Balanço

Nos EUA vive uma significativa e sólida comunidade Lusa, especialmente neste estado de New Jersey. Como não poderia deixar de ser, existe também uma vasta percentagem de leões nesta comunidade. A vitalidade e o dinamismo que os vários núcleos leoninos apresentam, são a prova evidente da força leonina que existe no outro lado do atlântico.
Neste sentido, o Sporting deu um passo em frente no que respeita ao reforço dos laços de fraternidade com os seus sócios e adeptos, fomentando a cultura e espírito leonino. Deu também um passo de gigante no que respeita à solidificação da sua “grandeza” e do seu prestígio internacional. Há muito que não se fazia uma digressão deste calibre, ainda por cima com sucesso.
No plano desportivo, a equipa cumpriu as expectativas. Defrontou adversários de Liga Europa e de outro campeonato, mais competitivo que a Liga Portuguesa. Venceu o torneio, deixou excelentes apontamentos e contribuiu significativamente para abalar o cepticismo e as reservas que vão dominando o espírito dos sócios e adeptos.
Quer isto dizer que devemos embandeirar em arco? Não, pelo contrário. Devemos manter a lucidez, não deixando de ter consciência que estamos mais fortes e dispomos de mais recursos do que na época anterior, como não poderia deixar de ser.
Creio que necessitamos de um ponta de lança e mais um central. Um central de qualidade, porque não acredito na regeneração de Polga, que espero, ainda venha a ser transferido. Se não for, oxalá, me engane e possamos assistir a uma grande época do central brasileiro. Pongolle, saiu caro demais e ou se dá um milagre ou será mais uma época para esquecer, daquele que é dos reforços mais caros da história do Sporting. Liedson entrará em declínio. Não apenas pela idade, até porque ainda pode fazer mais uma ou duas épocas com nível, mas porque as várias lideranças parecem estar a acabar no seio do grupo para passar a existir apenas uma liderança. Não sei como é que o “levezinho” vai encarar que ninguém está acima do Sporting. Isto pode parecer um paradoxo, tendo em conta o episódio da braçadeira de capitão.
Li a entrevista que Costinha concedeu à Revista do Expresso desta semana. Gostei do que li e comungo da ideia geral do Director Desportivo. É preciso acabar com o clima de guerra civil que todos nós vamos fomentando aqui e ali, falar a uma só voz, com união, em nome do Sporting Clube de Portugal.