Sporting Imperial!
Foi um fim-de-semana imperial para o Sporting. Infelizmente somos obrigados a começar com uma nota dissonante, uma vez que sexta-feira ficou marcada por essa absoluta anormalidade de termos um jogo para a Liga a correr praticamente em simultâneo que a disputa da Supertaça de futebol feminino. Em comum o mesmo clube, o Sporting Clube de Portugal. Esta profunda manifestação de falta de respeito pelos atletas, pelos adeptos e até pelos patrocinadores não deveria passar sem o devido apurar de responsabilidades.
Pode também parecer uma anormalidade a forma como Sporting vem dominando os jogos e goleando os adversários que lhe têm saído ao caminho mas apenas para os que não tenham tido oportunidade de ver qualquer dos jogos. Porque até agora a respectiva história tem sido coincidente: domínio avassalador, asfixia quase total do adversário, produção incessante de oportunidades de golo de elevado potencial de sucesso e muitos golos. Resultado: 14 golos marcados, dois sofridos, com o Gyokeres a liderar a tabela dos marcadores com 6 golos, fazendo empalidecer o excelente registo de Pote com 3 golos marcados, um por cada jogo disputado. Assim chegamos à véspera do clássico repartindo a liderança com o rival temos contas a ajustar, por força dos 2 últimos recontros.
Enquanto a equipa sénior masculina passeava a sua classe pelos Algarves a versão feminina fazia pela vida para regressar aos triunfos perante a rival que vem dominando a modalidade. Apesar de ter ficado em desvantagem quase ao dealbar da primeira hora de jogo, e de não ter entrado muito feliz no segundo tempo, as "nossas meninas" nunca baixaram os braços ante a inferioridade no marcador. O golo da nossa goleadora Telma foi o tónico necessário para uma reviravolta épica, que nos levou de regresso às conquistas, empatando com o rival o número de troféus conquistados na competição.
Para hoje estava reservada uma exibição absolutamente imperial dos "nossos meninos" do andebol. À medida que os minutos iam decorrendo o marcador ia-se avolumando para números que pressagiavam 1 resultado histórico, que o avançar do relógio ia confirmando. Para desmoralizar o adversário, André Kristensen ia rechaçando remate após remate, enquanto cada ataque por nós realizado redundava em golo iminente. Se se tiver em conta que Francisco Costa ficou impedido de dar o seu contributo à equipa muito cedo, por receio de lesão, imagina-se do quão melhor poderia ainda ter sido o resultado final. Esta entrada de leão tão clara e dominadora permite acalentar o sonho de uma participação para escrever mais um capitulo histórico na Taça Ibérica a disputar no próximo fim-de-semana. Isto mesmo considerando que o actual campeão europeu, o Barcelona, é o vencedor pré-anunciado. O torneio servirá também para aferir a nossa valia para os dificeis encontros da Liga dos Campeões. Resultado final: 37-21!