quinta-feira, 30 de março de 2017

Eu show Bruno

O presidente do clube, Bruno de Carvalho deu ontem uma extensa entrevista à TVI e ela foi excelente. Excelente para a TVI e respectivo nível de audiências. Excelente para Bruno de Carvalho, para a sua afirmação pessoal e estratégia de poder. Do Sporting e do que diz respeito às matérias de maior interesse, e que se prendem com as diferentes actividades desportivas, falou-se muito pouco. 

Prometeu mais uma vez ser campeão, mas nem uma palavra sobre o que pretende fazer para o conseguir. Questões importantes, para se perceber que diagnóstico está a ser ou foi já feito sobre as razões do total falhanço da época e o que se pretende alterar para que seja diferente na próxima não existiram.

Propalou mais uma vez a intenção de sermos campeões em todas as modalidades. Não explicou porém o que de diferente vai fazer para o conseguir, apesar das verbas cada vez mais elevadas verbas que se despendem. 

No Sporting actual confunde-se cada vez mais o que é o interesse colectivo com o que Bruno de Carvalho diz, pensa e faz. Até matéria da sua vida pessoal foi abordada como se tivesse outro interesse que não apenas para o próprio. De facto, a vida parece correr-lhe melhor do que nunca. Já o Sporting continua na mediania onde se instalou nas últimas décadas e que ele prometeu devolver a um outro patamar.

Mas, o que é facto indesmentível, e foi referido pelo entrevistado, os Sportinguistas estão satisfeitos com o actual estado de coisas. Talvez por isso mesmo os "convidados" Sportinguistas presentes no programa fizessem durante o programa a figura dos cãezinhos que abanam a cabeça, que em pequeno costumava ver nas traseiras de alguns automóveis.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Jorge Jesus continua a ser o treinador que o Sporting precisa?

A surpreendente contratação de um técnico como Jorge Jesus por Bruno de Carvalho, com uma proposta de jogo reconhecidamente atraente e vencedora, obliterou qualquer discussão sobre a indispensável análise do perfil do treinador que se entende ser necessário para regressar à conquista de títulos.

Mas essa discussão é necessária. Podem técnicos (Jardim, Marco Silva, Jesus) de perfis, carreiras e propostas de jogo tão diferentes ser úteis à mesma causa? Pergunta que nos leva a outra também muito frequente: é o treinador que deve adaptar a sua ideia de jogo ao plantel disponível ou o contrário? E ainda outra igualmente importante: como se determina se um treinador tem o perfil adequado à filosofia, objectivos e necessidades de um clube?

A resposta a estas perguntas é importante num clube como o Sporting, mas não tanto no Real Madrid, Barcelona, Manchester ou Bayern, entre outros. Isto porque todos eles têm disponibilidade financeira para oferecer ao seu treinador os jogadores com o perfil adequado ao modelo que o treinador deseja implementar. Não é o caso do Sporting, pelo que a escolha do técnico tem que levar sempre em linha de conta o material humano que pode disponibilizar ao seu treinador.

Como tudo quase correu muito bem no primeiro ano, as respostas a estas questões não foram necessárias. O impacto da chegada de Jorge Jesus foi tal que só por um triz não se celebrou a conquista do campeonato. Aqui Jorge Jesus cumpriu com aquilo que se esperava dele como grande treinador: adaptou as suas ideias às características do plantel disponível, mantendo-se fiel aos seus princípios de jogo, conseguindo ainda oferecer aos seus jogadores o meio ideal para exponenciar as suas qualidades, valorizando-os.

Esta estadia de Jesus no céu a verde-e-branco durou muito pouco, provando que é relativamente fácil ter êxito fortuito no futebol, embora o emprego da palavra êxito até seja excessivo. Não o é no caso de Ranieri no Leicester, um caso de sucesso imediato, que passará a ser paradigmático. Mas o mais difícil ter êxito de forma duradoura e para tal é necessário mais do que um alinhamento favorável dos astros. A ideia que na corrida para o sucesso se podem queimar etapas pode ser muito atraente mas raras vezes paga dividendos.

O insucesso total da presente época deveria remeter a SAD a profunda reflexão, porque só percebendo as suas causas se poderá evitar a repetição de erros e equívocos. Reflexão sem dogmas e com elevada abertura de pensamento e humildade. E se há imensas questões por responder a principal é a que deveria ter sido colocada em primeiro lugar, quando se partiu para a contratação de Jorge Jesus:

Tem ele o perfil ideal para ser treinador do Sporting? E por outro lado também deve ser perguntado: tem o Sporting as condições para proporcionar o sucesso ao seu treinador na exacta forma que ele entende como condições indispensáveis para lá chegar? Não está em causa a qualidade do treinador, como certamente não estará a de Guardiola, cuja mudança para Manchester deu ainda mais força a este género de interrogações.

