Estrela Amadora 1 - Sporting 2: Uma vitória de gente grande
Faltam sete jogos mais um para o final do campeonato e serão, para nós, adeptos, com certeza, jogos com elevado grau emocional e até dramatismo por tudo o que está em jogo. Mas ontem esteve na Reboleira uma verdadeira equipa, madura e ciente do que a espera e do que precisa fazer para ganhar.
O jogo não começou nada bem. O treinador do Estrela percebeu que Jabá a explorar a menor velocidade de Matheus e as suas torres, em particular Gaspar, lhe podiam render dividendos e a sua aposta revelou-se feliz. A colaboração de Israel foi determinante, é certo, mas aquele primeiro poste podia e devia ter sido melhor defendido, nomeadamente por Gyokeres.
Não se pode dizer que a equipa reagiu, antes sim se manteve imperturbável e não demorou a repor a igualdade. Além do resultado, que é o mais importante, esta atitude é uma das melhores noticias a retirar do jogo na Amadora, agora que entramos na fase em que toda uma época se vai decidir. A maturidade e segurança com que a equipa respondeu à desvantagem contraste com momentos semelhantes, em jogos anteriores, em que a equipa se desconcentrou e reagiu com demasiada emoção, afastando-a do que melhor consegue produzir.
Esta postura foi ainda mais notória na forma como controlou o jogo e o adversário, sobretudo a partir do momento em que Rúben Amorim chamou ao jogo primeiro Inácio e depois Hjulmand, trancando o jogo atrás, sem recuar para defender o resultado. Até ao final do jogo o Estrela só viu a baliza de Israel de binóculos, nunca logrando voltar a criar perigo real.
A esta atitude mandona e personalizada do Sporting não terá sido alheia a recuperação dos índices físicos que a paragem da competição terá proporcionado. A frescura física e mental exibidas foram determinantes para jogar sem tremer quando apenas um golo separava as duas equipas.
Tendo sido uma exibição colectiva de bom nível há que destacar a exibição de Trincão, determinante para o resultado com duas assistências, uma vez que o remate que dá origem ao ressalto para o segundo golo assim pode ser considerado, isto depois de uma assistência de régua e compasso para o golo do empate por Paulinho. Muito agradável também de registar o nível exibicional de Daniel Bragança, a retirar alguns bons minutos de reflexão a Rúben Amorim quando chegar a hora de decidir quem fará companhia a Hjulmand no próximo derby.
Relativamente à arbitragem deve ser assinalada a permissividade do árbitro relativamente às entradas "ao osso" dada aos da casa, particularmente a Gaspar. De assinalar também o critério diferente seguido na avaliação das faltas. O penalty negado pelo toque nas costas é um tudo idêntico à falta marcada sobre Bragança, à entrada da área. A única diferença foi o local. Um lance que deveria ter tido outro tipo de intervenção por parte do VAR.
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