segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E se Carvalhal condenou Jesus?



A Liga Sagres deste ano é bem capaz de decidir no seu último quinto (6 jornadas finais), com as diferenças pontuais a serem, por isso, escassas. Não sei se o Sporting será parte interessada nessa luta. Já não me preocupava muito com esse facto, face às evidências. E não foi o empate de sábado que me fará mudar de atitude. Tal como aqui vaticinei anteriormente a 1ª missão de Carvalhal era reconciliar a equipa consigo mesma e com os adeptos. Sem esse vínculo não há esperança sustentável. Os adeptos são a alma de um clube. Nesse sentido, parece-me que equipa técnica e plantel estão bem direccionados, esperamos a confirmação dos bons sinais de sábado nos próximos capítulos, nacionais e internacionais.

Parece-me desprovido de qualquer sentido também, e face ao resultado do derby, dar o Sporting como fora da corrida ao título. Como seria dá-lo como principal candidato. Os 2 pontos perdidos podem retirar ou acrescentar alguma coisa á condição actual do Sporting? Não me parece. Mais importante é a ideia de que há saídas possíveis para a crise de resultados e exibições.

Como encarar então as declarações de Jesus, dando o Sporting como fora da corrida ao titulo nacional? Bom, desde logo porque o jogo não lhe correu de feição, perante um Sporting tão à mercê, como nunca nos últimos anos. O futebol não foi total, o rolo não comprimiu. Pode muito  bem ter sido o ardor induzido pelo refluxo do suco gástrico produzido em excesso, se quiserem a vulgar azia, a provocar algum descontrolo emocional. É que, se a minha previsão estiver certa, os 4 pontos que Carvalhal já roubou a Jesus neste campeonato, podem muito bem ter condenado Jesus…

Porque somos do Sporting?


Muitas vezes me questiono porque sou eu Sportinguista. Não tendo recebido “herança leonina” pela genética, uma vez que em casa não há vivência futeboleira ou clubite de qualquer espécie, sempre me interroguei sobre as origens da minha paixão a verde e branco. Há dias, enquanto conversava com o Gabriel Almeida, grande Sportinguista, editor no Sangue Leonino, (que, segundo me contava o Bruno Martins, na viagem de sábado para Alvalade, até tem relatos de jogos gravados em cassetes!) chegamos à conclusão que partilhávamos o facto de sermos Sportinguistas de geração espontânea.

Ontem, fazendo o “balanço familiar” da viagem ao derby ,sobrepôs-se na conversa o fervor leonino que nos foi permitido viver com os editores deste blogue e com todos os que nos deram o privilégio de se nos juntar. Fervor esse que se sentiu em pleno Estádio de Alvalade. Atrevia-me a dizer que o orgulho leonino está de volta. Mas seria profundamente injusto. Os Sportinguistas que conheço, dos que escrevem aqui aos que me cruzei antes, durante e depois do jogo, não me pareceram de cabeça baixa, capazes de baixar os braços ou  diminuir a sua militância. O Sporting mantém a sua capacidade de sedução, até dos mais improváveis adeptos, sejam eles aquele estimado consócio que pagou as quotas de 21 anos ou o ilustre adepto que, num destes dias, se deu a conhecer numa reportagem ao jornal “Abola” que transcrevemos para os nossos leitores.

Quem é do Sporting ponha o braço no ar. Sabe a data de inauguração do antigo Estádio de Alvalade? Se desconhece baixe o braço. Sugestão ridícula seguramente nem o levantou. Mas respondeu? A BOLA apresenta-lhe um adepto Sportinguista que tem essa resposta na ponta da língua. Essa e muitas mais. Venha daí conhecê-lo. Alexander Ellis podia ser um leão como tantos outros. Mas não se encontrarão assim tantos admiradores britânicos do Sporting que saibam tanto e tenham tão fortes recordações sobre os leões, a sua história, os jogos mais importantes, as suas figuras mais ilustres. E, já agora, que tenham carreira diplomática. Foi um bicho que me mordeu, justifica o embaixador, assim mesmo, num português perfeito.


Memórias de infância
Aiexander Ellis nasceu em Londres, perto de um grande templo do futebol mundial - Wembley - e a poucos quilómetros do Estádio de Highbury, palco antigo do Arsenal, transformado num condomínio de luxo. - Alexander Ellis é do Arsenal. Talvez por influência ou tradiçáo familiar. O meu pai é do Arsenal e a minha tia é sócia vitalícia, conta, no hall VIP do Estádio de Alvalade.


Portugal e o Sporting
Gentil, cordial, elegante, sincero, combina os gestos extrovertidos com a gravidade diplomata enquanto nos conduz pelo percurso da sua vida, que o trouxe a Portugal em 1992. «Cheguei num fim-de-semana e não conhecia ninguém. Já percebia um pouco de português li num jornal que o Bobby Robson era O treinador do Sporting e que havia jogo. Fuí ver e interessei-me pelo clube», recorda. Foi uma experiência incrível ver um jogo ao final da tarde, com o sol a bater no estádio e a beber cerveja. A sua professora de português encarregou-se de alimentar o interesse. «É uma Sportinguista profunda», esclarece. Depois, o «bicho mordeu» e ficou mesmo Sportinguista. Alexander Ellis evoca com admiração jogadores da época pré-Bosman., como Valckx, Balakov, Figo, Nélson, todos de «grande nível. O seu assistente da secção Política de Imprensa, Pedro Silva, pergunta: «E o Paulo Sousa?» O embaixador eleva os braços e responde: «ui, o Paulo Sousa, lembro-me muito bem (desse Verão quente). E ainda chegou a .Falar-se que o João Pinto também podia trocar o Benfica pelo Sporting. Como já se percebeu, o embaixador britânico ficou a saber muito bem quem era o tradutor de Robson no Sporking. Nem era preciso perguntar. «Mourinho, claro».


ROBSON e o 6-3
Como todos os britânicos, Alexander Ellis nutre especial por Bobby Robson. Imita o sotaque português do antigo treinador do Sporting e F.C. Porto. «João Pinto, graande jogador, graande jogador. Ainda não se conformou com a saída de Robson do Sporting. "Lembro-me bem do despedimento de Robson, depois de termos sido eliminados pelo Casino Saizburgo. Sofremos o 3ºgolo nos descontos (o Sporting tinha vencido2-0 em Lisboa, e perdeu 3-0 na Áustria, com o último golo aos 112minutos). Foi o desespero total, quase chorei.»


Mais tarde, já Robson era treinador do FC Porto, escreveu-lhe uma carta, convidando-o a vir a Lisboa para assistir a um jogo que Alexande Ellis e os amigos organizavam regularmente com a Casa do Gaiato. «Assim que recebeu a carta, telefonou-me logo. Pediu muita desculpa, porque não era possível vir a Lisboa. Era muito simpático. Tive pena por ter deixado o Sporting. Ele dizia: estávamos no piimeiro lugar, estávamos no primeiro lugar. Impressionante. Nunca tinha sido tratado assim. Em Inglaterra, a imprensa, por vezes, era dura com ele, mas nunca tinha sido despedido.» O embaixador entusiasma-se a falar de futebol. Corrija-se, dos Sporting.O pensamento segue veloz, sem rumo, e leva-o à derrota dos leões como Benfica, por 6-3. Começa por dizer que estava no estidio, mas emenda Viu o jogo na TV em casa de um amigo, perto do estádio, num final de tarde e princípio de noite em que «chovia a potes». «Que frustração», desabafa. Mas o pior foi no dia seguinte. Provou do gozo adversário. «Entrei no carro, seriam umas sete e meia da manhã e recordo-me do locutor:Está triste? Tem problemas? Então ligue o 0800 63 63 63. Nunca mais esqueci.»


