quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SAD: prejuízos (in)calculáveis

De acordo com o comunicado enviado ontem  à CMVM, o Sporting registou no primeiro trimestre da presente época um prejuízo de 7,8 milhões de euros. São noticias de certa forma expectáveis mas, apesar da ausência da surpresa não deixa de constituir um sinal laranja, a acrescentar aos sinais do mesmo tom deixados anteriormente. 

Paradoxalmente o ano passado, por altura do mesmo exercício, a SAD do Sporting apresentava um lucro de 10,6 milhões mas tal número não colhia qualquer satisfação junto dos associados e adeptos. Além de se perceber que era um número fabricado pelas circunstâncias - vendas de Moutinho e Veloso e uma politica de aquisições a roçar o duvidoso - entrevia-se, pelo menos aqui várias vezes se foi dando conta disso ainda a bola mal rolava no relvado, que este seria um "lucro" que nos haveria de sair demasiado caro. A factura está aí em mais uma pesada prestação.

Neste relatório é também evidente o risco assumido pela actual direcção na sua politica de aquisições, quer no número de jogadores adquiridos quer no modelo de financiamento, como se pode perceber pela percentagem dos passes que a sociedade detém e cuja lista segue em anexo. Não será por acaso que jogadores como Carrillo, Wolfswinkel e Rinaudo, p.ex, viram já exercido o apetite do mercado pelo seu valor, quando o Sporting resolveu dividir os respectivos custos de aquisição e também os lucros vindouros, a existirem. Há ainda alguns, cuja carreira menos feliz não tem feito incidir sobre eles a cobiça e que me parecem com valor para poder ressarcir com lucros o investimento feito, como por exemplo Jeffren e Bojinov.

No futebol não há receitas infalíveis, nem vias únicas, esta foi a encontrada para dar a volta a uma espiral descendente em que o clube se encontrava há demasiado tempo. Até agora ela contribuiu pelo menos para devolver o orgulho aos adeptos, permitindo o regresso da indispensável empatia entre aqueles e a equipa. Como se costuma dizer nos casamentos, esta talvez seja hora de falar por parte de quem entende que este não é o caminho, pelo menos se quiser depois ver reforçada a respectiva legitimidade.

Pessoalmente não duvido do risco envolvido na actual estratégia, em particular por ela estar a ser executada no presente momento, onde as dúvidas são mais do que as certezas no cenário económico. Parece-me também que desde que o Sporting centre a sua prioridade na gestão desportiva, procurando sempre manter jogadores de qualidade com treinadores que os saibam valorizar e fazer crescer, os riscos serão menores. E isso quase nunca foi feito no passado do qual temos agora que correr a sete pés.

Nome do Jogador /Fim contrato /% Passe Detida

Alberto Rodríguez /2015 / 70%
Anderson Polga/ 2012 /100%
André Carrilho /2016 /30%
André Martins /2014 /40%
André Santos /2014 /30%
Bruno Pereirinha /2013 /100%
Daniel Carriço /2013 /100%
Diego Capel /2016 /80%
Diego Rubio /2016 /65%
Elias Trindade /2016 /50%
Emiliano Insua /2016 /85%
Evaldo Fabiano /2014 /90%
Fabian Rinaudo /2015 /35%
Jeffren Suarez /2016 /75%
João Pereira /2014 /80%
Marat Ismailov /2015 /100%
Marcelo Boeck /2016 /65%
Matias Fernandez /2013 /75%
Oguchi Onyew /2014 /80%
Ricky Wolfswinkel /2016 /35%
Rui Patrício /2013 /80%
Santiago Arias /2016 /100%
Stjn Schaars /2014 /100%
Tiago Ferreira /2012 /100%
Valeri Bojinov /2016 /100%

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Obrigado Luis Filipe Vieira!


Luís Filipe Vieira resolveu dar que fazer  ao seu mastim João Gabriel “o não pensador”. Talvez assim os associados benfiquistas se importem menos com o alto salário que o clube despende mensalmente num activo que, tal como sucede agora no rescaldo do derby, se vê obrigado a inventar factos e a distorcer a realidade para poder aparecer e mostrar trabalho. E, avaliando a súbita diarreia de comunicados, o homem deve ser pago à sílaba. Mas isso é problema deles, who cares?

O esforço para virar o bico ao prego da responsabilidade do sucedido no jogo do passado sábado é meritório mas ineficaz. É cada vez mais evidente que o SLB montou uma estratégia para este derby diferente da que vinha seguindo anteriormente e que começou com a entrevista de Eusébio ao Expresso, onde tentou, de forma ignóbil, atingir o Sporting. Ignóbil pelo acto em si e sobretudo pela forma como usou Eusébio. Esta foi a introdução para a famigerada jaula, que já tanto deu que falar. O empenho em tentar demonstrar que o timing desta manobra é casual não colhe nem junto dos mais ingénuos como é bom de ver. E a hipótese de tudo ter acontecido casualmente é em si tão reprovável caso tenha sido intencional, uma vez que um derby é um jogo que requer particular atenção na sua organização e não experimentalismos de última hora. Esses seriam concebíveis apenas na corrente de ar que Vieira tem entre as orelhas, certamente por ausência de massa cinzenta.

Como é bom de ver a caixa em Portugal só se justifica em jogos grandes e Vieira pensou fazer do Sporting uma cobaia para testar a solução para o jogo de Março quando receber o FCPorto, a quem pensava ser o seu único obstáculo na hegemonia do futebol nacional. E fê-lo pensando ir encontrar um Sporting manso e conformado como ele conheceu nos últimos anos. Não foi isso o que sucedeu nem no relvado nem antes nem depois do jogo nas reacções da direcção do Sporting. Foi até patética a tentativa desesperada de dividir a direcção, tentando isolar Pereira Cristóvão. Tal poderia ter surtido efeito anteriormente mas não agora. Assim como é patética e deselegante a divulgação do e-mail relativo à devolução de bilhetes, tendo inicialmente difundido a ideia de que se tratavam de 1000 quando não chegavam a 50 e a 50€ cada. Só divulga a sua correspondência quem não é educado e sobretudo quem teme pela credibilidade das suas próprias afirmações.

O que Vieira não percebe é que esse é um favor que inadvertidamente, numa espécie de tiro pela culatra, faz a Luis Godinho Lopes. Depois do começo difícil, cheio de divisões internas, esta direcção conseguiu, numa conjuntura desfavorável, reunir um plantel à altura das pretensões do clube e estes fait-divers semearam o terreno para a demonstração final, para dentro e para fora do clube, que o corte com o Sporting manso e quedo é definitivo. Quanto mais procura atingir o Sporting mais forte o torna, pois reforça o clube onde ele não pode ser vulnerável: na frente interna. É essa pelo menos a resposta que se espera dos adeptos, como é bom de ver.

É isso o mais importante da chusma de comunicados do SLB, tal como foram as arbitragens do inicio do ano. É que este Sporting  preocupa os adversários e inimigos (há que distinguir...) como nunca preocupava há muito. E isso é uma boa noticia para o Sporting. Como diz o adágio, só se atiram pedras ás árvores que dão frutos e o frenesim de Vieira, Gabriel e quejandos, é a confirmação que o trabalho que está a fazer em Alvalade estás em vias de produzir resultados. Obrigado Luis Filipe Vieira.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ainda o derby: da jaula ao golo sofrido


Tal como era fácil de prever o derby vai continuar a ser falado. Infelizmente não por causa dos lances de futebol mas por causa da jaula e da forma como os adeptos do Sporting foram recebidos e tratados. E por muito que o incêndio na bancada seja útil para desviar as atenções do que se passou na Luz convém não esquecer o essencial: é difícil perceber que tal não tenha sido uma provocação e ficou evidente para toda a gente que não só não havia condições para os espectadores verem um espectáculo, como até as condições de segurança eram desadequadas.

