segunda-feira, 30 de abril de 2012

Crer e querer até ao fim

Convenhamos que não era difícil de prever: depois da desilusão de Bilbau o maior adversário de hoje seria o próprio Sporting, pelo cansaço, pela frustração que seguramente se apoderou do grupo de trabalho. O jogo assim o indiciou desde o seu inicio, com o Sporting sem conseguir ligar o seu jogo, fazendo muito menos e muito pior do que vinha demonstrando ser capaz de fazer. Superar este obstáculo, nestas condições, (agravadas pelo autogolo de Polga) foi sem dúvida nenhuma a  melhor noticia da noite de hoje em Alvalade.


E assim de repente a ida ao Dragão ganha outra transcendência: não é apenas o orgulho de não querer ser mestre cerimónias em festa alheia, é também a possibilidade de levar para Alvalade a decisão de um lugar melhor na classificação, superando o SCBraga.

Ficha de Jogo:

De regresso à "Liga da Verdade"

Não consegui escrever uma linha que fosse após post de regresso de Bilbau e mesmo esse foi escrito como um tributo ao Solar do Norte, pela importância estratégica que tem na segunda cidade do País, pelo trabalho que lá se vem realizando que, desta feita, levou mais de 60 pessoas a Bilbau. Apesar de reiterar a ideia de que, no computo geral, não posso considerar a presença nas meias-finais um fracasso, não deixei de o sentir como tal termos ficado arredados da final. 

Não houve dia ou noite de então para cá que não tivesse começado ou terminado sem escrutinar o mais pequeno pormenor que conduziu ao desfecho final da eliminatória. Abstenho-me contudo de partilhar as minhas conclusões porque, mais do que ficar preso a um passado que já não podemos mudar, é necessário olhar em frente. Até porque novas possibilidades de se abriram de forma não totalmente inesperada, com os desaires do Braga, não esquecendo a final da Taça de Portugal cuja conquista é obrigatória.

E é regressando ao santo rectângulo que somos forçados a interrogarmo-nos sobre o que está por trás do caso U.Leiria. Com tantos clubes em situação semelhante porquê a U. de Leiria, que ainda por cima tinha já o seu destino traçado em direcção à Liga Orangina ou eventualmente à extinção do futebol profissional. 

A postura dos seus profissionais e sobretudo do sindicato, via Evangelista é, no mínimo, pouco racional. Sendo certo que alguns desse jogadores, ficando livres, poderão vir a ter algum clube interessado, não deixa de ser também verdade que alguns deles poderiam muito bem continuar com contrato de trabalho com o clube mesmo na Orangina. E a extinção da SAD, que parecem querer promover, é a pior das soluções para virem a reaver os seus créditos.

Correm já rumores de que o Braga, o principal interessado num mau desfecho de todo este caso, já acenou com dinheiro a alguns jogadores do U. Leiria. Não tenho meios de o confirmar mas não ficaria surpreendido que tal esteja a ocorrer. O Braga tem o 3º lugar em risco mas também pode ainda alcançar o 2º lugar sob mira, embora de forma mais remota e a ida à CL é demasiado atractiva do ponto de vista económico, por comparação com a alternativa, para esperar que tudo se resolva dentro das 4 linhas.

Mas o Braga parece já estar a ser bem defendido. Ontem o jogo entre o Beira-Mar-Paços de Ferreira ficou marcado pelo intervencionismo de Cosme Machado, o árbitro do encontro, por sinal, (ou sina?...) da AFBraga. Na primeira parte encarregou-se de ajudar o Beira-Mar a conquistar os 3 pontos, de forma a ficar com a permanência garantida, destroçando o Paços de Ferreira. Na segunda parte tratou de privar o clube de Aveiro de 2 jogadores, que assim não poderão jogar na próxima jornada. Que, certamente por mero acaso, é "apenas e só"  com o SCBraga.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A jornada de Bilbao não foi um fracasso

 À porta do inevitável Gugenheim
Houve bolo em fartura mas faltou a cereja, isto é a qualificação, a coroar esta deslocação do Sporting a Bilbao. A cereja não é dispicienda, era até muito importante para a afirmação do Sporting, mas reduzir esta eliminatória e o jogo de ontem em particular à sua ausência é redutor. O Sporting disputou ombro a ombro a eliminatória, foi até a equipa que mais dificuldades terá criado ao Atletic, e podia sem favor estar no seu lugar na final de Bucareste. Não aconteceu e, apesar da inevitável dor que isso representa para todos nós, aceito-o com o inevitável desportivismo de quem sabe que defrontou uma equipa muito evoluída do ponto de vista técnico e táctico e com jogadores, na sua maioria jovens, de elevada valia. E só 1 equipa seguiria em frente.
Adeptos Leoninos invadiram Bilbao
Estou convencido que o tributo prestado pelos bascos no final do jogo ao Sporting e aos seus adeptos não resultou apenas de um mera retribuição da recepção de que foram alvo em Lisboa. Julgo que os adeptos do Atletic perceberam a grandeza do Sporting ao verem as suas ruas invadidas por adeptos que amam profundamente o seu clube, que o celebram com uma profusão de cânticos e a ele se entregam com generosidade. E perceberam também que eliminaram um adversário difícil, como foi realçado acima. Quando ontem os Sportinguistas abandonaram Bilbau, com toda a inevitável tristeza, deixavam o nome do Sporting num patamar bem elevado.
Deve-se também dizer que para a generalidade dos Sportinguistas que se deslocaram a Bilbao deve ter percebido que os bascos estão longe de ser um povo frio e sanguinário que a actividade extremista publicitou durante décadas. Orgulhosos da sua identidade são também calorosos e bons anfitriões, assim o foram pelo menos ontem. Isto é válido no que diz respeito aos adeptos mas que se extingue nas condições reservadas aos adeptos. Felizmente que o jogo se disputou nesta primavera fria, tal era o calor na gamela com rede à frente. (Onde é que já ouvi  a ideia de que as redes existem nos melhores estádios da Europa?)
As condições para os adeptos eram deploráveis
No que ao jogo diz respeito ele não nos correu de feição. Tento evitar os "como seria se" e os "mas" porque não ajudam à objectividade e muito menos pretendo transformar uma derrota em vitória. Por isso não vale a pena pensar como seria se estivesse Izmailov, ou Matias sem ter interrompido o seu ritmo competitivo, estando convencido que mesmo sem essas adversidades o jogo seria igualmente difícil. O timing dos golos foi-nos adverso , embora seja difícil de definir quando é que é mais favorável sofrer um golo. 
O convívio entre adeptos foi uma constante
O começo foi terrível para nós e as trocas de bola constantes acabaram por nos fazer sofrer o primeiro golo. Conseguimos reequilibrar e acabar por marcar,dando justiça no à igualdade no resultado que depressa foi desfeita. A segunda parte foi ainda mais difícil, que nos obrigou a ver a baliza basca sempre ao longe. Não conseguimos contrariar as qualidades do jogo basco, com a agravante de não conseguirmos ter bola com tempo e qualidade para sair a jogar. Apesar disso a crueldade do golo no final é ainda maior porque, quando aquele surge, o Atletic já estava longe do fulgor da primeira meia-hora.

A arbitragem foi  de um revoltante caseirismo, dando razão aos receios expressos por Sá Pinto antes do jogo. O critério britânico de deixar jogar foi aplicado apenas em beneficio dos da casa e quando existe esta evidente duplicidade ainda mais reforça a desconfiança.