Como não esqueceu, anos mais tarde, o encontro improvável com Peter Schmeichel, quando estava de férias. Foi num supermercado em Cascais que deu de caras com o gigante dinamarquês, que acabara de chegar de Manchester. «VI um tipo enorme [abre os braços], a comprar o leite e o pão. Não era só alto, era mesmo enorme. Era o Schmeichel e percebi, nessa altura, que tínhamos hipóteses de sermos campeões» E foram mesmo. Alexander Ellis não estava em Portugal, mas acompanhou tudo à distância, em Bruxelas. Vi o jogo com o Salgueiros na televisão, com o meu bebé ao colo e um cachecol. Foi um dia glorioso, atira, com orgulho. Sempre que pode, Alexander Ellis vai ao estádio. Protegido pelo anonimato do público está mais à vontade para expressar os sentimentos. Quem sabe para dizer uns palavrões, não conseguimos confirmar. Alguns adjectivos, pouco recomendáveis, aprendeu-os «no futebol e no autocarro entre o Porto e Matosinhos a caminho da escola». Dos grandes jogos em Alvalade, escolhe o particular com o Manchester United, no dia da inauguração do novo estádio, quando Gary Neville passou um mau bocado com Cristiano Ronaldo. Na final da TaçaUEFA, contra CSKA, em 2005, estava acompanhado do sogro e lamenta a derrota por 3-2. «Foi uma pena. O golo do Rogério foi muito bom e ele esteve quase a marcar outro. Mas o CSKA tinha uma grande equipa, Daniel Carvalho e Wagner Love eram muito bons, resume.


A conversa com A BOLA, em tom informal, acaba pouco depois. Mário Casquilho, director do Museu do Sporting, e António Sousa Duarte, director de comunicação dos leões, chegam ao Hail VIP e conduzem o adepto especial numa viagem ao passado do Sporting, pelo Museu do clube. A reprodução da sala de reuniões da administração, de 1947 a 2002, logo a entrada, proporciona uma oportunidade para o embaixador fazer uso de finíssimo humor. «Foi aqui que despediram Robson?» O embaixador ficou a saber que o Sporting teve um fundador inglês (John H. Scarleti) e surpreendeu-se ainda mais quando viu que se jogou cricket no clube. O impressionante número de atletas olímpicos dos leões despertou a atenção do embaixador, quase tanto como a Taça dasTaças, os Cinco Violinos ou Vitor Damas. «O museu mostra a grandeza de um clube que não é só futebol. É notável» observa, ainda antes de passar numa área em que é simulada a entrada no relvado, ao lado dos jogadores. «Olha o Paulo Bento», diz, com surpresa, quando surge a imagem do ex-treinador do Sporting. Finda a visita, José Eduardo Bettencourt esperava o embaixador. Recebeu-o em privado e ofereceu-lhe uma lembrança. O diplomata regressou à embaixada antes da hora de almoço. Ainda mais Sportinguista, arriscamos sem medo. Alexander Ellis é dos mais «ferrenhos», como ele próprio reconhece. Por exemplo, reagiu em menos de um segundo quando viu uma  fotografia da inauguração do antigo estádio de Alvalade. « Foi em 1956». Está certo. Sabia?

domingo, 29 de novembro de 2009

Orgulho Leonino


Pode-se falar de orgulho quando o empate de ontem nos deixa longe do título? Sem dúvida, creio eu. Os Sportinguistas têm razões para se orgulharem do desempenho da sua equipa e com ela se identificarem. O jogo desenrolou-se num momento altamente adverso para os jogadores e com o pior adversário que poderíamos ter pela frente, face às circunstâncias. Jogar contra a equipa que, além dos méritos inegáveis que vem demonstrando, conta com o empurrão dos comentadores e até dos árbitros, como ontem se viu, não é tarefa fácil, sobretudo para quem se procura levantar e aprender a andar de novo. Apesar disso a postura da equipa denotou querer e entrega, condições básicas para os adeptos se identificarem com ela. Falta ainda qualquer coisa, é certo. Mas quem viu o jogo ontem, se não conhecesse a realidade, dificilmente adivinharia que as duas equipas estão separadas por 11 pontos. Ou, se quiserem, tal indivíduo diria que os orçamentos são assim tão diferentes?

A postura corajosa ante a adversidade merece ainda maior destaque tendo em conta o critério sempre coerente de Pedro Proença. Tão coerente como vesga. A disciplina para ele tem cor: a vermelho é uma auto-estrada, a verde é um caminho estreito, sem margem. Obsceno, no mínimo. E abdico de análises de lance polémicos, por não querer ver os meus argumentos confundidos com desculpas. Foi no critério disciplinar que o árbitro deixou bem claro a sua inclinação.

Do jogo de ontem fica a comunhão de objectivos. Público e equipa assumiram as suas responsabilidades e os resultados e exibições serão a argamassa para os juntar de novo. Esperança é a palavra que pode voltar a ser pronunciada e sentida. Há um caminho possível, em lugar do evidente fim de linha anterior.

O jogo foi o pretexto para o 1º momento em que a maioria dos editores aqui da casa se encontrou em conjunto. Um momento enorme, partilhado com gente igualmente enorme, de todas as sensibilidades, mas de inquestionável e de inquebrantável Sportinguismo. A todos um grande e fraterno abraço leonino e obrigado. Para quem vive longe de Alvalade poder partilhar estes momentos de fervor leonino é um momento muito, mesmo muito especial.

SCP - Sp. Horta




Depois das emoções do derby, siga para o andebol.

O SCP recebe hoje o Sp. Horta, encontro onde terá obrigatoriamente que vencer. Com menos um jogo que o líder ABC, a diferença pontual cifra-se neste momento em 6 pontos. Uma vez que este ano não há playoff, é importante averbar o maior número de pontos possível agora, para que a diferença na 2ª fase entre as equipas, não invalide as nossas hipóteses de conquista do título.

Com ambas as equipas com 17 pontos mas com o Sp. Horta com mais um jogo, cabe ao SCP provar que é mais forte. É preciso vencer e outro resultado que não a vitória será péssimo.

Caso ganhe, o SCP somará 20 pontos, a 2 do slb e a 3 do quarteto composto por ABC, Belenenses, Madeira SAD (+1 jogo) e fcp.

ECLETISMO SEMPRE!!!

SCP - slb




Num jogo com poucas oportunidades de golo e equilibrado, o SCP acabou por ser superior e, como diz o cliché, a haver um vencedor, teria que ser o Sporting.

Um SCP que apareceu com a atitude desejada e cheio de vontade de ganhar, encostando o rival durante os primeiros 30, 35 minutos. Com 2 lances logo no início onde se pensou que Liedson voltaria a marcar ao seu cliente favorito, o SCP acabou por ter, com Polga, uma excelente oportunidade num canto. Altamente improvável que marcássemos, é certo - afinal são demasiadas aspectos a corrigir e Carvalhal não é milagreiro - mas não deixa de ser uma oportunidade.

Na segunda parte, destaco um excelente remate de Miguel Veloso que a entrar, levantaria todo o estádio.

Quanto ao árbitro, impossível não falar na dualidade gritante de critérios. O primeiro amarelo mostrado ao SCP é justo mas anteriormente, já vários jogadores do slb o mereciam e mais não houve que avisos. Pelos vistos na rádio, consideraram que david luiz tinha feito penalty sobre Liedson. Na segunda parte mais do mesmo, sendo que Javi Garcia agride Vukcevic vendo apenas amarelo.

Cheguei a casa ainda a tempo de ver as conferências de imprensa dos técnicos. Jorge Jesus lamenta o estado do relvado. Soa a desculpa para o facto de não terem tido uma oportunidade flagrante de golo. Muito do seu discurso foi acerca do que a sua equipa já fez, tentando desculpabilizar aquilo que hoje não fez, por mérito do SCP. Possivelmente, até ele pensava que vinha a Alvalade golear e saiu-lhe o tiro pela culatra.

Carvalhal com um discurso muito realista e agradecendo o apoio dos sócios e adeptos. Gostei do que ouvi e gostei essencialmente da atitude que vi em campo. Que seja para continuar já na 5ª contra o Heerenveen.

Para finalizar, foi excelente ter tido a oportunidade de trocar opiniões ao vivo com todos os membros do "A Norte", excepto o LT que não pode dizer presente e o Bruno, e ainda com o JG, Johny Green, Manuel e Zen Man. Um grande abraço e que nos voltemos a encontrar para falar sobre o SCP.

SCP SEMPRE!!!