O tempo que mediou entre a intervenção dos bombeiros foi o suficiente para ter havido uma tragédia. Tragédia essa que já tinha estado iminente por diversas vezes aquando da entrada dos adeptos, quando os iluminados que montaram o esquema de segurança resolveram fazer desaguar alguns milhares de adeptos num estreito funil, e onde estavam meia-dúzia de pessoas para os revistar. As imagens dos canais de cabo de informação (TVI24h, SICn, RTPi) foram bem explicitas.

O que motivou Luis Filipe Vieira e a sua direcção a construir da famigerada jaula é que é difícil de descortinar. Dizia-nos o inefável (João) Gabriel O Não Pensador, que instalações como a jaula existem em toda a Europa. É verdade que sim. Mas é bom lembrar que, na passada quarta-feira, o SLB jogou em Old Trafford, onde os adeptos foram bem acolhidos antes, durante e depois do jogo. Isto é o mesmo que dizer que Luis Filipe Vieira frequenta os melhores museus mas quando chega a hora de comprar quadros para casa prefere uma cópia do menino chorão que pode ser adquirida na feira de Carcavelos. 

Não pensem os adeptos benfiquistas que esta medida foi em seu favor. As repercussões desta iniciativa equivalerão a uma escalada retaliatória, à semelhança do que acontece em todas as guerras. Foi assim, ao nível da guerra que o SLB quis colocar a questão ao lançar mão de uma arma que até agora nada justificaria. Os incendiários do futebol português são tão ou mais evidentes que os que, sem desculpas, incendiaram as cadeiras nas bancadas.

Da parte do Sporting resta apenas uma alternativa para evitar males maiores: não enviar bilhetes para jogos com o SLB e pagar a respectiva, sem prescindir no imediato de uma tomada de posição forte junto da Liga; FPF e governo.

Mas Luís Filipe Vieira e companhia não são os únicos culpados. Como bem sabemos vivemos num país à deriva, onde as elites e as lideranças há muito foram de férias. O País é das corporações, da partidarite e do clubismo e quem devia dirigir prefere não hostilizar para não ver o seu quintal posto em causa. É nesse quadro que entendo a posição da Liga, da PSP, da FPF e, já agora do ministro da tutela que, do seu lugar no estádio, olhava com um sorriso complacente para a jaula que lhe era apontada por um dirigente benfiquista. Ou as palavras do ministro da Adm. Interna, dizendo que “tudo isto era triste”.

É neste ambiente de demissão de responsabilidades que se percebe que o futebol português está cada vez mais aprisionado pela violência das claques, ao contrário do que se vem fazendo nos países onde melhor se trabalha, como é o bom exemplo britânico. Ora o que lá vem sendo feito permitia-nos queimar etapas mas parece que em Portugal nada será feito enquanto não tivermos os nossos Heisel Parks privativos. À falta de acção superior o Sporting deve fazer o seu próprio caminho, olhando sem contemplações para o fenómeno e sem deixar seduzir pelas más práticas, como aconteceu com Vieira.

Preferiria falar apenas do futebol jogado, porque o jogo do derby foi intenso e rijamente disputado. Quando se vai para um jogo sabe-se que há 3 resultados possíveis e que apenas um está garantido se nada se fizer: a derrota. E que, mesmo tudo fazendo esta pode ocorrer e foi isso que aconteceu ao Sporting. Não porque o adversário tenha sido globalmente superior, mas porque o foi num determinado momento. 

E talvez não tenha sido por acaso que o golo tenha ocorrido num canto e num lance disputado de cabeça. A superioridade do adversário em altura e peso acabaram por ditar a sua lei, num lance que é difícil de avaliar se resulta do mérito de quem ataca ou do demérito de quem defendia. O que me parece inútil e até perverso é a procura dos habituais bodes expiatórios quando, a haver falha, ela foi colectiva e não individual. Apontar a Polga, Carriço ou Patrício o ónus do golo, como vi alguns fazer, é já um caso patológico que não me cabe a mim explicar ou compreender.

O golo acaba por ficar sentenciado quando Onyewu é ultrapassado no primeiro poste e sobram diversos jogadores adversários que garantem superioridade aérea sobre os demais. Schaars não consegue opor-se a Xavi e o resto é o que já se sabe. Há porém um aspecto que não vi referenciado e que poderia evitar o golo, que era a colocação de alguém ao primeiro poste, onde a bola acaba por entrar. Não sei porque o Sporting não o fez e não consegui imagens para perceber se não o faz habitualmente. 

A colocação de um jogador aí e inclusive ao segundo poste, visa também encurtar o tamanho da baliza para o guarda-redes, uma vez que são muitas as opções possíveis de tomar quando a bola pode ser posta a circular nas suas imediações a partir de uma distância aproximada de 30m ou menos a velocidades facilmente superiores a 80km/h. De qualquer forma há que reconhecer o mérito do adversário, que ainda por cima sabia antecipadamente, como se depreende da movimentação, como a bola ia ser batida, coisa que os defesas só entendem quando ela sai dos pés do marcador do canto. As fracções de segundo de vantagem podem ser determinantes, como parece ter sido o caso.

P.S.- a propósito da jaula do derby recomendo a leitura dos dois posts da @Pinilla aqui e aqui e da crónica de ontem do Ferreira Fernandes, no DN.

domingo, 27 de novembro de 2011

Ódio gera o quê?



Amor?

Respeito?

Amizade?

Tolerância?

Ou ainda mais ódio?

Ontem os adeptos do SCP foram tratados de um forma desrespeitosa, inimiga, intolerante, odiosa. De uma forma nojenta e, como não seria muito difícil de imaginar, reagiram MAL. Reagiram com ódio ao ódio com que foram tratados.

Somos diferentes? Sim, e somos humanos. Passíveis de errar. Da indignação à revolta basta um pequeno rastilho e erramos ao incendiar as cadeiras 'enjauladas' do Estádio da Luz. Mas depois do tratamento recebido julgo que seria praticamente sobre-humano esperar beijinhos e abraços da nossa parte. Somos diferentes, não somos santos. A verdade é que os dirigentes do Benfica tiveram tempo para pensar, reflectir nos prós e contras e em função disso, decidir. E decidiram… muito mal, já se viu, ao encontrarem uma solução abjecta. Já aos adeptos do Sporting foi-lhes imposta essa decisão com a agravante de se verem confrontados com umas condições indescritíveis, desprezíveis mesmo. Depois destes factos é fácil perceber a origem do caos, e o grau de responsabilidade com que ambas as partes contribuíram…

“A Jaula”, também conhecida como “A Gaiola” ou, no cúmulo da hipocrisia e cinismo de alguns, “A Zona de Conforto”, este tristemente polémico e já famoso episódio de pioneirismo lampião, teve as consequências espectáveis: desprestigiou, denegriu, degradou o desporto e o futebol. Não há que fugir das constatações: “aquilo” ou “aquela coisa horripilante”, como eu acho justo chamar-lhe, é uma VERGONHA que espero jamais ver repetida no nosso Estádio… A "gaiola" ficará para sempre associada ao slb e ao seu estádio. Um estigma, uma nódoa que lhe está associada desde ontem. Espero que em exclusivo. Será nessa decisão, de não adoptar outras soluções semelhantes com “aquela coisa horripilante”, que poderá confirmar-se, realmente, a nossa diferença.

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, 105 anos a dignificar o desporto.

sábado, 26 de novembro de 2011

O Sporting está mesmo de volta

Pode uma equipa perder um jogo e simultaneamente fazer uma afirmação de personalidade e categoria, saindo com a sensação de ter crescido e com o dever cumprido? Penso que foi isso que aconteceu no jogo de hoje.