A redefinição por parte de Bruno de Carvalho, reafirmando a famigerada "aposta na formação" vem tornar a resposta à pergunta imperativa. O contexto que levou à contratação de Jorge Jesus - procura de títulos de forma imediata e com recurso "ilimitado" ao mercado, em nítido desfavor do recurso à prata da casa - parece ter-se alterado subitamente, tornando esta questão ainda mais actual. Mais ainda porque parecem evidentes que as consequências económico-financeiras e até psicológicas do falhanço desta época condicionarão fortemente as opções.

A próxima  época ajudará a perceber melhor como será possível o entendimento entre duas versões aparentemente conflituantes e, mais do que as declarações de circunstância, serão as decisões que serão tomadas que falarão mais alto sobre a forma como se fará o respectivo equilíbrio de forças.

Facilmente se entende que esta reconfiguração é um grande desafio para ambas as partes. E também uma excelente oportunidade para o clube e para Jorge Jesus. É que, apesar da retórica à volta da "aposta na formação" o que não tem faltado desde sempre e apesar do sucesso são medidas avulsas e mesmo contraditórias.

Quer Jorge Jesus quer o Sporting teriam muito a ganhar com uma visão integrada para a formação, com o técnico a ser importante na definição do modelo de jogo de forma transversal em todos os escalões, algo que há muito já devia estar em marcha. O primeiro passo para o treinador conhecer melhor um sector que poderia ter um papel ainda mais importante, com os jogadores a poderem  dar resposta mais precoce às elevadas exigências que o modelo do treinador costuma suscitar.

Isto claro, se quer técnico quer a actual direcção clube estiverem mais interessados em construir um legado do que apostar todas as fichas apenas no imediato.

sábado, 25 de março de 2017

quinta-feira, 23 de março de 2017

A propósito da gala Cosme Damião, um dos fundadores do SLB e à semelhança de José Alvalade, uma personalidade admirável.

Ao contrário do Grupo Sport Lisboa, agremiação fundada em 1904 e falecida 4 anos volvidos, o Sport Lisboa e Benfica (SLB) acumula uma existência longa - celebrará daqui a uns meses 109 anos de vida, tratando-se portanto de um clube  centenário. Nascido a 13 de Setembro de 1908, o SLB viu-se fundado, entre outros, por um homem merecedor da nossa estima. Falamos de Cosme Damião.

Por que motivos é Cosme Damião merecedor de estima?

Tratou-se de um trabalhador incansável, de um homem inteligente e de ideias fixas (não confundir com ideias parvas), multifacetado, profundamente ecléctico, atleta, escritor, embaixador de Portugal no Brasil, «casa-piano» (tal como o meu irmão), e de um homem profundamente honrado que também jogou pelo Sporting CP, em representação das nossas cores. Cosme Damião foi um benfiquista simpatizante do Sporting. Ao lado destas razões, outra menos feliz: Cosme Damião não saiu do Benfica pacificamente. De modo inacreditável viu-se por votação afastado da instituição que fundou, corolário da relação conflituosa mantida com outras personalidades do SLB. Não tão importante mas relevante: a sua figura, expressão, rosto cândido e aprumo. Outros tempos, tirando o meu chapéu a Cosme Damião e desta forma prestando-lhe uma singela homenagem.

... consagraste a vida no cuidado do corpo e alma dos doentes. Abençoai os médicos e farmacêuticos. Alcançai a saúde para o nosso corpo. Fortalecei a nossa vida. Curai o nosso pensamento de toda maldade. A vossa inocência e simplicidade fazei que elas conservem sempre a consciência tranquila. Com a vossa protecção conservai o meu coração sempre simples e sincero. Fazei que eu lembre com frequência estas palavras de Jesus: 'Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o reino de deus'.

São Cosme e São Damião, rogai por nós, por todas as crianças, amém.

