quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Sporting 1- Arsenal 5: Arsenal nuclear


Foi dura a noite em Alvalade. Não porque perdemos com o Arsenal mas sobretudo pelo resultado expressivo registado no final e isso seja talvez o que é verdadeiramente de lamentar, uma vez que a diferença de golos é um factor que pode tornar-se decisivo na contabilidade final. Isto porque, se perguntassem, após o sorteio, se "comprávamos" 3 pontos com os dois clubes ingleses que nos caíram no bornal, quem não compraria, pagando até bom preço?

A verdade é que, tal como com o City, o jogo começou muito mal para as nossas cores, averbando um golo muito cedo, do qual nunca chegamos verdadeiramente a recuperar nem a calma ou o discernimento. E, ao contrário do jogo com o City, não tivemos a dose mínima de sorte nos momentos decisivos do encontro. Tudo o que podia correr mal, correu bem pior. O quarto golo foi o melhor exemplo disso e acabou por matar qualquer veleidade que pudéssemos ter em recuperar o resultado ou pelo menos torná-lo mais facilmente mastigável ou deglutível.

Deste jogo ressaltam três protagonistas que me merecem a referência:

João Pereira: Mantenho a saudação aqui feita pela coragem com que assumiu tão pesada "herança". A liderança de Amorim não foi só impressiva junto dos jogadores, mas deixou marcas profundas junto da maioria de nós. A lei das probabilidades está contra João Pereira: não há dois Amorins seguidos à mão de semear. Mas isso não é uma deliberação que impõe a desgraça e que o insucesso está ao virar da esquina. João Pereira pode ser igualmente bom para o Sporting sem ter que ser o Ruben Amorim. Claro que, especialmente quando os resultados não são os desejáveis, as suas opções serão sempre objecto de critica. O mais importante é tenha convicção nas ideias e no trabalho lembrando que se a herança é pesada por ser dificil de igualar, também é boa porque recebe uma equipa completamente identificada e esclarecida com uma ideia de jogo para a qual ele foi escolhido para dar continuidade. Foi um mau resultado, mas nada teve de inédito, incluindo no mandato do seu antecessor e não foi por isso que não chegamos onde nunca nos lembrávamos de ter estado.

Edwards: é inadmissível eleger um jogador como bode expiatório de toda uma estratégia. Desde logo porque não é ele que escolhe o lugar onde é posto a jogar e aqui o erro começa no treinador. A sua primeira obrigação é colocar os jogadores onde e em tarefas em que as suas qualidades possam ser melhor aproveitadas. Ora nem se conhecem bons jogos do Edwards à esquerda, nem ele é conhecido pelas suas qualidades defensivas. Arteta percebeu isso muito bem e grande parte dos primeiros 45 minutos foram um massacre à ala esquerda, até porque o Maxi também não é um defensor eximio. Isso obrigou muitas vezes Morita a descair para a esquerda, deixando Hjulmand sozinho com vários jogadores arsenalistas à sua volta. Acresce que Edwards é um jogador sem ritmo, muito mais para cavalarias europeias.

Hjulmand: Nunca é demais realçar as suas qualidades como jogador mas também como líder. O seu  discurso sereno e esclarecido no final do jogo são um farol para todos nós. É nestes momentos que se distinguem is homens dos meninos e ficamos à espera da reacção devida no jogo com o Sta. Clara, adversário que não deve ser menosprezado em nenhum momento.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Modalidades: revista da semana


As modalidades começaram a jogar na quarta-feira quando os leões do andebol receberam, no Pavilhão João Rocha, os franceses do Paris Saint-Germain em jogo da 8ª jornada da EHF Champions League no PJR obtendo uma brilhante, expressiva e importante vitória por 39-28, com 16-15 ao intervalo, como já foi explicado neste blogue. 

Depois da brilhante vitória sobre o Paris Saint-Germain os leões do andebol deslocaram-se, no sábado, até Guimarães para defrontarem o Vitória em jogo da 13ª jornada do Campeonato Placard de onde regressaram com uma descansada vitória por 35-28, com 18-14 ao intervalo. Foi um jogo onde Ricardo Costa fez uma grande rotação de jogadores, porque ainda se notava algum cansaço nos jogadores devido ao jogo de quarta-feira, e esta semana voltam os nossos andebolistas a ter um jogo europeu muito importante, quando receberem no PJR na quinta-feira 28 o Dínamo de Bucareste em mais uma jornada muito difícil da EHF Champions League, seguindo-se no domingo 1 a recepção ao Avanca em jogo da 14ª jornada do Campeonato Placard. Começaram bem os leões que rapidamente fizeram 3-0 e 4-1, mas os minhotos conseguiram recuperar e empataram 4-4. A seguir foi golo cá-golo lá até os nossos jogadores conseguirem 11-8 e 14-9. Voltaram os vimaranenses a recuperar até aos 14-12, mas uma pequena aceleração leonina fez chegar o intervalo com quatro golos de diferença. No início da 2ª parte os leões conseguiram aumentar a vantagem para sete golos aos 23-16, que com pequenas variações se prolongou até ao final do encontro. De salientar que depois da extraordinária exibição de André Kristensen contra os franceses desta vez foi Mohamed Ali que jogou todo o jogo. Além do lesionado João Gomes, também Natan Suarez não alinhou no jogo de hoje, o que possibilitou a Jan Gurri, com 6 golos juntar-se a Kiko Costa com 8 golos como os melhores marcadores da equipa.

Na quinta-feira foram os leões do voleibol até à Chéquia para defrontarem o Kladno Voleybal no jogo da 2ª mão dos 1/16 de final da CEV Challenge Cup regressando com uma vitória por 3-2. Atendendo ao resultado da 1ª mão (3-0) bastaria ao Sporting ganhar dois sets para garantir a passagem à eliminatória seguinte, mas vencendo o jogo traz outro sabor. Começaram bem os nossos jogadores e começaram a ganhar por 7-3, mantendo-se semelhante diferença até aos 13-10 quando com quatro pontos seguidos conseguiram 17-11, vantagem que garantiu a vitória no set por 25-21. No 2º set os checos adiantaram-se no início conseguindo 3-6, 8-11 e chegando aos 10-14, saltando depois para os 13-20, acabando com 18-25, e empatando o jogo. O 3º set começou equilibrado mas os leões conseguiram chegar aos 9-6, só que depois os adversários conseguiram recuperar e dar a volta para 11-13 e 12-14. Considerado como o set fundamental, já que a vitória leonina daria a passagem, os nossos jogadores reagiram e passaram para 19-15, 21-16 e acabaram o set com 25-18, garantindo o apuramento. O 4º set foi equilibrado, com João Coelho a dar descanso a vários jogadores importantes, com o Sporting a adiantar-se com 7-4, e estando sempre na frente até aos 15-13, quando os checos passaram para a frente com 15-16, conseguindo depois 18-20 e 20-23, recuperando depois os leões que ainda passaram para a frente aos 25-24, mas os locais conseguiram 25-26, acabando por vencer o set por 26-28. Na negra controlo total dos nossos jogadores, que conseguiram 3-1, 5-2, 7-3, 10-5 terminando o set com 15-9, vencendo o desafio. Kelton Tavares com 13 pontos e Martin Licek com 10 foram os melhores pontuadores leoninos neste desafio.  Com a vitória nesta eliminatória vai a nossa equipa defrontar os finlandeses do Akaa na 1ªmão dos 1/8 de final da CEV Challenge Cup sendo o 1º jogo na Finlândia no dia 5 de Dezembro.

Os leões do voleibol receberam no domingo no PJR o Castelo da Maia no jogo da 9ª jornada da Liga Una Seguros tendo vencido por 3-1. O cansaço do jogo europeu fez-se notar, mas apesar de se ter perdido um set em nada afectou a equipa leonina. O 1º set foi equilibrado até aos 10-9, quando os leões arrancaram para 12-9, 14-10, 16-12 e 19-14, mas aqui chegados houve uma reacção dos maiatos que chegaram aos 20-19, quando João Coelho pediu um desconto de tempo que resultou, passando o marcador para 22-19 e 24-20 terminando o set em 25-21. O 2º set foi controlado pelos visitantes que começaram com 3-5, 4-7, 5-9 e 9-15, ainda reduziram os nossos jogadores para 16-18, mas mais não conseguiram terminando o set em 21-25. No 3º set os leões perceberam que não podiam perder mais nenhum set e arrancaram com 5-2, 14-7 e 18-12, mas a partir desta altura os adversários com quatro pontos seguidos chegam aos 18-16. E apesar de um time out de João Coelho, os maiatos continuaram a sua recuperação e passaram mesmo para a frente aos 21-22, seguindo-se empates sempre com os leões na frente até aos 24, até a nossa equipa, com dois pontos seguidos, fechar o set em 26-24. O 4º set começou equilibrado até aos 7-7, quando os leões saltaram para 10-7 e 14-8. Pediu o técnico dos minhotos um time out que ainda equilibrou até aos 17-12, mas a partir daqui os leões passaram para 23-12 terminando o set em 25-14, vencendo o set e o desafio. Edson Valencia com 25 pontos foi o melhor marcador da equipa neste jogo, bem acompanhado por Jan Galabov com 13, Martin Licek com 12 e Jonas Aguenier 11 pontos. O próximo jogo dos leões do voleibol será no sábado 30 indo até aos Açores para defrontarem o Fonte Bastardo em jogo da 10ª jornada da Liga Una Seguros. 

As meninas do voleibol voltaram no domingo ao PJR para receberem também o Castelo da Maia no jogo da 9ª jornada da Liga Solverde, tendo obtido uma brilhante vitória por 3-0, com os parciais de 25-16, 25-17 e 25-16. Jéssica Miranda com 13 pontos e Sara Dias com 12 foram as leoas que mais se distinguiram neste jogo. As leoas voltam a jogar no domingo 1 em casa do FC Porto, para o jogo relativo à 10ª jornada da Liga Solverde. 

