O inverno chegou no Algarve
O nosso inverno chegou quando no outono ainda é verão. Com duas exibições a roçar o miserável, nem o resultado favorável na ronda europeia na remota Ucrânia pode deixar nos fazer questionar sobre o trabalho desenvolvido por Peseiro até agora e o que futuro nos reserva a continuar este registo. Já aqui o tinha dito anteriormente, a bola do nosso jogo estava no campo de Peseiro mas este tarda a respectiva devolução para um patamar superior.
A questão da sua permanência será a primeira grande decisão que Frederico Varandas será obrigado a tomar, depois da herança pesada que recebeu em mãos, tanto no futebol sénior como na formação, entre várias outras. Talvez mesmo a única decisão possível neste momento, uma vez que não pode incorporar jogadores num plantel onde escasseiam as alternativas e a qualidade disponível é diminuta. Uma decisão difícil, porque mudar por mudar não muda nada e não se vislumbram treinadores disponíveis que ofereçam uma solução com o mínimo de segurança.
Tudo isto sem ignorar o óbvio: no actual estado a que o nosso futebol foi atirado e com tanto "amigo" dentro de portas a rezar pelo caos e pelo insucesso não precisamos de inimigos. Poucos treinadores terão o interesse, coragem ou a loucura que Peseiro teve há um par de meses para meter aqui o pescoço. Isso eu tenho que reconhecer, mas a minha gratidão termina no momento em que Peseiro ao invés de ser uma solução parece ser mais um dos muitos problemas em mão.