Sem virar às costas à realidade que nos diz que ficamos agora a 4 pontos do primeiro lugar e sem querer cair na justificação da injustiça ou reivindicar uma vitória moral, o Sporting de hoje é uma equipa muito mais capaz do que as que precederam em muitos anos, e merece que a confiança dos seus adeptos se mantenha. Contudo não é uma equipa ainda consolidada, como se viu quando ficou em vantagem numérica e não conseguiu escolher a melhor forma de chegar ao último reduto do adversário. É talvez cedo para pedir tudo, mas,por este caminho o tempo corre a nosso favor.

Ficha de jogo:

Jogo realizado no Estádio da Luz

Benfica - Sporting, 1-0.

Ao intervalo: 1-0.

Marcador:

1-0, Javi Garcia, 42 minutos.

Equipas:

- Benfica: Artur, Maxi Pereira, Jardel, Garay, Emerson, Javi Garcia, Witsel, Gaitan (Nolito, 86), Bruno César (Ruben Amorim, 68), Aimar (Rodrigo, 65) e Cardozo.

(Suplentes: Eduardo, Ruben Amorim, Nolito, Rodrigo, Matic, Miguel Vítor e Saviola).

- Sporting: Rui Patrício, João Pereira, Onyewu, Polga, Insua (Bojinov, 80), Carriço (André Santos, 65), Schaars, Elias, Matias Fernández (Carrillo, 26), Capel e Wolfswinkel.

(Suplentes: Marcelo, Evaldo, Bojinov, Carrillo, Arias, André Santos e Rubio).

Árbitro: João Capela (Lisboa)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Elias (02), Carriço (20), Aimar (45+1), Wolfswinkel (48), Cardozo (48 e 63), Carrillo (80), André Santos (84) e Schaars (87). Cartão vermelho por acumulação Cardozo (63).

Sporting no derby contra as probabilidades

Para o jogo de logo aceito de bom grado o favoritismo do adversário, que é assumido por quase todos os que se pronunciam sobre o jogo. Além de uma equipa consolidada pelo terceiro ano consecutivo sob o mesmo comando técnico, é indiscutível o bom momento do SLB fruto de uma série de jogos sem perder. Felizmente que o futebol é muito mais do que a leitura estatística nua e crua.

É realismo que espero de Domingos - estou crente que o terá - e que a equipa o saiba interpretar em campo. É partir da perfeita noção das suas próprias fraquezas e da forma colectiva que a equipa encontre para as superar que o Sporting  poderá partir para fazer sofrer o adversário. É talvez o maior e mais difícil  desafio até ao momento aquele que o Sporting tem hoje pela frente e talvez por isso exista a noção que é preciso fazer um pouco mais do que fez contra o Braga, tal como então fez mais do que com a U.Leiria. 

Quase ninguém duvida que as facilidades concedidas na organização defensiva no jogo da Taça ser-nos-ão fatais hoje. E que também terá que existir superior qualidade quer na posse de bola quer nas decisões no último terço do campo, quando em ataque. A máxima de quem não marca sofre é particularmente cruel nos derbys.

Um derby não é um jogo qualquer, muito menos o será este, tendo em conta o que está em jogo e o ambiente muito próprio à volta do relvado. Muito do resultado final passará pelo controlo emocional quer ao nível técnico-táctico, quer disciplinar e creio que esse será um factor determinante nos momentos iniciais da partida.

Mas seja qual for o resultado é necessário perceber o seu real valor no dia seguinte. Como diz Domingos não seremos campeões caso a vitória surja e continuaremos a ter uma palavra a dizer quer o resultado seja adverso. A história deste campeonato não vai acabar hoje.

Convocados do Sporting

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pedro Sousa põe SportTV a pão e água

Pedro Sousa não veio para o Sporting para ler comunicados, é isso que se depreende da tomada de posição hoje em Alcochete, quando barrou a entrada da equipa da SportTv deslocada para o local. Tal deveu-se a uma peça inserida no jornal das 2 do referido canal onde o Sporting se entendeu desrespeitado. 

Note-se que a SportTv pediu desculpas mas o responsável pela comunicação da SAD entendeu mesmo assim manter a decisão o que só pode merecer o nosso aplauso. Realce-se que a SportTv nos seus noticiários não faz menção ao episódio, socorrendo-se do YouTube para difundir as imagens da conferência de hoje de Domingos.

Com os olhos postos no 1º lugar

Não sei se por cautela se por superstição poucos parecem ter  reparado que o encontro de sábado poderá ter um sério impacto na classificação geral do actual campeonato. Tudo depende da conjunção de resultados. Se é certo que o SLB pode manter o primeiro lugar mesmo não ganhando também é verdade que, em caso de vitória do Sporting o clube pode chegar ao primeiro lugar, desde que o FCP não ganhe na recepção ao Braga. Caso os portistas façam prevalecer o factor casa e o habitual favoritismo, e com uma vitória nossa, subimos ao segundo lugar. No pior dos cenários, em caso de derrota e vitória do Marítimo, que se desloca ao vizinho Nacional, descemos para o 4º lugar. 

Continuando com dados estatísticos Jesus chega ao derby invicto em jogos do género - 5 vitórias e um empate - embora não possa ombrear com eficácia de Domingos ante o SLB antes de ter chegado a treinador do actual clube: duas vitórias na Luz e com a improvável Académica, se atendermos às realidades dos dois clubes. Acresce ainda o facto de ter sido Domingos o último treinador a impor o sabor da derrota a Jorge Jesus.

Em termos genéricos o Sporting é actualmente o 2º melhor ataque, menos um que o FCP, tem o mesmo número de vitórias que SLB e FCP, 7. O derby poderá desempatar o número de golos sofridos, ambos têm 10, muito longe dos 4 golos sofridos pelo Braga, a melhor defesa da prova.

É verdade que também pode continuar tudo como dantes após o encerramento da 11ª jornada. Mas não deve ser deixado passar em claro que o Sporting já não chega ao primeiro lugar desde a época 2004/05 com Peseiro. Se isto diz muito do que têm sido os últimos anos não pode deixar de ser realçado o facto de o Sporting voltar a disputar o primeiro lugar do campeonato de Inverno. Isso também diz muito do que é o Sporting actual, especialmente se tivermos em conta todas as circunstâncias que envolveram a preparação e o inicio da actual época.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Que repercussões de Manchester no derby?

Poderá haver uma relação directa entre o empate do SLB em Manchester e o derby de sábado? Responder a esta questão é sempre um exercício especulativo mas por isso não menos interessante. Para responder a essa questão há que ter em conta como o resultado foi lido de ambos os lados dos contendores do derby. 

Do lado do SLB e dos seus adeptos registe-se um misto de alivio há medida que o jogo ia decorrendo até redundar na euforia final por um empate que foi conseguido com muito mérito mas também com uma elevada dose de sorte. Os golos encarnados resultaram ambos de ofertas pouco habituais no melhor dos Manchester´s que a actual equipa de Sir Alex está longe de representar, acrescido do facto de também ambos terem ocorrido em momentos cruciais do jogo. Mesmo encomendado era difícil de proporcionar melhor. Do lado negativo do jogo a aparente perda do capitão e baluarte da defesa. No computo geral fica o apuramento para a fase seguinte da competição, o que constitui um importante reforço de confiança para enfrentar o derby.

Não tendo jogado o Sporting pôde assistir pela televisão ao jogo do futuro adversário  e preparar o jogo durante a semana. Aparentemente beneficia de menor cansaço e mais tempo para pensar derby mas também de este se entranhar no subconsciente dos jogadores, o que nem sempre é muito favorável.  Do lado das más noticias a perda de Rinaudo que é tão ou mais difícil de substituir que Luisão. Do lado dos adeptos não me parece que o empate de Manchester tenha feito esmorecer o entusiasmo ou a confiança.

Do ponto de vista psicológico o momento de ambas as equipas equivalem-se, ambas chegam ao derby no melhor momento da época. É natural que o bom resultado de Manchester provoque uma entrada forte por parte dos comandados de Jesus, beneficiando do factor casa, e isso certamente será tema de conversa por estes dias entre Domingos e o plantel. Mas transcorridos esses momentos iniciais a tendência será de prevalecer o que cada equipa fizer no momento. Cada jogo tem a sua história e ela far-se-à com o que cada equipa puser em campo.