Não estou por dentro dos pensamentos de quem baptizou Cosme Damião mas tratando-se de um órfão, a escolha do seu nome não terá provavelmente partido dos seus progenitores. Estará provavelmente relacionada a São Cosme e a São Damião, talentosos médicos, irmãos gémeos da Ásia Menor, protectores dos médicos, dos farmacêuticos e das crianças.
Um nome sem dúvida apropriado para um homem como afirmei honrado, talentoso e dedicado.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Sporting 2 - Nacional 0: um jogo para perceber uma época

O jogo como Nacional foi um jogo pobre e sensaborão, na linha de tantas outras exibições no mesmo tom que vimos durante a época. Nuns conseguimos a vitória, noutros "oferecemos" pontos que hoje nos permitiriam estar a disputar o campeonato. Neste sentido a pergunta que mais me ocorria durante o jogo era como é que perdemos pontos com uma das piores equipas deste campeonato. Exactamente o mesmo que já nos havia acontecido no ano passado...

Mas não foi apenas a fraqueza do adversário e ineficácia da nossa equipa na maior parte do jogo, em particular na segunda parte, que chamou à atenção. Antes disso já mais uma mexida na constituição da equipa deixou a pensar se não era a confirmação da ideia de que o principal problema desta época está na incapacidade de Jorge Jesus escolher uma equipa sólida. 

Existe uma espinha dorsal  - Patrício, Coates, William, Adrien, Gélson e Dost - mas faltam asas para a equipa levantar voo da mediania ou mesmo até mediocridade em que parece estar atolada. Os demais entram e saem sem se perceber os critérios, méritos e deméritos com clareza.

O caso da substituição de Paulo Oliveira por Semedo é paradigmático. De tal forma que JJ se sentiu necessidade de explicar. Os motivos aduzidos são um aspecto importante mas apenas um de muitos. Outros há que também devem ser levados em linha de conta, como a confiança que os jogadores necessitam para crescer e assim oferecerem mais à equipa. Esta não surgirá com chamadas à titularidade interrompidas abruptamente, e com o jogador a ter estado em bom plano.

Não é preciso dizer muito mais sobre a qualidade do nosso jogo quando uma equipa tão incipiente como o Nacional sai de Alvalade com apenas dois golos sofridos e sem ter sido sujeita a algum massacre, tendo o guarda-redes sido em grande parte do tempo tão espectador como os demais.

Bas Dost ainda vai disfarçando, mas num olhar mais atento repara-se nas poucas vezes que é servido com qualidade e que os golos conseguidos resultaram numa percentagem bem elevada dos seus méritos -  então o segundo!... - do que da qualidade do nosso jogo. Ao contrário do que seria "saudável", tem sido o holandês a carregar a equipa às costas e não esta a empurrá-lo em direcção ao titulo de melhor marcador.

Não terá sido por acaso que Jorge Jesus lá foi adiantando que a sua confiança na obtenção da bota de ouro é reduzida. Ele melhor que ninguém percebe que, com a equipa neste plano, a tarefa se afigura difícil, sem esquecer o elevado nível dos jogadores e respectivas equipa que com ele rivalizam. 

Pudesse Bas Dost contar com a equipa do ano passado... Esta será uma das principais tarefas que Jorge Jesus terá pela frente: diagnosticar com precisão as razões que nos atiraram para muito longe e muito cedo dos lugares que ambicionávamos.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Como será o Sporting na ressaca de "la vida loca"?


São grandes os desafios que o Sporting enfrentará na próxima temporada e uma parte substancial das dificuldades que terá que enfrentar serão a consequência directa ou indirecta do fiasco da que ainda está em curso. Faltará apenas perceber quanto tempo e quão intensos serão os sintomas de ressaca depois da ter vivido la vida loca de contratações a esmo da presente temporada. Talvez a melhor ilustração para esta afirmação seja a contratação de um jogador dispendioso como Douglas para quarto central.

A primeira consequência directa será a obrigação madrugar na preparação da candidatura à tão desejada e necessária Liga dos Campeões, pela via muitas vezes ingrata da pré-eliminatória. Um caminho já percorrido no ano de estreia de Jorge Jesus no comando e que não correu bem. É ainda cedo para antecipar os adversários, mas não é preciso ter dons de adivinhação para saber que a este nível não há adversários fáceis, há apenas nomes mais ou menos consagrados.

Como consequência indirecta, mas de grande impacto na formação de plantel, é a gestão do orçamento para a sua constituição. Dever-se-á contar ou não com os prémios de presença na Champions como adquiridos, ou "simplesmente" ter como fito na respectiva constituição o objectivo principal da época - o campeonato - assumindo que tal é suficiente para a formação de uma equipa à altura das lides europeias?

