terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Taça da Liga CTT: Quanto vale e como fica o Sporting CP após a conquista

Para se perceber melhor a importância que ganhar tem para um clube com as responsabilidades como o Sporting era preciso ter visto a alegria estampada no rosto dos adeptos à saída do estádio, após a final. E desses destacavam-se os mais novos, para quem pouco interessava se a vitória foi na Taça da Liga, ante o Vitória, ou se conseguida apenas após o desempate de grandes penalidades.

O Sporting ganhou, o que, por oposição a "perder" ou "voltamos a não conseguir" é seguramente muito melhor. Por isso a ideia de que há competições menores ou dispensáveis é claramente um erro de avaliação. São todas para ganhar aquelas em que o Sporting participa, ponto! porque é assim que se constrói uma cultura de campeão.

Se é assim para os adeptos o que representa em termos estratégicos para o resto das competições esta vitória, especialmente para a mais desejada de todas, a conquista da Liga NOS? Que equipa sai desta competição, que sequelas e que apronto revela para esses compromissos? 

Do ponto de vista da moral ela não poderia sair mais reforçada. Superar o líder da Liga foi importante mas não foi menos contrariar o golo madrugador e a entrega total do Vitória. As dificuldades superadas nestes dois jogos da "final four", o "suspense" e o dramatismo vividos são um importante reforço para o espírito de grupo, uma espécie de vacina para as dificuldades que se avizinham. 

Uma das principais questões que ressaltam deste quadrangular de inverno é o apronto físico da equipa. A intensidade da meia-final disputada com o FC Porto deixou marcas que ainda se vão sentir nos próximos compromissos, sendo mais óbvio o que diz respeito à perda de Gelson. Aparentemente, não existe no plantel outro jogador com perfil que se assemelhe, especialmente no que diz respeito à capacidade de causar desequilíbrios em velocidade e dar profundidade à equipa. Isso foi particularmente evidente na final com o Setúbal. Uma lacuna cujo preenchimento merece o sacrifício no pouco que resta do mercado. 

Aqui a pergunta torna-se inevitável: então foi preciso Gélson baixar à enfermaria para se perceber que não tem alternativa no plantel? É que não demais lembrar que, para lá de todos os jogadores contratados no verão, nesta janela de inverno já chegaram Wendel, Misic, Montero, Rúben Ribeiro e até Bryan Ruiz foi reintegrado e nenhum deles é propriamente "parecido"...

Jorge Jesus tentou contornar a ausência da velocidade de Gélson pela posse e controlo de bola que Bruno Ribeiro, Bryan Ruiz e Bruno Fernandes podem oferecer, mas ficou claro que há ainda muito a melhorar na integração dos dois primeiros nos movimentos da equipa. É notória a falta de agressividade e intensidade de ambos no momento defensivo, deixando por isso muito "lixo" para os laterais se preocuparem em varrer. Dessa forma, estando preocupados a fechar atrás, diminui-os para as tarefas atacantes e não menos os restantes elementos do meio-campo. 

Disso se ressentem especialmente William e Bruno Fernandes e a sua capacidade de participar nos momentos ofensivos da equipa. Do ponto de vista ofensivo o panorama não é muito melhor, a pouca acutilância que Rúben Ribeiro e Bryan Ruiz emprestaram à equipa resultaram na incapacidade desta ligar o seu jogo até ao último terço. E sem isso, isto é, sem  conseguir chegar com qualidade com bola os últimos trinta metros, ter ou não ter Bas Dost é mais ou menos irrelevante. E não parece que Jesus olhe para Doumbia ou até Podence como soluções.

Convém que não haja muitas ilusões: uma coisa é jogar competições a eliminar, onde os prolongamentos e desempates por penalidades oferecem soluções para a falta de eficácia e menor inspiração momentâneas. Outra bem diferente é jogar numa competição onde a exigência de regularidade na conquista de pontos é determinante para chegar a campeão. E para tal parece bem claro que há três questões cruciais e cuja solução serão determinantes para a sorte no campeonato: 

- A constituição de um meio-campo que dê tanto a agressividade como a organização que pareceram faltar em alguns momentos dos jogos da Taça da Liga. 

- Conseguirá Jesus superar a ausência da velocidade de Gélson nas alas com a criatividade e desequilíbrios com movimentos pelo interior com os jogadores disponíveis?

- Será Montero o oficial de ligação a Bas Dost e dar a profundidade que tem faltado?

As perguntas são ainda mais pertinentes quando se constata que com ou sem Gélson o facto é que o Sporting não conseguiu vencer os últimos três jogos e dois deles foram contra o Vitória de Setúbal, uma das equipas mais frágeis do campeonato, até agora.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Taça da Liga: agora dêem sentido a esta vitória

Ao superar o FC Porto na meia-final o Sporting deu um grande passo para conquistar uma competição que lhe foge desde o seu primeiro ano e cujo troféu ainda falta no seu museu. Julgo que, e afirmo sem confirmação, é precisamente o único das competições nacionais que nos falta na colecção.

Esta vitória, com todo o suspense e dose de dramatismo, é também um importante compromisso contraído com os adeptos, uma vez que o que foi ontem alcançado precisa de ser complementado com a conquista do troféu, no sábado. De outra forma o esforço e empenho para chegar à final não passará de um nota de rodapé na história desta época.