Quer o  resultado de Manchester quer mesmo o de Donetsk, como momentos positivos dos adversários directos, podem ser interpretados como negativos para o Sporting, pela componente de reforço moral que encerram. Mas a médio prazo vejo-os como positivos para o Sporting, uma vez que significam uma frente de batalha onde ambos os adversários terão que alocar importantes recursos. Até porque, seja qual for o resultado do derby, a história do actual campeonato não ficará encerrada aí.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O enjaulamento da direcção do Sporting no derby


Foto Record
Podem ser feitas as mais diversas considerações sobre a jaula para acantonar os adeptos adversários mas há pelo menos uma ilação a tirar do timing escolhido pela direcção do SLB: a sua construção tinha como objectivo muito concreto o derby e os adeptos Sportinguistas como cobaias para o teste da solução. Nesse sentido parece-me adequada  a resposta encontrada pela direcção, ao recusar-se a ocupar os lugares que habitualmente lhe estão destinados na tribuna do estádio.

Esta atitude, que carece ainda da indispensável confirmação oficial e que muitos podem acusar de populista, marca um corte com o passado em que os dirigentes permaneciam mudos e quedos perante a sorte dos adeptos. E, a ter lugar, constitui em si mesma uma forte declaração para LFV e que pode ser entendido como um aviso aos demais: não há boas relações com o Sporting quando os seus adeptos são desconsiderados. Porque estes é que são o clube e não apenas as direcções que o representam.

A medida constitui também uma forte mensagem interna. Longe vai o dia 27 de Março de 2011, em que o Sporting acordou à beira de uma implosão que atomizaria o clube. Pontuado com o bom-senso que quase sempre faltou aos seus antecessores e com muita dedicação e trabalho, o Sporting actual, os seus dirigentes entenda-se, percebem que não há Sporting grande com lideranças distantes e encerradas nos seus castelos. 

Há também outro factor que me parece merecer menção e que não é despiciendo no contexto desta deslocação ao estádio do rival. A presença de elementos da direcção na já tão famosa jaula contribuirá para o aliviar de tensões e comportamentos, contribuindo assim sensatamente para o desanuviamento de uma situação que cuidava em primeiro lugar aos anfitriões prevenir.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Derby: advinhe quem vem para arbitrar

Não é preciso ser-se adivinho para "saber" quem vai ser o escolhido por Vítor Pereira para arbitrar o derby de sábado. As nomeações vão sendo feitas à medida que se vão "desnomeando" os candidatos. Isto é, à medida que Vítor Pereira foi escolhendo os árbitros para arbitrar os jogos de Sporting e SLB foi deixando ficar os nomes que ele entende estarem mais habilitados para dirigir o clássico. 

Estão à partida excluídos da lista de árbitros elegiveis Pedro Proença porque arbitrou o último jogo do SLB no campeonato, em Braga. Bruno Paixão e João Capela arbitraram os nossos jogos da sétima e oitava jornada. Jorge Sousa arbitrou o nosso jogo com o Braga na Taça de Portugal no passado sábado.

Assim é fácil de perceber que a lista de candidatos é constituída por 4 elementos, todos extraídos do quadro de árbitros internacionais, como não podia deixar de ser. E eles são Duarte Gomes, Carlos Xistra, João Ferreira e Olegário Benquerença, todos eles habilitados a serem distinguidos com a águia de ouro, pelos serviços já prestados. 

Excluo o "João Pode Ser Ferreira" por razões óbvias, tendo em conta o sucedido no inicio de época. Embora o futebol português esteja cheio de casos inexplicáveis a nomeação deste sujeito constituiria não  uma mera e soez provocação mas sim uma declaração de guerra ao Sporting.


Pastéis e possível derby para a Taça

O Sporting recebe o Belenenses nos oitavos-de-final da Tala de Portugal e ultrapassando como se espera o seu adversário, poderá reeditar o derby do próximo fim-de-semana, desta feita em Alvalade. Para isso é necessário também que os encarnados ultrapassem o Marítimo na deslocação que terão que efectuar à Madeira, onde jogarão com o Marítimo. O Sporting vê assim como muito real a possibilidade de voltar ao Jamor, tendo em conta a eliminação de FCPorto, caso ultrapasse os próximos adversários.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A jaula do derby

A rede de Camp Nou
Os adeptos do Sporting que acompanhem a equipa ao derby para apoiar a sua equipa ver-se-ão confrontados com uma novidade. Espera-os uma subida ao último andar do estádio do SLB onde serão confinados num espaço limitado por placares de acrílico laterais e uma rede frontal. O assunto não é propriamente novidade e vem sendo comentado há já algum tempo como "a jaula".

Para quem desde os 9 anos de idade se desloca para os diversos estádios deste País, onde adeptos dos diversos clubes compartilhavam as mesmas bancadas, à excepção das bancadas reservadas aos sócios, e já repugnava a excessiva conflitualidade que se vive nas bancadas, esta decisão representa uma escalada que inevitavelmente será objecto de medidas de retaliação idênticas por parte dos clubes rivais. Quem perde são os adeptos, obviamente. Pelo menos os adeptos comuns como eu. O argumento que tal já se faz em estádios pela Europa fora (Nou Camp ou no estádio do Villareal, onde as condições são animalescas) não devia colher. Isso equivaleria a validar que as nossas claques se podiam comportar como as gregas ou sérvias, por exemplo.

Mas sendo objectivo e tendo em conta a realidade e não o mundo desejável compreendo a decisão. Do ponto de vista do clube que recebe e que quer potenciar o factor casa esta é a primeira medida para anular ou tornar menos óbvio para a equipa visitante o apoio dos seus. Por isso, e como é óbvio, espero igual medida da parte do Sporting, embora na actual configuração tal se afigure de difícil execução e de  investimento considerável. Se nos espera uma jaula na segunda volta ofereçamos-lhe uma gaiola, naturalmente.

A única bancada onde tal poderia ocorrer seria na B Norte, uma vez que a equivalente a sul está ocupada com a venda de Gamebox´s low-cost. O problema é que, em qualquer das duas as claques adversárias ficariam acantonadas por cima de uma das claques o que, convenhamos, fura os protocolos de segurança e coloca uma das claques em posição pouco vantajosa, mesmo considerando a colocação de redes e acrílicos. A hipótese de oferecer algum espaço central é obviamente absurda. 

Sei de algum tempo que esta é uma matéria que há algum tempo preocupa a direcção, em particular o vice para a área, Paulo Pereira Cristóvão que, diga-se, tem estado a desempenhar as suas funções com particular acerto. Veja-se que hoje que ninguém fala da relva e a simples mudança do amarelo para o verde nas escadarias do estádio deu ar muito mais sportinguista ao estádio. Pena é que a actual conjuntura possa inviabilizar algumas das ideias que tinha para a reorganização do estádio, visando uma utilização dos espaços mais racional e rentável para o clube.

Mas voltando atrás e ao que espera os adeptos do clube há pouco a fazer, o que não quer dizer que não haja nada e que o que se possa fazer não seja importante.

Em primeiro lugar competirá à direcção do Sporting, a quem cabe a defesa dos seus, acautelar se as obras efectuadas pelo SLB foram vistoriadas e licenciadas por quem de direito e se observam as normas de segurança e de bem estar a quem vai pagar um bilhete para assistir a um espectáculo. Como parte interessada julgo que se deveria ter feito representar na vistoria hoje efectuada na Luz.

Em segundo e para aqueles que se deslocaram no apoio à equipa a consciência que, estando mais longe, vão ter que gritar mais alto. Tudo o resto é folclore. É pelo menos assim que encaro os apelos velados ou óbvios a desacatos ou comportamentos menos próprios. Nós somos o Sporting e respondemos no relvado.

domingo, 20 de novembro de 2011

Bela Taça!