De forma não tão directa, mas igualmente importante e condicionadora, estará a valorização de jogadores, tradicional fonte de receita para a obtenção de reforços. A presente época não proporcionou revelações e, embora não se possa afirmar que depreciou os valores seguros (Patrício, Coates, William, Adrien), também não os tornou mais apetecíveis.  

Dificilmente encontraremos por isso a mesma apetência e a mesma generosidade que existiu na procura de Slimani e  João Mário. A venda de qualquer um deles criará a necessidade de serem substituídos por elementos de igual valor, vendo aumentados os riscos que estas operações acarretam e cujos exemplos estão ainda bem vivos nas mentes de todos. Da presente época sobreviverão problemas por resolver, alguns deles implicarão inapelável recurso ao mercado, outros poderão encontrar solução nos quadros do clube. 

Questões laterais
O problema dos defesas laterais está mais que identificado, mas a sua resolução tem sido sucessivamente adiada. É sentimento maioritário entre muitos adeptos que foi aí que a época começou a ficar perdida. Em equipas como as de Jesus, com forte propensão atacante, eles são tão importantes a criar imprevisibilidade no ataque como a gerar reequilíbrios na reorganização da equipa quando perde a bola. Não parece que o problema possa ser resolvido satisfatoriamente sem recurso ao mercado e em mais do que um nome.

Questões centrais
A possibilidade de saída de Adrien e/ou William seria um festim para Carlos Vieira, o homem das finanças, mas um pesadelo para Jorge Jesus e grande parte dos adeptos, sobretudo se acontecessem em simultâneo. Mais ainda se tivermos em conta que, pelo que esta época foi demonstrando, que nem as suas ausências episódicas (castigos, lesões) ou baixas de forma encontram ainda resposta no plantel. 

Faltará perceber se a baixa de Bryan Ruiz é um sintoma definitivo da veterania que se vai inapelavelmente instalando, precisando de alternativa, ou se poderá recuperar a influência determinante da primeira temporada. Ou se o ciclo de adaptação de Alan Ruiz está conseguido. Será igualmente interessante perceber que papel destinará Jorge Jesus a jogadores como Francisco Geraldes, Matheus e Podence, Palhinha, por exemplo.

Questões avançadas
Pode parecer paradoxal mas, em época de desilusão como a actual, é no ataque onde se encontram os dois jogadores que poderão suscitar maior cobiça externa. Falo obviamente de Gélson Martins e de Bas Dost. Martins pelo potencial e qualidades já demonstradas e o holandês pela capacidade goleadora, ainda por cima numa equipa que nem sempre o serviu bem ou revelou essa preocupação. Algo que deverá mudar nos jogos que restam com a candidatura agora em aberto ao ceptro de goleador-mor do continente.

A partida de qualquer um deles abriria um problema semelhante à de Adrien ou William, embora me pareça ainda de mais difícil solução o abandono do holandês que, também de forma semelhante, não teve este ano alternativa. Felizmente não teve que se ausentar ou as coisas ainda se teriam complicado mais para Jorge Jesus.

Questões de gestão e comando 
Embora muitas vezes as discussões se centrem nas individualidades as histórias das grandes conquistas escrevem-se pela força colectiva. Tudo começa no planeamento rigoroso, na escolha de nomes, datas, adversários, locais de estágio, etc. E se há algo que hoje parece pacifico constatar é que algo falhou na escolha do perfil de vários jogadores, o seu número e também o timing da sua incorporação, face à prontidão de resposta que se exigia, tendo em conta os compromisso da equipa.

Ora tempo é algo que o Sporting já terá que estar "comprar", porque não terá em abundância para apresentar uma equipa nos níveis competitivos que as pré-eliminatórias da Champions costumam colocar. Isto é, é bom que haja ideias claras sobre a organização da próxima temporada. Dificuldade que acresce com a reputação de exigência e dificuldade que a compreensão e adequação que o modelo de jogo Jesus coloca aos seus jogadores, em especial, obviamente as que chegam de novo.

Quer Jorge Jesus quer Bruno de Carvalho sabem que está em jogo a sua sobrevivência como dupla e que à terceira ou será de vez e ou vai ou racha.

segunda-feira, 13 de março de 2017

O que têm André, Petrovic, Ruiz, Meli, Markovic que não têm Podence, Geraldes, Palhinha, Matheus e mesmo Iuri?