Também na quinta-feira os leões do futsal foram a Torres Vedras defrontar o Torriense, em jogo relativo à 7ª jornada da Liga Placard, tendo regressado com uma vitória por 7-0, com 3-0 ao intervalo. Foi um jogo antecipado para que os leões tenham mais tempo para descansar, e preparar os jogos da UEFA Futsal Champions League que começam na terça-feira 26 no PJR ao recebermos os belgas do Anderlecht, seguindo-se os checos do Plzen na quarta-feira 27 e na sexta-feira 29 o Braga. Foi um jogo em que a equipa quis resolver o jogo rapidamente e assim conseguiu. Com 2 minutos e meio jogados Sokolov fez o 1-0, para três minutos depois Pauleta conseguir o 2-0 e ao oitavo minuto de jogo Merlim marcou o terceiro golo leonino e o encontro ficou resolvido. Na 2ª parte continuaram os leões muito activos mas, muito por culpa do guarda-redes torriense que se fartou de defender, só quando estavam passados nove minutos Diogo Santos conseguiu o quarto golo leonino. Mas o guardião torriense não conseguiu evitar mais três golos leoninos. Três minutos depois Pauleta bisou ao fazer o 5-0, e com mais dois minutos passados Tatinho fez o sexto golo do Sporting para a dois segundos do fim Taynan fechar o marcador de um desafio onde os leões mantiveram a sua baliza inviolável.

No sábado as meninas do futsal em jogo relativo à 9ª jornada da Liga Placard, receberam o Povoense e perderam por 3-5, com 2-2 ao intervalo. Os golos leoninos foram obtidos por Beatriz Vicente, Beatriz Fonseca e Edna Peralta. O próximo jogo das meninas do futsal será no sábado 30 indo até Fafe para defrontarem a equipa do Nun’Alvares no jogo relativo à 10ª jornada da Liga Placard.

Também a equipa de hóquei jogou no sábado indo até Tomar defrontar o Sporting local em jogo da 7ª jornada do Campeonato Placard tendo regressado com uma vitória por 2-1, com 1-1 ao intervalo. Foi um jogo muito sofrido, com Angelo Girão a ver um cartão azul com menos de cinco minutos de jogo, mas mais uma vez com Zé Diogo a defender o livre directo respectivo. Com 10 minutos de jogo nova bola parada, desta vez um penalti, já com Girão na baliza e os nabantinos conseguiram o golo, que lhes foi dando vantagem. A seis minutos do intervalo novo penalti, agora favorecendo o Sporting de Portugal e que Rafael Bessa transformou no golo do empate com que se chegou ao intervalo. A 2ª parte começou com um jogo muito cauteloso de ambas as equipas mas com os nossos jogadores mais perigosos, e com seis minutos e meio de jogo neste período Facundo Bridge tem um remate que acerta no poste, para menos de um minuto depois Toni Pérez num remate de arte conseguir pôr os leões a vencer. A partir deste momento o jogo abriu mais um pouco por parte dos locais, ao que respondeu o Sporting com controlo de bola, jogando sempre que possível para gastar os 45 segundos. Mas mesmo assim, sensivelmente a meio da 2ª parte, em menos de um minuto Bridge voltou a acertar no poste, para João Souto na cobrança de um livre directo resultante da 10ª falta dos locais acertar na trave. Continuou o jogo como até aqui, depois do nosso 2º golo, com os guarda-redes a exibirem-se a grande altura não permitindo mais qualquer alteração no marcador, pelo que o jogo terminou com a vitória muito difícil, mas justa, dos nossos jogadores.

As leoas do basquetebol receberam no sábado no PJR o André de Resende no jogo da 7ª jornada da 1ª Fase da Zona Sul do Campeonato Nacional da 1ª Divisão tendo vencido por 67-54, com 38-18 ao intervalo, com os parciais de 21-11, 17-7, 17-11 e 12-25. Emília Ferreira com 23 pontos, 8 ressaltos e 5 assistências foi a jogadora mais importante nesta vitória leonina. O próximo jogo das meninas do basquete será no sábado 30 no PJR para receberem a equipa do Algés no jogo relativo à 8ª jornada do campeonato.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Que tempo extraordinário para ser LEÃO!


A equipa de andebol do Sporting proporcionou-nos mais uma noite de glória, ao bater no Pavilhão João Rocha a “equipa mais cara do mundo”, o Paris St. .Germain por uns esclarecedores e retumbantes 39-28. Confesso que nem nos melhores sonhos esperava ver a nossa equipa de andebol, esta ou outra, jogar ao nível tão elevado e que nos tem deliciado vezes sem conta há mais de um ano para cá.

Mas não é apenas a equipa de andebol. Hoje, percorrendo as redes sociais e encontrando um comentário de um amigo, onde ele equiparava a vitória de ontem a golear o Real Madrid em futebol, não resisti e acabei por comentar “ ou como dar 4-1 ao Manchester City”. É que parece que não, esta é uma vitória estratosférica que parece ainda que não aconteceu e se ficou pelos sonhos. 

Lembro-me perfeitamente da sensação triunfal quando ganhamos ao City empurrados pelo calcanhar do Xandão e um foguete de Capel, virando também então o resultado que tinha começado também de forma desfavorável. O City era então uma sombra do que é hoje, talvez começando aí a sua fase ascensional, o dinheiro já jorrava com abundância. 

Por isso esta vitória recente sobre o tetra-campeão inglês é um outro tipo de feito que, não por acaso, colocou toda a Europa a olhar para nós. Claro que a isso não será alheio o hat trick de Gyokeres e a abalada extemporânea de Amorim. (Sim, ainda dói e não sei quando a ferida sarará).

Este é de facto um tempo extraordinário para ser Leão.

Carpe diem!

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Modalidades: revista da semana


Este sábado foi um dia muito movimentado quando quatro das cinco principais equipas leoninas das modalidades jogaram para os seus campeonatos nacionais. Começando com a que mais impacto teve vamos falar do voleibol que foi até ao Pavilhão da Luz, defrontar o Benfica em jogo da 8ª jornada da Liga Una Seguros, equipa vencida pela terceira vez esta época, e vencer por 3-1. Foi um jogo onde no 1º set não começámos muito bem e os adversários rapidamente ganharam avanços para 2-6, 6-12 e 11-22 tendo o set terminado com um pesado 13-25. Já o 2º set começou equilibrado registando-se empates até aos 9, altura em que os leões conseguiram 11-9 e 12-10. Nesta altura aconteceu um facto insólito: quando os visitados conseguiram o 11º ponto, um dos seus jogadores comemorou de tal forma que atingiu com uma mão um colega seu que este teve de ser assistido e substituído, saindo a sangrar para fora do recinto. O Sporting foi aumentando a diferença chegando aos 15-12 e 17-13, mas os adversários ainda reduziram para 20-18, obrigando João Coelho a pedir um time-out que resultou fazendo os leões passarem para 24-20, terminando o set com 25-21. O 3º set começou equilibrado, com empates sucessivos até aos 6, quando os leões arrancam com cinco pontos seguidos saltando o resultado para 11-6. Continuaram os nossos jogadores a aumentar a vantagem até aos 14-8, chegando aos 20-11 e aos 22-13, apesar de dois time-out entretanto pedidos pelo treinador da casa. Recuperaram alguma coisa os visitados que diminuíram a diferença para cinco pontos, quando atingiram os 22-17, mas um desconto de tempo de João Coelho, neste momento, acalmou as nossas gentes que atingiram o 25-19 no final do set. Também o 4º set começou equilibrado mas só até aos 5, quando os encarnados atingiram 5-8, mas os leões reagiram e “saltaram” para 15-12, 17-13 e 20-16. Nesta altura começa uma reacção adversária que atinge 22-21, chegando ao empate a 24-24. Mas por aqui se ficaram, pois os leões com dois pontos seguidos terminaram o set, e o jogo, com 26-24. Vitória importante num ambiente hostil, mas onde também temos de salientar os muitos sportinguistas presentes. Edson Valencia com 18 pontos, Jan Galabov com 12 e Jonas Aguenier com 11 pontos foram os nossos melhores marcadores deste jogo. Os leões do voleibol vão na quinta-feira 21 até à Chequia para defrontarem o Kladno Voleybal no jogo da 2ª mão dos 1/16 de final da CEV Challenge Cup, jogando depois no sábado 23 no PJR para receberem o Castelo da Maia em jogo da 9ª jornada da Liga Una Seguros.

As meninas do voleibol foram jogar no domingo a casa do Vitória de Guimarães no jogo da 8ª jornada da Liga Solverde, tendo regressado com uma brilhante vitória por 3-0, com os parciais de 25-22, 25-17 e 25-15. Amanda Cavalcanti com 15 pontos foi a leoa que mais se distinguiu neste jogo. As leoas voltam a jogar no domingo 24 no PJR, para defrontarem o Castelo da Maia em jogo da 9ª jornada da Liga Solverde.