Sorte para quem se deslocou hoje a Alvalade porque pôde presenciar um jogo de futebol electrizante, culminando com uma qualificação muito mais difícil do que o resultado final deixa transparecer. Do principio ao fim o Sporting teve pela frente um adversário que tudo fez para impedir a sua eliminação, o que ainda valoriza mais a nossa continuidade na Taça. Até ao final do jogo esteve sempre instalada a dúvida sobre os números do resultado final. Os meus parabéns ao adversário, que esteve longe de merecer ouvir os olés com que foi brindado.

Para quem tinha dúvidas sobre as nossas possibilidades e sobre a qualidade da equipa ficou hoje uma boa resposta pois, como disse Leonardo Jardim no final do jogo, acima de tudo contam os golos e são as vitórias que reforçam a confiança colectiva. A equipa soube sofrer mas fez tudo para merecer a qualificação. Para o futuro imediato era fundamental mantermo-nos na competição e poder chegar ao derby a acreditar que tudo é possível. 

O que esta vitória também nos diz,analisando os diversos momentos do jogo, é que esta não é ainda uma equipa consolidada. Quer no jogo ofensivo quer defensivo há muito processo para apurar, posicionamentos para corrigir, etc. As boas noticias é que a imagem que esta equipa deixa em campo é que essa evolução é possível e não será por falta de entrega dos jogadores que tal não surgirá.

É difícil destacar individualmente algum jogador quando o grande responsável pela vitória foi o colectivo. Mesmo assim realço a exibição de grande sacrifício de Wolfswinkel, mesmo que aqui e ali tenha sido algo precipitado mas,não marcando não deixou de ser decisivo, ao levantar a cabeça e efectuar o passe para o golo com registo  artístico de Capel, outro dos elementos decisivos. Realce também para a entrada de Carrillo, que me parece a melhor opção para o próprio face às suas possibilidades. E também me parece justo não esquecer Elias, apesar de nem sempre ter estado tão acertado no passe, uma das suas melhores armas.

Ficha do jogo:

Domingo especial para Domingos

O reencontro de mais logo de  Domingos com o seu antigo clube é apenas um mero dado circunstancial de carácter mais emocional do que prático. Nem o Braga de Jardim é parecido com o que foi de Domingos nem o actual Sporting herdou mais do Braga que a antiga equipa técnica e o central Rodriguez, que por sinal não joga. Assim, não havendo heranças a reclamar, são os últimos jogos as referências a ter em conta no jogo de hoje. Ainda assim é o jogo 200 de Domingos como técnico e ele, mais do que ninguém, quer associar ao evento um marco feliz.

Ora então o que vimos no jogo anterior de ambas as equipas? 

Vimos o Braga apresentar-se a um nível muito bom ante o SLB, causando-lhe imensas dificuldades, quer pela forma como se soube defender, quer pela forma como lhe soube causar problemas no seu sector mais recuado, revelando-se um adversário mais dificil do que muitos esperariam.

Vimos também o Sporting com problemas para substituir Rinaudo bem como três defesas centrais no estaleiro. Esta é questão central para o jogo de mais logo. Como vai Domingos substituir um jogador como Rinaudo, que não tem equivalente no plantel?

É bem provável que recorra à dupla Schaars - Elias como o fez com a U. Leiria, uma vez que o regresso de uma dupla de centrais "normal" - Polga / Onyewu? - deixará de constituir o mesmo foco de preocupação que a entrada do "verde" Ilori suscitou, permitindo à dupla de meio-campo concentrar-se em exclusivo na especificidade das suas tarefas. Muita da sorte do jogo poderá decidir-se na forma como Domingos resolver esta questão e na resposta a dar pelos jogadores. Não será surpresa que o técnico opte por André Santos no lugar de 6, mantendo assim o esquema habitual.

Na frente a única dúvida poderá estar na direita, entre Carrillo e Pereirinha. Tendo em conta que o peruano e Capel, que jogará do outro lado, não têm grande vocação defensiva, não me surpreenderia a opção pelo segundo, que dará maior equilíbrio à equipa, conferindo outra consistência ao nosso jogo defensivo - devendo estar muito atento aos lançamentos longos de Hugo Viana -  e outra qualidade em posse, mesmo que tal represente algum sacrifício de alguma profundidade. Aí assumirá particular importância acção de Matias, a explorar os espaços entre Djamal e os centrais, bem como um apoio aos extremos de ambos os lados, fugindo assim da força bruta do 6 bracarense. Será com certeza dia de muito suor para Wolfswinkel.

Lista completa de convocados:


Guarda-redes: Rui Patrício e Marcelo Boeck;

Defesas: Evaldo, Daniel Carriço, Onyewu, Anderson Polga, João Pereira, Santiago Arias e Insúa;

Médios: André Martins, André Santos, Elias, Schaars, Pereirinha, Matías Fernandez, Capel e Carrillo;

Avançados: Van Wolfswinkel, Bojinov e Rubio

sábado, 19 de novembro de 2011

Os amigos de Alex

SPORTING - 5 ; Iberia Star de Tiblissi - 5

Mais uma alegria que o nosso futsal nos proporciona. O Sporting acaba de garantir a participação na final four da UEFA FUTSALCUP, a 'Champions League' da modalidade, que se realizará no próximo mês de Abril de 2012.


O empate a cinco golos no marcador final serviu para concretizar esse objectivo. O jogo constituiu mais uma reviravolta épica dos futsalistas leoninos, que depois de perderem o colega Cary por lesão logo no início do desafio e de se verem em desvantagem por 3 golos em diversas fases do jogo: 0 – 3 ao intervalo e 1-4 já no decorrer do segundo tempo, conseguiram arranjar forças, garra e crença para dar a volta a todas as adversidades.

A chave deste sucesso estaria, como de resto em anteriores ocasiões, na colocação de Alex enquanto guarda-redes avançado. Foi com Alex nessa posição que se conseguiram recuperar os três golos de desvantagem, empatando o jogo a 4. Finalmente o jogo parecia querer encarrilar para o nosso lado, mas uma infelicidade de João Matos (um dos jogadores mais carismáticos deste Sporting), permitiu nova vantagem aos georgianos. Seria novamente Alex, enquanto guarda-redes avançado, após uma defesa e saída rápida em contra-ataque, a permitir ao colega Leitão colocar o ponto final no jogo a pouco mais de um minuto do fim. Depois aconteceu mais uma festa bem regada dentro do Pavilhão de Odivelas, à qual nem os jornalistas da RTP2 escaparam…

Ficha de Jogo:

Pavilhão Multiusos de Odivelas
19 de Novembro de 2011

Árbitros: Francesco Massini (Ita) e Borut Sivic (Esl).

Sporting: João Benedito, Leitão (1), Pedro Cary, João Matos (1 p.b.), Déo (2), Paulinho, Marcelinho (1), Caio, Alex (1), Buiu, Cristiano, Bruno dos Santos e André Galvão.

Treinador: Orlando Duarte.

Acção disciplinar: cartão amarelo para João Matos (36 m) e Deo (38 m).

Iberia Tbilisi: Toni, Betinho, Roninho, Bruno Melo (1), Romário, Akopov, Udu, Dzabiradze, Luiz Negão (2), Daniel Sakai (1) e Fufi.

Treinador: Oleg Solodovnky.

Acção disciplinar: Cartão amarelo para Betinho (11 m), Roninho (19 m) e Luiz Negão (22 m).

O rugido dos leões mais notáveis

Como é evidente o Sporting é o melhor clube do mundo para nós Sportinguistas. Talvez até seja mais do que isso. Talvez até seja o único com lugar cativo nos nossos corações. Não há outra colectividade, com mais ou menos taças ou títulos (convenhamos que não há muitos que, nesse capitulo, nos superem) que fosse capaz de ocupar o mesmo espaço e que nos devolvesse a mesma satisfação e sentimento de identidade. Esses estão acima de qualquer momento mais ou menos feliz, mais ou menos vitorioso. Pelo menos esse é o meu sentimento pessoal, se não fosse do Sporting era bem capaz de me ver simpatizar com mais do que um clube, mas não apenas de um só como o sinto em relação ao Sporting.