Embora a frustração seja grande não deixarei que ela acabe por falar mais alto no momento em que deixamos a Liga Europa. Quem diria que seria possível fazer desta equipa uma das sem-finalistas da  Liga Europa há poucos meses atrás? E se me propusessem igual trajecto no próximo ano nesta competição compraria de bom grado. 

Parabéns a Sá Pinto e a todos os que trabalham directa e indirectamente no futebol profissional pela forma como souberam levantar a equipa e, de forma totalmente inesperada, projectar o nome do Sporting. Parabéns a todos os leões que, nesta jornada, contribuíram para levantar bem alto e longe o nome do nosso clube.

Temos razões de nos orgulhar no que somos e de confiar no que o futuro nos reserva.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Mesmo à beira... do fim



foto GUSTAVO BOM/GLOBAL IMAGENS (JN)

O desperdício da primeira-mão, o primeiro golo precedido de lance ilegal do Athletic, permitir o segundo dos bilbaínos logo no minuto seguinte ao empate e mesmo à beira do intervalo. E, para finalizar, sofrer o terceiro mesmo à beira do fim... A sorte não esteve do nosso lado, nem o (perdoem-me o francês) CORNO do inglês...


De qualquer forma um grande aplauso pela caminhada, pela entrega e pela esperança que apenas soçobrou mesmo à beira do fim.



"E O SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR!"

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Tornar Bucareste possível em Bilbao


Por altura da primeira mão desta meia final da Liga Europa troquei umas impressões com o nosso amigo @imago_route (Tiago, que vivendo longe, em Barcelona, tem o Sporting no coração) e havia-lhe solicitado um artigo que espelhasse algumas dessas ideias. No afã do trabalho e da viagem para Lisboa não me dei conta do e-mail que me enviou na véspera do jogo, "ficando no prelo" o artigo que hoje é publicado, depois de devidamente resgatado e actualizado alguns tempos verbais. Afinal Bilbao é possível e lá tudo será possível, inclusive o apuramento para a 3ª final europeia da história do nosso clube. O "AnortedeAlvalade" estará representado em Bilbao e disso daremos conta aqui no blogue.

A eliminatória contra o Athletic Bilbao é das que espero com mais ansiedade dos tempos recentes do futebol leonino. A ideia era dar-te alguns argumentos que explicam o porquê de ansiar tanto o jogo, excluindo evidentemente os óbvios: o facto de ser o Sporting e de ser uma meia-final europeia. Estes argumentos também não incluem longas reflexões e análises técnicas e tácticas ao futebol do Bilbao. Considero o Athletic um excelente rival e portanto uma grande oportunidade para fazer história. Isto não implica necessariamente ganhar, apesar de evidentemente torcer sempre para que isso aconteça.

Um dos grande motivos pelos quais o Athletic é um excelente rival é o entusiasmo e o respeito do seu treinador quando fala do Sporting. É comum ouvir o treinador rival fazer um elogio de circunstância mas sabe melhor ouvir um treinador com a experiência e a trajectória de Bielsa dizer, textualmente, “que está contente por competir com o Sporting” por considerar o futebol português atractivo e o Sporting uma expressão dessa ideia. Competir com o Sporting. Não contente por ser um rival mais ou menos acessível, comparando-o com rivais anteriores ou possivelmente posteriores. Contente por competir, por jogar contra uma equipa de quem espera bom futebol. É outro motivo pelo qual o jogo promete: porque Bielsa espera uma proposta futebolística semelhante à sua. E a sua é ofensiva, criativa, intensa e, muitas vezes, ganhadora.

Há muitas maneiras de jogar futebol e, logicamente, muitas maneiras de jogá-lo bem. Às vezes, jogar bem assenta na eficácia, outras vezes ficamos contentes mesmo que a eficácia não permita obter uma vitória. Esta questão do modelo de jogo é antiga e o Sporting, equipa em transição e à procura de um modelo há uns anos, tem uma grande oportunidade pela frente: de enfrentar uma equipa criada a partir de um modelo (que aliás, não é novo) de um treinador e enfrentar um grupo que assimilou as suas ideias sem grandes reservas e com uma valentia e uma intensidade por vezes arrepiante. 

Quando Bielsa chegou ao Espanyol, em 1998, uma das suas primeiras declarações foi afirmar que “o grande objectivo é dar ao Espanyol um perfil, que as pessoas vejam jogar o Espanyol e vejam esse perfil”. Hoje o Athletic tem esse perfil, menos de uma época depois de chegar a Espanha, menos de uma temporada completa na Europa em toda a sua vida de treinador, e esse perfil é o de uma equipa de ataque. Trata-se do mesmo treinador que nao tem pejo em dizer abertamente, que é “um obsessivo do ataque, que vê vídeos para atacar, nao para defender” e que a sua táctica para defender é “simples: corremos todos”.

A questão da obsessão e dos vídeos é outra que denuncia outro ponto de interesse deste partido: Bielsa nao só está entusiasmado por defrontar o Sporting como aborda obsessivamente o jogo. Um detalhe que já é parte da mitologia do treinador sao o facto de, no decurso e no pós-negociação do seu contrato com o candidato à presidência do Athletic, que viria a ganhar e por isso a confirmar a sua contratação, Bielsa viu vídeos de todos os jogos da sua possível futura equipa, para estar seguro da sua escolha e, no caso de assumir a equipa, conhecer de antemão o grupo e o jogo que herdava. Outro, mais sério e mais relacionado com o Sporting, é o facto de Bielsa e os seus colaboradores mais próximos terem visto 42 jogos do Schalke04 entre o momento do sorteio o jogo da primeira mão da eliminatória entre ambas equipas. Acho fantástico que o Sporting tenha a oportunidade de competir e de se bater contra um grupo e um treinador que lhe tenha dedicada tanta ou mais atenção que os que mais têm estudado o nosso clube nos últimos tempos. Que haja da parte do rival um investimento de esforço e importância supremo, coisa que parece nao ter acontecido por parte do Man City e que, mesmo tendo tido um grande resultado para o clube, tornou o jogo em si mais desinteressante. Espero que o Sporting possa tirar conclusões  da forma como o Athletic se apresentar e como interpretou os seus pontos fortes e debilidades e que essas conclusoes permitam à equipa e ao treinador crescer e evoluir.

Estas observações sobre Bielsa e a sua equipa atraem também o treinador do Sporting, que hoje se confessou um admirador dos princípios de jogo do treinador do Athletic, sendo por isso também interessante ver como reage o Sá Pinto e a equipa contra um oponente que nao só conhece bem como um com o qual se identifica. Como adequar uma estratégia de anulação de um tipo de jogo que no fundo é o seu. Ou como não anular, para ser fiel aos pontos de contacto, mas sim jogar em positivo. Se a isto juntamos o facto de este jogo também permitir a Sá Pinto reacender uma rivalidade antiga com o principal rival do seu ex-clube no país basco (e ele que nunca perdeu como txuri-urdín contra o Athletic), há mais um ponto de interesse: essa salvaguarda perante antigos adeptos seus de uma honra recuperada no País Basco em exílio forçado, depois de a perder em Portugal.