No sábado também a nossa equipa de basquetebol jogou, no Pavilhão João Rocha, recebendo a equipa do Galitos do Barreiro em jogo da 6ª jornada da Liga Betclic, tendo vencido por 76-72, com 34-36 ao intervalo. Foi mais um jogo incaracterístico desta equipa que começou bem o 1º quarto com 11-8, passando por 15-10 e terminando o quarto com 18-13. Continuou razoavelmente no início do 2º quarto quando atingiu 29-20, mas a partir daí até ao intervalo obtiveram cinco pontos enquanto os visitantes conseguiram 16, o que deu um parcial no quarto de 16-23, tendo chegado ao intervalo a perder por dois pontos. O 3º quarto começou com uma pequena recuperação leonina atingindo 44-41 no marcador, à qual os barreirenses reagiram passando para 44-51, mas os leões conseguiram recuperar chegando ao fim do quarto a vencer por um ponto (59-58), o que originou o parcial do quarto ficar em 25-22. Como foi habitual ao longo deste jogo, no 4º quarto também começou melhor a nossa equipa, atingindo 70-62 no marcador a menos de cinco minutos do fim, mas aí mais uma vez houve uma paragem que fez os visitantes chegarem aos 74-72, já dentro do último minuto de jogo. Uma curiosidade: a partir dos 70 pontos a nossa equipa só obteve pontos na transformação de lance-livres. Felizmente que foi uma tarde em que a percentagem de lance-livres convertidos foi razoável. Foi de cerca de 70% com 24 convertidos em 35 tentados. Se não fosse isso, e houve jogos em que esta percentagem foi muito má, tínhamo-nos arriscado a não conseguir ganhar o jogo. O parcial deste quarto foi de 17-14. O capitão Diogo Ventura foi, de longe, o nosso melhor jogador tendo obtido 25 pontos, entre os quais 8 lance-livres convertidos em 8 tentados, além de 6 ressaltos e 9 assistências. Devido aos trabalhos da selecção esta equipa só voltará a jogar no sábado 30 recebendo no PJR o FC Porto no jogo em atraso da 2ª jornada da Liga Betclic. 

As leoas do basquetebol foram no sábado até ao Restelo para defrontarem o Belenenses no jogo da 7ª jornada do Campeonato Nacional e regressaram com a vitória por 109-49, com 54-17 ao intervalo e com os parciais de 28-0, 26-17, 39-13 e 16-19. Hannay Pratt com 24, Cláudia Almeida com 18, Luana Serranho e Filipa Cruz ambas com 12 pontos foram as jogadoras que mais se salientaram neste jogo.

Voltaram as leoas do basquetebol a jogar na segunda-feira no PJR, para defrontarem o CB Queluz em jogo da 3ª eliminatória da Fase Sul da Taça de Portugal. Venceram as leoas por 58-36, com 32-18 ao intervalo e com os parciais de 20-12, 12-6, 14-6 e 12-12, passando assim para a eliminatória seguinte. Hannay Pratt com 11 pontos e Luana Serranho com 10 foram as melhores marcadoras da equipa neste encontro. O próximo jogo das meninas do basquete será no domingo 24 no PJR para receberem a equipa do André Resende no jogo relativo à 7ª jornada do campeonato.

Também no sábado a nossa equipa de andebol jogou, no PJR, recebendo a equipa do Águas Santas em jogo da 12ª jornada do Campeonato Placard tendo vencido por 36-28, com 20-16 ao intervalo. Foi um jogo em que os leões entraram bem e rapidamente foram ganhando avanço no marcador que passou por 4-1, 8-4 e 15-8, quando os visitantes começaram a recuperar de tal modo que conseguiram chegar ao intervalo a perder apenas por 4 golos. Começaram novamente muito bem os nossos jogadores na 2ª parte arrancando com um 8-1 que pôs o resultado em 28-17, mas novamente ocorreu um abrandamento que fez os nortenhos reduzirem para 32-26, que obrigou os leões a novo acelerar recolocando o marcador em 10 golos de diferença aos 36-26, mas depois Ricardo Costa colocou em jogo alguns jovens que permitiram dois golos aos visitantes que fizeram o resultado final. Martim Costa com 9 golos e o seu irmão Kiko com 8 foram os melhores marcadores leoninos neste jogo. O próximo jogo dos leões será na quarta-feira 20 para a EHF Champions League no PJR onde defrontará o Paris Saint-Germain em jogo da 8ª jornada, seguindo-se no sábado 23 uma ida em Guimarães para defrontar o Vitória em jogo da 13ª jornada do Campeonato Placard.

Também a equipa de hóquei jogou no sábado indo até Paços de Ferreira defrontar a Juventude Pacense em jogo da 6ª jornada do Campeonato Placard tendo regressado com uma derrota por 4-8, com 3-5 ao intervalo. Foi um jogo em que as coisas não correram nada bem aos nossos jogadores. Além do valor do adversário a quem saía tudo bem, e dou como exemplo um golo em que Girão defende e a bola ressalta e bate no patim de um leão caído e vai entrar, mais duas razões para a derrota leonina foram a vergonhosa arbitragem, e, novamente, a ineficácia dos nossos jogadores nas bolas paradas. A tudo isto temos de juntar a excelente exibição do guarda-redes pacense. Mas não há qualquer dúvida que os grandes protagonistas foram os senhores do apito, especialmente o mais gordo. Com um minuto de jogo na 2ª parte surge um cartão azul, duvidoso, a Verona. Na marcação do correspondente livre directo o árbitro gordo mandou repetir, porque Girão defende e ele considera que saiu mais cedo do seu círculo do que o avançado tinha rematado. Na repetição exactamente o mesmo, o que provoca um cartão azul para Girão. Levanta-se a natural indignação entre os sportinguistas e Edo Bosch também vê um cartão azul. Desconhecendo o motivo apenas sabemos que o gordo assinala para a mesa dois, mais dois e mais cinco, logo nove minutos de suspensão. Portanto Girão teve de sair entrando para o seu lugar Zé Diogo, que defendeu o livre. Esteve o Sporting a jogar durante nove minutos apenas com quatro jogadores, só voltando a jogar com a equipa completa a 15 minutos do final. Mesmo assim jogando com 3 jogadores de pista ainda os leões beneficiaram de um livre directo que não conseguiram transformar, e já com a equipa completa ainda antes do sexto golo dos locais, beneficiámos de mais um penalti que também não conseguimos transformar. Enfim, um jogo para esquecer, ou melhor para lembrar para se corrigirem os erros passiveis de correcção. Os nossos golos foram obtidos por João Souto, por duas vezes, Verona e Roc Pujadas. O próximo jogo dos leões do hóquei será em Tomar no próximo sábado 23 para defrontarem a Sporting local, em jogo da 7ª jornada do Campeonato Placard.

No domingo foram os leões do futsal até Braga para defrontarem o SC Braga em jogo da 6ª jornada da Liga Placard tendo conseguindo uma importante, e brilhante vitória por 5-1, com 2-1 ao intervalo. Não podia ter começado pior o jogo para as nossas cores. Com vinte e poucos segundos jogados sofremos um golo ficando a perder por 0-1. Mas menos de um minuto depois quando numa boa entrada pela direita Merlim centrou para tentar servir Taynan um defesa adversário cortou mal e fez um autogolo. Continuou um jogo equilibrado, se bem que com algum domínio dos leões que se veio a caracterizar a cinco minutos do intervalo conseguido o 2-1, através de um bom remate de Diogo Santos, que se seguiu a um livre de 10 metros contra a nossa equipa cujo remate embateu no poste. A 2ª parte, ao contrário da 1ª, não podia ter começado melhor. Com 25 segundos jogados Sokolov recebe o ressalto de uma defesa do guarda-redes bracarense a um remate de Merlim e faz o 3-1. Este golo definiu o resto do jogo. Por muito que tentassem os locais não conseguiram reduzir e foi mesmo Wesley que com uma recuperação de bola no meio campo dos adversários, fez o 4-1 a treze minutos e meio do fim, para Diogo Santos a seis minutos do fim fazer o 5-1 final, a passe de Pauleta, que neste jogo regressou à competição após a recuperação da lesão que o tinha mantido ausente nos últimos jogos. Foi uma vitória altamente moralizadora contra o adversário mais perigoso na Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League que se realizará no PJR na próxima semana. Entretanto a nossa equipa de futsal tem novo jogo na quinta-feira 21, quando forem a Torres Vedras defrontar o Torriense, em jogo relativo à 7ª jornada da Liga Placard.

No sábado as meninas do futsal em jogo relativo à 8ª jornada da Liga Placard, receberam as meninas dos Leões de Porto Salvo e ganharam por 5-3, com 4-1 ao intervalo. Os golos leoninos foram obtidos por Júlia Santos, que bisou, Sara Galhardo, Beatriz Santos e Beatriz Fonseca. O próximo jogo das meninas do futsal será no sábado 23 no PJR para receberem a equipa do Povoense no jogo relativo à 9ª jornada da Liga.

autor:8

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Robertito, já te tenho dito que não é bonito andares-me a enganar


Concordo com Roberto Martinez. “Quenda é um jogador, com magia, bla, bla, bla.”. Estas afirmações foram proferidas na véspera do jogo da selecção com a Croácia e apontavam, mais uma vez, para a estreia do jovem jogador. A suceder, tal constituiria um recorde pessoal a ostentar pelo jogador até chegar a hora de entregar a outro o “galardão” recebido metaforicamente das mãos de Futre. 

A minha concordância com o seleccionador termina por aí. No mais, a gestão feita por Martinez  tem-se focado essencialmente no “respeitinho é bonito” pelos estatutos dos jogadores mais cotados e por uma gestão de imagem pessoal, com sorrisinhos e falinhas mansas que, ao final do dia, significam zero para o objectivo final: aproveitar o talento disponível, que é dos melhores de sempre, para obter resultados. 

O parágrafo anterior é uma apreciação global, se esta for feita tendo em conta a forma como tem gerido a participação dos jogadores os Sporting nas selecções é difícil não ver um enorme elefante no meio da sala: os jogadores do Sporting parecem não contar tanto como os demais. O caso mais evidente é do Pote. Os respectivos números falam por ele. É o melhor jogador português a jogar no campeonato nacional e tem praticamente os mesmos tempos de jogo do agora descoberto Fábio Silva. E menos chamadas que o… Toti. O caso absurdo agora criado com as chamadas inúteis de Quenda agravam e confirmam esse sentimento, que já vem de longe com a ostracização de Trincão, quando este se encontrava na melhor das formas.