A frase é de Jorge Jesus na conferência de imprensa que se seguiu ao jogo em Tondela, referindo-se a Matheus e Podence, mas onde outros nomes podem ser incluídos:

"Sei que o futebol tem coisas que eles ainda não têm. Tecnicamente têm muita qualidade, mas o futebol não é só isso. Para aprenderem eles têm de jogar e errar."

A afirmação do nosso treinador não tem nada de polémica, qualquer adepto minimamente atento é obrigado a concordar com ela. Porém, quando ela é devidamente contextualizada com a política de contratações seguidas no inicio da época, e até mesmo com as afirmações que, de forma cada vez mais frequente,o treinador vai fazendo sobre a formação e prospecção, a pergunta que titula o post ganha toda a pertinência. 

Traquejo, tarimba, experiência é certamente aquilo que faltará a estes jogadores. Mas, olhando para o lote dos jogadores pelos quais foram preteridos, será que os que chegaram as tinham? 

E, admitindo que sim, será que era a adequada às especificidades requisitadas pelas competições em que iriam estar envolvidos, nomeadamente nossa Liga e a Liga dos Campeões competições que, por razões diferentes, eram as mais importantes para nós?

Uma coisa sabemos já, e que vamos aprendendo à nossa própria custa, repetindo frequentemente os mesmos erros e equívocos (e com elevados custos, diga-se): tivéssemos confiado mais na qualidade da actual geração e dificilmente as coisas teriam resultado pior. 


Isto mesmo reconhecendo, como também me parece óbvio, que não podemos estar à altura dos nossos compromissos e ambições com plantéis exclusivamente constituídos pela formação. Mesmo reconhecendo também que jogar com o Tondela não é o mesmo que jogar com FCP, SLB, SCB ou Real Madrid ou demais "tubarões".

Porque razão demos a outros (por exemplo, Markovic e até mesmo Alan Ruiz) o tempo e o espaço que não demos a Podence, Geraldes, Palhinha, Matheus e mesmo Iuri? 

Faz sentido ter jogadores emprestados (Markovic, Campbell)  e ainda por cima dispendiosos para lugares onde temos jogadores de qualidade e até em quantidade apreciável? (Gelsón, Podence, Iuri)?

Se Francisco Geraldes é um jogador "tipo João Mário" e as funções deste estão ainda por encontrar sucessor porque se mandou o jogador dar uma volta ao bilhar grande primeiro para Moreira de Cónegos e depois para a bancada?

sexta-feira, 10 de março de 2017

A "badamerda" no tempo da "pós-verdade" e "factos alternativos" e outras coisas sobre as eleições

Badamerda para isto

Correu o pano sobre o palco eleitoral e, como é tradicional nestas circunstâncias, o foco recai sobre o vencedor. A noite e o discurso de vitória ficaram abafadas pela "badamerda", o que por si só é auto-explicativo da infelicidade da afirmação. Como estamos no tempo das "interpretações convenientes", das "pós-verdades" e dos "factos alternativos" uma legião de fãs apressou-se a adaptar o que foi dito de forma a que parecesse mastigável e deglutível. Quanto a mim um erro e que abre a porta a outros que se seguirão, como tentarei explicar a seguir.

Sejamos bem claros: uma coisa é mandar à badamerda o inúmero séquito de "odiadores de estimação do Sporting", outra bem diferente é fazê-lo à totalidade dos que não são do Sporting. Sentir necessidade de explicar a diferença é absurdo.

Não era minha intenção voltar ao tema mas parece-me importante reflectir sobre o assunto. E essa intenção sai ainda reforçada pelo facto de o próprio Bruno de Carvalho ter voltado à carga, como se pode ver na ilustração em anexo. Na minha interpretação só o faz por ter percebido a benevolência com que a afirmação foi recebida e propagada.

Se essa benevolência não tivesse existido Bruno de Carvalho seguramente que não tinha caído na tentação de também ele cair no erro de reinterpretar o que o próprio havia dito. Isso só o deixa ainda pior colocado do que aquando da afirmação inicial, porque teve tempo para reflectir e não o fez. Pegue-se por onde se queira o que disse é reprovável num dirigente desportivo, que ainda por cima tem uma forte propensão para agitar a bandeira da necessidade da observação da "moral e dos bons costumes" no futebol.

É minha convicção que se a generalidade dos adeptos tivesse  simplesmente ignorado de forma conveniente este embaraço e Bruno de Carvalho tê-lo-ia feito também. Se o tivessem condenado expressamente é muito bem possível termos assistido a um acto de contrição com laivos de humildade como o presenciado após as tristes ocorrências de Chaves. Cabe aos adeptos perceber definitivamente que a sua quota de responsabilidade nos erros e dislates é directamente proporcional ao exercício do sentido critico.