A felicidade do momento não pode também ser desperdiçada, pensando em facilidades no jogo da final, como a história no ensina. E as incidências da partida merecem ser bem analisadas- algo que tentaremos fazer aqui proximamente - porque o nosso jogo esteve longe de ser uma prestação irrepreensível. Mas esta é a hora de respirar fundo, gozar o momento e prepararmo-nos para ganhar a final.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Agora o Sporting ou Liga ou desliga

Como bem se sabe os terramotos não se fazem anunciar, acontecem de forma inesperada. O que aconteceu ao Sporting em Setúbal foi algo semelhante a um abalo telúrico, cujas consequências estão ainda por apurar. De forma inesperada o empate  em Setúbal - ou devo dizer a derrota? - abanou muitas convicções e lançou muitas interrogações cujas respostas vão começar por ser conhecidas já no compromisso com o F.C. Porto, em Braga, nas meias-finais da Taça da Liga.

A tão mal-amada competição não podia pedir melhor, todas as atenções estarão agora para si viradas. Assim, de repente, de jogar na competição enjeitada de forma diletante e apresentado-se com equipa para rodar as reservas, o Sporting não tem outro remédio senão olhar para ela como um objecto de desejo. Ganhá-la significaria que ultrapassaria a equipa que comanda com todo o mérito o campeonato, marcaria um regresso à conquista de troféus, algo que sob o comando de Jesus parece ser já demasiado longínquo e diminuto, se comparado com os meios colocados à sua disposição. 

Mas acima de tudo, talvez o mais importante, a conquista da Taça da Liga significaria as pazes com os adeptos, o regresso do optimismo e o aplacar dos  piores fantasmas sobre a prontidão leonina de voltar a conquistar o tão desejado campeonato. E dentro desses fantasmas o  pior é precisamente aquele que pode vir de dentro: é que a dúvida que o resultado de Setúbal lançou no seio dos adeptos e talvez até na própria equipa só tem antídoto com vitórias.

Sendo muito desejada, a vitória nesta meia-final só pode ser obtida com uma exibição segura e madura, ao nível dos melhores jogos ao alcance do actual plantel sob o comando de Jorge Jesus. A equipa de Sérgio Conceição não está apenas moralizada pela boa campanha que tem levado a cabo. Esta equipa fez as pazes com os adeptos por se apresentar aquilo que eles sentem ser o "jogar à Porto". 

Dar tudo, jogar com muita vontade, a tal "atitude", é aqui sinónimo de elevado nível de concentração do primeiro ao último minuto de jogo. Mas significa também uma boa organização defensiva que começa logo a produzir bons resultados pela forte pressão que os homens de Sérgio Conceição exercem em qualquer lugar, por via da boa disposição colectiva em campo, a partir do momento em que perdem a bola.

Uma vez retomada a posse, a equipa azul e branca tem sempre na manga uma paleta de jogadas, normalmente iniciadas em transições muito rápidas, sem fosquinhas, com a ideia de golo como objectivo primordial. Como se não bastasse, tem ainda ao seu dispor uma panóplia de recursos nas bolas paradas que em muitos encontros lhes tem valido como desbloqueador de resultados. E, como é bom não esquecer, tem muita força em Aboubakar e Marega para juntar aos atributos técnicos de Brahimi.

Só um Sporting personalizado e confiante na sua qualidade - que não é pouca! - logrará um bom resultado. Concentração máxima até ao apito final, sem inseguranças ou vacilações. Por exemplo, as mesmas que teve na primeira parte contra o Aves, que não terão outro resultado senão um rápido e inapelável sentenciar do resultado por parte dos aríetes africanos vestidos de azul e branco. O mesmo se poderá dizer das bolas paradas, com as movimentações de Danilo, Filipe e Marcano a exigirem atenção acrescida.

Na frente, em ataque organizado, ou em transições, exigir-se-á uma assertividade muito maior e que tem estado ausente, como por exemplo em Setúbal. Tal tem tem determinado o desperdício de grande parte do volume de jogo leonino, especialmente na definição das jogadas.  Muita dessa imprecisão tem vindo de Acuña e Gélson, cuja  forma já conheceu melhores dias.

Exigir-se-á também muito mais a Bruno Fernandes do que aquele desaparecimento no combate do clássico da primeira volta em Alvalade. Para isso será determinante o que o Sporting conseguir fazer no eixo central, onde o número 8 leonino não pode ficar afogado, como esteve nesse jogo,  entre os médios portistas e excessivas preocupações defensivas. É por isso que não deverá ser de estranhar que Rúben Ribeiro estagie no banco no inicio e Battaglia regresse ao onze para dar nervo e músculo àquela zona.

Não ignorando que tem um adversário forte e confiante pela frente, deverá ser porém contra si mesmo uma parte importante da tarefa a superar pelos jogadores de Jesus. Uma luta contra os momentos de desconcentração, mesmo que breves, bem como a falta de rigor e facilitismo no último terço do terreno, onde se exige acuidade, precisão e instinto letal de predador ante a presa.

Isto para não ter que prolongar os efeitos agónicos do terramoto de Setúbal e para que a respectiva memória não seja mais do que o embaraço de ter saído do meio do pó e dos escombros, mas ileso e de ambições intactas. A repetição de um novo desaire, ainda por cima com o grande rival nortenho, poderia significar que o abalo sentido em Setúbal era apenas um prenúncio de abanão maior e mais profundo.

Nota: artigo publicado ao abrigo da parceria com o portal FairPlay

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Recado para o balneário: ponham os olhos no Benfica.

Sim, leu bem o que escrevi com destino aos nossos jogadores, treinadores e dirigentes: ponham os olhos no que fez o Benfica. Sei que custa ler, especialmente porque é o nosso arqui-rival, mas a verdade é que souberam gerir bem o seu pior momento da época, após ficarem apenas "ligados à corrente" via campeonato nacional.

