo ganha outra credibilidade e o seu reconhecimento significa também que as soluções estão mais próximas.

sábado, 17 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Chocolate semi amargo

O Sporting obteve uma vitória importante no lançamento da aventura europeia vencendo fora de casa o Zurich. Começar a ganhar, somando pontos e euros e liderar o grupo é uma boa estreia que não deve fazer esquecer as dificuldades exibidas numa exibição que esteve longe de fazer encher o olho.

O jogo de Zurich mais uma vez me convenceu que o Sporting tem boa matéria-prima mas são as ideias para o seu futebol que se opõem a um produto final de qualidade. A um bom começo depressa se seguiu um lento resvalar até à mediania com que terminou o jogo.O facto do jogo parecer ganho desde os primeiros momentos do jogo não deve servir de atenuante. Antes pelo contrário, uma vez que, mais do que o que as dificuldades causadas pelo adversário, foram as opções próprias que obrigaram a equipa a ter que trabalhar mais do que precisaria.

Foi sobretudo a segunda parte que haveria de revelar um Sporting incapaz de gerir a posse da bola, de aproveitar os espaços cedidos, e também incapaz de ligar do principio ao fim um lance de contra-ataque. O que seria praticamente impossível de acontecer, tendo em conta a quantidade de vezes em que os jogadores receberam a bola de costas para o jogo e sem apoios para progredir. No final não contabilizei um lance em que o ponta-de-lança tenha sido bem servido, fosse ele Wolfswinkel ou Rúbio.

Fica a satisfação pelos pontos e pelos contos mas também a certeza que vamos ter ainda muito trabalho e sofrimento pela a frente.
Ficha do jogo:

Faça a sua equipa, eu já fiz a minha

Tendo em conta os últimos comentários no post anterior resolvi arriscar e fazer a minha equipa. Arriscar porque é um exercício de carácter altamente especulativo, (e por isso também altamente falível) quando se alinha uma equipa sem conhecer o adversário.

Começando pela defesa, não me parece fazer muito sentido mudá-la agora. Uma vez que Carriço está ausente qualquer combinação possível seria sempre nova, face às épocas anteriores. Tendo em conta a necessidade de entrosamento manteria a mesma linha de Paços de Ferreira.

Na linha média, e face à ausência de Elias, manteria Rinaudo, Schaars, Pereirinha e Capel, fazendo entrar Izmailov. Parece-me a melhor solução para assegurar a contenção, cobertura defensiva, equilíbrio, encurtando o espaço entre sectores.

Uma vez que os principais problemas da equipa se têm manifestado nos deslocamentos em profundidade ou em rotura minguando os desequilíbrios na estrutura defensiva adversária, a presença de Izmailov no centro, na posição 10 visaria assegurar maior presença ao centro, dando mais cobertura ofensiva, servindo de apoio aos alas e permitindo maior mobilidade. De igual modo oferece-se segurança no momento da perda da bola. A entrada de André Martins é também uma possibilidade, tendo em conta a fragilidade do jogador russo.

Bojinov parece-me a melhor opção como avançado. Claro que se o jogo colectivo for o dos primeiros 70m do jogo anterior até pode lá estar o Falcão ou Dzeko. Quando a bola não chega os golos são impossíveis.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Garra só não chega

O Sporting começa amanhã a sua campanha europeia onde defenderá o seu prestigio internacional e o do futebol português. A Liga Europa, mesmo sendo o parente pobre das competições do continente no que às receitas directas diz respeito, não pode deixar de ser encarada como importante para a afirmação do nome do clube. E uma boa campanha, como a realizada em 2005, promove também os jogadores, potenciando assim também a obtenção de receitas. Encarar sempre com seriedade os jogos respectivos é por isso obrigatório, até porque os adversários que saem ao caminho, não possuindo o prestigio e o poderio dos que normalmente passeiam pela Champions, são perfeitamente capazes de criar dificuldades sérias e até alguns desgostos. Será mais ou menos esse o caso do Zurich, o adversário de amanhã.