Dado o estado de total alienação em que se discutem estes e outros temas tenho a certeza da inutilidade desta reflexão. Cada vez se distingue menos  diferença entre o que é o interesse de Bruno de Carvalho e interesse do clube. Aliás, é cada vez mais claro que uma parte substancial da a sua vitória esmagadora se deve ao "quem não é a meu favor é contra o Sporting", o que não é exactamente a mesma coisa.

Espadachins

Ainda na refrega do período eleitoral sobram as declarações de Vitor Espadinha e agora a declarada intenção de aquelas serem objecto de procedimento disciplinar por difamação. Sobre isto dois pontos:

- Sou frontalmente contra este género de actuação, com o lançamento publico de rumores sem grande sustentabilidade. Haja indícios e apurem-se os factos. Há procedimentos e canais indicados para o fazer. O Sporting não pode estar à mercê deste tipo de actuação que, de igual modo como o episódio da "badamerda", desqualificam o clube.

- O PMAG já se pronunciou sobre o tema, remetendo para o Conselho Fiscal e Disciplinar as afirmações de Vitor Espadinha. Apesar do grau de gravidade não ser comparável, é lamentável que não tenha tido o mesmo procedimento aquando do panelão onde o José Eduardo gostava de ter cozido Marco Silva. Ainda hoje o episódio serve de achincalhamento do clube quer a nível nacional quer mesmo agora nível internacional, com a ida do treinador para Inglaterra.

Olhar para o outro lado

Terminado  o período eleitoral resolvi fazer um exercício interessante que, naquele momento, e pelo elevado grau de contaminação das discussões, era não só infrutífero como desgastante: recuperar algumas das ideias da candidatura derrotada que, na altura, me pareceram mais interessantes. Um exercício que não se justifica sobre as propostas da lista vencedora porque teremos um mandato inteiro para o fazer. Este exercício é feito sobretudo na perspectiva de um debate e procura permanentes de boas ideias e soluções para o clube. As designações dos capítulos mantiveram-se conforme o original e algumas são acrescidas de comentários meus:

Universo desportivo
 
Promover a exposição e militância de sportinguistas mais influentes na nossa sociedade, através da partilha transparente de informação e permanente networking;

Comentário: tendo o Sporting um considerável numero de sócios e adeptos nos mais variados sectores da sociedade, e sendo muitos deles elementos de reconhecida competência e influência, é uma pena que se desperdice aquilo que podia ser uma considerável mais-valia para o clube.

Promover a cultura sportinguista com o programa “Sporting nas escolas” liderado pela Fundação Sporting / Leões de Portugal, com a participação de embaixadores do nosso clube que visitarão escolas de todo o país (envolvendo núcleos, delegações e filiais) para passar o conhecimento do clube e dos valores de desportivismo;

Comentário: divulgar a cultura Sportinguista e o património que representa para o País, em particular junto dos mais novos, é uma forma de assegurar o futuro do clube.

Património
 
Construir o Clube Naval do Sporting na zona ribeirinha de Lisboa;

Comentário: uma proposta que foi objecto de comentários jocosos, baseados no preconceito de que o tipo de actividade é apenas destinada a "gente rica". Comentário que deriva também da ignorância. Vivo numa cidade que tem dois clubes dedicados às mesmas actividades e onde o caracter integrador das pessoas das mais variadas origens é um exemplo.

Protocolar com a Câmara Municipal de Lisboa a criação de um complexo social junto ao Estádio que contemple uma residência para antigos atletas, uma residência universitária e uma creche.

Comentário: Pelos preços do imobiliário em Lisboa não é uma medida de fácil realização mas é uma matéria que deveria ser objecto de consideração, quer do ponto de vista da oferta de condições dignas de vida para antigas glórias como no de captação de atletas jovens que procurem outras modalidades que não o futebol.

Markting e Comunicação

Estudar e explorar formas de aproveitamento do património edificado que contribuam para a sua rentabilização nomeadamente, cobertura, videoscreens dentro e ao redor do Estádio, optimizando o aproveitamento das estruturas existentes;

Comentário: São inúmeras as possibilidades, tantas como o muito que há a fazer nesta área. Uma área que tem sido constantemente negligenciada por diversos executivos e que há muito que pedem a existência de uma equipa competente.