Pote antes e Quenda agora são meros exemplos de uma gestão que diz objectivamente aos jogadores do Sporting que o seu caminho para a selecção é mais estreito do que para os demais. Por respeito aos jogadores adversários e para poupar espaço a este post já longo não vou citar nomes de outras origens que pouco precisaram de fazer para chegar às internacionalizações. E pelas mesmas razões não vou buscar o histórico de capas laudatórias de jogadores de quem depressa esquecemos o nome, mas que foram ferramentas promocionais para os levar ao colo até à internacionalização e, consequentemente, a transferências chorudas para os seus clubes. Enquanto isso, os nossos jogadores colecionam elogios, e até títulos, mas o caminho da selecção continua estreito, íngreme e sinuoso. Martinez assemelha-se mais a um cuidador destes interesses obscuros.

Este é uma das questões mais importantes que nós, Sportinguistas, vamos vendo com alguma miopia, ao concentrar a nossa visão no jogo do próximo fim-de-semana, acabando por sancionar uma prática que nos prejudica: “ainda bem que x não jogou, está mais fresco para jogar por nós”. 

Ora, os jogadores gostam de jogar na seleção da mesma forma que os outros atletas gostam de ir aos jogos olímpicos, por exemplo. Conseguir fazê-lo é visto como um prémio. Ser internacional é importante para o seu currículo e para a sua promoção pessoal, reforçando assim os níveis de confiança, determinante para a melhoria duradoura dos seus desempenhos. Essa valorização é também determinante para o seu valor de mercado, logo é importante também para o Sporting que os seus atletas atinjam a internacionalização.

Acresce que os nossos jogadores, tal como os clubes, concorrem com os demais. E essa sensação de maior dificuldade para chegar à internacionalização no Sporting aumenta as nossas dificuldades em concorrer na hora de contratar jogadores nacionais. Essa é uma das razões que leva a que o Inácio demore mais do que qualquer colega dos rivais a chegar à seleção. Ou que o Quenda ande a conhecer aeroportos, mas não jogue. Não podemos cair no jogo de quem nos prejudica. 

Vejamos o caso presente: Quenda. Não é a justificação do record perdido que é o mais importante. Porque os records são feitos para serem batidos. É forma como foram geridas as suas duas convocações: em ambas as ocasiões Martinez promoveu a sua imagem de seccionador atento e renovador para, depois, na prática, sucumbir novamente à tentação de tentar encaixar todos os nomes com estatuto, prejudicando dessa forma a prestação da equipa. Ao ter resgatado propositadamente Quenda aos sub21 para depois não lhe dar sequer um minuto, que mais não fez Martinez senão apoucar o jovem jogador? 

Não se percebem as razões do selecionador para adiar o futuro, que será certamente de Quenda. Aí provavelmente ninguém se lembrará de Martinez e das suas justificações absurdas.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Modalidades: revista da semana


O facto mais saliente nesta semana nas modalidades terá sido a eleição de Martim Costa como o melhor jogador jovem da Europa pela Federação Europeia de Andebol (EHF).

Aos 22 anos, o lateral é uma das figuras do Sporting Clube de Portugal e da Selecção Nacional e, naturalmente, ficou muito satisfeito com este reconhecimento. “É, sem dúvida, um prémio muito especial para mim. É sinal de que as coisas têm corrido muito bem e que o trabalho tem sido bem feito. Significa muito para mim porque reconhece o meu trabalho e o meu objectivo passa por continuar a trabalhar para que daqui a uns anos o prémio seja de melhor jogador e não melhor jovem”. Na sequência destas declarações ao site do Sporting, Martim Costa agradeceu a todo o staff do clube, projectando os seus anseios de que esta distinção se repita no futuro, mas já não como "apenas" melhor jogador jovem mas de forma absoluta. Assim o desejamos, também.

A semana das modalidades começou na quarta-feira com os leões do hóquei a receberem no Pavilhão João Rocha a Juventude de Viana para a 3ª jornada do Campeonato Placard tendo vencido por 8-1, com 4-0 ao intervalo. Começaram bem os nossos jogadores que logo com menos de um minuto e meio de jogo se colocaram a vencer, através de Henrique Magalhães. Apesar de continuar com o domínio do jogo a nossa equipa não conseguia marcar, e só quando já estavam quase vinte minutos jogados Roc Pujadas conseguiu o nosso segundo golo, que como que abriu a baliza vianense, pois menos de um minuto depois Toni Pérez faz o 3-0, para ainda bisar a dois minutos do intervalo. Também na 2ª parte os leões começaram bem e com menos de quatro minutos jogados Rafael Bessa passa o marcador para 5-0. Tal como na parte inicial os leões apesar de dominarem não conseguiam marcar e foram mesmo os visitantes que obtiveram o seu ponto de honra com catorze minutos jogados. Finalmente quando faltavam 8 minutos para o final Verona conseguiu o 6-1, para pouco mais de um minutos depois Roc Pujadas bisar fazendo o nosso sétimo golo. Até ao final continuou a nossa equipa a dominar, tendo falhado (mais um) um livre directo a um minuto do fim, mas a vinte segundos do apito final Facundo Bridge conseguiu converter um penalti, batendo o seu irmão, guarda-redes da Juventude de Viana, fazendo o resultado final. 

No sábado voltaram os leões do hóquei ao PJR para receberem o Valongo em jogo da 5ª jornada do Campeonato Placard tendo vencido por 4-0, com 3-0 ao intervalo. Foi um jogo algo semelhante ao jogo de terça-feira. Com quatro minutos jogados Verona conseguiu fazer o nosso primeiro golo. Mas o segundo golo só apareceu com 15 minutos de jogo, numa insistência junto à baliza adversária por Toni Pérez. Continuaram os leões a controlar o jogo mas sem conseguirem aumentar o marcador, mesmo beneficiando, a quatro minutos do intervalo, de um livre directo, mais uma vez falhado. Finalmente a minuto e meio do intervalo conseguiu Verona bisar, após um grande trabalho de Rafa Bessa. A 2ª parte continuou com o controle leonino, mas agora só rematando pela certa, gastando muito tempo de ataque, tendo por mais de uma vez gasto os 45 segundos até ao fim. Resultado desta atitude foi só se ter obtido um golo, aos 15 minutos de jogo por Roc Pujadas. Neste jogo temos de referir a excelente exibição de Ângelo Girão. Antes do jogo foi feita uma homenagem a Pedro Gil, o antigo hoquista leonino veio até ao PJR para além de ser homenageado assistir à actuação de seu filho Kyllian Gil jogador do Valongo. O próximo jogo dos leões do hóquei será em São João da Madeira na próxima quarta-feira 13 para defrontarem a Sanjoanense, em jogo em atraso da 4ª jornada.

Também os leões do voleibol jogaram no sábado indo até Gondomar para defrontarem o Ala Nun’Alvares em jogo da 7ª jornada da Liga Una Seguros, regressando com uma vitória por 3-0. No 1º set começaram bem os leões dominando o marcador com 6-3, 11-8, 13-9 e 15-10, altura em que o técnico adversário pediu um desconto de tempo e que resultou de imediato com a sua equipa a recuperar até aos 15-14, obrigando João Coelho a pedir, também uma paragem. Saltaram os leões para 18-15, mas aos poucos os nortenhos conseguiram ir reduzindo a diferença chegando aos empates aos 21, 22 e 23 quando os leões fizeram dois pontos seguidos e terminando o set em 25-23. O 2º set foi equilibrado com muitos empates até aos 8-8, altura em que a nossa equipa passou para 10-8, e foi-se distanciando com 14-10, 16-11 e 20-12 terminando o set com 25-16. O 3º set começou equilibrado com empates sucessivos até aos 13-13, quando os leões arrancaram quatro pontos seguidos fazendo 17-13, altura em a equipa adversária usou mais um time-out. Não resultou muito desta vez porque a nossa equipa passou o marcador para 20-14. Ainda houve uma pequena recuperação dos homens de Gondomar mas o set acabou com a vitória do Sporting por 25-21. Os melhores marcadores da nossa equipa neste jogo foram Valencia e Martin Licek ambos com 12 pontos, Jan Galabov com 11 e Jonas Aguenier com 10. Os leões do voleibol voltam ao PJR na terça-feira 12 para receberem os checos do Kladno Voleybal no jogo da 1ª mão dos 1/16 de final da CEV Challenge Cup, jogando depois no sábado 16 no pavilhão da Luz defrontando o Benfica em jogo da 8ª jornada da Liga Una Seguros.

As meninas do voleibol foram jogar no domingo a casa do SC Braga no jogo da 7ª jornada da Liga Solverde, tendo regressado com uma pesada derrota por 0-3, com os parciais de 14-25, 21-25e 17-25. Sara Dias com 13 pontos e Amanda Cavalcanti com 7 foram as leoas que mais se distinguiram neste jogo. As leoas voltam a jogar no domingo 17 no Minho, desta vez em Guimarães, para defrontarem o Vitória de Guimarães em jogo da 8ª jornada da Liga Solverde.