No jogo decisivo, no passado dérby, os jogadores encarnados jogaram de dentes cerrados e de faca na liga. Deram tudo o que tinham e acabaram por salvar o que havia para salvar, que era manterem-se na luta, evitando uma derrota comprometedora e de elevado potencial devastador para a moral colectiva. É isso que se pede sempre e mais ainda agora aos nossos jogadores: que respondam em campo!

O seu treinador percebeu que tinha que proceder a alterações e assim fez. Por vezes é preciso o contrário, é preciso a coragem de acreditar nos seus processos. A diferença entre actuar de uma forma ou outra cabe ao treinador percepcionar e gerir. É isso que JJ tem agora de fazer.

E os dirigentes também podem aprender. O SLB vive uma das maiores crises de sempre, por via do que se vai sabendo através da divulgação dos emails e não menos por uma época que quase acabava antes do Natal. Remeteram-se ao silêncio. 

Ao invés do barulho constante, das atoardas, dos posts ridículos e da falta de respeito pelos adeptos que dão tudo pelo clube, que tal tentarmos também um pouco de silêncio, de concentração e união de esforços, desde logo para a tão importante meia-final que se avizinha?

Também temos bons exemplos em casa. Veja-se por exemplo o percurso do ano transacto do andebol, várias vezes dados como mortos, mas acabaram por nos dar uma das mais importantes vitórias e uma das maiores alegrias dos últimos anos.

Dar o exemplo do rival é tudo menos agradável mas, perante o ruído permanente, à falta de melhores exemplos e discernimento  talvez não custe tentar...

sábado, 20 de janeiro de 2018

Vitória 1 - Sporting 1: Ai Jesus, que falta de estofo!

Ter ou não ter estofo para ser campeão é uma frase que acabou por ficar no jargão futebolístico, cuja autoria é de Pedroto e remonta aos finais dos anos 70 do século passado. Como poucos, o antigo treinador portista usava o que hoje se chama de "mind games" em seu favor, acentuando as dúvidas e hesitações dos adversários. Neste caso concreto decorria a época 77/78 e o SLB acabava de empatar 1-1 na Póvoa de Varzim. Pedroto assistiu pessoalmente ao tropeção do adversário, não deixando perder a oportunidade para sair por cima.

Ora o que o Sporting fez no estádio do Bonfim foi um filme, ao vivo e cores, com um guião perfeito do que é não ter estofo para ser campeão:

- Perde a liderança à condição sem que o adversário tenha sequer necessidade de ter número igual de jogos.(!).

- Não consegue levar de vencida um adversário que tem sido dos mais frágeis de competição.

- Permite que a distância para o adversário que precede aumentando assim a pressão sobre si mesmo.

- Produz uma exibição atabalhoada, pouco esclarecida, denotando claro incómodo perante a pressão de ganhar.

- Sofre um golo já no final da partida, num lance normal para uma equipa inexperiente, mas inadmissível para um candidato ao título com uma equipa recheada de jogadores experientes. Como é possível sofrer um golo em contra-ataque com o jogo já no final e ainda por cima negligenciar a linha que colocaria Edinho fora-de-jogo?

O Sporting queima assim um cartucho que para já - muita coisa pode mudar ainda, mas... - nos obriga a vencer o FCP em sua própria casa. Culpas para os jogadores obviamente, por serem eles os actores directos de tanto erro e desperdício e pela falta de serenidade.

Responsabilidade para o treinador Jorge Jesus, que pouco podendo fazer para evitar tantas falhas em campo, podia e deveria ter agido de forma mais proactiva e esclarecida, no sentido de deixar a sua equipa mais confortável em circunstâncias muito favoráveis. Algo que se volta a repetir, depois do que já havíamos visto anteriormente, como por exemplo no dérby.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

À volta da primeira volta do Sporting

As primeiras impressões
As primeiras 5 jornadas da Liga corresponderam a outras tantas vitórias, carimbando logo aí a seriedade da candidatura do Sporting ao título. Algumas das dúvidas relativamente à qualidade de alguns dos novos jogadores foram também por aí perdendo força. Apenas Coentrão confirmou a debilidade física que o fez sair de Madrid à procura da reafirmação e de um lugar no avião da selecção nacional para a Rússia, lá mais para o Verão. Piccini entraria ainda com hesitações que se tem encarregado de superar com distinção. Mathieu foi desfazendo os piores temores, sendo, de todo o quarteto defensivo, aquele que se revelaria a melhor surpresa, pela qualidade e equilíbrio das suas acções.

Mas a grande surpresa teria sotaque italiano pelo clube de origem, mas expressa-se em bom português: Bruno Fernandes. Uma das melhores aquisições do Sporting dos últimos anos e um dos melhores resgates do futebol nacional. A maior visibilidade proporcionada por jogar num dos grandes nacionais retirou-o da penumbra a que desde muito cedo se havia recolhido em Itália. Pela qualidade de soluções que o seu jogo empresta - ligação entre sectores, equilíbrio, meia distância -  dificilmente poderá ficar excluído das escolhas de Fernando Santos à partida para a concentração em Kratovo, nos arredores de Moscovo. No final desta primeira metade do campeonato é um dos nomes incontornáveis quando se pensa em fazer lotes dos melhores.

Os primeiros tropeções
Estava tudo aparentemente bem encaminhado quando acontece o primeiro tropeção. Não se pode dizer que não estávamos avisados, pelo menos pelo historial de resultados surpreendentemente maus em Moreira de Cónegos. Mais surpreendente ainda que o resultado foi a exibição tristonha. Talvez se possa contabilizar este nulo (1-1) como os primeiros danos colaterais pela participação na Liga dos Campeões. 