Sócios

Reintroduzir o provedor do sócio, em paralelo com o OLA, com funções definidas de ponte entre o sócio e os serviços, obedecendo a livro de regras e de respostas;


Propor a criação da figura do sócio-filho. Um agregado familiar com pelo menos dois sócios efectivos de escalão A poderá ver os seus descendentes directos isentos de quota até aos 14 anos;

Modalidades

Tornar o Professor Mário Moniz Pereira o sócio perpétuo número 2;

Futebol e Formação

Impor um limite máximo de 23 jogadores ao plantel da equipa principal;

Utilizar a equipa B como plataforma de transição principal dos jovens formados na Academia, como plantel de apoio à equipa principal;

Comentário: não sou a favor de limitações com este rigor mas um clube que se orgulha da sua formação não se pode dar ao luxo de constituir plantéis numerosos e com tanta veterania.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Sporting 1 - Vitória Guimarães 1: Jesus já não caminha nem faz caminhar sobre as águas

Não há como disfarçar: a quase totalidade da palavra fracasso com que se qualificará a época em curso tem sido escrita pela mão de Jorge Jesus. Começou por desbaratar a oportunidade que lhe foi concedida na carta branca embrulhada em vários milhões de euros e agora, na versão económica, não encontra a fórmula de rentabilizar os jogadores que tem à disposição, de forma a devolver competitividade à equipa e preparar o futuro. 

Mais preocupante do que isso é verificar pelo discurso do nosso treinador, na conferência de imprensa, que hà um desfasamento entre o diagnóstico, que nos parece correcto, e a forma como procede na prática.  

Uma vez que alguém, melhor do que eu, explicou bem o que está a suceder neste momento, extraio uma parte substancial do post do Blessing, no Posse de Bola, cujo texto integral pode ser lido aqui [LINK].

"(...) o treinador mostra-se com dificuldade em responder à uma mudança abrupta de contexto. E não, não é dos resultados que se fala. Sabendo-se que com Jesus a equipa é orientada para o rendimento imediato, e percebendo-se que os títulos são quase utópicos, o Sporting parece preso na ideia de que lhe falta qualidade para cumprir com o que se predispôs no início da época. O caminho é hoje diferente, mas o treinador do Sporting não está disposto a abdicar da sua filosofia em prol do novo contexto onde está inserido. Parece não querer adaptar-se, e ter até algum receio de percorrer os novos caminhos. 

Isto é, os putos imberbes do Sporting (não tão imberbes assim por se terem mostrado capazes de triunfar na primeira liga) têm qualidade ou não? 

Qual é a opinião do treinador?

 E a do clube? Na minha opinião sim. 

Há muita qualidade ali, demasiada para não ser aproveitada. E o último obstáculo a ultrapassar é a exigência de jogar num grande. A exposição ao erro, e a mediatização de todos os momentos que são esmiuçados ao detalhe. No fundo, a pressão. 

Sabendo-se que os títulos estão longe do horizonte esta época, e que os miúdos podem dar um salto fundamental para o aumento da qualidade de jogo do Sporting ("sem gastos"), faz sentido continuar a escondê-los do jogo? 

Não fará mais sentido do que nunca não pensar nos resultados no imediato para garantir craques num futuro bem próximo? 

Serão Podence, Geraldes, Iuri, Matheus e até Gauld, merecedores de um futuro diferente pela diferença que poderão fazer no Sporting do futuro?

Na resposta a estas perguntas está condensada muito do que acontecerá na próxima época, cujos reflexos desta condicionarão fortemente, matéria que em breve será aqui objecto de análise.


domingo, 5 de março de 2017

Eleições 2017: Grandes, enormes!

Como se preciso fosse os adeptos do Sporting decidiram dar ontem mais uma demonstração do insuperável e exemplar amor que nutrem pelo seu clube de coração. Absolutamente notável o que se viu ontem em Alvalade, comprovando, para quem precisasse, que a grandeza deste clube é à prova de qualquer comparação. Esta é daquelas vitórias que não podem ser esquecidas, ainda que não tenha correspondência na nossa sala de troféus. Mas a marca deixada é seguramente impressiva e inolvidável na nossa história.

Bruno de Carvalho é o grande vencedor da noite pela confiança e pelo número expressivo dos votos recebidos. Na minha interpretação, os eleitores Sportinguistas outorgaram a Bruno de Carvalho  um cheque de tempo para completar o que ficou por fazer: devolver ao Sporting a grandeza que se contabilize também em títulos, não de forma esporádica, mas consistente. No fundo, que consubstancie em resultados a grandeza que mais uma vez ontem demonstramos.