Vem isto a propósito, como devem já ter imaginado, com as palavras de Nani ontem no Rugido do Leão, em Leiria, e que hoje ecoam um pouco pelo País inteiro nas capas dos jornais, a par com as declarações de Ronaldo ontem à TVI e que se juntam ao que já havia dito Figo uns dias antes. Todos eles manifestam crença no Sporting de hoje, realçam o momento que se vive em Alvalade, colocando na ordem do dia um aspecto da vida do clube que não só soube resistir como superar etapas menos felizes na vida do clube que é a nossa capacidade de descobrir talentos e de os transformar em grandes jogadores de futebol.

Este regresso às origens nas palavras dos 3 mais notáveis produtos da formação leonina das últimas décadas, dois deles considerados os melhores do mundo, tem um valor inestimável e são um tónico para a auto-estima da nação leonina. Há neste campo muito para fazer, assim haja vontade em primeiro lugar por parte dos atletas, ou ex-atletas, como é o caso de Figo. A relação com jogadores como Figo e Nani é mais difícil, pois ainda representam clubes e têm ligações comerciais a marcas e contratos de imagem que constrangerão actividades fora desse âmbito. Mas ninguém os proíbe de falar no Sporting, lembrando as suas origens, especialmente quando o fazem nos países onde trabalham. Porque quando eles falam todos param para os ouvir e cada vez que pronunciam o nome do Sporting é um golo que marcam pela nossa camisola.

PS- Concordo com o que ontem foi dito por Godinho Lopes, não devemos esquecer os 11 anos de Sporting de Carlos Martins, especialmente neste momento de particular infelicidade.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

De volta ao tempo perdido

A última vez que aqui escrevi sobre Carvalhal disse que

"Quando se fala em treinador para a próxima época é cada vez mais comum ouvir dizer, quando se questiona a continuidade de Carvalhal, que o Sporting precisa de um treinador melhor. O que nunca vejo levar em linha de Carvalhal também merecia um clube melhor. Leia-se um clube melhor organizado, um clube realmente preparado para ganhar, o que, convenhamos, não foi nada de parecido com o que o treinador encontrou. As apreciações ao trabalho de Carvalhal que não levem em linha de conta i) a distorção provocada pelo caos em que encontrou a equipa ii) e o sem número de situações impensáveis que teve que suportar não podem ser consideradas justas. Há quem acrescente que Carvalhal tem um discurso de clube pequeno. Eu pergunto: há algum clube pequeno que seja tão difícil e aparentemente tão desregrado como o nosso?" 

Carvalhal falou hoje sobre os seus tempos do Sporting e veio dizer o que muitos já então dizíamos e o que todos vieram a descobrir depois. Deixo a entrevista para memória futura e já agora recomendo o exercício interessante que é seguir o link do post e ler os comentários feitos então.

Outro protagonista recente, e contemporâneo de Carvalhal, também voltou a falar sobre o Sporting. A entrevista dada ao Noticias do Futebol pelo nosso ex-director desportivo, (apontado como o ideólogo da desistência de Villas Boas em favor de Paulo Sérgio) é um documento adequado para perceber que Costinha não era a pessoa certa no lugar certo. Mea culpa...

A profecia de Sá Pinto

Parece que ontem houve show de bola em Mafra. E digo parece porque infelizmente compromissos profissionais impediram-me de visionar o jogo. Mas 

quando se ganha por 5-1 a um adversário de renome como o Liverpool, 

quando os adversários vencidos são os primeiros a tributarem-nos valor ( Rodolfo Borrell, treinador do Liverpoo"A diferença em termos de qualidade é abismal. O Sporting tem grandes jogadores cujo bom estilo de jogo não é de subestimar. Pode ganhar a prova. Estive no Barcelona e sei do que falo"),

quando uma boa exibição colectiva é adornada com grandes recortes individuais ( os golos de Etock e Betinho são dignos da Champions League a sério)

o que mais podemos dizer, do que esperar que se cumpra a profecia/desejo de Sá Pinto:

"Estes jogadores vão ser o amanhã do Sporting!"

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Selecção a verde reluzente, mas nem tudo é ouro

Portugal puxou dos galões de uma das melhores equipas europeias dos últimos anos e apurou-se para o torneio de verão a leste onde estará "la creme de la creme" do continente na modalidade. Conseguiu assim fazer vingar a regra de que o torto nasce tarde  ou nunca endireita, ao ocupar a última vaga disponível. 

O mérito deve ser distribuído acima de tudo a uma geração de jogadores que está a atingir o seu zénite, físico, técnico e emocional, nos quais a formação do Sporting é um ponto incontornável. Ontem, além de Patrício, que ainda joga de leão ao peito, Miguel Veloso, João Moutinho, Carlos Martins abriam alas ao genial Cristiano Ronaldo, muito bem acolitado por Nani  e Quaresma que, estou convencido, pode ser muito mais importante e decisivo na fase final do que foi no apuramento. 

Não vale a pena olhar para trás e pensar o que poderíamos ter sido, quanto mais poderíamos ter ganho em dinheiro e troféus porque nada poderíamos mudar. Mais profícuo será perceber o que poderemos fazer no imediato e no futuro próximo para aproveitarmos os recursos que temos. Parece-me importante perceber que o facto de não poder haver Ronaldos a sair em todas as fornadas, não deveria contribuir para desdenhar os que  não possuindo o seu génio, são de acção fulcral para o equilíbrio de uma equipa. Nesta matéria julgo que os adeptos podem fazer muito e melhor.

O mérito do apuramento deve ser também atribuído de forma incontornável a Paulo Bento como o seria se tivéssemos falhado. O que não me impede de questionar a sua forma de relacionar com os jogadores e na forma como administra a disciplina. Há um traço comum na sua passagem pelo Sporting e agora pela selecção que me obriga a essa interrogação. E se no caso Carvalho foi o próprio jogador que fechou a porta a qualquer regresso ao errar consecutivamente - abandono do estádio e entrevista subsequente desastrosa - no caso Bosingwa foi Paulo Bento o responsável pela ignição da entrevista incendiária, ao afirmar que João Pereira e Sílvio eram mais fortes mentalmente. 

Obviamente que estes episódios que fragilizam a selecção e o próprio seleccionador. É impossível escamotear que chegamos ao Europeu menos fortes do que poderíamos ser. Episódios destes, comuns em todos os grupos, e mais ainda em selecções onde abundam grandes jogadores e grandes egos, dificilmente aconteceriam se houvesse uma estrutura dirigente digna desse nome, capaz de prevenir e que soubesse remediar, sem abdicar do exercício auto-critico interno. 

Até aqui encontro algum paralelismo com o que Paulo Bento viveu em Alvalade. Sempre senti que, apoiado numa melhor estrutura, ao invés de ter cristalizado poderia ter evoluído e com ele também o clube. O mesmo pode acontecer agora na selecção, até porque, com todos os defeitos e virtudes, ninguém tem sempre razão, como por vezes se parece crer em relação a Paulo Bento. A sua conferência de imprensa ontem e a forma como se referiu a Bosingwa e Carvalho deixou-o pior do que no cartaz da publicidade à TDT...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O Sporting e o mercado: ir ou não ir eis a questão

Antes de responder à questão se o Sporting deve ou não ir ao mercado talvez deva previamente ser colocada outra questão: o Sporting pode ir ao mercado, isto é, está financeiramente confortável para o fazer? Sobram-me muitas dúvidas, pois não creio que a liquidez abunde ou que a conjuntura aconselhe o agravar do passivo. Pode custar a muito bom sportinguista mas antes de desatarmos a pedir, (há quem exija...), prendas ao pai natal este é um exercício responsável inevitável para os que não querem abdicar de um Sporting com futuro.