Danos Colaterais 
A factura da participação nas competições europeias é paga por quase todas as equipas, mais tarde ou mais cedo, no campeonato. Seja por cansaço, seja pela dificuldade em manter foco e motivação permanentes. Talvez não tenha sido um acaso que o empate se tenha registado nesta viagem por tortuosas estradas ao coração do Minho a anteceder a recepção à multitude de flashes que habitualmente acompanham as estrelas do Barcelona. Isto depois de já ter mostrado ao Steua de Bucareste o sinal vermelho no play-off da Liga dos Campeões e tomado de assalto a base do Olimpiakos, no Pireu. Este jogo confirmaria uma das debilidades na construção do plantel: a ala esquerda da defesa fica exposta a cada ausência de Coentrão. A confiança na prontidão de Jonathan Silva é manifestamente infundada.

Fraqueza com os fortes
Até o inicio de Dezembro, enquanto decorreu o ciclo europeu, o Sporting haveria de perder mais quatro pontos - que poderiam ser seis, uma vez que do jogo em Vila do Conde salvou-se o resultado - todos eles com um ponto em comum que se voltaria a confirmar no derby da Luz: a incapacidade do Sporting em vencer os mais fortes do campeonato. Precisamente o oposto do que representou a chegada de Jorge Jesus a Alvalade, uma alteração que se associa também a uma outra ainda não totalmente confirmada: esta versão 17/18 parece querer abordar os jogos de forma mais conservadora, expectante, cínica até, mas denota dificuldade na sua concretização.

Seis dos oito pontos são perdidos
Seguindo a lógica que para ser campeão se é obrigado a ganhar todos os jogos com os pequenos em casa e fora e todos os jogos em casa e fora chega-se à conclusão que dos oito pontos que não conseguiu amealhar (Moreirense, FC Porto, SC Braga e SL Benfica) seis têm que ser dados como perdidos. Seguindo o mesmo critério ficou em vantagem relativamente ao SL Benfica para os jogos entre si, que podem ser importantes em caso de desempate, se cumprir a obrigação de ganhar o seu jogo em casa na volta do campeonato.

Curiosidades estatísticas
Desde a longínqua época de 1994/95 que o Sporting não dobrava a primeira metade do campeonato invicto. Porém isso à época valeu-lhe de pouco, uma vez que Bobby Robson vingava-se então de um despedimento absurdo de Sousa Cintra e venceria o campeonato.

Há ainda uma outra interessante e desafiadora: nas últimas sete vezes que o actual comandante virou na frente à primeira volta, foi sempre campeão. Porém na oitava vez foi precisamente o Sporting que o impediu de chegar ao titulo numa outra coincidência: tal como então, o Sporting buscava interromper um longo período sem vitórias. 

Outro dado interessante para registo é que nos embates entre os principais candidatos ninguém logrou superiorizar-se na conquista de pontos, já no terreno jogo julgo ser inteiramente justo admitir que, no computo geral, o sinal mais foi dado pelo FC Porto nos jogos disputados entre candidatos.

E é aqui que surge alguma estranheza, que acentua a ideia de um Sporting diferente dos anos anteriores: na comparação entre rivais e contendores ao título o Sporting ostenta os número mais débeis em parâmetros importantes na análise de desempenho. Por exemplo, número de remates concedidos e efectuados, e os valores percentuais da posse de bola (dados GoalPoint).


E se houve algo verdadeiramente surpreendente no último dérby foi a apatia de Jesus no banco perante uma equipa sua tão distante daqueles princípios que tanto o notabilizaram: grande intensidade na pressão, quase sempre exercida em duas linhas, independentemente dela ser exercida alta ou com linhas mais recuadas. Muito critério na saída de bola no inicio de construção, sendo a proximidade entre sectores e as diversas soluções de passe que se oferecem ao portador determinantes para o sucesso da jogada.

Ao contrário, esta primeira volta revelou uma equipa demasiado permissiva com especial evidência no recente dérby. Viu-se um Sporting claramente partido entre sectores, onde um William demasiado encostado à linha defensiva compromete o êxito das saídas para o ataque. Dessa forma a bola ou chega raramente à frente sem bola e esta sem grande qualidade para permitir o êxito quando tal sucede. Mais estranho ainda foi constatar a inação de Jesus perante o desmontar de todos as cautelas e tracção traseira do adversário - Pizzi e Fejsa - sem que tivesse ocorrido uma resposta à altura a partir do banco.

Paradoxo Sporting
Para contrariar esta ideia de sinal negativo a equipa de Jesus vestiu o fato de gala para o encerramento da primeira volta, trucidando o Marítimo com uma mão cheia de golos. Por sinal, uma equipa cuja melhor virtude que lhe era apontada era a capacidade de defender. O Sporting é ainda uma equipa invicta, contrariando a ideia (que os números confirmam como uma das equipas que mais remates dentro da área concede) de equipa permissiva e os seus números de golos marcados (38) e sofridos (11) não estão distantes do que os seus rivais conseguiram: FC Porto 45M/9S e SL Benfica 40M/11S.

Ao contrário do que era a marca das equipas de Jorge Jesus, tem havido muito maior relevo para as acções individuais do que as de cariz colectivo. Aqui sobressaem Patrício, a realizar uma época no auge das suas faculdades, alcançando finalmente tudo aquilo que se lhe augurava. A eficácia de Bas Dost, mas muito dependente da capacidade que a equipa tem de lhe colocar a bola na área, onde é sibilinamente letal. Bruno Fernandes surge como a argamassa que une as diferentes pedras e o trio  Piccini, Coates e Mathieu como muro que tudo sustenta quando à frente tudo falha.