PS: Virgílio, fica aqui para que todos saibam: faço questão de te pagar a cerveja que te devo. A todos que regressam agora a casa, uma boa viagem.

sábado, 28 de novembro de 2009

O clássico antevisto "ANorte"*


Os sportinguistas têm o privilégio de disputar o mais importante derby de Portugal. Nada nos aproxima mais da glória e da catástrofe ao mesmo tempo. O derby é a iminência da história, é a vertigem de que o melhor ou o pior podem acontecer em 90 minutos. Entrar em campo e saber que tudo pode acontecer. Nada tem a intensidade de um Sporting x Benfica, e hoje voltará a ser igual.

O Sporting parte atrás, mas julgo que menos atrás do que partiria há duas ou três semanas. Ainda assim, este não é um teste ao Carvalhal. Carvalhal, hoje, vai ainda à boleia da história e do momento, e sabendo-se que tudo pode acontecer, é difícil que consiga arrebatar os louros pela vitória ou carregar o fardo da derrota. Mas, para o Sporting, não há duas hipóteses se ainda quisermos ser campeões. Por muitos caldos de galinha e controlos de pressão que exista, a realidade é uma: temos de ganhar. Ponto final.

Por Bruno Martins

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Mote, Motivo e Objectivo estão dados: A Alvalade, apoiar para Ganhar! O nosso adversário vive uma autêntica onda de euforia - impulsionada por diversos factores - e creio que esta é a oportunidade de o Leão dizer-se presente e mostrar que de facto está bem vivo.

As minhas origens da "Curva" fazem com que queira viver o jogo de forma intensa e sinta vontade de transmitir energia constante para o relvado. Os jogadores necessitam do nosso apoio e nós necessitamos de sentir que eles contam com a nossa crença e a nossa fé neles. Sinto "saudades" do fervor na bancada e espero que este seja o jogo do "regresso" da nossa garra.

Será mais um jogo 1 X 2 dado todo o seu historial. Temos naturalmente razões para aspirar um bom resultado pois a posição na tabela, orçamentos e visibilidade nada contam ao longo de 90 minutos. Sempre que assisti a este derby no novo Estádio, saímos com resultados positivos e acredito que os nossos rapazes vão estar à altura dos pergaminhos.

EM FRENTE SPORTING!


Por Hugo Malcato 

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Durante os dias das semanas que antecedem os derbys entre SCP e os inomináveis, dou comigo a sonhar acordado: na minha mente começo logo a prognosticar jogadas fabulosas, golos fantásticos e festejos na bancada, protagonizados sempre a verde e branco, claro. O relato do jogo, que está por efectuar, forma-se por geração espontânea e assim, passo longos minutos das manhãs e tardes desses dias absorto nesses pensamentos e, acredito, que as noites mais agitadas resultem de hat-tricks à 31…

Outro exercício mental que faço amiúde é antecipar os principais duelos que se prevêem: Liedson vs luisão que, desta feita, será substituído pelo david gadelhas. No pasa nada, se o careca nunca o vê, o vermelhusco com o seu excesso de pelo capilar ainda menos. Vuk vs maxi ou epá ou lá como se chama aquele uruguaio com nome de gelado, por sinal, bem apetitoso de se ‘comer’. Bruno Pereirinha vs o fábio canastrão, que, como o próprio nome do adversário indica, soa logo prometedor. Mesmo um qualquer Abel ou Pedro Silva a secar um ti maria (nome de licor de café) me parece, nestas alturas, tarefa perfeitamente alcançável. Já o CC vs JJ, basta notar qual é a consoante que surge primeiro no alfabeto.

E, porque este texto de uma antevisão se trata, fica sempre bem acabar por citar alguém que já foi um dos nossos protagonistas e viveu toda esta emoção lá, onde realmente interessa e onde tudo acontece: no relvado! Assim sendo, cá vai, “Derby é derby e vice-versa” by seu Mário Jardel. Força Sporting!



Por Virgilio

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Não há jogo como este, porque este é o verdadeiro jogo. O derby eterno, que nunca se perderá no tempo. Gerador de memórias, controvérsias, polémicas e emoções, este é o jogo da paixão, ressuscitador da mística e da elevação das virtudes da alma de dois emblemas históricos, rivais, que nunca viverão um sem o outro por mais que se antagonizem.

Este é o jogo que ninguém quer nem pode perder. No meu baú de recordações estão gravados alguns derbys, uns presenciados em Alvalade, outros a 500 km de lá, longe fisicamente, mas com o coração no centro do relvado. Será num núcleo apinhado de leões, bem a norte, onde o frio já começa a cortar os ossos, que irei assistir ao eterno derby, tendo sempre fé numa grande vitória do Grande SPORTING.

Por Leão Transmontano

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sá Pinto: Ainda acredito no título!


O tempo não me permite comentar, de momento a entrevista de Sá Pinto como desejaria, partilhando com os nossos leitores a minha visão sobre a mesma. Não tendo feito mais do que a ter lido "em diagonal", posso porém afirmar que me agradou o tom geral, deixando antever que de facto Sá Pinto parece estar preparado para as responsabilidades assumidas. Sinceramente gostei da postura revelada, especialmente por abdicar de polémicas desnecessárias, colocando os interesses do clube à frente da sua opinião pessoal.

Como se vem tornando hábito, deixo-vos a versão integral. Desta vez com dedicatória especial, para o Algonçalves e The LC, gente com coração de leão do lado de lá do Atlântico. Sabemos o que custa estar longe nestes momentos.


O clássico antevisto "ANorte"*


Caros

Rui Patrício, Abel, Carriço, Polga, Caneira, Pereirinha, João Moutinho, Miguel Veloso, Matias Fernandez, Vukecvic e Liedson,

já alguém vos disse que no estádio que antecedeu o actual estádio do vosso Clube, situado mesmo aqui ao lado, naquele terrapleno vazio que até ao momento não serve para nada, no dia 14 de Dezembro de 1986, numa tarde muito chuvosa, os senhores

Damas, Gabriel, Virgílio, Venâncio, Fernando Mendes, Oceano, Litos, Zinho, Mário Jorge, Meade e Manuel Fernandes

derrotaram a equipa representativa do clube com quem vão jogar este fim de semana, por 7 a 1?

Vocês, um a um, acham-se jogadores menos talentosos que aqueles tão brilhantemente representavam o Sporting há 23 anos atrás?

Pensam vocês que os actuais representantes do vosso adversário são melhores que aqueles que o representavam então?

Se ninguém vos esclareceu, digo-vos eu: não!

Aquele resultado proveio de uma exibição, num terreno difícil, cheia de querer e vontade de fazer bem, com muita entrega e grande companheirismo.

È isso que vos pedimos para o derby: não queremos um novo 7 a 1, queremos uma entrega total e grande espírito de equipa, porque para os apoiarmos estamos cá nós, 40.000 Sportinguistas nas bancadas.

Para mim quaisquer 6 a 0, ou 6 a 1, é suficiente.

SPORTING! SPORTING! SPORTING!

Por 8

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Não há jogo do campeonato nacional que mais interesse me desperte que este. Aliás, não me lembro de alguma vez ter falhado um derby, para ser sincero.

Este ano, ao contrário do passado recente, a distância que nos separa para o rival de sempre é assinalável. Num campeonato em que cedo começámos a ceder terreno, relembrar que à 2ª jornada deixámos de depender de nós, estando agora em 8º a 11 pontos do líder, o que é que se pode exigir? O de sempre: a vitória!

 Um derby é um jogo muito especial - também eu na minha vida desportiva participei em vários e apesar da dimensão dos mesmos ser mais reduzida, a importância era maior, o nervoso miudinho mais forte, a vontade de ganhar mais intensa do que em qualquer outro jogo. Era mais que um jogo e que gozo me deu ganhar muitos desses derbies!

 Em Portugal, este continua a ser O jogo, por muito que se fale num clube lá para cima, e irá disputar-se este Sábado. Como sempre espero ganhar. Uma vitória poderá relançar o SCP para o título - racionalmente acho muito difícil que o conquistemos mas como Sportinguista que sou, acredito sempre até ao fim - e iniciar o mergulho típico dos vermelhos rumo ao desânimo. Depois da eliminação na Taça de Portugal, perder o derby será sem qualquer dúvida, um golpe fortíssimo para aquelas bandas. Qualquer outro resultado será para nós, o adeus ao título, certamente. Claro que se nos últimos 4 jogos tivéssemos feito a nossa obrigação, estaríamos neste momento à frente do fcp, este jogo teria apenas a carga emotiva habitual. Sobre isto muito já se disse e muito haveria para dizer mas o momento é de olhar para o futuro.