O que não oferece muitas dúvidas é que o plantel parece ser curto, como o provaram as últimas semanas e o anormal número de lesões, que se vieram juntar a 3 saídas que não estavam nos planos iniciais da época: Aguiar, Djaló e Postiga. E se o número de lesões foi anormal neste período como o será a partir de agora, que parece que o inverno antecipou a sua chegada?

São tantos os casos clínicos em jogadores de quem muito se espera - Jeffren, Izmailov, Rodriguez e Rinaudo à cabeça - que o parecer do departamento médico sobre eles é também um ponto imprescindível. Rinaudo sofreu uma lesão muito grave e a sua total recuperação bem como o tempo necessário são uma incógnita. No mesmo plano, e face aos antecedentes podemos colocar os outros 3 atletas, o que torna qualquer planeamento difícil de efectuar.

A procura de soluções internas, em jogadores que neste momento rodam por empréstimo noutros clubes seria talvez a solução mais aconselhável e mais racional, parecendo como parece que pelo menos um central (Rodriguez para mais do que joga) e um médio número 6 (para o lugar de Rinaudo) seria mais do que aconselhável incorporar. 

A utilização do condicional é perfeitamente consciente, uma vez que me sobram muitas dúvidas se não seria contraproducente retirar Nuno Reis da titularidade assegurada que goza na Bélgica, para ter cá o banco ou a bancada como mais certos. O mesmo se aplica a Adrien, com a agravante de não me parecer que pudesse ser o 6 que precisamos. Desconheço a evolução de Renato Neto (o mesmo espero que não suceda em Alvalade) mas as poucas vezes que o vi jogar pareceu-me sempre pesadão e com pouco nervo para actuar à frente da defesa. Várias vezes se tem falado na possibilidade de adaptar Carriço ao lugar, as vezes que o vi jogar aí recomendam muito mais do que um simples jogo para a obtenção de resultados. Falta saber o que o jogador pensa sobre a matéria, porque será difícil obter sucesso neste processo contra a vontade do jogador. 

Já quanto ao mercado propriamente dito, muitos nomes têm sido atirados paras as primeiras dos jornais ligados ao nome do Sporting. Muito curiosa foi a operação dos jogadores do Brescia, que até honras de Gaurdiola na bancada tiveram direito. Não há dúvidas que eles estão no mercado, falta saber é se o Sporting é o seu destino ou apenas um apeadeiro para chamar à atenção. 

Geromel volta a ser falado embora me pareça fazer pouco sentido que o Sporting o queira agora com o terá que lhe pagar quando não o quis quando foi para  a Alemanha. Labyad pode ser um caso diferente, a vinda de Shaars e Wolfs tem tido repercussões na Holanda e, ao contrário do que há pouco sucedia, o Sporting volta a ser olhado como um clube onde a valorização e a evolução são possíveis. Essa tem sido quanto a mim uma das melhores aquisições desta época, talvez a par do regresso do entusiasmo a verde e branco. A sua situação contratual com o PSV pode ser uma porta para um bom négócio, mas qual é o real valor deste jogador?

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Crise: antes de melhorar vai piorar?


Tem-se falado muito de crise mas quase sempre confinada às suas repercussões em cascata sobre os estados, as empresas, as famílias, etc. Mas pouco se tem falado sobre o seu impacto nos clubes.  O Público editou ontem um trabalho onde a situação financeira dos 3 grandes esteve em destaque e cujos excertos que me pareceram mais pertinentes colei abaixo e cuja leitura me parece imprescindível.

Preocupa-me obviamente a situação do Sporting que este ano teve que fazer um esforço suplementar para poder recolar a FCP e SLB, em nítida oposição ao que seria recomendável. Por isso considerei este ano como um ano crucial para o nosso clube, o que nem sempre foi bem entendido pela generalidade do adeptos. Mas, como se poderá ver abaixo, a situação de ambos os rivais não é famosa, apesar de terem gozado anos de prosperidade pelo menos aparente.

Divida financeira astronómica

(...) Segundo as contas de António Samagaio, professor do ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), "a dívida financeira (empréstimos à banca e empréstimos obrigacionistas) da SAD do Benfica está em 157 milhões de euros, a do FC Porto em 98 milhões e a do Sporting em 95 milhões", o que totaliza 350 milhões de euros.

"Quando vencer esta dívida, será que os bancos vão voltar a conceder empréstimos? Tenho dúvidas de que esta política seja sustentável", afirma ao PÚBLICO António Samagaio, depois de ter analisado os relatórios e contas individuais divulgados pelas SAD dos "três" grandes clubes nacionais. Contactados pelo PÚBLICO, os responsáveis dos principais bancos (CGD, BES e BCP) não quiseram comentar o caso particular de nenhum cliente, mas referiram que estão a ser mais rigorosos na concessão de crédito a todas as empresas e que os clubes de futebol não fogem à regra.
 
(...)

António Samagaio acrescenta que o atraso do FC Porto no pagamento da transferência de Mangala ao Standard de Liège "é um indício" das dificuldades de acesso ao crédito: "Se calhar ninguém emprestou nesse momento", diz o professor do ISEG, fazendo a mesma leitura de declarações de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, que ontem repetiu o alerta de que as dificuldades económicas vão obrigar o clube a "investir menos".

Uma parte importante dos empréstimos dos clubes de futebol é de curto prazo, o que os deixa muito expostos às actuais limitações dos bancos. Reflexo disso é também a subida das taxas de juro que os clubes pagam. "No seu relatório, o FC Porto revela que a taxa média anual dos empréstimos foi de 4,39% em 2010 e de 6,78% em 2011", aponta António Samagaio, considerando que, até mesmo nos empréstimos obrigacionistas, os "clubes estão a financiar-se a taxas proibitivas".

"O empréstimo obrigacionista do FC Porto é de 8% e do Sporting 9,5%. Eles não têm um negócio capaz de gerar rentabilidade para cobrir este custo de capital", avisa o professor do ISEG, acrescentando que a SAD do Benfica é a mais endividada. "O Benfica tem tido uma estratégia de endividamento significativa. Só em 2008-09, recebeu (em termos líquidos) 44 milhões de empréstimos." Hélder Varandas, especialista em finanças de futebol, salienta precisamente os encargos com juros que foram assumidos pelas SAD na época 2010-11: "Quase 14 milhões de euros (ME) no caso do Benfica e 5 ME nos casos de FC Porto e Sporting."

(...)

Mudar de vida

Paulo Reis Mourão, professor de Economia na Universidade de Braga, a quem o PÚBLICO também pediu para analisar as contas das SAD, defende que o estado das finanças dos clubes deve "gerar uma séria preocupação nos adeptos": "A volatilidade do financiamento pode levar a que um clube, que antes poderia permanecer longos anos num alto patamar, fique descapitalizado rapidamente e possa mesmo cair no risco de desaparecimento." É que, segundo Reis Mourão, antes os clubes "estavam dependentes da economia local, mas agora o seu sangue está nos mercados financeiros".

(...)

E se o Benfica é o clube mais exposto ao endividamento bancário, o FC Porto é aquele que mais depende do mercado de transferências. É que os "dragões", apesar de somarem lucros há cinco anos seguidos, só conseguiram equilibrar as contas graças a avultadas transferências de jogadores. "Desde 2005-06, o FC Porto teve um saldo positivo de transferências de jogadores de 135 ME. O Benfica tem um saldo positivo de 40 ME e o Sporting um saldo negativo de 15 ME", resume António Samagaio, para quem uma contenção dos custos é inevitável.

O professor do ISEG contesta ainda o argumento, frequentemente usado pelos clubes, de que os activos que têm são suficientes para cobrir os passivos. "O valor de mercado do plantel do Benfica, mesmo que vendessem todos os jogadores, não era suficiente para cobrir o passivo e o dinheiro que os accionistas lá colocaram quando constituíram a SAD", avisa. 