Outro motivo de interesse adicional é a possibilidade de jogar em San Mamés. A Catedral, o único estádio espanhol que acolheu todas as edições da 1ª Divisão espanhola desde a sua fundação, um estádio marcado por uma identidade autónoma (e que a selecção espanhola nao visita desde 1967) e habitado por uma das massas associativas mais fieis e intensas de Espanha. Uma equipa em crescimento e em consolidação como é a do Sporting, com muitos dos jogadores influentes com menos de uma temporada de casa e que não se cansa de mencionar os adeptos como parte essencial na sua recuperação anímica, deve beneficiar dessa visita a um campo monumental e com o ambiente também criado por uma massa associativa de grande apoio e de apoio saudável, liberto de fantasmas de perigo ou hostilidade aberta contra adeptos rivais. E em San Mamés estarão muitos sportinguistas que esperemos que participem na festa e que a façam no final mais do que os adeptos locais.

Um último motivo de interesse adicional para este jogo é a oportunidade de marcar a diferença num momento triste e que requer solidariedade, mais do que entre clubes, entre quem gosta de ir ao futebol. E essa diferença já ficou estabelecida na forma como os bascos foram recebidos em Alvalade. 

Como se sabe, a polícia basca, a Ertzaintza, matou com uma bala de borracha um adepto do Athletic, Iñigo Cabacas, alegadamente ao tentar reprimir confrontos entre adeptos do Athletic e do Schalke04 após o jogo da UEFA. A tese dos confrontos (e do envolvimento de Iñigo nalgum tipo de violência) já foi desmentida por várias testemunhos e o próprio governo basco abdicou do uso deste tipo de armamento em controlo de multidões. Mas um adepto inocente morreu devido à brutalidade policial, pretensamente legitimada pela crença que um adepto de futebol é um potencial hooligan e, nos tempos que correm, de crise geral e de tensão basca em particular, um potencial terrorista. 

O Sporting tem na sua história episódios recentes de violência indiscriminada contra os seus adeptos por parte de forças policiais e episódios não tão recentes de violência mortal tratados com uma negligência e brandura policial incompreensível e inaceitável. Assim, uma das esperanças para amanha é também que a maioria dos adeptos seja consciente desta história, da necessidade de responsabilização de todos os intervenientes no jogo (a começar pelos que vão armados e com licença para agredir) e que se estabeleça algum tipo de solidariedade manifesta entre ambas massas associativas num momento em que o futebol será cada vez mais uma válvula de escape para um mal estar social crescente. E a resposta policial será cega tanto para os que gritam pelo seu clube pelos que clamam por justiça social, como muitos adeptos e militantes portugueses e bascos infelizmente sabem por experiência própria. 

Dito isto, o que mais me irrita no jogo de amanha é não poder lá estar.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

domingo, 22 de abril de 2012

Eficácia e SuperBoeck

Foto DN
Pelo histórico seria sempre uma questão de orgulho vencer o jogo de hoje frente ao Nacional. Fazê-lo com uma equipa de recurso e com uma média de idades que daria para participar num campeonato sub-23 soube ainda melhor, mantendo altos os níveis de auto-estima para encarar os difíceis compromissos que temos pela frente.

O jogo fica marcado pela eficácia revelada na hora de facturar e com Marcelo Boeck a segurar o que às vezes não parecia possível. Relativamente ao comportamento colectivo, nada a dizer relativamente à entrega ao jogo, o que talvez tenha até acontecido em excesso, em prejuízo de maior frieza e inteligência no controlo dos espaços e saídas em transição.

Em termos individuais, e para lá do destaque dado a Boeck, é impossível não destacar a infantilidade, imperdoável a este nível, de Rúbio, logo no dia em que se estreou a marcar na Liga. De resto quase todos os jogadores estiveram ao mesmo nível.

Nada a dizer do trabalho de Carlos Xistra, fosse sempre assim.

sábado, 21 de abril de 2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

De treinador e "El Loco" Sá Pinto não tem pouco

(Foto maisfutebol)
Antes de ir propriamente ao tema do post há que fazer uma nota prévia que me parece de inteira justiça. Ontem, após o golo tremendamente injusto, do Atletic (o que é afinal a injustiça no futebol?) nunca deixei de acreditar na possibilidade de um resultado melhor. Mas a remontada (termo que ontem fez ainda mais sentido...) que se seguiu podia não ter acontecido o que em nada afectaria a minha consideração pelo excelente labor e entrega total dos homens que constituem a nossa equipa. Teria ficado triste mas tributaria na mesma de pé o trabalho e qualidade com que este foi levado a efeito.

Peça incontornável  no motor da vitória foi o nosso treinador Sá Pinto e com ele seguramente toda a equipa técnica que o acompanha. Não é demais destacar que na melhoria do Sporting há um trabalho colectivo que merece ser assinalado. Alguém se lembrou ontem que a equipa estava de rastos, apesar do esforço que foi necessário fazer para superar o resultado adverso? Na decisão da melhor estratégia a adoptar não contou uma boa observação feita ao adversário? 

Mas o treinador além de líder tem que ser um óptimo decisor e tem que o ser em circunstâncias muitas vezes caóticas e ontem, perante o experiente e incensado  "El Louco" Bielsa Sá Pinto soube primeiro abordar bem o jogo, na forma como dispôs a equipa nos momentos iniciais e como lhe mexeu na hora de ir à procura de melhor sorte, que acabou por merecer inteiramente.

Salientaria a forma como baralhou as peças bascas de onde poderia vir maior perigo como Susaeta, De Marcos e Muniain. O Atletic é uma equipa que gere muito bem a posse de bola e, para o contrariar, Sá Pinto "deu-lhe pouca importância" enquanto esta estivesse nos pés dos centrais ou em zonas mais recuadas do terreno. Mas soube fechar quase sempre o acesso às zonas interiores e particularmente nas imediações da área, onde podem os bascos podem ser letais.

Para o sucesso da sua estratégia, para lá de uma notável entreajuda,  há falar em primeiro lugar de Wolfswinkel. Foi crucial o seu trabalho sobre os centrais bascos quer a condicioná-los quando estes procuravam lançar o jogo quer ao obriga-los a deslocarem-se do centro para as linhas, abrindo espaços que Capel, Martins e Izmailov (este sobretudo nos 30 minutos finais) souberam aproveitar. 

Parece-me também justa a menção ao holandês, que esteve infeliz na hora de finalizar. Tem aí muitas solas para romper mas não é demais lembrar que, com a sua idade, Liedson andava ainda a arrastar carrinhos de supermercado e que são muito poucos os que nesta fase da carreira são mais letais e, por isso, não estão ao nosso alcance. Um jogador que trabalha como Wolswinkel trabalha para a equipa também merece a nossa condescendência.

Hoje é mais uma vez algo injusto fazer destaques quando os méritos do resultado são colectivos: treinador, jogadores e um público que tem feito de Alvalade um verdadeiro inferno para os adversários. Mas é justo destacar a coragem de treinador e jogador na boa prestação de André Martins. No trabalho de formiguinha de Schaars, abdicando com humildade de maior atenção, precisando de melhorar consideravelmente a forma como bate as bolas paradas, porque aquele pé esquerdo pode espalhar o terror em qualquer defesa. O talento do tamanho da Rússia de Izmailov. O progresso de Capel em direcção ao jogo colectivo coroada com a decisão do resultado.

Voltando a Sá Pinto, quem imaginaria que o nosso treinador ganhasse aos pontos o seu primeiro round com El Loco Bielsa? Há algum jogo o Atletic tenha sofrido tanto como ontem em Alvalade? Hoje, mesmo que a muito custo face ao tradicional chauvinismo, não faltam elogios à nossa prestação, à mistura com alguma surpresa, nos média do país vizinho.