Sendo assim, uma palavra final para o Carvalhal: apesar de não ser a minha escolha, nem 1ª nem 2ª, é ele o treinador do SCP e é a ele que darei todo o meu apoio enquanto o justificar. Apesar dos prognósticos só se fazerem no fim, digo que ganhamos pela margem mínima.

FORÇA SCP!!!
Por JVL
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Cá estamos de novo às portas de mais um derby, o jogo dos jogos, confesso que neste ano e neste momento estou com medo, mesmo muito medo, vamos defrontar o nosso velho e grande rival, equipa temível que se prepara para revalidar o seu titulo e tornar-se bicampeão nacional de Inverno, é mesmo a equipa melhor posicionada para isso, sendo que delegámos no arsenal minhoto a tarefa de lhes complicar a vida.

No meu primeiro derby ao vivo não tive medo, a emoção de ver pela primeira vez ao vivo um jogo em Alvalade falava mais alto, na equipa estavam alguns dos melhores jogadores que já vi no Sporting, Luisinho (que se lesionou cedo), Xavier, Ivkovic, Venâncio, Douglas, Oceano, o resultado foi péssimo mas o meu baptismo em Alvalade estava feito e até hoje não voltei a ver, no estádio, o Sporting a perder um derby (ouviste António Costa).

Então porque é que tenho medo? Porque dizem que está de chuva e eu venho do norte para Alvalade sem o conforto do meu carro e não me apetece nada apanhar uma molha. Sobre o jogo só tenho que pedir aos jogadores que façam como eu que me inspirei numa frase de Gandhi, “Um homem é somente o produto dos seus pensamentos, aquilo em que ele pensa é aquilo em que ele se transforma.”. Eu vou ser um Leão no vosso apoio e vocês?

Por LMGM

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Em primeiro lugar ganhar. Este é o principal desejo de grande parte dos Sportinguistas para o clássico. E depois… ganhar. Ganhar sempre e de qualquer forma.

O meu primeiro pensamento para este clássico em particular é dizer presente. O calendário apanha-nos num momento crítico, a meio de uma mudança drástica, e a presença maciça de Sportinguistas é decisiva. Fazer descer uma onda de verde e branco das bancadas até ao relvado é o trunfo que está nas nossas mãos jogar.

Confiança. É o meu sentimento para o jogo. Quando a bola começar a saltar no relvado não haverá passado nem futuro. Tudo se decidirá ali, naquele momento. É sempre assim em jogos deste cariz, é o momento que conta. Não serão os orçamentos ou o dinheiro gasto em aquisições que importarão. A propósito, sábado joga-se um outro clássico em Barcelona e algum adepto “culé” se sente vencido à partida só porque o Barcelona gastou menos de metade em contratações que o seu rival de Madrid? Os madridistas não pensam em ganhar “só” porque o Barça parece em melhor momento?

Olhar em frente e acreditar. Largar o lastro do que não interessa, corrigir e aperfeiçoar. Independentemente do resultado, é esse o sentimento que gostaria de ver instalado em Alvalade no domingo de manhã e pelos dias que se seguirão. Sem isso, e para lá dos 3 pontos, nada ganharemos e perderemos muito mais que apenas isso caso não ganhemos.

Por LeãodeAlvalade

*Post conjunto sobre o derby

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Atitude



Conhecemos de outras guerras o adversário que teremos no relvado (ver vídeo, cortesia SitedeApoio). E a equipa a bater também. É pois importante ter a atitude certa para a ocasião. Tal como o Miguel,  na foto, cerrar os dentes e ir à luta. Desde a saída do balneário, passando pelo túnel, no relvado, até ao apito final. Que o bom futebol faça o resto.

Inadmissível

Acabo de chegar de Alvalade e venho pior que estragado. Depois de não ter podido comprar 3 bilhetes na 4ª feira passada, algo que por culpa minha não vi assinalado na tabela de preços, lá fui hoje, dia em que qualquer um pode comprar bilhetes, comprar bilhetes para mim e para os meus irmãos (2).

Dirijo-me à bilheteira e sou confrontado com nova "regra": só posso comprar bilhetes de "adepto" para os sectores B32 e A22!! O QUÊ?!?! Rápido telefonema para o meu irmão que me diz: "Compra...". Realmente que outra hipótese tínhamos?
Nova ida à bilheteira onde, já irritado com isto:

Eu: "Onde estão escritas estas 'regras'?"
Bilheteira: "Ah?!"
Eu: "Estão no site?"
B: "O que se pretende é trazer o maior número de sócios ao estádio."
Eu: "Desculpe mas isso não é argumento. Tanto fico junto dos meus irmão na Superior como na Central"
B: "Pois..."

Eu sei que a culpa não é de quem me atende mas foi mais forte que eu. É que isto é completamente inadmissível ainda por cima quando bastaria aparecer com cartões de sócio, ou seja, sem as pessoas detentoras dos mesmos, para poder comprar onde quisesse. Falam-me do comportamento dos adeptos do slb ao que respondo que o que deveríamos ter feito, era nem sequer lhes ter enviado bilhetes. Acabo pagando 95€ para o sector B31 - porque o B32 não dava para estarmos todos juntos - quando poderia, caso não fossem estas condicionantes completamente aberrantes e contrárias ao espírito de que ir ao futebol com a família é possível, pagar à volta de 60, 65€. É que nem todos os que são do SCP são ricos e 30, 35€ dão-me bastante jeito.

Já agora: vão meter todos os adeptos vermelhos nos sectores definidos? Ou todos os que não se encontrarem neles, são acompanhantes de sócios?

O meu Clube prega-me com cada surpresa mais desagradável...

Conclusão: Ao SCP pouco interessa se estão muitos Sportinguistas a apoiar a equipa ou não. O que interessa é que a receita atinja determinado patamar, sejam 100, 1000 ou 10000 pessoas que estejam lá.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Paixão leonina a Norte de Alvalade

A propósito da militância e dos bons exemplos de Sportinguismo que abundam por este Portugal inteiro, estou plenamente convencido que o nosso Presidente, no périplo presidencial que efectuou pelos núcleos no fim-de-semana anterior, de 13 a 15 de Novembro, saiu de Trás-os-Montes completamente elucidado quanto à força que o Sporting Clube de Portugal tem no norte e em todo o país.

Os núcleos constituem-se como a maior força do Sporting e é através deles que o Sporting conseguirá catapultar e potenciar ainda e sempre cada vez mais, a sua força e dimensão nacional. Felizmente, constatei, pelo discurso, pelo espírito, pela empatia e dinâmica, que José Eduardo Bettencourt percebeu isso mesmo. Agora há que promover as devidas alterações estatutárias, para que os sócios possam votar nos seus núcleos, elevando ainda a figura referendária, considerando que a participação e envolvimento de todos os Sportinguistas é salutar e necessária para fazer face aos enormes desafios que se colocam ao nosso Clube nos próximos tempos.

Depois de partilhar com todos a enorme alegria e orgulho que constituiu para nós, Leões Transmontanos, receber o Presidente do Sporting Clube de Portugal no aniversário do Núcleo, acabei por não fazer a respectiva reportagem, face ao rol de acontecimentos que se foram sucedendo relativamente à questão da equipa técnica. Porém, estou certo que os mais atentos, não deixaram de ler na imprensa o enorme convívio leonino que se realizou 500 km a norte de Alvalade, por terras Transmontanas, no Concelho de Valpaços, para assinalar o 15.º Aniversário do Núcleo Sportinguista.

Bora lá pessoal!


Quem quiser ajudar com comida e presentes é favor mandar email para geral@fundacaoaragaopinto.com. A festa será dia 19.12 e serão cerca de 300 crianças. Obrigado a todos!

A Fundação Aragão Pinto vai fazer, em conjunto com as instituições que apoia, o seu Natal Solidário 2009, que será uma festa de natal para cerca de 300 crianças que contará com espectáculo, lanche, prendas e muita alegria.