Para a cidade helvética Domingos levou 20 jogadores:

Guarda-redes: Rui Patrício, Marcelo Boeck e Tiago

Defesas: Rodriguez, Anderson Polga, Onyewu, Evaldo, João Pereira e Insúa

Médios: Schaars, Izmailov, Capel, Rinaudo, Pereirinha, André Santos e André Martins

Avançados: Bojinov, Van Wolfswinkel, Carrillo, Rubio

Depois da fantástica recuperação de Paços de Ferreira aguardo com curiosidade a prestação de amanhã. Sem a pressão de ter que ganhar para não beliscar os objectivos, mas dentro do quadro ainda exigente acima descrito, o jogo de amanhã permitirá verificar se a evolução que se deseja na produção colectiva da equipa é possível e estaria sufocada pelos resultados negativos ou se os problemas estão no treino e nas opções de Domingos sobre o modelo de jogo a seguir, e assim de mais demorada resolução. 

Há uma ilação que pode ser retirada do último jogo do campeonato e que vai de encontro ao que sempre pensei quando vi jogar a equipa: não é um problema de falta de garra ou atitude dos jogadores perante as adversidades. Se assim fosse não teríamos trazido pontos de Paços de Ferreira. Mas, com a qualidade individual que tem ao seu dispor, Domingos está obrigado a fazer subir esta equipa a outros patamares.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Número Um!

Não sou muito dado ao culto da personalidade, não tenho por isso, no futebol ou na vida, ídolos. Mas tenho referências e modelos e Damas será sempre um deles. Hoje, transcorridos 8 anos da sua partida, não podia deixar de assinalar a data, mesmo que de forma singela.

Anexo a entrevista dada por Damas, por ocasião do seu regresso a Alvalade, depois da saída para Santander, onde, tal como entre nós, Vítor Damas goza de imenso prestígio. Creio que por muitos anos que passem o nosso Número Um estará sempre entre nós. A entrevista foi retirada do Armazém Leonino.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quantas contas se fazem com as Contas da SAD?

Seria obviamente uma surpresa poder constatar a possibilidade de uma saúde financeira dentro da sociedade desportiva para o futebol leonino. Assim, os números ora apresentados apenas demonstram algo que há muitos esperávamos.

Neste momento, seria possível fazer a comparação com as figuras dos nossos rivais que apresentam também eles valores que devem gerar alguma preocupação mas ao mesmo tempo possuem outras garantias relacionadas com a capacidade de geração de receitas e como tal, outra facilidade em termos de gestão de tesouraria.

Os prejuízos agora verificados espelham duas estratégias diferentes, sendo que uma tenta agora disfarçar os erros cometidos na anterior:

- Estão à vista as falhas cometidas nas contratações do mandato de José Eduardo Bettencourt & seus directores desportivos, onde o despesismo não trouxe o acréscimo qualitativo proporcional (ou sequer parecido) em termos desportivos.

- Custos verificados já durante o mandato dos órgãos sociais estão diretamente relacionados à publicitada "vassourada" que implicou encargos significativos em termos de rescisões.

No relatório agora divulgado, são apontadas as desvinculações e rescisões, o acréscimo de custos de pessoal e as amortizações/perdas de imparidade como os principais factores para as diferenças entre este e exercícios anteriores. Se olharmos para aquilo que se verificou na pré-temporada transacta, verificaram-se pelo menos 10 milhões de euros em contratações (Evaldo, Valdes, Torsiglieri e Zapater) o que implica à partida um acréscimo nos custos de amortizações. Além destes valores de aquisições, se tivermos em conta a presença de atletas como Valdes, Zapater, Maniche e Hildebrand na folha salarial, facilmente ficam justificados os acréscimos em custos de pessoal.

A estratégia levada a cabo na temporada transacta fracassou desportivamente e financeiramente e as contas agora divulgadas espelham exatamente esse fracasso, reforçada ainda com a estratégia de rescisões e desvinculações.

À entrada para uma nova temporada, sabemos já o elevado valor investido para a nova temporada e atendendo à valia (ou pelo menos currículo desportivo) de alguns dos atletas, é de esperar que a folha salarial possa vir a ter um novo incremento - apesar de também se terem verificado saídas de atletas que representavam encargos elevados. Dos custos associados à estratégia desportiva desta Direção, apenas os custos de rescisões estão refletidos nas contas divulgadas na semana passada.