Não menos paradoxal é o comportamento até ao momento no mercado de Janeiro. Apesar da qualidade indiscutível dos jogadores até agora contratados aquelas que seriam as principais prioridades -  defesa esquerdo, número 8 "Adrien style", avançado para jogar com Bas Dost* - continuam por fechar. Ou haverá surpresa com Rúben Ribeiro e afinal Wendel este afinal é que é?

*Quando o artigo foi escrito não se conhecia ainda a vinda de Montero 

As dúvidas
É verdade que as equipas de Jorge Jesus tendem a crescer sob o seu comando e talvez ninguém tenha reparado que no recente jogo com o Marítimo, como na generalidade dos jogos realizados desde Agosto, Jesus tenha jogado com quatro titulares que chegaram este ano Ristowski, André Pinto, Coentrão, Bruno Fernandes. Este número de jogadores sobe para sete considerando os suplentes utilizados (Acuña, Battaglia e Medeiros).

As perguntas que agora se colocam é se este registo agora obtido é suficiente para chegar ao tão desejado campeonato. Confiando na sorte que tem protegido a equipa em alguns jogos e num eventual desaire futuro do actual comandante, claramente que sim. Parece-me no entanto demasiado ligeira este tipo de abordagem, por confiar em excesso em factores que lhe escapam ao controlo.

O ideal seria por isso eliminar as principais fraquezas acima descritas, o que não se afigura difícil para um técnico tão bem preparado e sagaz como Jorge Jesus. Ainda assim atrevia-me a um vaticínio: a equipa não se sente confortável num registo mais calculista. Ou então, além de uma maior reacção à perda, a melhor organização após posse e as transições deveriam ser melhor trabalhadas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

De Montero a Barcos e de Vietto a... Montero

Foi assim que aqui expressei o que senti com a troca de Montero por Barcos:

Um dia vamos perceber porque fomos buscar Barcos e despachamos Montero. Mas nunca saberemos se o colombiano tivesse ficado poderíamos ter evitado três nulos fatais (Rio Ave em casa, Guimarães fora, SLB casa) e com isso uma sorte diferente no campeonato. O que nunca perceberemos é porque fomos buscar um jogador que estava parado (...)
 Para que não restem dúvidas, considero o Montero um jogador com talento e que pode trazer algo que tem faltado na ligação do nosso futebol no último terço, especialmente com Bas Dost. Já percebemos que podemos chegar até ao holandês pela via aérea, através de cruzamentos, mas que falta ainda a ligação terrestre, através de assistências para o pé, especialmente quando existe excesso de tráfego naquela zona.

Ora Montero parece-me um jogador capaz de conseguir essa ligação, muito mais até do que daria à equipa como 9. E ainda acrescenta meia-distância. Um bom avançado cujo rendimento não deve ficar apenas pelo número de golos marcados.

Há no entanto muitas dúvidas (minhas dúvidas...) para que esta operação venha a ser coroada de êxito no imediato, que é afinal o que se pretende quando se vai ao mercado no inverno. E duas serão cruciais:

1- O estado de prontidão de Montero, que não joga há um par de meses, fará que Jorge Jesus não poderá contar com ele tão cedo. Tomando o exemplo de Barcos, é caso para perguntar porque veio então?

2- É minha impressão que Jorge Jesus nunca foi propriamente um fã do jogador. Sabemos o que isso representou no passado, foi quase sempre o terceiro avançado da lista, atrás de Slimani e Teo e quando podia ter "dado jeito" deixou-o trocar por Barcos. Lembro-me na altura que JJ disse que o jogador é que lhe pediu para sair. Quem sabe exactamente por perceber que não contava muito...

Obviamente não nos podemos esquecer que o JJ queria mesmo era Vietto, que infelizmente optou por outros ares. Mas, ao que parece - e isto parece-me o lado bom da chegada de Montero  - é que o facto de ser declaradamente uma segunda escolha não parece assustar "El Avioncito". Pois então que venha e faça muitos voos rasantes e picados que tanta felicidade nos trouxeram no passado. Aquela da imagem no topo do post é inesquecível.

Números da anterior passagem de Montero por Alvalade (imagem Sporting Adeptos):

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Pedro Rodrigues pela Madeira dentro

Pedro Madeira Rodrigues desistiu da auditoria forense que se havia proposto e não podia ter ficado pior na fotografia. Não por não querer custear as despesas inerentes ao trabalho que seria realizado pelos funcionários do clube - algo que é muito discutível... - mas pela forma como concluiu a sua intervenção:

"Enquanto essa investigação não der frutos a dúvida sobre a honestidade do presidente do Sporting vai manter-se, uma vez que não é possível responder de uma forma rápida e cabal à pergunta 'desviou verbas do nosso clube?'
Ora quem levantou essas dúvidas foi precisamente ele e que as trouxe à praça pública. E, para quem se dispunha a realizar uma auditoria, não revelou nada de consistente até agora, para lá de desconfianças e estranhezas relativamente a alguns procedimentos relativamente a transferências.

Procedimentos esses que são de facto muito discutíveis, como por exemplo a preferência por figuras estranhas como José Fouto. Ou associações do nome do Sporting a protocolos com a Trafic ou a um clube facilitador de transferências como o Clube Deportivo Maldonado, nomes ligados a fundos e à falta de transparência cuja bandeira contra foi tão vigorosamente agitada por esta administração. Ou o facto, tão criticado no passado, incluindo por Bruno de Carvalho, de estarmos a pagar comissões quando vendemos e quando compramos. Mas que, até prova do contrário, tal configura incoerência mas é preciso mais do que isso para a acusação formulada por Madeira Rodrigues.