Nota Final: A festa em Alvalade foi bonita. Grande público leonino a que se juntou uma das melhores falanges de apoio adversárias que vi passar pela nossa casa.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pride and Joy


Orgulho e alegria! A eliminatória está a meio bem sei, faltam 90 minutos de jogo intenso, mas hoje após esta primeira parte de luxo, apenas quero reter estes dois sentimentos, Orgulho e Alegria.

Excelente jogo em Alvalade, todos os Leões que estiveram hoje nas bancadas vão guardar aquele bilhete para um dia mais tarde recordar com orgulho e dizer com um sorriso imenso:
– Eu estive lá!
- Eu gritei!
- Eu apoiei quando a sorte virou as costas!
- Eu carreguei a equipa! Eu e muitos milhares de Leões fomos os onze que lutaram em campo!
- Eu estive lá!

Ah, se o Sá Pinto desse uma oportunidade de jogar ao Sr. João no Sector B14, aquele pastilho do Insúa estava lá dentro, a D. Isabel no B27 marcava naquele remate o Wolfswinkel, aliás no outro do Wolfswinkel até o miúdo Miguel da A04 marcava, o Cristóvão lá na tribuna era aquela cabeçada, pimba lá para dentro, vez Ricky estás a dever 3 golos em Bilbao. Para finalizar o Zé algures pelo A17, assistido pelo Hugo após recuperação do Virgílio não falhavam o remate do Carrillo. 

Grande jornada companheiros! 

Parabéns ao Sporting, a todo o universo Sporting!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Esta despedida de Alvalade é obrigatória

Amanhã será provavelmente o dia que me despedirei de Alvalade esta época e aproveito a ocasião para lembrar a todos que tenham essa possibilidade para fazer o mesmo. Será também a despedida dos grandes jogos em casa na presente época e estes são aqueles jogos com que sempre sonhamos e acabam por ocupar um lugar especial nas nossas memórias. Afinal estamos a falar de uma meia-final de uma competição europeia, a quinta da nossa história.

Para lá da festa que a ocasião irá representar é preciso não esquecer o jogo. Esse será seguramente difícil e exigirá nervos de aço não apenas aos jogadores e equipa técnica mas também aos adeptos na bancada. O futebol, na sua aleatoriedade, tende por vezes a ridicularizar as mais firmes previsões e a deitar por terra muitas convicções tidas como inabaláveis e é talvez por isso que tanto gostamos da modalidade. Mesmo assim arrisco que o jogo de amanhã deixará tudo em aberto para o jogo de Bilbao, onde espero estar e assistir à qualificação do Grande Sporting!

Ficar em casa amanhã só por necessidade ou obrigação. O Sporting precisa de nós e merece o melhor de nós!

TUDO É POSSÍVEL! NÓS SOMOS O SPORTING!

Há pouco de acaso no que acontece ao Sporting

O aftermath do "caso Cardinal", rapidamente transformado em "caso PPC", acabou por submergir o importante jogo de amanhã na agenda sportinguista. Para os adeptos é inevitável a recordação de outros momentos de importância equivalente em que, como que surgindo do nada, aparece algo a desviar a atenção ou roubar-nos a alegria do momento que devia ser vivido com toda intensidade.  

Este sentimento vago de insatisfação e/ou desassossego é já quase uma matriz Sportinguista e há que perceber a sua génese antes que todos desistamos de fazer do Sporting um clube melhor todos os dias, esmagados pelo peso da inevitabilidade quando se crê que o destino e o fado são maiores do que a vontade colectiva.

Há, nas atitudes e na forma de nos relacionarmos com o clube muitos exemplos, (quem sabe alguns até poderão ser encontrados no que escrevo neste blogue), que ajudam de certa forma a explicar que o acaso é insuficiente para explicar os nossas dificuldades atávicas. 

Assim, enquanto seguia a minha rotina matinal de leitura da imprensa, tropecei em duas situações de alguma forma paradigmáticas que continuam a concorrer para que o Sporting veja reduzidas as suas possibilidades de êxito.

A primeira e a mais importante de todas é a forma como o Sporting continua a ser um clube com paredes de vidro, ao invés de ser uma instituição blindada. Quem julga que em organizações equivalentes não surgem dissensões e fracturas como as que têm vindo a lume no seio do CD do clube não acontecem vive longe da realidade. Evidentemente que em clubes como o FCP, onde subsiste uma liderança carismática mas também  “eucaliptíca” de 30 anos, é natural que surjam com menos frequência. Mas surgindo ou não os seus adeptos são pelo menos poupados à exibição pública das suas misérias. 

Ora a esse espectáculo deprimente somos muito poucas vezes poupados. Hoje basta pegar em qualquer folha de couve para ficarmos a saber, pormenor por pormenor, mais ou menos escabroso, o que se passou na reunião do CD.

Sobre isto ocorrem-me imediatamente 2 sugestões:

1- Que o presidente do CD, Godinho Lopes, faça uma adenda ao pedido feito ao Conselho Fiscal e Disciplinar para apurar o sucedido no “caso PPC” e apure até às últimas consequências quem anda a levar e a trazer o que deveria ficar em bom recato. Sob pena de vergonhosamente se equipararem as reuniões do CD do Sporting Clube de Portugal às conversas de rua das mulheres do soalheiro.

2- Se não se conseguem tapar os buracos, que bem parecem capazes de rivalizar com as fugas do centenário Titanic, abram-se as reuniões do CD aos sócios. Sempre merecemos saber em primeira mão o que nos chega agora por entrepostas pessoas e que sendo por norma jornalistas, e no actual panorama do jornalismo desportivo, nos deixa pouco seguros se o que lemos é um romance de cordel para vender mais e mais rápido ou a verdade ou parte dela.

A segunda e talvez não menos importante está na forma como nos relacionamos com o clube e na exigência a que o sujeitamos que não tem, bastas vezes, par com a que usamos connosco, seja na vida pessoal seja na vida profissional. Dei comigo a pensar nisto após a leitura do artigo de opinião do nosso consócio Carlos Barbosa da Cruz, inserto no jornal Record, que, por sinal, pertence ao Grupo Cofina do qual é administrador. 

De facto julgo que todos nós partilhamos dos princípios que enuncia, mormente que “O Sporting Clube de Portugal é uma instituição centenária, de utilidade pública, baluarte do desporto”. Ou que “o Sporting era diferente dos outros clubes, tinha uma ética nos princípios e na prática que os outros não tinham”. Infelizmente o nosso consócio, na sua qualidade de dirigente de topo daquele grupo, já não parece aplicar o mesmo padrão ético e moral à sua organização, não tendo nada a dizer sobre o que vem fazendo o Correio da Manha desde que o processo foi despoletado.

Ora o Sporting não existe sozinho, tem que coexistir, interagir e por vezes concorrer  com as demais organizações, seja o Governo, a Liga, a FPF, os clubes, etc. etc,. Se tem que estar sujeito a um balizamento estreito na sua conduta esse é o padrão que deve ser exigido aos demais. Isso deve começar nas nossas áreas de influência directa, sob pena de tornarmos os princípios nobres num espartilho que serve para os nossos concorrentes nos ultrapassarem enquanto se riem de nós.

terça-feira, 17 de abril de 2012

E agora Sportinguistas, o que vão fazer?

Para preservar o espírito do post colocado hoje no Bancada Nova este vai ser colocado aqui na íntegra. O titulo é da minha iniciativa, mas foi retirado do texto original. Os sublinhados são meus.