Também no sábado os leões do futsal receberam o Dínamo Sanjoanense no PJR no jogo da 5ª jornada da Liga Placard tendo vencido por 7-2, com 5-2 ao intervalo. Foi um jogo sempre dominado pelo Sporting que com cinco minutos de jogo, graças a um potente remate de Sokolov, abriu o marcador. Em cima do décimo minuto, e no espaço de menos de um minuto, obtiveram os leões dois golos. O 2-0 foi obtido novamente por Sokolov, a desviar à boca da baliza um potente remate de Diogo Santos. No 3-0 novamente Sokolov aparece, mas desta vez com uma assistência para o toque final de Alex Merlim. A menos de 6 minutos do intervalo Allan Guilherme desviou para a baliza uma excelente recuperação de bola de Taynan, fazendo o 4-0. Nos dois minutos seguintes os forasteiros conseguiram dois golos. O primeiro numa boa jogada dos seus jogadores, o segundo num autogolo de Bernardo Paçó, que numa das suas habituais idas para o ataque, quando quis passar a bola a Merlim, pensando que ele estava atrás de si, ele também se tinha adiantado e o seu passe saiu para dentro da sua própria baliza. Já no último minuto da 1ª parte Allan bisou numa excelente combinação com Diogo Santos. Continuaram a jogar bem os leões na 2ª parte, mas algum desacerto na finalização, e a grande exibição do guarda-redes adversário, apenas permitiram a obtenção de dois golos e ambos por Tatinho. O 6-2 quando faltavam 9 minutos para o final do jogo, em mais um trabalho de casa. Tatinho aparece sozinho nas costas do guarda-redes quando Merlim executa um lançamento lateral e só tem de encostar para dentro da baliza. O resultado final foi fixado por um potente remate de Tatinho. Foi mais uma boa exibição dos leões do futsal, continuando com baixas importantes no plantel, mas mesmo utilizando, por vezes, jovens jogadores, vão demonstrando as qualidades de todos os jogadores. O próximo jogo desta equipa será na quarta-feira 13 no PJR o jogo em atraso da 3ª jornada da Liga Placard, com a recepção ao Quinta dos Lombos. No domingo 17 irão até Braga para disputarem com o SC Braga o jogo relativo à 6ª jornada da Liga.

No sábado as meninas do futsal em jogo relativo à 7ª jornada da Liga Placard, foram até Novelas para defrontarem a equipa do Aguias de Santa Marta e perderam por 0-2, com 0-1 ao intervalo. O próximo jogo das meninas do futsal será no domingo 17 no PJR para receberem a equipa dos Leões P Salvo no jogo relativo à 8ª jornada da Liga.

No domingo foi a equipa de basquetebol do Sporting até Ovar para disputar com a Ovarense o jogo relativo à 5ª jornada da Liga Betclic tendo regressado com uma importante vitória por 86-77, com 41-48 ao intervalo. Começaram muito bem os nossos adversários com dois triplos e mais um lançamento de dois pontos, que originaram um 0-8 para abrir o jogo. Reagiram os leões que equilibraram o jogo e aos poucos foram recuperando chegando ao fim do 1º quarto a perder somente por três pontos 19-22. No 2º quarto os leões recuperaram chegando mesmo a estar na frente do marcador aos 30-29, mas novo avanço dos ovarenses que fizeram 32-40, chegando ao intervalo com sete pontos de vantagem graças e um parcial no quarto de 22-26. Vieram determinados os leões no 3º quarto, defendendo muito bem e atacando também bem resultando um parcial no quarto de 26-7 que fez o resultado ao fim do quarto ser de 67-55. O 4º quarto continuou com um grande domínio leonino que chegou a atingir dezanove pontos de vantagem aos 80-61, seguindo-se depois uma pequena recuperação dos visitados, sem fazer perigar a vitória, tendo o parcial do quarto sido de 19-22. Melhoraram substancialmente os leões em comparação com os desafios anteriores. Num aspecto fundamental num jogo equilibrado, os lance livres já tiveram uma percentagem perfeitamente aceitável de 71% com 22 convertidos em 31 tentados. Jeremiah Bailey com 22 pontos e 14 ressaltos, Nicholas Ward e Isaiah Armwood ambos com 17 pontos e Diogo Ventura com 15 pontos e 10 ressaltos foram os leões que mais brilharam neste desafio. O próximo jogo será para a FIBA Europe Cup no PJR, para recebermos os polacos do Anwil na quarta-feira 13 no jogo relativo à 6ª, e última, jornada deste grupo e desta prova. No sábado 16 voltarão os leões do basquetebol para defrontarem o Galitos do Barreiro em jogo da 6ª jornada da Liga Betclic.

As leoas do basquetebol receberam no domingo no PJR o Quinta doa Lombos sub22 no jogo da 5ª jornada da 1ª Fase da Zona Sul do Campeonato Nacional da 1ª Divisão tendo vencido por 42-41, com 45-21 ao intervalo, com os parciais de 26-10, 19-11, 23-10 e 14-10. Hannah Pratt com 25 pontos e Sienna Durr com 22 e ambas com 8 ressaltos cada foram as jogadoras mais produtivas deste jogo. As meninas do basquetebol no próximo sábado 16 irão até ao pavilhão Acácio Rosa para defrontarem o Belenenses no jogo da 6ª jornada do campeonato.

A semana prolongou-se com os jogos das competições europeias respectivamente de voleibol e basquetebol, assim como com a quarta jornada do campeonato nacional de hóquei em patins, com sortes diferentes para as equipas envolvidas.

O voleibol teve uma jornada triunfante, batendo os checos do Kladno VCZ por 3-0, com os parciais de 25-20,25-21, e 25-15, fazendo parecer mais fácil uma tarefa bem dificil, colocando-se assim numa boa posição para superar os 16 avos de final da Chalenge Cup.

Já  o basquetebol teve uma jornada dificil, sendo batido inapelavelmente pelos polacos do Wloclawek, claramente superiores e mais evoluídos. Termina assim a participação na Fiba Europe Cup que, tal como reconheceu o mister Luís Magalhães, aconteceu talvez cedo de mais, por estarmos num período de reconstrução da equipa.

Ainda ontem, também, a equipa de hóquei patins derrotou a Sanjoanense por 2-4, na 4ª jornada em atraso do campeonato nacional. Uma exibição sólida e e prometedora para o que resta da competição.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Se houvesse camas na Pedreira: uma viagem de Amorim até João Pereira


Não há camas na pedreira onde jaz o estádio de Braga. Se as houvesse ainda hoje lá estaria, a contemplar em flashbacks permanentes o golo do Harder ( o terceiro) a entrar em camara lenta, seguidos da explosão de abraços e lágrimas na bancada. O abraço final no meio do relvado de toda uma EQUIPA com o seu criador / arquiteto, que agora se desfaz e que nos devolveu o Sporting que há muito ambicionávamos e merecíamos. Como se ficar ali, como guardião das memórias do melhor Sporting de sempre, que a nossa vista pôde alcançar, parasse o tempo, e  Amorim assim permanecia, continuando nós campeões.
 
É este Sporting insubmisso, que grita de revolta no balneário, que não se conforma e faz nos seguintes quarenta e cinco minutos um jogo de muitas vidas: das nossas, das deles, convocando todos, como disse Amorim, enchendo o relvado, obrigando um adversário cansado a sentir que jogavam não apenas contra onze, mas contra a uma legião. NÓS, a nossa legião.
 
Mas Amorim já não está, mais uma conferência de imprensa magistral e inédita a brilhar no negrume geral de um futebol geralmente pequenino e tacanho serviu para confirmar o adeus. As saudades de Amorim também serão estas. A última dança de Amorim, tal como os episódios da temporada final da sua estadia, foi coreografada pelos deuses da fortuna num guião inigualável. Emoção, suspense, frustração, receio, para terminar num final épico e apoteótico.
 
As minhas primeiras palavras para João Pereira são de gratidão pela coragem de assumir uma equipa 100% vitoriosa na Liga e com uma participação brilhante na Champions. Ele sabe que, com a indispensável sorte, o melhor que conseguirá será igualar a performance derradeira do seu antecessor, pelo menos no que à Liga diz respeito. Teria ficado muito mais confortável no sossego da penumbra da equipa B, do que se ver obrigado a subir apressadamente as escadas, saltando degraus, até ao palco imenso que ser treinador do Sporting oferece.
 
Depois dar-lhe o direito, na minha infinita milionésima parte que me cabe como adepto anónimo, de ser ele próprio, ser o João Pereira treinador. Não já o jogador que conheci, o “ranhoso”, como lhe chamou carinhosamente Rúben Amorim, nem sequer o comparar com o amigo que agora lhe entrega o cargo. Estimo contudo que aproveite o seu legado de transparência e lucidez, tão elogiado na despedida pela generalidade da comunicação social, compreendendo na perfeição o quanto nós, Sportinguistas, gostamos de nos distinguir dos demais na forma como olhamos e somos actores no fenómeno desportivo.
 
A apresentação revelou um treinador confiante e um João Pereira emotivo. Precisamos dessa segurança profissional tanto como do sentimento, para que nos guie com segurança, mas também perceba os nossos anseios, como somos e como queremos ganhar. Continuar a ganhar!
 
Para finalizar peço aos deuses da fortuna que realizaram a passagem de Amorim, digna de cinema, que deixem ficar um pouco da estrelinha que o acompanhou, porque ela é importante e não há treino possível que substitua o papel que ela – a sorte – desempenha. Eu, minha milionésima insignificância de adepto anónimo estarei junto com os demais Sportinguistas que trazemos este clube no coração e fazemos dele um pouco – ou muito?... – das nossas vidas a ansiar que este novo “e se corre bem” corra mesmo muito bem. Compreendendo que não ganharemos sempre, mas querendo sempre ganhar mais. 
 