Julgo que alguém que foi candidato à presidência do clube querendo corporizar precisamente uma alternativa a Bruno de Carvalho estaria obrigado a maior rigor e outro comportamento. Assuntos desta natureza não podem ser tratados com a mesma ligeireza que uma conversa de redes sociais ou entre amigos, no café. É um mau serviço prestado a si mesmo, destruindo qualquer réstia de credibilidade mas sobretudo ao clube. É de prever que o seu mau exemplo seja colado a todos que se venham a constituir como alternativa à actual gestão.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Sporting 3 - D. Aves 0: mais um Ribeiro a correr para o mar holandês

Muita da sorte dos reforços de inverno é marcada pelo momento que a equipa onde vai inserir atravessa e pela forma como se faz a sua integração. Muitos bons jogadores ficam afastados do sucesso quando aquelas condições lhes são adversas. Parece que não será o caso de Rúben Ribeiro, que entrou muito bem com o pé esquerdo, aquele que daria a assistência ao inicio de mais um hat-trick de Bas Dost.

A chegada de Rúben Ribeiro, e o impacto que a sua presença promete vir a ter no desempenho da equipa é uma das notas mais salientes do jogo de ontem, onde o único aspecto negativo terá sido uma série de desatenções defensivas da primeira parte, que não são repetíveis com adversários com executantes de melhor qualidade que os avenses. 

O meu maior receio relativamente ao jogador não residia na sua qualidade para ser jogador do Sporting mas sim nas oportunidades que lhe seriam oferecidas para as demonstrar e que poderia acontecer caso as coisas não corressem bem no imediato. Isto porque sabemos bem como pode ser implacável o tribunal de Alvalade com jogadores chegados de clubes mais modestos e sem nomes terminados em "inho", "ov" "ic", etc...

Esteve por isso muito bem Jorge Jesus na gestão deste momento, com ganhos que se estimam poderemos vir a recolher mais adiante. Como é evidente, a presença de Rúben Ribeiro obrigará a algumas mexidas, uma das mais evidentes foi o recuo de Bruno Fernandes, o que lhe retira algum protagonismo que só se voltou a ver na segunda parte, quando o ex-jogador do Rio Ave já estava a descansar das fortes emoções dos últimos dias. Mas não creio que tal possa vir a representar um real problema, esses ocorrem mais facilmente quando há falta de talento, o que não é o caso.

O outro destaque obrigatório é o novo hat-trick de Dost. A forma como holandês converte é tão simples e limpa que até dá impressão de ser fácil. Bom, e até é, utilizando a simplicidade de processos como ele utiliza. 

Ainda no âmbito das análises individuais a impressão de menor fulgor de dois jogadores de quem esperamos muito mais - Gélson e Acuña - o que certamente acontcerá assim que recuperem a boa forma. Do outro lado o impressionante momento de forma de Patrício, pela qualidade e consistência das suas intervenções. Os seus números de intervenções estão ao nível dos melhores europeus e, para lá das qualidades colectivas, devemos a ele e Dost o lugar que ocupamos, bem como a manutenção intacta das nossas ambições.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Taça de Portugal: Das Covas com muita Piedade (e sorte...) até às meias

O mais importante foi conseguido, que foi a qualificação para as meias-finais da competição. Já a forma como lá chegamos foi pouco brilhante, em muitos momentos foi até confrangedor. Aquela primeira parte podia até ter posto em causa a qualificação. Tudo isto muito por culpa própria, pela falta de intensidade e concentração. 

Mas há que reconhecer também o mérito do adversário, pela abnegação e em alguns momentos até com alguma qualidade. Tanto assim foi que tivemos que nos socorrer dos valores depositados no banco para calçar as meias, cujos 180 minutos são agora o obstáculo a transpor para por os pés no Jamor onde, tudo indica, caso lá chegue, encontrará um adversário perfeitamente ao seu alcance.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Vietto, viste-o?

O jogador que o Sporting teve quase contratado mas que acabou por preferir viajar para Valência ontem, depois de quase um ano sem marcar, encerrou um hat-trick assim, desta forma que as imagens documentam.

Fica o registo, documentando que o Sporting acertou em cheio ao escolhe-lo. Pena foi que a sua opção tivesse sido recaído no Valência, algo que se explicará pelo facto de Marcelino Garcia Toral ser o actual treinador do clube che. O treinador asturiano foi responsável pela boa época de 2014/15 com 20 golos, que o levaria ao Atletico de Madrid.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Movimento G-15, qual é a estratégia do Sporting?

Não se sabe ainda que alterações serão capazes de produzir ao actual modelo de governo do futebol português o recém fundado grupo de quinze clubes, denominado G-15. Mas, atendendo ao seu número devem ser, pelo menos até ver, ser levados a sério. Dessa forma interessa saber qual é o posicionamento e a estratégia do Sporting e que consequências terão no futuro para o clube as decisões que daí resultarão.

Sem grande surpresa, até agora as coisas não parecem estar a correr muito bem para os nossos interesses e muito começou pela inabilidade com a questão foi abordada num primeiro momento. Sem perceber muito bem quem eram, que força tinham e a que se propunham, o Sporting começou logo por ameaçar os eventuais subscritores de decisões deste grupo com a nega ao empréstimo dos seus jogadores. 

Isto é aquilo que na gíria se chama uma "entrada de carrinho" ou se preferirem, a "falar grosso", saltando à evidência, de forma imediata, várias dúvidas:

Esta é a abordagem correcta para atrair, como nos interessava, o maior número possível de clubes para a nossa causa?

Temos força suficiente para fazer este género de ultimatos?

O eventual fim dos empréstimos seria mais penalizador para os clubes envolvidos, que poderiam recorrer sem problema, a outra fontes sempre mais "generosas", ou para o Sporting, como clube formador que é?