Encerrar o blog deu-me a oportunidade de falar apenas do que mais me interessa, do futebol no campo. Mas não consigo passar ao lado do que se está a passar neste momento no clube – tenho feito muitos comentários no twitter mas estes nunca têm uma profundidade mínima – e não consigo deixar de referir a minha revolta e indignação com as estruturas da democracia portuguesa. Porque o que se passa é bem mais grave do que um ataque a Paulo Pereira Cristóvão ou ao Sporting, é elucidativo de que instituições – a imprensa escrita e a polícia judiciária – que são supostas ser neutras (cegas) e zelar pelo pluralismo, estão ao serviço de alguém.

1. Cronologia – O Sporting jogou com o Marítimo para a Taça de Portugal a 22 de Dezembro de 2011, os alegados factos terão ocorrido antes – entre 19 de Dezembro e o dia 22 de Dezembro. O Sporting jogou com o Benfica a 09 de Abril, ganhou o jogo virtualmente afastando o Benfica da possibilidade de vencer o campeonato esta temporada (até este momento, com 1pto de separação entre Benfica e FCPorto, o Sporting poderia ser decisivo na atribuição do título ao Benfica), e a primeira notícia sobre os alegados factos é de 11 de Abril. As buscas foram realizadas pela PJ a dia 12 de Abril e, desde então, nos últimos 7 dias, houve a publicação consecutiva em três órgãos da comunicação social – Correio da Manhã, Record e Diário de Notícias – de notícias sobre actos da investigação (desde imagens recolhidas, pessoas envolvidas, de declarações prestadas, conjecturas sobre o envolvimento de Godinho Lopes com base na localização de chamadas efectuadas e escutas) e outras notícias que nada têm a ver com o objecto do processo - desde espionagem a jogadores, árbitros e dirigentes (que em nada têm a ver com o objecto do processo) a “traições” no Conselho Directivo, a querelas internas entre dirigentes.

O que me impressiona é que haja pessoas suficientemente burras para achar que isto é uma coincidência. E que haja outras pessoas suficientemente toldadas para acreditar que tudo o que se diz é verdade, apenas e só porque põe em causa a “corja roquettista” e outros epítetos afins. Tanto os burros quanto os toldados são pessoas que não têm discernimento para compreender que mais do que um ataque frontal e cerrado ao Sporting, o que se tem vindo a verificar é o próprio ataque às estruturas da democracia.

Para que serve a liberdade de expressão se ela for utilizada para condenar na praça pública quem não se pode defender? Para que servem as restrições à liberdade de expressão – por exemplo, a proibição da difamação ou da calúnia – se o sistema judicial demora anos a responder e uma empresa de comunicação pode passar semanas a minar, por dentro e por fora, uma pessoa ou uma instituição?

Para que serve a separação de poderes e o princípio da legalidade na acção penal se são as instituições judiciárias que decidem quem investigar, quando investigar, que meios utilizar nessa investigação e quando e como podem quebrar o sigilo da investigação para condenar na praça pública aquilo que não conseguem fazer nos tribunais? Quem policia o polícia? E quem policia o polícia, tão célere a deter o ex-presidente do Benfica por factos ocorridos durante a sua presidência (sim, foi no dia seguinte, mas não durante!) ou tão célere e tão expedita a investigar alegadas condutas de dirigentes do Sporting, numa semana que pode ser financeira e desportivamente importantíssima para o futuro da instituição?

Muito mais do que a desproporção de meios utilizados relativamente a um tipo penal que não tem, por exemplo, a natureza de crime organizado e/ou uma prática de corrupção instituída (e Dias Ferreira foi suficientemente imbecil para dizer que esta prática era mais grave, o que não surpreende face à sua flagrante idiotice), é o atentado às estruturas da democracia que choca. Esta semana foi o Sporting e Paulo Pereira Cristóvão, para a semana será ouro qualquer, e enquanto houver néscios que aceitem este estado de coisas – que chegaram ao mais alto nível, com declarações do Procurador-Geral da República e do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto – o melhor talvez seja mesmo emigrar (nós e o Sporting).

2. Presunção – tenho manifestado a minha incredulidade face à absoluta ausência – de qualquer quadrante, salvo muito honrosas excepções (e muito pouco verbais) – de defesa de Paulo Pereira Cristóvão das acusações (públicas) de que é alvo. Não se trata da “presunção de inocência” (que é um critério de valoração da prova) ou do benefício da dúvida, trata-se antes do respeito pela estrutura acusatória do processo penal (principio fundamental dos estados democráticos…) e da simples constatação de que uma investigação que se conduz de acordo com a cronologia acima referida, que obedece a critérios de oportunidade na acção penal tão evidentes e que ainda atropela disposições penais de (pelo menos) igual dignidade como o segredo de justiça, NÃO VALE NADA. Eventualmente – porque ainda não podemos distinguir o que é verdade em tudo o que vem sendo reportado – as pessoas responsáveis e/ou em contacto com a investigação têm um inexistente respeito pelos princípios fundamentais de um estado democrático e pela inviolabilidade da integridade moral de uma pessoa e – consequentemente – também NÃO VALEM NADA.

Isto é o que se me apraz dizer sobre esta investigação e sobre quem a conduz. Mas há mais.

De todos os quadrantes – vide o imbecil do Eduardo Barroso a ameaçar Paulo Pereira Cristóvão de expulsão – age-se como se o que se reporta nestas peças “jornalísticas” tivesse, ou um fundo de verdade grande, ou fosse mesmo tudo verdade. Porquê? Qual a razão desta presunção de culpa de Paulo Cristóvão relativamente aos factos de que vem sendo acusado, numa investigação com as características acima descritas? Porque não haveria de ser tudo mentira? Já sabemos que a investigação tem um NULO respeito pelas pessoas e pela instituição em causa, porque não podemos presumir que esta investigação se destina apenas e só a garantir a validação judicial de escutas que sirvam outro propósito (como controlar a acção do Sporting, saber como se pretende contrariar a criminalidade organizada que existe no futebol, etc.)? O que nos garante que eventuais escutas efectuadas, que em nada tenham a ver com o objecto do processo, não estarão a ser vendidas ao melhor preço?

Pelo comportamento da investigação e da comunicação social, esta utilização instrumental do processo penal para a prossecução de interesses particulares, parece-me bem mais provável do que a eventual responsabilidade criminal de Paulo Cristóvão pelo que vem sendo alegado.

Que haja sportinguistas que rejubilem e se apressem a condenar quem ainda nem sequer teve o direito de consultar os factos relativamente aos quais está a ser investigado, não surpreende. Porque há muito sportinguista a fazer bem pior do que os lampiões e do que os tripeiros.

3. Inocência – um último (curto) parágrafo sobre a inocência das acusações que têm vindo a público. Tenho lido de tudo um pouco mas em todas as peças jornalísticas aparece que a “denúncia” recebida pelo Sporting foi efectivamente efectuada por uma ex-namorada de Cardinal. Ora, salvo melhor opinião, se isto for verdade, parece-me manifestamente improvável que – verificando-se a existência de todos os outros comportamentos – se preencha o tipo de crime em causa. Isto para falar na inocência dos acusadores actuais (a comunicação social) que nem tem a inteligência de perceber isto.

Mas mais importante é a inocência de muitos que acham que um ex-inspector da Polícia Judiciária faria as coisas da forma transparente que se encontra relatada. E ainda mais importante é a total ausência de reflexão sobre os motivos de semelhante conduta. Porque pretenderia o Sporting afastar José Cardinal de um seu jogo, para ter no seu lugar outro fiscal de linha (!!) que não seria sua escolha (ao contrário de outros com capacidade de nomear…)? Estas duas questões não parecem merecer qualquer linha de reflexão e/ou (pelo menos!) de dúvida sistemática.