Muito do sucesso da passagem de Amorim teve também em nós actores principais, especialmente quando as coisas não correram bem, e foram várias as ocasiões. Não nos calamos no apoio quando goleados pelo City em casa, ou não descremos no momento da improvável eliminação da Taça de Portugal pelo Varzim ou na derrota recente na Supertaça. Estaremos aqui também para ti, João, nessas alturas.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Sporting 4 - Manchester City 1: uma noite para a história


Nota prévia: esta é das crónicas mais difíceis de escrever. Diga-se o que se disser intui-se de imediato que nunca se conseguirá estar à altura do momento e do que acabamos de testemunhar e que corresponderá a uma das mais brilhantes vitórias do Sporting. Por outro lado, ao resultado histórico associa-se um momento que é inevitavelmente triste, por corresponder ao adeus de Rúben Amorim a Alvalade. Como podemos sempre fazer escolhas, ainda que limitados pelas circunstancias que a realidade impõe, seguimos embalados pelo Vinicius de Morais e continuar a acreditar:

É melhor ser alegre que ser tristeAlegria é a melhor coisa que existeÉ assim como a luz no coração

Poucos ou nenhuns poderiam vaticinar o resultado alcançado pelo Sporting ante o Manchester City e depois do inicio do jogo a fazer lembrar a anterior visita - um golo muito cedo - esse número, a ter existido, rapidamente se terá evaporado. De facto não começou nada bem, com aquela perda de bola de Morita. Falhas como essa pagam-se quase sempre caro e ante adversários como os de ontem até costumam ser decisivos. O Sporting demorou a encontrar-se, especialmente porque não conseguia manter a posse da bola, perdida quase sempre poucos segundos após a sua conquista. Foi um período em que esteve à mercê do adversário e teve que contar com o acerto de  Israel na baliza.

Mas, apesar de não estarem a correr nada bem, a equipa não baixou os braços e haveria de por o adversário em sentido primeiro com Gyokeres isolado a falhar as medidas do chapéu a Ederson. Mas como não é homem de grandes desperdícios e à segunda empatou o jogo, acabando com o sentido único que se registava para a sua baliza. As equipas regressariam ao balneário empatadas e ninguém poderiam prever o que estava reservado para a segunda metade.

Bastaram 8 toque na bola para desfazer o empate, logo após o reinicio do jogo. O resto é história que ficará para contarmos aos nossos filhos e netos, como os que nos precederam fizeram connosco quando, há 60 anos goleamos o vizinho do City e futuro clube de Rúben Amorim por 5-0, no ano em que conquistamos a Taça das Taças. Um jogo que ficará para sempre na memória de todos nós, não só pelo resultado invulgar, mas também por ficar marcado pela despedida de Alvalade do melhor treinador que passou pelo Sporting na minha geração.

Amorim ainda não partiu em definitivo mas é impossível não sentir já a nostalgia por estes quase 5 anos que voltaram a colocar o Sporting no lugar de que ouvimos falar mas nunca tínhamos realmente vivido. É impossível também não olhar para este momento e interrogarmo-nos até onde é que poderíamos chegar  e o que poderíamos alcançar, não fosse este corte abrupto. 

A dúvida adensa-se relativamente ao que nos estará reservado daqui em diante e assim permanecer petrificados entre a saudade e a dúvida, mas o tempo não é a favor dos descreem e hesitam. O que os nosso jogadores demonstraram ontem, como em jogos anteriores ao longo da época, é que podemos confiar no seu profissionalismo e na sua vontade de continuar em busca das vitórias, uma de cada vez, até ao final. E por isso não temos outra alternativa senão a de continuar a caminhar lado a lado, jogo a jogo.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

Modalidades: revista da semana

 


A semana das modalidades começou na quarta-feira com o basquetebol em Itália, o andebol em França e o futsal em Porto Salvo. Comecemos então pela equipa de basquetebol que foi até Sassari, na Sardenha, para defrontar o Dínamo local em jogo da 4ª jornada do grupo D da FIBA Europe Cup tendo regressado com uma derrota por 71-88. O jogo não podia ter começado pior para a nossa equipa porque por cada lançamento de dois pontos convertidos os italianos respondiam com um triplo o que fez o resultado rapidamente chegar aos 6-9. Pior foi a seguir onde os italianos conseguiram mais quatro triplos, com os doze pontos respectivos, enquanto os nossos jogadores nem um ponto conseguiram, pondo o resultado em 6-21. Realmente não é habitual vermos uma equipa obter sete triplos consecutivos, e logo a começar um jogo. Com isto foi Luís Magalhães obrigado a pedir um desconto de tempo, com que conseguiu alguns resultados porque os leões reagiram, equilibraram o jogo, e conseguiram chegar ao fim do quarto com uma ligeira redução na diferença 19-31. O 2º quarto foi equilibrado até aos 39-51, mas aí apareceram mais uns triplos dos italianos que originaram chegar ao intervalo com o resultado em 42-59, com 23-28 no 2º quarto. O 3º quarto começou com o domínio leonino que conseguiu recuperar até 62-74, e chegámos ao fim do quarto com o resultado 63-79, que dá um parcial de 21-20. O 4º quarto foi mau demais, com um parcial de 8-9!!! Os italianos meteram os seus 9 pontos nos seis primeiros minutos do quarto e nos quatro minutos finais: zero pontos. Os nossos jogadores estiveram os sete primeiros minutos do quarto sem obterem qualquer ponto, conseguindo os seus 8 pontos nos três minutos finais. Mau demais. Ludgy Debaut com 16 pontos e 9 ressaltos foi o nosso melhor jogador, bem acompanhado pelo jovem Uwais Razaque com 11 pontos. O próximo jogo para a FIBA Europe Cup será no Pavilhão João Rocha, para recebermos os polacos do Anwil na quarta-feira 13 no jogo relativo à 6ª, e última, jornada deste grupo e desta prova.

Regressados de Itália os leões do basquetebol receberam no PJR no domingo às 11.30 (!) a equipa do CA Queluz no jogo respeitante à 4ª jornada da Liga Betclic, tendo vencido por 104-81, com 47-43 ao intervalo. Começaram bem os leões que rapidamente chegaram aos 12-5, altura em que o treinador adversário pediu um desconto de tempo que fez uma reacção da sua equipa que se aproximou até aos 20-19 no fim do quarto. No 2º quarto voltaram os leões a começar bem e a meio do quarto já venciam por 32-25, mas mais uma vez encontraram pela frente uma equipa especialista em lançamentos triplos que originou uma aproximação até aos 42-40, mas um triplo de Diogo Ventura e dois pontos de Funderburk reagiram a mais um triplo dos visitantes para definirem o resultado ao intervalo, com um parcial de 27-24 no quarto. No 3º quarto continuaram os leões a começar bem e rapidamente chegaram aos 61-51, continuando a aumentar a vantagem para chegarem ao final do quarto com 13 pontos de avanço (73-60) correspondentes a um parcial de 26-17. O 4º quarto começou com o ganho de um avanço de 19 pontos (82-63), quando os nossos jogadores obtiveram 9 pontos e tiveram como resposta mais um triplo. Até final foi um aumentar ligeiro da vantagem leonina, sendo de salientar dois triplos seguidos de Sérgio Silva, que deram um parcial de 31-21 neste quarto. O regresso de Nick Ward pôs a equipa mais forte, especialmente junto das tabelas, mas há muitos itens em que a equipa tem de melhorar. Um dos pontos importantes é a percentagem de lance livres convertidos. Uma equipa profissional não pode ter uma percentagem de menos de 50% na linha de lance livre. Neste desafio chegaram-se a falhar seis(!!!) lance livres seguidos. Outra questão que qualquer leigo não consegue perceber é como é fácil aos nossos adversários criarem lances de ataque que terminam com lançamentos de três pontos onde o lançador lança sem qualquer oposição. O próximo jogo desta equipa será no domingo 10 em Ovar para defrontar a Ovarense em jogo da 5ª Jornada da Liga Betclic.

As leoas do basquetebol foram na sexta-feira até à Cruz Quebrada para defrontarem o SIMECQ no jogo da 4ª jornada do Campeonato Nacional e regressaram com a vitória por 91-44, com 47-21 ao intervalo e com os parciais de 23-9, 24-12, 24-12 e 20-11. Sienna Durr com18 pontos, Hannay Pratt com 13, Luana Serranho e Emilia Ferreira ambas com 12 pontos e Filipa Cruz com 10 pontos e 10 ressaltos foram as jogadoras que mais se salientaram neste jogo.

Voltaram as leoas do basquetebol a jogar no domingo indo até ao Pavilhão do Bairro Padre Cruz, casa do Carnide Clube, para defrontarem a sua equipa em jogo da 2º eliminatória da Fase Sul da Taça de Portugal. Venceram as leoas 102-46 passando para a eliminatória seguinte. O próximo jogo das meninas do basquete será no domingo 10 no PJR para receberem a equipa da Quinta dos Lombos-sub22 no jogo relativo à 5ª jornada do campeonato.

Também na quarta-feira os Campeões Nacionais de andebol foram até Paris defrontar o Paris Saint-Germain em jogo da 7ª jornada da EHF Champions League, tendo regressado com uma derrota por 28-30. Na 1ª parte foi um jogo equilibrado, correndo empatado ou com os franceses na frente, mas não mais que só por um ou dois golos, graças a algumas perdas de bola, evitáveis, dos nossos jogadores, e ao grande desempenho do guardião francês que além das inúmeras defesas que efectuou, assustou de tal maneira os rematadores leoninos que para tirarem a bola do seu alcance acertaram imensas bolas na madeira da baliza, pelo que o intervalo chegou com 14-16 no marcador. Tal como em Bucareste, no jogo anterior, entraram menos bem os leões na 2ª parte aumentando os franceses a diferença para quatro golos (14-18) e chegando mesmo a diferença aos cinco golos aos 20-25. Reagiram os leões até conseguirem chegar aos 26-27, 27-28 e 28-29, mas aqui, e mais uma vez, uma bola no poste não permitiu o empate e os adversários, com muita sorte, conseguiram os dois golos de diferença do resultado final. Portaram-se bem os nossos jogadores perante um adversário fortíssimo, com um excelente guarda-redes, com jogadores muito fortes fisicamente e com remates de meia-distancia potentíssimos, além de um pivot muito grande, muito forte e excelente executante. Do nosso lado temos de salientar os dois guarda-redes que estiveram ambos bem, e Jan Gurri com 6 golos, e Kiko Costa, William Hoghielm e Diogo Branquinho com 4 golos cada um. O próximo jogo dos leões para a EHF Champions League será na quarta-feira 20 no PJR onde voltará a defrontar o Paris Saint-Germain em jogo da 8ª jornada, primeira da 2ª volta.

