O regresso demolidor do Bi-Campeão
Foi com uma exibição de gala, em particular na primeira parte, que ficou marcado o regresso do Bi-Campeão aos jogos da I Liga. Se a derrota tangencial na Supertaça deixara um sabor amargo e pouco convincente, a inauguração do presente campeonato mostrou um Sporting esclarecido e autoritário, pecando por escassos os números que ficaram no placard final.
A maior dúvida que este jogo deixa prende-se com o valor actual de cada equipa e quanto isso terá contribuído para o que nos foi dado assistir. Isto é, houve mais mérito do Sporting na forma como asfixiou o adversário ou demérito deste? Creio que a forma como o Sporting pressionou o Casa Pia em todo o campo e de forma imediata após a perda da bola foi de tal forma avassaladora que foi excessiva para permitir qualquer reacção aos casapianos. A isso juntou-se uma forte dinâmica na troca de bola, imprimindo um ritmo demolidor e muito difícil de contrariar.
Numa exibição colectiva de nota alta merece destaque individual o trabalho Suárez na ligação entre linhas do ataque foi determinante e revelou um avançado diferente do que estávamos habituados mas a dizer que à mais formas de chegar à baliza. O capitão Morten foi mais uma vez imperial e a fazer desejar que o mês de agosto encerre depressa e sem o seu nome inscrito na tabela de transferências. Pote, apesar de discreto já mostrou novamente a sua importância.
Mas o homem do jogo foi Trincão, pelo que jogou e fez jogar, selando a sua presença com uma bela exibição, um golo e uma assistência. No seu estilo discreto. Rui Borges foi outro grande triunfador, indiferente às dúvidas que se levantavam às suas opções e acreditando no trabalho que vem realizando.
A nota negativa vai para as lesões de Maxi e de Diomande, sendo a deste último talvez a que inspire mais cuidados e pode representar uma paragem mais longa.