Com uma ligeireza que fere a dignidade dos princípios da democracia em que vivemos, aceita-se placidamente que Paulo Pereira Cristóvão e o Sporting tenham de forma patusca procurado afastar um árbitro auxiliar de um jogo em Alvalade, como se isso pudesse fazer sentido de caras. Mais depressa se vê a justificação de que temos de procurar combater com as mesmas armas(!) do que a mera reflexão de que esta história não está apenas mal contada, está estrategicamente mal contada e visa atacar uma das maiores instituições portuguesas.

Portanto, sportinguistas, o que vão fazer?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O regresso de PPC pode ser para ontem?

Face ao esturricar diário que vem sendo feito na imprensa ao vice-presidente do Sporting, sem que o clube o defenda de forma eficaz, não me surpreende a decisão de PPC em regressar às funções. O segredo de justiça parece, como em quase todos os outros casos mediáticos, funcionar apenas num sentido, obrigando os arguidos ao silêncio enquanto a imprensa, com o Correio da Manhã à cabeça, a deixar cair diariamente noticias, sem qualquer prova ou confirmação, que vão formando a opinião pública.

Sobre a possibilidade de o CD recusar o regresso de PPC  e salvo melhor opinião , tal não me parece uma boa medida. Para o exterior seria a admissão de culpa. Se, como Godinho Lopes disse, o CD confia na sua inocência, tem agora uma dimensão prática para o demonstrar.

Sou já demasiado velho para acreditar em coincidências. Não me surpreende que, independentemente do que é verdade e do que venha a ser apurado, PPC seja um alvo que a muitos daria gosto abater. PPC talvez seja, dos membros que compõem o actual CD, aquele que melhor percebe as particularidades do futebol português, juntamente com o Luís Duque. E isso tem faltado em anos seguidos ao Sporting. Os dirigentes parecem revelar alergia ao cheiro dos balneários bem como aos subterrâneos do futebol português, onde muito da sorte é decidida. Não duvido que o Sporting precisa de gente que incomode e que infunda receio junto de aqueles que se recusam a respeitar-nos. Já passou demasiado tempo para esperar que nos vejam trazer ao colo o que é nosso de direito.

Nada acontece por acaso. Nesse sentido não surpreende que o Correio da Manhã, baluarte nacional do jornalismo de sarjeta, tenha escolhido Patrício como exemplo dos “perseguidos” de PPC. É pública a sua situação contratual com o Sporting e uma noticia como esta dificilmente ajuda a um entendimento. E quanto à possibilidade de os jogadores do Sporting serem “vigiados” da parte que me toca só me resta um comentário: até que enfim! Provavelmente o Sporting será dos últimos clubes a adoptar tal medida.

Não falo obviamente de um “Big Brother” mas o Sporting, tendo em conta o investimento que faz nos seus jogadores e do que deles depende para alcançar resultados, tem que assegurar que a sua vida privada é consentânea com a sua vida profissional. E tem obviamente que assegurar também que noticias, como por exemplo as do Grimi apanhado a altas horas da noite e com álcool no sangue, ou não aconteçam ou sejam contidas. Elas fazem a imagem do clube e a relação dos adeptos com a equipa.

É lamentável que o Sporting, sempre que está num bom momento ou em véspera de grandes decisões veja, seja por culpa própria uma vezes, por fomento externo ou ambos, surgirem casos e episódios que ameaçam a estabilidade necessária. Será inocente que um caso que foi despoletado o final do ano passado tenha dito agora os desenvolvimentos que teve e, face à acusação de “denúncia caluniosa” os meios que foram empregues?

Do mês que resta para o fim se fará a história desta época e por isso não é a altura para abrir mais uma frente interna, discutindo o  sexo do anjos. Não concebo que o meu clube adultere a verdade desportiva mas tenho cada vez menos pruridos em aceitar uma resposta musculada contra o tráfico de influências, contra os interesses instalados.

O Sporting pode contar apenas consigo e com os seus. Da imprensa, mais do que a missão de informar, que ainda ocorre, mas cada vez menos, há a necessidade de vender. Não é apenas o CM. Durante todo o fim-de-semana a Sport Tv passou em rodapé a noticia de que PPC foi acusado de tentativa de corrupção. E vários foram os que tentaram que o caso fosse analisado como se de coacção se tratasse, com objectivos óbvios. E dos organismos oficiais que pode o Sporting esperar, depois do que vimos este ano acontecer com a recusa dos árbitros e as consequências nulas deste procedimento?

sábado, 14 de abril de 2012

A Grandeza do Sporting

Depois de na passada segunda feira ter sido apresentado, em pleno relvado de Alvalade, o ressurgimento do râguebi no Sporting, e já com actividades programadas, este sábado, num evento que juntou mais de 150 antigos atletas, técnicos e dirigentes da modalidade no Clube, foi apresentado o regresso do Sporting ao basquetebol, também já com o anuncio do “Dia do Basquetebol – o Sporting está de volta”, para o próximo dia 23 de Junho.

Este evento contou com a presença do Presidente do Conselho Directivo, Engº Godinho Lopes, os vogais Ricardo Tomás e Rui Paulo Figueiredo, que aproveitaram a ocasião para confirmar a construção do pavilhão do Sporting, mesmo com o protocolo com a C.M. de Odivelas.

Não conhecendo em pormenor os moldes como se vai reger a secção de râguebi, o basquetebol ressurgirá, numa secção autónoma, apoiado na formação, desde o minibasquete até aos escalões etários que permitam apresentar equipas que representem o Sporting com a dignidade que o Clube impõe.

É com imensa alegria que vejo o Sporting, aos poucos, a voltar ao rumo que nunca devia ter abandonado. O Sporting Clube de Portugal, desde a sua fundação, sempre foi um clube eclético que se bateu entre os melhores de Portugal, da Europa e do mundo, mas em 1995 embalado por vãs promessas, de que acabando com o ecletismo se conseguiriam, no futebol, vitórias e títulos dia-sim dia-sim, renunciou à sua identidade e auto amputou partes integrantes do seu todo.

Ao râguebi e ao basquete leoninos apresentam-se agora tarefas duras pela frente. Ao râguebi, talvez, ligeiramente mais fácil, pois é uma modalidade com um grande cariz amador, entre os praticantes. Quanto ao basquetebol, com uma vertente altamente profissional no topo da pirâmide, o caminho a seguir terá de ser semelhante ao que o hóquei realizou, e onde, só agora, ao fim de 9 anos de muito trabalho, e competência, irá conseguir atingir o 1º escalão da modalidade.

Em 1995 foi desbaratado um excelente trabalho de formação que foi parar a outros clubes, que bem se aproveitaram dele. Ainda hoje, 17 anos depois, jogam em equipas profissionais do primeiro escalão do basquetebol português atletas que saíram do Sporting na altura da suspensão da secção.

Desejo o maior sucesso para as duas secções de regresso, mas muito gostaria que algumas das modalidades que ainda não ressurgiram, rapidamente voltassem ao convívio dos leões. Gentes do voleibol quando ouviremos falar de vós?