Este será o primeiro de muitos e serve de convivo entre todos depois de um ano vivido a dar a quem mais precisa de nós!

Estarmos juntos, presentes e atentos é o mote de todos!

Feliz Natal a todos e excelente ano de 2010!

E claro: continuem a AJUDAR-NOS PARA PODERMOS AJUDAR QUEM PRECISA!

Nunca é tarde, nunca é cedo


Sabe-se que desde ontem o Sporting tem 100 mil sócios inscritos. Digno de relevo é também o facto de este bonito número estar associado a um jovem elemento do sexo feminino, pertencente a uma das escolinhas do Sporting. Que cresça connosco e nos veja crescer.

Nunca é tarde nem cedo para fazer parte da família Sportinguista. É o que deve ter pensado Manuel Castelo Branco ao decidir recuperar o seu número de associado que possuía na sua inscrição inicial, pagando para o efeito, 51 anos de quotas em atraso. É de leão!

O Sporting está cheio de bons exemplos, embora por vezes eles escapem aos olhos da grande maioria dos Sportinguistas e das atenções mediáticas. Há dias, José Bettencourt esteve presente no núcleo de Vila do Conde, onde concelebrou, com 2 centenas e meia de adeptos, os 25 anos daquele pólo Sportinguista. Deve ter sido o maior momento de exposição de Rui Maia. Este Sportinguista do norte do País é daqueles que não perde um jogo do seu clube de coração. Mas esse é apenas um pormenor. O núcleo, do qual toda a família é sócia (julgo que do clube também), está sedeado num edifício de sua propriedade e localizado numa das principais artérias da cidade. O seu nome tem de ficar também associado, juntamente com outros enormes Sportinguistas, à recuperação em curso desse bastião leonino que é o Solar do Norte, para o qual cedeu graciosamente materiais para que fosse devolvida alguma dignidade ao edifício, que é património do clube, como oportunamente assinalei aqui.

Quando se fala em notáveis do Sporting nomes como o de Rui Maia, não podem nem devem ser ignorados. A obra destes grandes mas anónimos Sportinguistas acabará por ser o único monumento à sua generosidade. Fazer o Sporting todo e cada dia um pouco maior é também a única recompensa que buscam.

Ainda a nossa imprensa


No seguimento do texto do companheiro Leão de Alvalade sobre o suposto interesse do Génova no nosso jogador Miguel Veloso, também eu abordo agora uma notícia lançada pela imprensa nacional no dia de ontem.

O avançado do Carnide, declarado "Caçador de Leões"- cognome alcançado por já ter apontado alguns golos ao Sporting - está disponível para o clássico do próximo sábado. Esquecem-se porém de indicar que sempre que o avançado paraguaio facturou diante do Sporting Clube de Portugal, nunca o recreativo venceu a partida...

Enfim, é a imprensa que temos....

EM FRENTE SPORTING!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A sua tremenda lealdade


Os adeptos do futebol foram surpreendidos este fim-de-semana com uma notícia pouco habitual: num jogo do Campeonato inglês, uma equipa ganhou 9-1 a outra. O Tottenham, clube que muitas vezes faz lembrar o nosso Sporting, esmagou o Wigan Athletic com um resultado que já não se usa, sobretudo numa liga tão competitiva como a inglesa. Mas para aqueles que, para além de adeptos do futebol, são também “adeptos” dos adeptos de futebol, o mais interessante nem foi isso.

Os adeptos do Wigan em White Heart Lane eram cerca de 1000, e fizeram cerca de 560 km para apoiar a sua equipa. Pela humilhação imposta, que se materializou na maior derrota de sempre do clube em 31 anos de Premier League, os jogadores do Wigan resolveram reembolsar, eles próprios, o dinheiro dos bilhetes comprados pelos seus adeptos. Para quem valoriza os adeptos, o respeito patente na justificação dada pelo capitão de equipa, Mário Melchiot, é tudo o que se quer ouvir: “Não podemos olhar os adeptos como um dado adquirido. Sentimos que, como grupo de jogadores, deixamos ficar os nossos adeptos terrivelmente mal, e este é um gesto que temos de tomar para recompensar a sua tremenda lealdade”. Para os jogadores, este dinheiro não é nada; para os adeptos, esta atitude é tudo.

Para os sportinguistas que estiveram em Munique o ano passado, que foram mais de 1000 apesar do resultado da primeira mão, um gesto destes teria caído bem. Quando se faz milhares de km para ver o clube jogar e se é brindado, no fim da partida, com um virar de costas, como tantas vezes tem acontecido aos sportinguistas por essa Europa fora, o vínculo vai-se erodindo. Não dêem os adeptos como um dado adquirido – Alvalade, nestes primeiros meses de 2009/2010, tem sido um reflexo disso. Estamos ainda a tempo de inverter o rumo, mas não se pode adiar mais. Sábado tem de ser a viragem. Força Sporting!

A noticia do costume


Se “Abola” podia não dar a notícia do costume? Poder podia mas não era a mesma coisa.

Vamos ver quantos mais jogadores do Sporting estarão “em observação” até final da semana., ou qual  o ressabiado a dar uma entrevista. Não sendo de estranhar, uma vez que o plantel tem nomes que justificam o apetite do mercado, estranho é que este não esteja mais centrado na “equipa sensação”.  A tal que, avaliando pelas capas de “Abola” não foi a primeira a ver por terra uma das competições que, declaradamente, apostava em força.

Pergunto eu o que teriam sido os jornais de ontem e de hoje se o Sporting tivesse sido eliminado da Taça, em casa, fosse qual fosse o clube.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

MRT ao Sol: entre o jejum e a glória



Depois e termos visto PB a fazer de frei Tomás (olhai para o que diz, não para o que faz) parece-me importante partilhar com os nossos leitores a entrevista de MRT ao Sol, dada à estampa na revista Tabu. MRT deveria ser, até à sua demissão, o dirigente há mais tempo em funções no clube e SAD. Nessa entrevista MRT deixa clara a comunhão de ideias com PB, usando os mesmos argumentos tantas vezes invocados pelo ex-treinador em resposta a perguntas semelhantes. Registo este caso estranho, que no Sporting parece tornar-se recorrente, de ver cair dirigentes com a saída de treinadores. A merecer estudo.

Como pontos fortes da entrevista saliento:

A convicção de que não voltará ao futebol.
A SAD sentiu que não foi defendida pelos sócios contra uma minoria que é muito activa e que condiciona.
Há gente a mais a falar.
Não percebeu o fim do ciclo da liderança técnica de PB, assente na evidência dos resultados e exibições, preferindo a tese a conspiração, sem, no entanto concretizar.
Não concorda com teses catastrofistas como a belenensização.
Entende que não houve falta de empenho dos jogadores.
Era a época que estava a correr melhor em termos disciplinares a PB.
Caicedo recebe menos que Derlei.
Não estava contente com o futebol praticado, relacionando-o com o calendário “absurdo” da Champions.
O período eleitoral não condicionou a preparação da época.
O Sporting teve o cuidado de adequar a gestão da SAD aos rácios aconselhados pela UEFA e que deverão (?) entrar em vigor em breve. O Sporting excede em pouco os 50% dos custos salariais face às receitas, a UEFA pretende que não ultrapasse os 60% por cento. É possível chegar ao titulo com esta filosofia.
O Sporting ou aumenta as receitas ou tem de ter um investidor. Quando foi campeão tinha custos próximos dos seus opositores mas não conseguiu aumentar as receitas. (aqui esqueceu-se de um pormenor: o fcp aumenta as receitas porque além de ser campeão complementa com uma boa participação desportiva na Chanpions, coisa que o Sporting não conseguiu.)
Com Jardel e aquela equipa o clube podia ter partido para um período de hegemonia no futebol.
“O Sporting vive a sua segunda melhor década de sempre e o seu segundo maior jejum de sempre.” Para quem duvida, os segundos lugares parecem ser mesmo uma maldição. São pelo menos um paradoxo.

PS: Já depois da elaboração deste artigo recebemos um press-release da A.A.S. que agora anexamos.

 

Mitos por terra.