Pouco depois, mas já tarde para desfazer o equívoco inicial - talvez percebendo que se colocou em posição ideal para ser ultrapassado - o Sporting apresentou uma série de propostas [LINK] para serem discutidas na AG da Liga, de dia 29 de Dezembro. Do que li, devo confessar a minha desilusão pela falta de profundidade e pelo afunilamento das propostas a interesses e matérias da agenda mediática, sem nada de muito relevante e estruturante.

Como já hoje se sabe a reunião não correu bem, acabando com o abandono por parte do presidente do clube ao som de "cobardes" e classificando um processo decidido por maioria como um "processo antidemocrático"(!). Ainda que lhe assista a razão, nomeadamente em questões processuais, por certo que não será com esta dose de "vinagre que atrairá as moscas..."

Ao contrário, apercebendo-se do que pode vir a representar este movimento para os seus interesses, LFV manobrou no silêncio, negociou directamente pelo menos com um dos mentores do movimento, António Salvador, presidente do SCBraga. 

Pinto da Costa, que estava na referida AG, também haveria de abandonar a reunião, mas de forma mais discreta e sem hostilizar aqueles com quem sabe terá que voltar a encontrar e a discutir. Ainda assim manteve o seu representante. No seu "modus operandi" estará certamente já a negociar a reversão da aparente maioria que agora se formou ou a estudar como a reverter em seu favor.

O actual clima do futebol português não é favorável a alianças, mesmo quando existem interesses comuns, como é o caso dos chamados três grandes. É esse o mérito de António Salvador, sempre à espreita de uma boa oportunidade de fazer crescer o seu Braga. Ele sabe que se se entendessem os três grandes poderiam esmagar com relativa facilidade esta Revolta do Minho, desta vez comandada por uma Maria da Fonte de calças.

A menos que haja alguma reviravolta inesperada, o Sporting está agora completamente isolado, tão isolado como sempre teve, tendo demolido várias das pontes de entendimento que eram possíveis. Nomeadamente negociando directamente com os clubes com quem tem boas relações ou pelo menos normais, como por exemplo aqueles onde tem atletas emprestados.

Ao invés Bruno de Carvalho preferiu o insulto. No "seu" Sporting é um novo normal insultar sócios que não concordam com ele e ao que parece ninguém se importa - o PMAG ainda deve continuar a apagar fogos... - vamos ver como funciona na LIGA...

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Sporting 5 - Maritimo 0: Paquete verde oferece cruzeiro de luxo

No encerramento da primeira volta, na recepção ao Marítimo, se houve história trágico-maritima ou dramas eles foram exclusivamente vividos pelos insulares. Da parte do Sporting houve isso sim, uma exibição competente, segura e em crescendo. 

Tudo isso fruto de uma boa dinâmica no jogo interior, o que nem sempre tem conseguido, bem como graças a uma ala direita a funcionar a todo o vapor. Se é verdade que Piccini tem surpreendido pelo seu crescimento, não é menos verdade que Ristowski o supera no que oferece ofensivamente. A verdade é que não me lembro de estarmos tão bem fornecidos de laterais direitos numa época. Mais ainda se atendermos que qualquer um deles tem ainda espaço para crescer. Ristowski, por exemplo, dificilmente repetirá a desatenção que permitiu um lance de golo feito a Diney...

Não querendo retirar brilho a uma exibição colectiva competente, como acima foi afirmado, não pode passar sem citação especial o hat-trick de Bas Dost, que dessa forma está apenas a um golo de igualar Slimani, mas com uma diferença substancial: está ainda meio da sua segunda época, quando o argelino conseguiu os seus 57 golos em 3! 

No mesmo patamar de grande influência está Bruno Fernandes, jogador que assina um sem número de assistências para golo e absolutamente letal se lhe é dado espaço. A sua preponderância no nosso jogo é tal que se pode associar os nossos bons resultados aos jogos bem conseguidos por ele e o inverso.

Referência obrigatória também para o regresso com golo à titularidade de Bryan Ruiz. O seu golo foi em muito facilitado pelo passe de Bruno Fernandes, mas a forma como olhou primeiro para o guarda-redes e temporiza para escolher o momento certo e o local por onde fazer a bola entrar é de classe. É porém verdade que o seu lado, o esquerdo, foi muito menos proficuo que o oposto. A isso não terá sido alheia a ausência de Mathieu. Embora André Pinto esteja a cumprir defensivamente é indiscutível que a presença do francês dá outra amplitude ao nosso jogo ofensivo, quer em organização quer em transição e outra dimensão na área nas bolas paradas.

E assim dobramos metade do campeonato, a dois pontos do líder. Diz a história que nas últimas sete vezes que o FCP liderava na viragem para a segunda volta foram sempre campeões. Mas a história também regista que da última vez que não conseguiram o titulo nessas circunstâncias (99/00) fomos nós que os impedimos e tínhamos então três pontos de atraso. Estamos mesmo a tempo de repetir a gracinha não estamos?

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Tio Patinhas de Alvalade analisa o relatório da Soccerex Football Finance

Saudações leoninas a todos e muito obrigado pelas fantásticas reações ao meu primeiro post. Irei comentar em futuros posts, alguns dos aspectos importantes mencionados nos comentários ao mesmo, sem procurar ser consensual, pois a divergência de opiniões é salutar quando bem “praticada”. Mas vamos ao que me traz aqui hoje, o nosso Quinquagésimo Lugar no Finance Football Index da Soccerex.

Depois de mais um derby (com um resultado bem melhor que a exibição), a Soccerex lançou a edição 2018 do seu Relatório Football Finance, onde elenca, de acordo com um indicador criado por si, os 100 maiores clubes, em termos de poderio financeiro.