A grandeza do Sporting vê-se, sem dúvida, pelas conquistas da sua equipa principal de futebol, mas as modalidades são um suporte imprescindível para atingir a Gloria do nosso lema.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os Brunos de Carvalho e se o ridiculo matasse

No site Relvado
O jornal Record e seguidamente o site Relvado publicaram hoje a noticia cuja ilustração do post testemunha. O Record apressou-se a mudar a fotografia mas também o teor, uma vez que, ao contrário do que é dito no pedido de desculpas, não foi só a fotografia que havia sido mal colocada. 

Isto porque, tal como o Relvado escreve na noticia documentada na foto ( e que me parece uma mera réplica do Record) era Bruno de Carvalho candidato à presidência do Sporting que era dado como citado na noticia e não o fulano que agora figura na versão corrigida. 

E assim se vai fazendo jornalismo em Portugal.

Quanto ao Bruno de Carvalho que agora vem correctamente ilustrado no Record, aproveitou o Sporting para desviar as atenções da semana difícil que se vive para os lados do Colombo. O Sporting é grande e também serve para isso.

O estranho caso de Paulo Pereira Cristóvão


Decepção e incredulidade
Falta ainda saber quase tudo sobre o que realmente aconteceu no “caso Cardinal” mas não há como dizê-lo de outra forma: as noticias das buscas a Alvalade, o envolvimento do vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão e a sua posterior constituição como arguido num processo judicial por “difamação caluniosa” é uma má noticia para qualquer Sportinguista e motivo de profunda decepção e tristeza.

Ir pela lã e sair tosquiado
A história de que Paulo Pereira Cristóvão caiu na sua própria armadilha quando pretendia incriminar Cardinal é, à luz do que hoje se conhece, demasiado rocambolesca e com muitas “falhas entre pontos” para merecer para já mais comentários. A ser verdade revela um amadorismo confrangedor, difícil de conceber e até de perdoar. PPC será tudo menos um menino de coro e por isso custa-me a crer no que até agora se sabe. O Sporting denuncia um caso que o próprio criou deixando atrás de si um GPS que guiaria até Alvalade???

Virgens ofendidas
Mas se a decepção e incredulidade da família sportinguista se justifica e compreende a da de outras famílias nossas velhas conhecidas também. A acusação de difamação caluniosa não é similar à acusação de corrupção desportiva nem o mesmo que ser escutado a escolher árbitros. Quem, perante estes e outros factos sobejamente conhecidos de todos, sempre encontrou uma boa desculpa para não se indignar poupe-nos ao deprimente espectáculo do rasgar das vestes. O Sporting separou as águas com a suspensão do mandato do seu vice-presidente, não somos sequer parecidos.

A denúncia caluniosa
A acusação que é alvo quer no fundo dizer que PPC tentou incriminar o assistente Cardinal, amigo dilecto do Sporting de há longa data. Tenho sérias dúvidas que a correcta interpretação dos factos seja esta. Muito mais provável será a intenção de afastar o assistente do jogo importante com o Marítimo, o que foi alcançado. Estaríamos na mesma apurados para a final da Taça de Portugal se Cardinal estivesse presente, ou ter-nos-ia sucedido o mesmo que aconteceu na Taça da Liga, quando nada fizemos para impedir que a famosa tripla Lucílio, Ferrari vermelho e Cardinal nos fulminasse e afastasse da conquista do primeiro troféu da competição?

Todos os fins justificam os meios?
Abordar questões morais no contexto do futebol português é movimentarmo-nos por terrenos pantanosos. O Sporting está há décadas constrangido entre uma teia de interesses e máquina de fazer resultados dos seus principais concorrentes. O presente campeonato pode vir a demonstrar que abaixo de nós há “agentes livres” que se especializaram a aproveitar as falhas do sistema ou se contentam com as migalhas que caem de algumas mesas mais abastadas. O Sporting não tem capacidade de influência para atrair até si clubes em número suficiente para constituir massa critica suficiente para alterar por dentro para impor a transparência que o futebol necessita. Isto porque a generalidade dos dirigentes conhece os atalhos para chegar mais longe de forma mais rápida. Perante uma luta desigual é admissível tentar todos os meios ao seu alcance? Obviamente que não!

Leões mansos é que não
Não gostava de ver o Sporting seguir o mesmo caminho que seguiram outros. Por causa da falta de sucesso o FCP empreendeu um caminho de abastardamento que valida qualquer vitória, independentemente do que tenha que pagar por ela. O SLB vive numa ambivalência perigosa, que por vezes parece não ir mais longe porque não sabe fazer melhor. Mas há já demasiado cansaço por sermos obrigados a sermos muito melhores que os outros para podermos ambicionar os mesmos resultados. Há uma guerra latente contra nós com imensas batalhas perdidas na nossa contabilidade e cujo curso urge inverter porque o nosso crescimento também passa por aí.

O afastamento de PPC
Não conheço PPC, embora tenha estado pessoalmente com ele uma vez. Tenho a impressão de se ter dedicado de corpo e alma ao Sporting e na área do Património há trabalho realizado que salta à vista de todos. Estou em crer que o seu afastamento é uma perda para o actual Conselho Directivo e para o Sporting.  E uma vitória para quem ele constituía um incómodo permanente e para quem há muito queria dividir ou subtrair...

NOTA: Quantos casos de "denúncia caluniosa" se conhecem cuja investigação envolve os meios ontem referenciados?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Paulo Pereira Cristóvão suspende mandato

(em actualização)

Comunicado do Conselho Directivo do Sporting:

O Sporting Clube de Portugal vem comunicar que se realizaram buscas no Estádio José Alvalade, esta quinta-feira, promovidas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, tendo sido prestada toda a colaboração solicitada.

O processo encontra-se em segredo de justiça pelo que o Sporting Clube de Portugal abstém-se de, nesta fase, tecer quaisquer considerações sobre o mesmo.

O Sporting Clube de Portugal informa que o vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão solicitou, ao presidente do Conselho Directivo, a suspensão do seu mandato, a qual foi aceite com efeitos imediatos.

O Conselho Directivo

Lisboa, 12 de Abril de 2012

Comunicado de Paulo Pereira Cristóvão:

Face ao ocorrido, entendi que, estando a minha honestidade pessoal, e enquanto dirigente, em causa, deveria apresentar, ao presidente do Conselho Diretivo, com efeitos imediatos, o meu pedido de suspensão do mandato como vice-presidente do Conselho Diretivo do Sporting Clube de Portugal.

Tal decisão não encerra qualquer assunção de culpa, antes pelo contrário, e deve-se única e exclusivamente, com aquilo que entendo serem os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal.

No dia de hoje foram efetuadas buscas à minha residência, à minha empresa e às instalações do Estádio José Alvalade, e no decurso das quais fui constituído arguido, num processo de denúncia caluniosa.

Sobre este assunto, nesta fase, nada mais entendo que deva declarar.

Cardinal, o circo continua


NOTA IMPORTANTE: O post foi escrito antes de se conhecerem os novos desenvolvimentos que redundaram nas buscas a Alvalade, residência de Paulo Pereira Cristóvão e com este a ser constituído arguido. Aguardo uma declaração do clube e do próprio para uma tomada de posição. Quanto ao teor mantenho-o.

Contudo deixo 2 notas:

1- A ser verdade a noticia que corre seria absolutamente lamentável a escolha deste tipo de actuação e o amadorismo que tal revelaria. Parece-me de todo improvável que alguém com o passado de PPC montasse tamanha baderna, sabendo, melhor do que ninguém, as possíveis consequências, mais ainda fazendo-o em nome do Sporting.

2- Não pode ser de todo inocente a sequência das noticias do DN e todas em exclusivo.