Não foi consensual o desenho táctico ontem apresentado pelo Sporting. Basta ler os comentários ao post anterior e os jornais de hoje. Confessei ontem a minha dificuldade em percebê-lo, até por oposição entre o que via e o que ouvia nos comentários da Sportv. O que fazer então? Citar quem esteve no Restelo e é digno de crédito. “O posicionamento do JM28 foi mais em apoio ao MV24, mas os 3 do meio-campo trocavam de posições na construção e em transição defensiva. Não me pareceu que houvesse um duplo-pivot durante a 1ª parte. Já na 2ª parte, em que o Sporting jogou num 4-4-2 clássico, o MF14 e o JM28 emparceiraram mais...” dizia-nos ontem o PLF da Bancada Nova.

Manifestei ontem as minhas dúvidas sobre a possibilidade de implantação de um verdadeiro 4x3x3 em Alvalade por falta de quem consiga desempenhar o papel reservado para extremo. Se Pereirinha o pode assegurar do lado direito, não vejo quem o possa fazer do lado oposto. Vuk não será com certeza. Mas mais importante que este ou aquela disposição no terreno importa que a equipa seja versátil e consiga interpretar mais que um sistema. Num jogo de rato e do gato que é uma partida de futebol, e as equipas são obrigadas a desempenhar ambos os papéis, é importante não atacar sempre da mesma forma, quando se faz de predador, ou não fugir pelos mesmos caminhos quando se faz de presa. As boas equipas conseguem dançar consoante a música, as grandes são a orquestra que impõe o ritmo.

Não houve tempo para trabalho que desse consistência, e o adversário não tem estatuto para avaliador rigoroso. Mas o mito bentiano de que Liedson não pode jogar sozinho na frente parece-me por terra, tendo sofrido os primeiros abalos nos jogos da selecção. Com sorte e engenho poderia ter marcado um par de golos na 1ª parte.

Não duvido que há muito para fazer nesta equipa. É vital que os resultados apareçam para dar sustento ao ânimo e que deixem a equipa respirar. Parece-me, porém, indiscutível que há margem para a esperança de ver jogar melhor e, com isso ganhar mais vezes. Os resultados desta eliminatória da Taça de Portugal atestam que o definitivo no futebol não existe. Se a galeria de mitos está cheia é porque os seus ocupantes já não têm que certificar o seu estatuto nos 90 minutos de cada jogo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Reset please


O primeiro jogo após a entrada de Carvalhal era aguardado com ansiedade. Antes de qualquer transformação táctica era importante avaliar que impacto havia produzido a mudança no ânimo da equipa. O jogo havia de proporcionar um bom exame ao brio dos jogadores.

Foram evidentes as mudanças produzidas na disposição dos jogadores no terreno. À frente da defesa esperada uma linha de 3, com Moutinho, Veloso e Pereirinha tendo por diante Matias, Vuk e Liedson. Não era um 4x3x3 convencional, uma vez que era Pereirinha quem forçava a linha no lado direito, com Matias a jogar por dentro. Veloso perdia protagonismo face ao esquema anterior,demonstrando pouca adaptação à exigência das novas funções. Foi igualmente notória a defesa à zona nos lances de bola parada.

O que ditaram as alterações? O Sporting teve posse de bola, teve oportunidades, teve acutilância. Teve o Grimi do costume, um Polga sempre presente nos lances infelizes e um Liedson invulgarmente perdulário Ao fim de muitos jogos sem oportunidades, estaria ele desabituado? E o que talvez não fosse muito esperado foi um bom golo do Costa, o que elevaria inesperadamente o nível de dificuldade do jogo. De repente o meu sofá perdeu todo o conforto. E foi em desvantagem que fomos para as cabines.

Dez minutos bastaram para repor justiça no marcador. Livre e penalty irrepreensíveis deixam-nos na liderança do marcador. Grimi já estava fora do terreno, no único lugar que merece por agora. Independentemente do seu valor nominal, é evidente que CC tem ali um duro trabalho de recuperação para fazer. Não parece precisar de tanta dedicação a Abel, mais confiante. Postiga entrava para 10, obrigando ao sacrifício de Veloso e Matias para o lado esquerdo. O primeiro havia de ser decisivo e deve ser esse o seu lugar nos próximos tempos.

Desfeita a resistência ficava apenas por responder apenas o volume do resultado. Mas, tal como o golo, seria a imprevista expulsão de Tonel a fazer mossa. Não tanto para o jogo de hoje, mas sobretudo para o próximo fim-de-semana. A dupla Carriço – Polga traz-me más memórias.

Da estreia de Carvalhal ficam-me as dúvidas se teremos matéria humana para esta nova disposição táctica. Confesso que me preocupa pouco o próximo jogo. Pelas suas características, qualquer resultado é possível. Mas está muito trabalho para fazer, muitos processos para consolidar. Como era bom poder fazer um reset e como ele é difícil de fazer em plena competição...

Por amor à camisola


Nota prévia: este é o 1º artigo do nosso oitavo editor, precisamente o 8, como é conhecido na blogosfera este campeão Sportinguista. Uma enorme honra para o "ANorte", como devem imaginar, ter entre nós alguém que vestiu a nossa camisola em 2 modalidades diferentes (andebol e basquete) tendo, com ela colada ao corpo, sido campeão nacional. O 8 representa o tempo do amor à camisola,  é por esse amor que aqui nós escrevemos.

Hoje é o 1º dia do resto da nossa vida

Hoje é o pontapé de saída!

Tivemos 15 dias de férias do futebol (jogado) de clubes. No nosso Clube foi mais uma "silly season":

Saiu Paulo Bento - mesmo com todo o apoio de JEB, decidiu que já estava esgotado e que "não dava mais".

Atrás de Paulo Bento, foram todos os adjuntos... - era preciso irem todos? Alguns com muitos anos de Sporting? Não eram capazes para continuarem no Clube, mesmo que noutras funções? Saíram por solidariedade "cega" com PB, ou contra o Clube (Dirigentes e ou Batasunas)?

...e os dirigentes mais ligados à equipa - porquê? Era PB o seu suporte? Ou com a saída de PB reconheceram as suas fragilidades, e sentiram-se incapazes de tomar as rédeas da situação?

Andou JEB com uma candeia na mão à procura de treinador. Com uma candeia na mão, mas sem dinheiro no bolso. JEB não tem anos suficientes no futebol para perceber que com a situação que se ia criando em redor de PB, este, rompendo a corda por um lado ou por outro, mais dia, menos dia, iria sair e já devia estar "alinhavado" o seu sucessor?

Foi anunciado Sá Pinto como novo director para o futebol - mas sem poderes para escolher/contratar treinador e jogadores.

Foram anunciados os restantes nomes para a SAD - nomes saídos do sistema interno. Tal como RSP são anunciados com nomes de funções que não correspondem ao organigrama existente. Depreende-se que, dada a origem dos novos elementos, esta medida provoca uma redução de custos. Mesmo com estas poupanças JEB continua a ter de ir à procura de treinador sem dinheiro.

Tem de se voltar para o mercado interno: pequeno, barato e com poucos nomes, disponíveis, entusiasmantes. Resolve arriscar em alguém sem experiencia mas com mestres altamente reconhecidos. Era uma aposta de risco mas que, pelo comportamento de AVB, poderia ser altamente aglutinadora e motivante para os sócios e adeptos.

Não tendo sido explicado por JEB como tratou dos contactos, estes vieram para a praça pública e andou-se uma semana a"vender" AVB como o futuro treinador do Sporting, chegando-se ao ponto do Sporting ter sido obrigado a comunicar à CMVM as negociações. Depois do comunicado, como não conseguiu chegar a acordo com AVB e AAC, foi a correr negar as negociações e contratar Carvalhal.

Depois de toda esta confusão, foi anunciado Carvalhal pelas 2 e meia da madrugada. A apresentação foi para o site do Clube. Contrariamente a muitos, estou totalmente de acordo: foram poupados, Presidente e treinador, às brilhantes perguntas de Nuno da Luz e similares, e evitaram-se aproveitamentos dúbios da CS.

Entretanto foram chegando alguns lesionados e nos últimos dias, aos poucos, os convocados para as diferentes selecções. Carvalhal e seus ajudantes foram tentando passar ideias novas, mas com 2 treinos com os todos elementos, técnica e tacticamente pouco pôde alterar, apenas a parte psíquica pode ter sido melhorada.