Depois de regressarem de Paris os leões do andebol deslocaram-se, no sábado, até ao Dragão Arena para defrontarem o FC Porto em jogo da 11ª jornada do Campeonato Placard de onde regressaram com uma brilhante, e difícil, vitória por 31-30, perante uma equipa muito forte fisicamente e que estava empatada com a nossa equipa no topo da classificação, também só com vitórias. Começaram muito bem os leões com Salvador a abrir o marcador e Martim Costa a fazer o 2-0. Os visitados recuperaram e passaram para a frente com 3 golos seguidos, mas os leões não se ficaram e puseram o marcador em 8-4, e foram-se mantendo com 3 e 4 golos de vantagem até aos 15-11. Nessa altura os portistas reagiram e com cinco golos seguidos, ao mesmo tempo que os leões encontraram algumas dificuldades na finalização, muito devido à extraordinária exibição do guarda-redes adversário, colocaram o resultado em 15-16, mas nos últimos segundos da 1ª parte Moga, que marca poucos golos mas bons, conseguiu, com uma excelente execução, estabelecer o empate 16-16, com que se atingiu o intervalo. No início da 2ª parte com boas entradas aos 6 metros Porkelsson, Kiko e Gurri conseguiram passar o marcador para 20-17. Reagiram os portistas empatando a 20, mas os pontas leoninos Porkelsson e Gassamá repuseram dois golos de diferença que se foi mantendo até aos 30-27, a dois minutos e meio do fim quando os adversários pediram um time-out. Quando o jogo recomeçou conseguiram dois golos seguidos, mas Martim a 12 segundos do fim fez o 31-29 que nos deu a vitória. Os portistas ainda conseguiram um golo, aparentemente já depois de ter soado a buzina, mas que os árbitros consideraram fazendo o resultado final. Martim Costa com 11 golos e o seu irmão Kiko com 6 foram os melhores marcadores da equipa. Segue-se agora uma paragem (para alguns) devido à actividade da selecção nacional.

Também na quarta-feira foi a equipa de futsal até Porto Salvo para defrontar os Leões de Porto Salvo, em jogo relativo à 2ª jornada da Liga Placard, tendo vencido por 6-4. Depois da desgastante viagem ao Cazaquistão, foi um jogo, onde temos de salientar um jogador: Bernardo Paçó. Além das inúmeras defesas que efectuou, algumas muito importantes, teve um importante contributo na fase ofensiva da equipa obtendo dois golos e assistindo para outro, por sinal os três primeiros golos leoninos. Logo com 3 minutos jogados Bernardo, a colaborar com os quatro jogadores ofensivos, fez um fortíssimo remate que fez o 1-0. Quatro minutos depois Bernardo colaborou ainda mais com os avançados, e já com um angulo reduzido fez mais um excelente golo. A 45 segundos do intervalo os locais conseguiram um golo, que colocou o resultado ao intervalo em 2-1. Começaram bem os Leões de Portugal a 2ª parte. Nos primeiros quatro minutos mais dois golos. O terceiro depois de uma defesa, Bernardo Paçó fez um passe que sobrevoou todos os jogadores em campo e pôs Allan isolado na frente do guarda-redes dos adversários para fazer o 3-1. Menos de um minuto depois o 4-1 foi feito por Wesley, mas no minuto seguinte os locais reduziram para 4-2, para passados mais quatro minutos Pedro Santos, jogador ligado aos Sporting mas emprestado aos Leões de Porto Salvo, reduzir para 4-3. A oito minutos do fim Taynan marcou o nosso quinto golo, o que originou que os adversários passassem a jogar no 5x4, que mais uma vez provou ser muito arriscado pois facilitou o nosso sexto golo, marcado novamente por Taynan a três minutos do fim. Os nossos adversários ainda conseguiram obter mais um golo que confirmou o resultado final.

No sábado foram os leões do futsal até Ferreira do Zêzere para defrontarem os locais em jogo da 4ª jornada da Liga Placard tendo vencido por 5-2. Foi um jogo difícil onde ser o quarto jogo em 12 dias, agravado com as viagens até ao Kazaquistão pelo meio, e sem três jogadores importantes, Tomás Paçó, Zicky Té e Pauleta que estão lesionados, foi fundamentalmente a grande categoria de Alex Merlim que garantiu a vitória. Começaram bem os leões que no decorrer do quarto minuto colocaram o marcador em 2-0. O 1-0 foi feito por um bom remate de Sokolov, para o 2-0 ser feito por Tatinho num remate de longe, aproveitando a baliza vazia. Até ao intervalo não houve mais golos, muito devido às muitas faltas feitas por ambas as equipas para evitarem jogadas perigosas. E a 2ª parte começou com um golo dos visitados logo no 1º minuto, e que conseguiram empatar o jogo quando faltavam oito minutos e meio para o final do jogo. Tinham de reagir os leões e reagiram. Primeiro através duma excelente investida de Merlim, a menos de seis minutos do fim, que desempatou o desafio. Tentaram os locais recuperarem jogando em 5x4, mas, mais uma vez, não resultou a solução e Merlim, a menos de 3 minutos do fim, após uma recuperação de bola junto à nossa área, fez o 4-2 num excelente remate, de bola cortada, para a baliza deserta. A 6 segundos do fim Taynan antecipou-se aos defesas do Ferreira do Zezere e fez o 5-2 final. Vitória difícil mas altamente merecida. O próximo jogo desta equipa será, para a 5ª jornada da Liga Placard, no sábado 9 no PJR a recepção ao Dínamo Sanjoanense.

No sábado as meninas do futsal em jogo relativo à 6ª jornada da Liga Placard, receberam o Santa Luzia e perderam por 1-2, resultado que já se verificava ao intervalo. O golo leonino foi obtido por Beatriz Crespo, que estabelecia o empate a um minuto do intervalo, mas logo de seguida os visitantes conseguiram o golo que lhes daria a vitória. O próximo jogo das meninas do futsal será no sábado 9 indo até Novelas para defrontarem a equipa do Aguias de Santa Marta no jogo relativo à 7ª jornada da Liga Placard.

Na sexta-feira os leões do voleibol foram até Espinho para defrontarem o Sporting Clube de Espinho em jogo da 5ª jornada da Liga Una Seguros tendo regressado com uma derrota por 2-3, a primeira nesta Liga. Foi um jogo extremamente equilibrado, como comprovam os valores dos parciais tendo inclusive dois chegado às vantagens que ultrapassaram os 30 pontos. O 1º set foi de empates sucessivos a partir dos 17 pontos, quando os leões comandavam por 17-13 e só terminaram aos 32-30 no final do set. O 2º set foi semelhante com as maiores vantagens a ser de 3 pontos para a nossa equipa aos 4-1 e para os adversários aos 17-20. A partir dos 24-24 foram empates sucessivos até que os locais conseguem virar de 33-32 com três pontos consecutivos para os 33-35 finais do set. No 3º set os espinhenses controlaram desde o início com o marcador a assinalar 2-4, 3-6, 6-11 e 8-15 altura em que houve uma reacção leonina que reduziram para 12-15, mas não conseguiram mais que isso porque os adversários chegaram aos 16-21 para terminarem o set em 20-25. O 4º set começou mais equilibrado com empates a 5, 9, 13 e 15 mas aí os leões saltaram para 19-15 e 24-18 acabando o set com 25-19. A negra começou com empates até aos 7, quando os locais arrancaram para 7-10, apesar de a meio deste arranque João Coelho ter pedido um time-out. A equipa ainda recuperou para 12-13, mas os visitados conseguiram dois pontos seguidos e fecharam o set e o desafio aos 12-15. Foi uma exibição menos conseguida dos nossos jogadores, a que João Coelho atribui a maus serviços e a que nós acrescentamos com más exibições junto à rede, quer no bloco quer nos remates. Valencia com 37 pontos foi o principal contribuidor da pontuação leonina, a que se seguiram Kelton Tavares e Jonas Aguenier ambos com 14 pontos.

Os leões do voleibol receberam no domingo no PJR o VC de Viana no jogo da 6ª jornada da Liga Una Seguros tendo vencido por 3-0. Devido ao cansaço e ao efeito mental que o jogo de sexta-feira podia ter causado João Coelho resolveu fazer algumas alterações no seis base. Se pensarmos que Tiago Barth com 15 pontos e o capitão Tiago Pereira com 11 foram, a seguir ao inevitável Valencia que colaborou com 20 pontos, quem mais pontos conseguiu neste jogo, compreendemos a decisão. Começaram bem os leões que chegaram a 7-4, mas viram os minhotos irem recuperando atingindo o empate a 12 e passando mesmo para 13-15 e 14-16. Viraram os leões para 18-16 e 21-18 saltando depois para 24-19, tendo terminado o set em 25-20. No 2º set os forasteiros começaram bem chegando aos 2-5 e 4-6, mas a pronta reacção leonina virou para 9-6, 15-10, 18-12, 20-14 e 24-16 tendo terminado o set em 25-17.  O 3º set foi bem mais disputado, e prolongado. Começaram bem os leões com 5-2, 7-3 e 9-4 mas reagiram os visitantes para 12-11, atingindo o empate aos 14-14 seguindo-se empates até aos 17, quando os vianenses passaram para a frente passando por 18-22 e 21-24. A um ponto de perderem o set os leões conseguiram 4 pontos seguidos virando para 25-24, seguindo-se empates a 25, 26 e 27 quando mais uma vez com dois pontos seguidos fecharam o set em 29-27, terminando o jogo. O próximo jogo dos leões do voleibol será no sábado 9 indo até Gondomar para defrontarem o Ala Nun’Alvares em jogo da 7ª jornada da Liga Una Seguros. 