Há ainda poucos dados sobre o “caso Cardinal” mas a sua estrondosa aparição suscita desde logo uma série de questões à priori:

- O caso seria sempre grave mas envolvendo um árbitro assistente internacional, que esteve no último campeonato do mundo, assume contornos especiais e despoletará a atenção internacional.

- Sendo a actividade arbitral resultante de uma investidura pública de autoridade baseada na probidade dos agentes é difícil entender porque continuou Cardinal  em actividade. Mesmo valorizando o principio da presunção da inocência ( o que me é particularmente difícil para a classe e ainda mais para este “senhor” em particular) como pode alguém exercer este tipo de actividade tendo sobre a sua cabeça uma acusação de corrupção?

- Quem mais beneficia com a súbita revelação, ainda por cima muito parcial, dos factos ocorridos já no final do ano passado? A investigação em curso e o Sporting não são de certeza.

- Os valores envolvidos são quase ridículos tendo em conta os riscos envolvidos. A menos que esta seja uma actividade muito concorrencial, com muita oferta, baixando por isso os seus custos, ou se trate de uma espécie de avença por serviços prestados.  É preciso ter a noção que no meio pululam, sobretudo nos seus estratos mais baixos como os observadores e árbitros assistentes, gente de baixo nível de formação intelectual mas sobretudo ao nível do carácter. Só assim se entende que até hoje não se conheçam quaisquer iniciativa de denunciar os que vivem à custa do bom nome dos que agem de forma honesta.

- Haverá nexo de causalidade entre o episódio e o jogo que se disputaria dias depois com o Marítimo? Se sim, o que não me surpreenderia muito, isso significaria a confirmação de suspeitas que tenho há muito que o “Apito Dourado” não eliminou a corrupção organizada obrigando a refinar os métodos dos que estão disponíveis para a exercer. Arbitragens como a de Setúbal (que se iria repetir como Vitória de Guimarães no jogo que asseguraria a permanência dos da casa) e sobretudo a de Barcelos permitem suspeitar que muitos clubes agem de livre iniciativa junto dos agentes que são conhecidos como disponíveis. A amabilidade dos árbitros com o SCBraga esta época é também “muito interessante”.

- Depois dos casos Guímaro, Calheiros e do mega processo “Apito Dourado” alguém em Portugal acredita que seja possível outro desfecho  que não a condenação de dois ou três pobres coitados e a suspeição continue a corroer por dentro o futebol nacional? E, a fazer fé na origem da denúncia, é mau que seja o despeito de uma mulher enganada que despolete mais este caso e não uma iniciativa do próprio futebol para extirpar do seu seio os tumores que lhe minam a credibilidade. A reacção da APAF e do CA acentuam a ideia que há pouco interesse em ir ao fundo da questão.

- Este caso vem mais uma vez lembrar a luta que o Sporting tem pela frente para poder lutar apenas com o melhor que a  sua equipa for capaz de realizar em cada jogo. A denúncia deste caso confirma, depois de “não termos sido escutados” no Apito Dourado, de que lado está o Sporting na luta pela verdade desportiva. Os referidos documentos da alegada denúncia, nas mãos de gente que bem sabemos, seriam excelente uma ferramenta para “ajudar” Cardinal a levantar ou descer a bandeirinha, conforme lhes desse mais jeito…

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Por isso eles não gostam de nós


A noticia vem hoje no DN e quase todos os jornais se reportam a ela: 

Polícia Judiciária (PJ) está a investigar uma suspeita de corrupção do árbitro assistente José Cardinal, após uma denúncia do Sporting, de acordo com o "Diário de Notícias" de hoje.

Alguns dias antes do jogo dos quartos de final da Taça de Portugal entre os "leões" e o Marítimo (3-0), José Cardinal recebeu na sua conta bancária um depósito de 2000 euros em notas, num banco da Madeira, conta o jornal.

O árbitro auxiliar estava nomeado para o jogo em questão, mas o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) acabou por anunciar a sua substituição por "motivos pessoais". A situação, sabe-se agora, terá estado relacionada com este caso.

Denúncia anónima

A denúncia terá chegado ao Sporting através de um depoimento anónimo, datilografado, que se supõe ser de uma mulher, por enunciar assuntos do foro pessoal. O pacote também incluía uma cópia do talão de depósito dos 2000 euros em questão.

Depois de o Sporting remeter as informações para a FPF, o organismo liderado por Fernando Gomes reuniu-se com o diretor nacional da PJ, Almeida Rodrigues, e com o procurador-geral da República, Pinto Monteiro. Foi aberto um inquérito pela Unidade Nacional contra a Corrupção, que ainda continua a investigar o caso.

Por isso eles não gostam de nós...

terça-feira, 10 de abril de 2012

O tal penalty de que os benfiquistas falam

(foto abola)
Vou admitir que o lance do Polga sobre o Gaitan foi efectivamente penalti. Assim faz todo o sentido o que disse Jorge Jesus na conferência de imprensa. De facto, SE o penalty tivesse sido assinalado pelo árbitro e SE ele tivesse sido apontado pelo Cardoso, (e SE não tivesse sido defendido pelo Patrício...) estaríamos a falar de um jogo completamente diferente.

Ora convém também lembrar a Jorge Jesus que se o árbitro do jogo da primeira mão tivesse assinalado o penalty sobre Onyewu (e por aí fora...) é também provável que o jogo de então teria um desfecho completamente diferente e que talvez estivéssemos a falar de um outro campeonato. Mas isso talvez seja menos interessante para o discurso de Jesus...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Sá Pinto crucifica Jesus e ressuscita o Sporting

O Sporting realizou hoje uma exibição realista, mas nem por isso menos vistosa. Aliás, com outra eficácia poderia até ter construído um resultado com números bastante generosos.

Para ser perceber o que se passou hoje não será e todo despropositado lembrar o que sofreu o Chelsea na passada quarta-feira, em vantagem na eliminatória e muito tempo em superioridade numérica, e a forma como o Sá Pinto dispôs a equipa, fazendo com que a nossa baliza estivesse sempre muito distante para os encarnados. A questão física nem se coloca tendo em conta que jogamos com menos um dia de descanso e com muitas mais horas de viagem.

Sá Pinto abdicou de pressionar a construção de jogo do SLB, estratégia oposta à seguida por Domingos no jogo da primeira volta e que, com 1 pouco de sorte nos poderia ter dado pelo menos um ponto. Mas, após passar a linha de meio campo, Gaitan, Rodrigo, Cardoso, Bruno César nunca dispuseram de espaço para penetrar na nossa zona central, como eles costumam fazer tão bem.

Do nosso lado entrega e concentração máximas, equipa solidária mas que, neste jogo, me parece ter subido um degrau na sua afirmação e dos jogadores que a compõem. Destaques individuais para Elias, com papel fulcral nos equilíbrios no meio campo, Matias muito bem na organização do ataque e temporização e um enorme Izmailov, que merecia pelo menos um golo naquele remate fulminante à trave, que ainda deve estar a tremer. Do lado negativo dois jogadores importantes que hoje estiveram menos felizes, Shaars e Wolfswinkel, especialmente o segundo demasiado perdulário. Não será alheio o cansaço na tomada de decisões pouco habituais em ambos os "laranjas".

Do lado da arbitragem não me pareceu, ao contrário de outras ocasiões, que o árbitro viesse com a lição estudada. Errou num penalty daqueles que só Polga é capaz de criar, e voltou a errar no lance de Garay sobre Wolfswinkel.

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