Historicamente, sabemos que a situação financeira a que o Sporting chegou - materializada no número redondo dos 400 milhões de euros entretanto reduzidos face à operação das VMOC's - em muito se deve aos insucessos das estratégias desportivas, mesmo aquelas que nos renderam dois campeonatos e uma pesada herança de 100 milhões de euros de resultados líquidos acumulados e sucessivamente transitados.

Historicamente, estamos habituados a uma realidade de despesismo sucessivo ao invés de uma realidade de investimento com fracassos pontuais, comuns a qualquer clube desportivo. Aqui residirá o principal ponto de avaliação económica-financeira às decisões tomadas até agora.

No panorama não desportivo, realce pela positiva para o acréscimo de receitas associadas a direitos de transmissão televisiva bem como os valores de sponsorização. Ao mesmo tempo, as condições de financiamento, neste caso, juros e comissões bancárias suportados merecem também a nossa preocupação dadas as dificuldades do clube em capitalizar-se bem como as restrições cada vez mais assumidas pelos bancos parceiros.

No final de tudo, bateremos sempre na mesma questão: Quando os resultados desportivos não são condizentes nem convincentes, restarão sempre suspeitas e vigilância. Se a bola entrasse com maior frequência, provavelmente o nosso "benefício de dúvida" seria diferente... Mas historicamente, existem razões para recear do sucesso de determinados riscos assumidos.

EM FRENTE SPORTING!

O Voyerismo e a pornografia nas contas da SAD

Infelizmente não é apenas do tratamento diferenciado por parte dos árbitros, e por comparação com a concorrência, que o Sporting encontra razões para protestar. Esse  tratamento diferenciado sente-se também na comunicação social, e é um sintoma da perda de influência que o clube se deixou submeter. Se dúvidas houvesse basta ver as análises feitas ao lance que ditou o livre indirecto em Paços de Ferreira.  

A lei 12 é bem clara "Um pontapé livre indirecto será concedido à equipa adversária se o guarda-redes cometer uma das seguintes quatro faltas dentro da sua própria área de grande penalidade: tocar a bola com as mãos depois desta ter sido pontapeada deliberadamente para ele por um seu colega de equipa". A atribuição de culpas a Patrício nesse lance, isentando a actuação do árbitro, é inqualificável e estará longe de ser inocente. Da turbulência que gera no nosso interior até à disputa da baliza da selecção não faltam motivos para o fazer. Pena é que muitos sejam os Sportinguistas a escolher o mesmo caminho.

E, ou eu ando muito distraído, ou é invulgar a abordagem que se tem feito na comunicação social às contas do Sporting desde a passada sexta-feira. De um relatório de 154 páginas, ao invés de um simples overview ou de uma análise detalhada, a comunicação social tem-se divertido a debruçar e a extrair para o público o que lhe parece ser “obsceno”. Um acto de voyeurismo, que, tal como uma sexualidade mal formada, é sintoma de uma comunicação social que antes de querer informar se preocupa em vender. Não vejo porém a mesma preocupação quando se reportam aos nossos adversários como a que agora se exibe com os nossos fundos de jogadores, com os ordenados dos administradores da SAD, ou com as comissões pagas nas aquisições. Tendo em conta que o Sporting não está sozinho no mercado a comparação de dados é fundamental para se perceber a justeza e acerto das decisões. 

O que é dito acima não invalida a preocupação com os dados vindos a lume, em particular os dados totais do prejuízo apresentado: 44 milhões. Não menos preocupante são as quebras nas vendas de bilhetes, gameboxes e quotizações. Apesar de não se poder considerar uma surpresa, face ao que foi o período em causa, não deixa de ser uma constatação dolorosa.