Há também seguramente nesta vitória expressiva uma dimensão de gratidão pelo trabalho efectuado, atendendo à conjuntura encontrada. Este resultado significa por isso também uma responsabilização para o mandato que se seguirá. Certamente que Bruno de Carvalho tem presente que os desafios pela frente são enormes e que a tolerância do primeiro mandato dificilmente se repetirá.

Quem acompanha este blogue sabe que são muitas as diferenças que me separam de Bruno de Carvalho. Diferenças que estão uma vez mais vincadas em grande parte do seu discurso de vitória. 

Dois exemplos:

- "badamerda para todos os que não são do Sporting". Inadmissível em qualquer circunstância. Pela ofensa a todos os de quem gostamos, pela amizade, pelo sangue, que não o são. Pelo que representa na essência de um clube que ainda por cima faz da formação uma bandeira, pela falta de respeito pelos adversários, condição essencial em quem faz ou deseja fazer do desporto uma profissão.

- Não são os adversários do Sporting que precisam de acordar. Nem sequer são os adeptos do Sporting. São os dirigentes que sucessivamente têm liderado o clube é que necessitam de o fazer de uma vez por todas. Dito nas circunstâncias deles e nas nossas (e até face ao histórico recente) as a únicas razões que têm os adversários para estremecerem só for de riso.

Mas porque este é sobretudo um momento de felicitações com os olhos postos no futuro, fico feliz pelo propósito declarado por Bruno de Carvalho de querer ser o presidente de todos os Sportinguistas. Porque o será pelo menos nos próximos anos. Porque, apesar das diferenças que me separam, será o meu presidente, a quem desejo sabedoria e sorte.

Parabéns a Bruno de Carvalho!

Viva o Sporting!

sexta-feira, 3 de março de 2017

O aumento exponencial de uma velha dívida

O Sporting apresentou as contas relativas ao primeiro semestre do exercício em curso e os resultados anunciados são "apenas" os melhores de sempre para períodos homólogos. Um resultado que, apesar de esperado (por via das vendas conseguidas no verão) e de se referir a uma parte do exercício, deve ser aplaudido sem reservas. Com resultados deste teor, mesmo que não tão volumosos, não impenderia sobre as nossas cabeças o vultuoso passivo.

No entanto, para quem conhece o aforismo atribuído a Confúncio de que "promessa é dívida por pagar"  há uma divida acumulada ao longo dos anos que não para de crescer: a das promessas por cumprir de ser campeão e que atravessam sucessivos mandatos. Bruno de Carvalho prometeu-o quando foi candidato em 2011.

Tal como os milhões russos que então prometeu (e mais tarde americanos) o mandato termina sem cumprir a promessa. Mas já se apressou a prometer que o que não cumpriu agora vai cumprir a seguir e com juros. Algo que fez uma e outra vez durante o mandato, incluindo no passado Natal, quando a inclinação do navio sob o seu comando tinha já inclinação a fazer temer um naufrágio.

Algo semelhante fez também já o candidato Pedro Madeira Rodrigues, incluindo o número dos investidores por avistar. Até Jesus, que com dois anos de clube já se "aculturou" e antes de cumprir o desígnio para que foi contratado também já promete os "amanhãs que cantam" mas que a realidade devolve mudos e quedos. As responsabilidades são como sempre de outrem, só os méritos lhe pertencem.

Tem havido muita falta de seriedade e, consequentemente, uma reiterada falta de respeito neste constante prometer e depressa arranjar desculpas para o que não se faz cumprir. Uma doença endémica que tem afectado sucessivos corpos sociais. Um aproveitamento pouco honesto da boa vontade, fidelidade e amor que os adeptos têm ao clube.

Para o ano é que é!

Como é que alguém pode prometer algo que não controla e depende de terceiros, se aquilo que depende apenas de si (por exemplo os investidores, entre tantos outros exemplos) fica por fazer? Basta-me que prometam seriedade, competência e trabalho que os títulos (sim, necessários e muito desejados!) chegarão como mera consequência.

Até lá basta-me que o clube seja digno de respeito, algo que nesta campanha (de ambas as candidatura e por razões diferentes) e nos vários anos que a antecederam, incluindo os quatro do actual mandato, esteve muitas vezes longe de acontecer. O meu orgulho em ser Sportinguista depende muito mais disso do que de títulos, por muito importantes que eles indiscutivelmente são.

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