E aqui entramos nós, Sportinguistas.

Penso que após toda esta confusão o Presidente devia vir explicar ao mundo Sportinguista tudo o que se passou, o que lhe vai na alma, quais as suas ideias para o futuro próximo e a médio prazo, e tentar aglutinar de uma vez por todas os tais 10% (ou serão 5%?) aos seus 90 % de apoiantes, de modo a que a Nação Sportinguista em uníssono apareça a apoiar o Clube, neste momento difícil que vai atravessando. È que os tais 100 ou 150 elementos são muito poucos, mas fazem muito barulho.

Claro que aceito, e concordo, que esse esclarecimento fosse feito tal como o de Carvalhal, no site do Clube (enquanto não aparecer a Sporting TV). Já todos percebemos que os media são totalmente anti-Sporting e que devem ser tratados, dentro da legalidade, mas com a distância que o seu comportamento merece, e para se habituarem os adeptos a beberem a informação sobre o Sporting na fonte: os orgãos oficiais do Clube.

Agora a todos os Sportinguistas só resta uma coisa: compreender que as coisas não se mudam com uma varinha mágica de um dia parta o outro, mas que podemos acelerar este processo. Como? Apoiando a equipa nos próximos jogos, todos juntos, de modo a que as falhas, que vão continuar a aparecer, sejam motivo de estímulo para melhorar e não mais uma ajuda para que as pernas tremam ainda mais. Carvalhal (ou o Sporting?) merece o nosso benefício da dúvida.

PS: Já depois de escrita esta reflexão e acabada a loucura da selecção, com a aproximação do derby começam os “trabalhos” do costume da CS: vamos lá pôr a falar os ex para puderem destilar um pouco de ódio e tentar minar e dividir o Sporting. Apesar de não ter grande opinião sobre alguns dos ex, esperava um pouco mais pelo menos de MRT e PB.

Sportinguistas, temos de perceber uma coisa: temos um Presidente eleito por 4 anos, temos um treinador contratado, pelo menos, por 6 meses. Temos de nos unir e apoiá-los, porque só assim haverá estabilidade para que a equipa, e o Clube consigam emergir do estado em que se encontra.






SPORTING! SPORTING! SPORTING!

Madeira SAD - SCP




Depois de uma vitória convincente sobre o ABC para a Taça de Portugal, o SCP desloca-se ao recinto do Madeira SAD, para o jogo respeitante à 8ª jornada do Campeonato Nacional. Separados por um ponto, com vantagem para os anfitriões, será mais um duro teste à capacidade da equipa leonina, pois o Madeira SAD, apesar de não ser considerado dos principais candidatos ao título, é um outsider e terá certamente, uma palavra a dizer na conquista deste, mesmo que indirectamente.

Uma jornada que já teve 3 encontros realizados, devido à participação nas competições europeias, com os seguintes resultados:

slb 34-25 Fafe
fcp 37-17 Marítimo
Xico Andebol 25-30 Belenenses

Com a moral em alta após termos eliminado o ABC, uma vitória fora dará ainda mais força e crença a esta equipa. Além disso, quantos mais pontos amealhados melhor, devido à maneira como a 2ª fase do campeonato será disputada este ano (ver post Andebol início de época)

FORÇA SCP! ECLETISMO SEMPRE!!!

sábado, 21 de novembro de 2009

Sombras do passado


Quem folheia a imprensa dada à estampa  hoje encontra uma profusão de assuntos relacionados com o Sporting que até se torna difícil, para um espaço com este formato, dar  o de devido relevo a todos eles.

Soares Franco revelou-se preocupado com o actual momento do Sporting. Tivesse-se ele preocupado antes, quando deixou a data das eleições resvalar para um período que em nada ajudou a quem teve que lhe suceder.

Paulo Bento está agora mais falador. Já deve ter dado mais entrevistas nas semanas subsequentes à sua saída de Alvalade do que nos 4 anos que lá esteve. E parece falar com a autoridade de um ornitólogo, ao aconselhar Bettencourt a ter cuidado com os abutres.Não foi certamente em Alvalade que se especializou... Ao JN diz várias coisas mas deixo duas que me saltam aos olhos, e me fazem esbugalhar as órbitas: "O Sporting, por ser o clube dos doutores, aqui no mau sentido, é muito liberal, por todos gostarem de falar ao microfone - já disse que não são cornetos -, o que leva a mais problemas." "Existe um complexo de inferioridade, exponenciado pelo que o Benfica está a fazer esta época." E para terminar, em registo vídeo, lamenta ficar associado ao momento actual." 

Obviamente que não vou perder tempo com isto. Paulo Bento representa o passado que está enterrado e que, por muito que se fale agora, nada poderá mudar. Os Sportinguistas têm memória e são gratos a quem lhes presta bons serviços. Se Paulo Bento quer ser recordado pelos bons serviços que prestou que tenha tento no que diz e quando o diz. Constituir-se como uma sombra a procurar ajuste de contas com o passado é desbaratar de forma gratuita o respeito que conseguiu granjear.

Contamos apresentar mais tarde a entrevista integral dada por PB ao Record e, se merecer o esforço, a de Ribeiro Telles ao Sol.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Primeiros passos


Não foi o que se escreveu por esta semana que fará acrescentar páginas mais verdes e douradas na história do Sporting Clube de Portugal. No “aftermath” da movimentação no mercado, visando a contratação do treinador, ficou a surpresa pela escolha e a incredulidade pela forma pouco profissional como todo o dossier foi conduzido. O que é notável, passados estes dias, é a superior vontade dos adeptos leoninos em deixar para trás o que afinal já não podem mudar, ansiando agora por ver o resultado das alterações produzidas.

As notícias de eventuais reforços animam algumas almas, especialmente quando nomes com tanta substância, como Dany ou Quaresma, são postos a circular. São bons jogadores e é com eles que se fazem as boas equipas. O “cigano” ficaria perfeito a vadiar entre as extremidades do ataque, dando fôlego a novos desenhos tácticos. Dany, que de falso só é ponta-de-lança, poderia finalmente dar a conhecer as virtudes que fizeram os russos pagar uma das mais caras transferências do defeso do ano passado.

Mas mais que as promessas é no actual plantel que Carvalhal tem de escorar as remodelações necessárias no edifício futebolístico de Alvalade. Janeiro não passará de uma miragem se, de imediato, as cabeças continuarem a não deixar as pernas correr e executar melhor. Ninguém duvida que, antes de qualquer alteração técnico-táctica, o plantel à disposição de Carvalhal tem de superar o seu condicionamento psicológico. O seu desempenho nas 4 linhas está longe de espelhar o seu potencial. A discussão sobre a qualidade individual dos seus componentes deixa de ser honesta se se afirmar que o 8º lugar e as exibições acabrunhadas são normais ou fatais como o destino.

É esse o papel primordial de Carlos Carvalhal para o jogo da Taça. O tempo é pouco, os melhores jogadores estiveram ausentes, mas quando a bola começar a rolar ninguém vai ter isso presente. E o adversário é daqueles que não interessa a ninguém. Não por falta de consideração pela agremiação em si, obviamente, mas porque ganhar-lhes com resultado expressivo é obrigatório, e, por isso, nada de importante significar. Qualquer outro resultado é a decepção a fazer crescer a ansiedade e a dúvida.

Se logo, como se espera, as claques oficiais do clube anunciarem o seu apoio sem reservas à equipa fica o sinal inequívoco que os adeptos não estão dispostos a virar as costas e a deixá-la sozinha na sua caminhada. Nunca duvidei disso.

*Parte deste artigo foi escrito para o "Futebol o desporto rei", ao abrigo da parceria existente.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Trap trapped


Como devemos interpretar o que sucedeu ontem no Stade de France, já no prolongamento, do França – Irlanda, quando os franceses são salvos por um golo irregular? Será excessivo pensar em ardil expressamente montado, ou ingenuidade julgar que foi apenas mais um erro de arbitragem inevitável? Pensando que são quase sempre os mesmos a beneficiar destas decisões in extremis, sinto-me inclinado a pensar o pior outras a ficar sem sombra de dúvida.