Depois de dados avulsos sobre alienações de passes a fundos hoje é lançado mais um dado ao público: os vencimentos do administrador da SAD, Luis Duque, que, em média recebeu mais de 20 mil euros mensais. Considerado uma peça fundamental no actual Sporting, o administrador da SAD afirmou há pouco que não havia contratos pornográficos nesta gestão. Convém lembrar que esta é a tabela aprovada pela anterior gestão e ratificada pela comissão de remunerações da SAD. Não me repugnam a remuneração de dirigentes, como muitas vezes aqui tenho escrito. O Sporting não pode ser apenas possível a reformados ou abastados, deve procurar entre os melhores para o dirigirem e isso tem ou pode ter custos. Mas deve ter também uma gestão equilibrada e confesso que estes valores, numa SAD depauperada, merecem pelo menos uma boa reflexão…

Há alguns anos atrás deram muita polémica os prémios distribuídos pela SAD com a obtenção do 2º lugar e consequente apuramento para a Liga de Campeões e as suas apetecíveis receitas. Qual deve ser o modelo a seguir: remuneração mensal simples, ou uma base mensal com prémios indexados aos resultados desportivos e económicos?

P.S. - Já depois de publicado este post Luís Duque veio por alguns pontos em alguns i´s. E, ao contrários do que foi dito precipitadamente por muitos, não me vejo obrigado a "engolir" o que escrevi. 

domingo, 11 de setembro de 2011

Despachos com carácter urgente

1- Solicita-se com carácter de urgência  a Vitor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem, despacho que clarifique se sobre os jogos em que participa o Sporting se aplicam as Leis do Futebol definidas pelo  International Board, ou outras desconhecidas do grande público. Nomeadamente no que diz respeito à marcação de grandes penalidades, o fora-de-jogo, os livres indirectos, e até a disciplina. Esse seria um esclarecimento fundamental para árbitros, jornalistas e até adeptos do Sporting.

2- Solicita-se ao presidente do Sporting despacho dirigido ao departamento de Comunicação que ordene a compilação em vídeo, para apresentação pública a efectuar em breve, de todos os lances em que tem legitimas razões de queixa, comparando-os com os critérios exibidos pelas equipas arbitragens em lances idênticos em jogos do presente campeonato. O Sporting deve falar sempre que tem razões de queixa e não apenas quando perde.

3- Solicita-se ao departamento médico do Sporting despacho que autorize o envio de embalagens de kompensan ou outro anti-ácido eficaz que alivie a azia de Luís Miguel, treinador do Paços de Ferreira. As declarações proferidas no final do jogo revelam estranha preocupação com uma luta que não é sua, como é a definição do campeonato nacional. Presume-se que a indisposição lhe afecte alguma costela familiar, o que se lamenta. Quanto à cegueira das suas declarações sobre a arbitragem, tudo indica tratar-se de um problema irreversível.

Um filme (fiel) do futebol tuga



A acção decorre com duas histórias em paralelo… A primeira tem como actores principais 'lampiões' e 'andrades' a digladiarem-se para ver quais dos respectivos clubes é mais beneficiado, na segunda vemos sportinguistas ocupados com os seus ódiozinhos internos de estimação e as suas lutas intestinas. De vez em quando o argumento faz com que as histórias se cruzem, bem ao estilo de Quentin Tarantino. Sim, também é composto por actores secundários e alguns figurantes… Os figurantes para fazer número e preencher o filme, os outros actores para manobrar nos bastidores bafientos, com os ‘tuneles’, jornalistas e sócios da APAF devidamente domados e a luta pelo controlo do CA da FPF a terem poucos minutos de visibilidade mas grande protagonismo no desfecho final… Não esquecer que também tem muita fruta e culinária exótica para apimentar a coisa.

O resto? É paisagem… Agora se não se importam vou ali à varanda da minha sala olhar para a Serra da Estrela. Qualquer dia está novamente com neve… Tão certo como ficar tudo exactamente como está nesta idílica encenação futebolística nacional, após as próximas eleições da FPF… Vamos ao remake 2011/12?

P.S. - A única duvida que me assalta é em como etiquetar o género da película: não sei se nos documentários, se nos filmes noir, comédia maluca, thriller psicológico, terror, policial, mafioso, erótico… Enfim, decido-me pela pornochachada à portuguesa. Um sub-género que engloba todos os anteriores.

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