As meninas do voleibol foram jogar na sexta-feira a casa da A Avense no jogo da 5ª jornada da Liga Solverde, tendo obtido uma brilhante vitória por 3-0, com os parciais de 25-14, 25-22 e 25-22. Sara Dias com 17 pontos, Jéssica Miranda com 12 e Leslie Tagle com 11 foram as leoas que mais se distinguiram neste jogo.

As meninas do voleibol voltaram no domingo ao PJR para receberem o Clube Kairós no jogo da 6ª jornada da Liga Solverde, tendo sido derrotadas pela primeira vez por 1-3, com os parciais de 24-26, 20-25, 25-22 e 17-25. Jéssica Miranda com 16 pontos e Vanessa Paquete com 12 foram as leoas que mais pontuaram. As leoas voltam a jogar no domingo 10 em Braga, para defrontarem o SC Braga em jogo da 7ª jornada da Liga Solverde.

A nossa equipa de hóquei foi até La Roche sur Yon, perto de Nantes, em França para disputar o acesso à fase de grupos da WSE Champions League. Estranhos regulamentos onde o anterior campeão não entra directamente na competição. No sábado defrontámos o clube local, o La Vendeenne, a quem vencemos por 8-3. Abriram o marcador os franceses aos 7 minutos, mas logo no nono minuto Nolito, na transformação de um penalti, igualou o marcador. Continuava o Sporting a dominar, mas sem conseguir mais golos, de tal modo que Edo Bosch teve de pedir um time-out aos 19 minutos, que logo de seguida deu os seus frutos com Bessa a fazer o 2-1 com que se chegou ao intervalo. Começaram melhor os leões na 2ª parte que logo nos nove primeiros minutos já venciam por 6-1, com mais um golo de Nolito, outro de Toni Pérez, e dois de João Souto. Até ao fim cada equipa ainda obteve mais dois golos, sendo os nossos por Roc Pujadas.

No domingo os leões defrontaram o OC Barcelos, que trazia mais um dia de descanso, porque tinham jogado com os franceses na sexta-feira, tendo perdido por 2-3. Começaram os leões a dominar e logo aos cinco minutos beneficiaram de um penalti que não conseguiram transformar, para de seguida os minhotos fazerem o 0-1. Com varias oportunidades para ambos os lados foram os adversários que com 18 minutos jogados conseguiram o 0-2, com que se chegou ao intervalo. Logo ao segundo minuto da 2ª parte voltámos a ter uma oportunidade para marcar, mas novamente falhamos o livre directo que nos beneficiou. Ao quarto minuto lá conseguimos reduzir por Toni Pérez, mas por muito que tentássemos não conseguimos empatar o jogo. A dez minutos do final foi assinalada a nossa 10ª falta, que os minhotos aproveitaram e aumentaram para 1-3. Pouco depois Edo Bosch pede um desconto de tempo e logo de seguida, mais uma vez, a nossa equipa conseguiu um golo. Desta vez Nolito, de penalti, conseguiu o golo que viria a fazer o resultado final, por muito que os nossos jogadores tivessem tentado para evitar a derrota. Continua esta equipa a mostrar dificuldades na transformação de bolas paradas, e esta derrota não se teria verificado se não se desperdiçassem os penaltis e os livres directos de que beneficiaram. O próximo jogo desta equipa será, para a 3ª jornada do Campeonato Placard, na quarta-feira 6 no PJR a recepção ao Juventude de Viana. 

Autor: 8

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

A saída de Amorim revela a maioridade do Sporting?


A forma como o Sporting e Amorim geriram e comunicaram seguirem agora caminhos separados foi exemplar mas, neste cozinhado,  havia vários ingredientes que ameaçavam o resultado final. Assim, ambas as entidades estiveram à altura daquele que é o final de um período dourado e duradouro, resolvendo os interesses conflituantes e criando uma plataforma de entendimento que permite uma boa saída que serve a todos.

Logo após Amorim ter aceitado o convite do gigante de Manchester ou após a oficialização da transferência, ocorrida horas antes do jogo com o Estrela da Amadora, foi manifestada por vários adeptos do Sporting a ideia que a sua saída deveria acontecer no mesmo instante. A transição imediata para uma nova liderança era entendida como a melhor forma de defender os interesses do Sporting. Não foi assim que entendeu Frederico Varandas, decisão sobre a qual se debruça este post.

A saída de Amorim, fosse quando fosse, teria sempre um grande impacto no clube e que não se resumiria às questões meramente desportivas, embora estas sejam obviamente as mais relevantes. Ocorrendo tão de repente, quando exultávamos com a performance da equipa, e neste momento tão precoce da época, representou um choque generalizado. A saída assim,  de um treinador com o carisma de Rúben Amorim e que cunhou a sua marca em todos nós não poderia acontecer de outra forma. Imaginamos o que representa para os jogadores?

Ao ter conseguido que Rúben Amorim completasse o ciclo que terminará com a viagem a Braga, o Sporting procura manter a concentração e o foco nas duas competições onde tem ambições distintas, mas importantes: revalidar o título e  o apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões. Ainda que batê-los não seja pouco mais do que uma miragem, o jogo com o City ocorre num momento de alguma fragilidade dos campeões ingleses, aumentando assim a possibilidade de obter um resultado diferente do que a generalidade dos analistas prognosticam. E o jogo de Braga, que seria sempre importante, ocorre na mesma jornada que o clássico embate entre os dois maiores rivais, que determinará a perda de pontos senão de ambos, pelo menos a de um deles. Algo que o Sporting não poderá desperdiçar.

Há quem possa pensar que a presença do praticamente ex-treinador possa ser perniciosa? Certamente. Mas em que sentido? O treinador não tem motivação para ganhar ao City e é-lhe indiferente chegar ao rival United com qualquer resultado? As luzes de Manchester ofuscam-o ao ponto de perder a ambição de terminar a sua passagem por Alvalade com o registo de 11 vitórias consecutivas? A sua partida, ainda que tenha quebrado um elo importante entre ele e o plantel, ou parte dele, quebrou a vontade dos jogadores em continuar na senda das vitórias, de brilhar na Liga dos Campeões, ou continuar o incrível registo na Liga e que destaca o Sporting como a única equipa invicta nas principais ligas europeias? A continuidade até ao fim do ciclo não representa um risco bem menor do que uma mudança brusca e imediata de treinador?

A medida parece ter ainda outro alcance: a de proteger o próximo treinador. Uma derrota com o City de Guardiola não seria propriamente problemática. O próprio Amorim sofreu uma pesada derrota em casa, mas num contexto diferente e tinha resultados e títulos para mostrar, o que não acontece com o que tudo indica vir a ser o seu sucessor. A saída a Braga representa sempre um risco e se correspondesse à primeira perda de pontos em Braga acenderia os semáforos da desconfiança nos adeptos e poderia abalar a crença do plantel. Dar o tempo possível ao novo treinador para cimentar a sua liderança sem passivos comprometedores, proporcionando-lhe uma estreia de baixa dificuldade (jogo para a Taça de Portugal, ante o Amarante) parece ser a linha de pensamento por trás desta estratégia e que parece fazer todo o sentido.

Claro que todas as estratégias em futebol são contingentes e o que as valida são os resultados.  Veremos o que resulta no balanço destes dias que abalaram o Sporting. Ainda assim, e visto deste ponto que agora nos é possível, o Sporting parece ter ponderado, fazendo a analogia com um jogo de cartas, o jogo que tinha na mão e que trunfos poderia jogar, procurando minimizar ao máximo os efeitos da inevitável instabilidade que a partida brusca de Amorim provocou.

Uma derradeira palavra para Amorim e para Frederico Varandas, que agora seguem caminhos separados. A  saída do treinador surge a meio de um ciclo virtuoso e introduz uma enorme incógnita sobre o futuro próximo para o futebol do Sporting. Ocorre num momento de afirmação e que parecia estar a lançar as bases para um período de hegemonia. O Sporting era, nestes últimos tempos, um modelo de organização e estabilidade, de bom aproveitamento dos recursos disponíveis, por oposição à instabilidade dos seus rivais. A substituição de Amorim e os efeitos da sua abrupta ausência porão à prova a preparação da estrutura directiva e em particular do presidente, num momento em que a maioridade, leia-se maturidade, parecia ter sido alcançada. A decisão agora tomada parece revelar uma ponderação que há alguns anos era rara ou até inexistente em Alvalade. Até mesmo a solução para o vazio deixado por Amorim foi preparada com antecedência, o que se não é inédito é pelo menos raro entre nós.

Amorim deixa obra feita e coloca-se num plano onde estão apenas os melhores da nossa história. Mas deixa também uma obra inacabada a dois níveis: não cumpre o compromisso de lutar pelo tão ambicionado "bi", não alcançando aquele que me parecia ser o plano seguinte e que poderia ser o engodo para o fazer permanecer: a afirmação de um Sporting europeu. Com ou sem ele, esse continua a ser um anseio de todos nós.

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