A suspeição bem poderia ser banida do futebol assim a FIFA quisesse e caso soubesse interpretar os anseios dos adeptos – ou direi clientes? – precisamente os mesmos que lhes alimentam as mordomias e a vida opulenta.  Esse fechar de olhos leva muitos a pensar que mais não é que uma encenação para manter o controlo sobre as decisões que deveriam ser tomadas apenas dentro das 4 linhas. Os interesses comerciais dão-se mal com as surpresas em que o futebol é fértil.

Trapattoni tem todas as razões para se sentir enganado. Como se sente a presa quando, prestes a respirar de alívio, se apercebe que já é tarde para fugir à armadilha da besta. De boa fé, a FIFA permitiria a repetição, uma vez que não permite os meios hoje ao seu dispor para evitar os erros tidos como inevitáveis.

O que tem tudo isto a ver com o Sporting? Tudo, ou quase tudo. Tratpattoni sabe hoje como se sentiu Peseiro após o golo de Luisão. Ou como Paulo Bento com o golo do Paços de Ferreira com a mão. Teríamos sido campeões com decisões acertadas nesses lances? Não vou tão longe. Poderíamos, parece-me indiscutível, ter tido mais hipóteses de o ser. Aqui, como por esse mundo fora, quem manda espera que tudo continue como está.

O elevador da Glória

“Gil” Grissom, o herói principal, o líder da equipa que me diverte na série norte americana CSI Las Vegas despediu-se na passada terça-feira. O personagem interpretado por William Petersen era o meu favorito a sua actuação trazia calma e harmonia a uma série que se desenrola numa das cidades mais belas e absurdas do mundo, era a personificação do anti-herói um entomologista meio surdo que lidera um laboratório criminal forense. A sensação após a sua saída é de vazio, ninguém vai conseguir fazer esquecer “Gil” Grissom, conhecendo a indústria americana de espectáculo, daqui a três episódios já ninguém se lembra dele…

O Sporting passa por um sentimento similar com a saída de Paulo Bento, seja qual for o sentimento individual de cada um é pacífico dizer que nenhum Sportinguista ficou indiferente à sua saída, ainda bem, penso que aquilo que mais desgosto daria ao Paulo era ter sido só mais um que passou por cá, uma nota de rodapé, foram muitos anos de trabalho e de partilha com o Sporting, gerou amores e ódios e ficou a faltar vencer um campeonato como treinador principal. Para já como legado ao seu sucessor deixa um clube que nos últimos dez anos subiu muito os seus patamares de exigência, a derrota já não é um lugar vulgar em Alvalade quem nos quer vencer tem de fazer uso de todas as suas armas e o passo que falta para vencer regularmente é hoje menor.

Entra aqui o novo personagem, Carlos Carvalhal, aquele que daqui a três episódios já atirou Paulo Bento para as calendas gregas e será o novo centro de todas as conversas, de todas as discussões e criticas. O momento não podia ser mais favorável para ele, tem toda a preparação académica necessária para a função, tem histórico de jogador de campo, tem o corpo coberto de cicatrizes de treinador, foi besta e bestial.

Entra agora inesperadamente no local em Portugal onde o seu conceito de treino e de futebol melhor pode ser apreciado e aproveitado, a Academia Sporting, e arrisco repetir no melhor momento, a equipa está de rastos e isso facilita muito o trabalho de alguém que ninguém conhece, todos querem experimentar algo novo, diferente, todos estão disponíveis para mudanças, todos querem sair da crise e aceitam que os métodos anteriores estão esgotados.

Mesmo toda a estrutura de formação que o Sporting construiu está já amadurecida, a geração do ano passado já não foi obrigada a ser atirada às feras sem estágio profissional e eu acredito que jogadores como, Rosado, André Santos ou Pedro Mendes, vão regressar melhores sem terem de passar por um ano de assobios constates. Mas talvez nem estes tenham de regressar logo após o estágio, há ainda outros com maior traquejo para (re)entrar, Ronny e Gonçalves, por exemplo.

Mas o trabalho de um treinador não é feito só de conhecimento académico se esse fosse o caso aqui pela blogosfera estavam alguns dos melhores treinadores nacionais, grande parte consiste em gerir egos e personalidades, em motivar e criar laços de solidariedade num grupo heterogéneo, em castigar com justiça, em perdoar.

Tenho a convicção que Paulo Bento foi excelente neste trabalho de treinador, a equipa sabe hoje o que é necessário para não perder, onde tem de ir buscar força e solidariedade para reagir à derrota, falta quem lhe ensine a vencer, quem pegue nos alicerces que existem de esforço e dedicação e ponha em funcionamento um elevador para a Glória. Não tenhas receios Carvalhal, atreve-te a vencer.

Daquilo que está por baixo

Até ao que fica no alto

Vão dois carris de metal

Na calçada de basálto

Desde este lugar sem história

Até um lugar na história

Vão apenas dois minutos

No elevador da glória

REFRÃO:

No elevador da glória

No elevador da glória

No elevador da glória

Duma existência banal

Até ás luzes da ribalta

Há dois carris de metal

Desde a baixa á vida alta

Desde o triste anónimato

Desde a ralé e a escória

Até á fama e ao estrelato

Há o elevador da glória

REFRÃO:

No elevador da glória

No elevador da glória

No elevador da glória

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Como o tolo no meio da ponte


Dizia-me há dias o LMGM que “qualquer medida do Sporting que envolva silêncio tem o meu apoio incondicional”. Isto a propósito da minha perplexidade pela forma como o clube geriu para o exterior a entrada de Carvalhal para o comando técnico do clube. Obviamente que não posso concordar. A não ser que se tenha como adquirido que não há no Sporting quem seja capaz de gerir correctamente esta ferramenta indispensável na estratégia de uma instituição como é a sua comunicação. Se assim for, pouco sentido faz que o clube tenha a pesar na sua folha salarial profissionais pagos para o efeito.

Pela altura da sua posse Bettencourt dizia que gostaria de emular algumas das virtudes da máquina portista, por ser aquela que melhores resultados tem apresentado nos últimos anos. Os dias de hoje no Sporting remetem-me precisamente para o tempo em que Pinto da Costa, depois de várias temporadas de insucesso, decide apostar num técnico jovem sem curriculum, de seu nome José Mourinho. Este assume com clareza que pegava na equipa para a fazer campeã na próxima época. Ficamos a saber desde logo qual era o propósito daquela mudança, ficou traçado o objectivo. Sabemos hoje que cumpriu a sua promessa e até com juros muito acima do esperado.

O que assistimos hoje no Sporting? Alguém sabe quais os objectivos definidos para a época em curso para a actual equipa técnica? Como devem  os adeptos gerir as suas expectativas? É de bom senso deixar crescer a ideia de que podemos ir ao mercado em Janeiro por Quaresma ou Dany, se este mês não conseguimos resgatar Villas Boas à Académica? Não aprendemos nada com a pré-época?

Não me pareceria indigno, face às actuais circunstâncias, assumir o resto do campeonato como período sabático, visando promover as bases da próxima época. Isto sem prescindir do estatuto natural do Sporting, que nos obriga lutar em cada jogo pela vitória. Assumir com coragem e franqueza os nossos objectivos evitaria equívocos, fortalecendo a autoridade de quem os executa.

Ao invés, parece-me pelo menos perigosa a imagem transmitida, de fraqueza e de desorientação, deixada por ocasião da contratação do novo técnico. Um contrato de 6 meses com opção, uma apresentação na clandestinidade, desautorizam a solução. Dão a ideia de que se navega à vista, quando devia  haver estratégia, preparando assim o caminho para a manutenção do insucesso. O tolo no meio da ponte é uma expressão que se adequa à actuação do Sporting na perfeição.

Nada disto faz muito sentido, a não ser que se esteja a pensar fazer imolar Carvalhal, o que, convenhamos, nada tem a ver com a postura desejável para um clube que se orgulha do seu legado de mais de 100 anos de história.

O Sporting parece estar suspenso do resultado do derby e o cenário de apocalipse é comentado à boca pequena. Um Sporting transido de medo não é aquele que me revejo. Acredito sempre ser possível ganhar e o próximo jogo do campeonato não foge à regra. Se não for esse o resultado só perdemos 3 pontos, deixando pela frente o futuro para preparar. Haja coragem de o assumir!

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