Este relatório refere-se à análise das contas dos Clubes referentes à época 2015-2016. O Manchester City aparece em primeiro lugar, estando algo surpreendentemente, o Arsenal em segundo. Apesar de futebolisticamente andar longe de um novo título de campeão inglês, a sobriedade da sua gestão origina a que não tenha praticamente dívida nenhuma e apresente resultados financeiros interessantes. No entanto, é de referir que um dos 5 sub-indicadores que constitui o FFI (Football Finance Index) é o do potencial de investimento pelos “donos” do Clube, o que favorece aqueles que têm accionistas fortes por trás em detrimento do modelo de sócios. 

Por isso mesmo, clubes como o Real Madrid (6º Lugar), Bayern Munique (10º Lugar) e Barcelona (13º Lugar) estão fora do top-5, porque neste sub-indicador são avaliados com 0. À imagem do que acontece com os 3 Clubes portugueses que aparecem no Top-100, o nosso Sporting (50º Lugar), Porto (52º Lugar) e Benfica (64º Lugar). Se expurgássemos este efeito, o topo do ranking seria certamente diferente, assim como os nossos 3 clubes subiriam uns bons lugares nesta tabela (que favorece o modelo inglês).

Analisando o FFI, verificamos que ele é constituído pelas seguintes variáveis:

• Activos (jogadores)

• Activos Fixos (estádios, academias, etc)

• Liquidez no Banco • Potencial de Investimento dos Donos

• Dívida Líquida

O nosso Clube aparece como tendo Ativos em jogadores de 196M€, Activos Fixos de 165 Euros, 3 Milhões de Liquidez, 0 em Potencial de Investimento e uma Dívida Líquida de 222 Milhões de Euros, dando um FFI de 0,469 atribuído pela Soccerex.

O Porto aparece como tendo o plantel mais valioso dos 3 Clubes nacionais – 206M€, mas tem menores ativos fixos (140M€), maior liquidez (13M€) e uma dívida maior (234M€).

Por seu lado, o Benfica aparece como o plantel menos valioso (175M€), ativos fixos de 169M€, com maior liquidez no banco de entre os 3 (30M€), mas uma dívida líquida de 339M€, superior em mais de 100M€ de Sporting e Porto.

Agora sabemos que indicadores como a valorização do plantel valem o que valem, porque realmente um jogador só vale aquilo que se especula, quando alguém se chega à frente em termos de compra de jogadores. E vemos que apesar de o Porto ter o plantel mais valorizado que, durante o período de 1 de julho de 2016 a 31 de agosto de 2017, teve muita dificuldade em realizar dinheiro com os seus ativos, enquanto que Sporting e Benfica encaixaram mais de 100M€ com ativos que estavam na valorização mencionada pela Soccerex.

De referir que este estudo apresentado pela Soccerex é apenas um exercício baseado nas variáveis e indicadores escolhidos pela mesma. Outros estudos que considerem variáveis diferentes (e pesos também) originarão resultados diferentes. Por exemplo, se ao FFI expurgássemos a capacidade de investimento dos donos / accionistas e considerássemos também a capacidade de geração de receitas, os resultados operacionais e o EBITDA gerado pelos diferentes clubes, muitas alterações ocorreriam. 

Estou curioso (mas esperarei pacientemente, porque deve ser daqui a um ano) para ver os resultados após contabilizarmos a época / ano fiscal 2016/2017, mas estou em crer que o Sporting manterá a dianteira neste campo, em particular.

E que juntemos o tão almejado título de campeão 2017/18 à liderança neste campo. Agora, encher Alvalade dia 7 de janeiro e empurrar a equipa para um bom final de primeira volta, com o Marítimo. 

Tio Patinhas de Alvalade

PS: pode encontrar o estudo [aqui]  para download

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Derby: este foi o pior da era Jesus

Desde a chegada de Jorge Jesus ao Sporting em 2015 que, independentemente dos resultados (tivemos de tudo...), sempre senti a nossa equipa por cima do adversário ou pelo menos com abordagens ao jogo mais correctas do ponto de vista da organização colectiva com vista à obtenção do que é mais importante num jogo e nestes em particular: a vitória. 

Ontem foi a primeira vez que não gostei da ideia de jogo de JJ. O Sporting quase nunca esteve por cima, quase nunca controlou o adversário e, pior, deixou-se estar em grande parte do jogo à sua mercê, confiando em demasia na sorte que pouco fez por merecer ou na falta de acerto dos avançados adversários. 

O que este jogo mais uma vez nos ensina é a sua própria imprevisibilidade e o que me parece inevitável aprender é que é necessário um pouco mais de audácia, especialmente quando a tivemos com adversários bem melhores num passado recente (Liga dos Campeões) e jogamos com um adversário no seu pior momento da época que, para conseguir um ponto, praticamente desmontou toda a equipa, arriscando tudo sem que o Sporting se mostrasse capaz de tirar outro proveito que deixar-se empatar.

Bem sei, salvou-se o resultado, mas é talvez agora o fraco consolo. Porque, atendendo ao resultado do FCP, os dois pontos que voaram são ainda mais penalizadores. A verdade é que deixamos de ganhar ao SLB (a última vitória foi em Outubro de 2015, na Luz 0-3), depois de uma verdadeira entrada de leão de JJ (3 jogos três vitórias e grande superioridade) e, este ano, não ganhamos um único jogo aos melhores (FCP, SCP, SCB) e em qualquer um deles a revelar menor prontidão do que era esperado. É cada vez mais nítida uma diferença de abordagem do treinador, mais cerebral, mas ainda não suficientemente eficaz ou, se quisermos, cínica para nosso proveito.

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