Fair play financeiro

As contas da época que está em curso serão as primeiras a ser analisadas pela UEFA ao abrigo das novas regras de controlo das finanças dos clubes, conhecidas como fair play financeiro. No início da temporada de 2013-14, os responsáveis da UEFA vão olhar para as contas de 2011-12 e 2012-13, podendo aplicar sanções aos emblemas com prejuízos superiores a 45 milhões de euros no conjunto destes dois exercícios.

As sanções para os prevaricadores ainda não estão definidas, mas "cada vez mais se aponta para a retirada de pontos e proibição de inscrição de jogadores", revelou ao PÚBLICO Luís Paulo Relógio, presidente do Órgão de Gestão de Licenciamento da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que faz parte do grupo que está a estudar as regras do fair play financeiro. "A ideia é evitar punições como a exclusão da competição, para não matar o doente com a cura."

Se os critérios do fair play financeiro já estivessem em vigor, o FC Porto (que teve lucros nos últimos cinco anos) era o único dos três "grandes" livre de preocupações. O Sporting, que acumulou prejuízos de 72 milhões nas duas temporadas passadas, estaria à mercê de punições da UEFA e o Benfica (prejuízos superiores a 28ME) estaria sob vigilância.

A estes prejuízos, no entanto, há que retirar todos os custos relacionados com a construção de estádios e centros de treinos, bem como com a formação, que não serão tidos em conta no âmbito do fair play. E esta nuance permite aliviar o peso que cai em cima dos clubes portugueses.

"Se considerarmos a infra-estrutura do Seixal e os custos da formação, o valor aproxima-se dos 5 milhões de euros anuais. E as amortizações do estádio totalizam 5 a 7 milhões por ano", explicou ao PÚBLICO Domingos Soares Oliveira, administrador da SAD do Benfica, acrescentando que, para efeitos de fair play financeiro, ao resultado líquido do Benfica teriam de ser abatidos pelo menos "10 milhões por ano."

O Benfica considera-se assim preparado para as novas regras da UEFA, embora admita que a "conjuntura económica" e o fair play financeiro "obrigam os clubes a terem de repensar o seu modelo ou a sua operação". "Em situações como estas, as SAD devem tentar potenciar receitas e reduzir custos. No nosso caso, temos uma situação em cima da mesa, os direitos televisivos, e acreditamos que esse incremento de receitas vai ser superior a qualquer redução de custos", aponta Domingos Soares Oliveira.

José Filipe Nobre Guedes, administrador da SAD do Sporting, também se mostra confiante que "o Sporting não vai ter problema nenhum": "Estamos a recapitalizar a SAD, mas por enquanto não posso dar pormenores", disse ao PÚBLICO, acrescentando até que o clube de Alvalade não terá de "baixar salários" se conseguir captar a receita esperada. Angelino Ferreira, administrador da SAD do FC Porto, não se mostrou disponível para falar ao PÚBLICO, mas em Janeiro tinha dito que o clube estava preparado.

Além das regras do fair play, que serão tidas em conta pela UEFA na hora de admitir os clubes nas competições europeias, há ainda outro problema em cima da mesa dos emblemas nacionais. É o facto de todos terem capitais próprios (diferença entre activo e passivo) inferiores a metade do capital social, o que os obrigará a tomar medidas, como o reforço do capital das SAD. O Sporting tem mesmo capitais próprios negativos, o que habitualmente se designa como falência técnica, e o Benfica está lá perto (apenas 136 mil euros nas contas individuais e 2,5 milhões no consolidado).

A par da questão do endividamento (ver texto sobre dívidas à banca) e das novas regras, os clubes terão ainda de enfrentar os efeitos da crise nos seus proveitos operacionais. "Haverá quebras nas assistências, na publicidade e nas quotizações", salienta Paulo Reis Mourão, professor de Economia na Universidade de Braga, para quem é "inevitável" que os clubes ajustem os seus custos, especialmente com salários, que consomem uma boa parte das receitas.

domingo, 13 de novembro de 2011

Como ler as palavras de Eusébio


Confesso a minha relutância em dar eco a episódios infelizes, sempre que aparece alguém a apoucar ou a desconsiderar o nome de uma instituição tão grande como o Sporting Clube de Portugal.  Porque na  maior parte dos casos não só se dá atenção quem não merece como se dá a visibilidade sobre o acto que se repudia, servindo assim os interesses de quem visa o clube de forma infeliz e quando não miserável. Foi o caso na semana passada de sketch de  um canal de cabo que quase ninguém vê e, não fora a reacção viral de rejeição à falta de gosto e decência, o programa não teria "acontecido" na prática, pois chegaria apenas aos tais quase ninguém.

O caso é um pouco diferente este fim-de-semana. Parece que Eusébio deu uma entrevista. E digo que parece porque afigura-se-me difícil que do seu habitual discurso se possa conseguir mais do que um A4 de interjeições. Isto porque todos sabemos que Eusébio foi notável a jogar futebol mas quando se procura exprimir o mais que consegue são hinos à cacofonia igualmente notáveis. 

Todos nós sabíamos das dificuldades de expressão de Eusébio mas fazíamos um esforço por ignorar porque ele, apesar de ter feito a sua carreira no clube rival, tinha ascendido a um patamar mais elevado onde habitam os heróis nacionais. E isso muito por causa da fantástica epopeia dos magriços no Mundial de Inglaterra de 1966 e da imagem pungente que correu o mundo, quando chorava a eliminação nas meias-finais vestido com a camisola das quinas.

Sinceramente não esperava que Eusébio viesse dizer que gostava do Sporting. Acredito até que não goste porque o Sporting sempre foi o grande rival do seu clube quando este teve os seus melhores atletas e equipas de sempre, conseguindo-se então opor e contrariar o que seria um apenas um passeio. É por isso, por exemplo, que o SLB, tendo ganho muitos campeonatos, nunca conseguiu fazê-lo mais do três vezes seguidas e não parece que isso venha a acontecer nos tempos mais próximos.

Mas acredito que, acima de tudo, para Eusébio o Sporting é uma nódoa no seu percurso pessoal que, por mais que se esforce, não conseguirá reescrever. Foi numa filial do Sporting que despontou para o futebol e seria no Sporting que deveria ter jogado se fosse um homem fiel à palavra dada, se a tivesse claro. Deve ser por ver recordada essa falha de carácter sempre que vê e ouve o nome do Sporting que agora se esquece da sua condição de ídolo popular para se acantonar no seu último reduto, não sem antes tentar enlamear a bandeira de um clube plurisecular, ao tentar colar-lhe uma imagem que não corresponde à realidade, como comprova a história.

Não estranharia que esta entrevista ao Expresso seja uma excelente manobra do departamento de comunicação do clube que representou, (manobra que se enquadrará numa ofensiva mediática, como se pode calcular pela entrevista de Artur hoje ao Record), tentando desviar as atenções para as palavras proferidas por Javi Garcia, quando usou de insultos racistas para atingir Alan no jogo em Braga.

O que deveria preocupar Eusébio não deveria ser o racismo latente nos primórdios dos anos 60, que não seriam apanágio de nenhum clube em particular, mas que existiria de forma transversal em alguns sectores da sociedade colonial portuguesa. O deveria ser motivo de preocupação e indignação para Eusébio é que no século XXI um jogador da sua equipa seja capaz de o insultar a ele, aos actuais colegas de equipa, (como o seu capitão Luisão) e a muitos dos que construíram  a  história do seu clube e até do futebol nacional e que com ele partilharam o caminho.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Selecção: quase tudo para perder


Logo quando Portugal subir ao puré esverdeado de Zenica terá pela frente uma selecção Bósnia aparentemente mais forte do que no último Play-off e uma conjuntura desfavorável, que explicarei adiante, que tornará o jogo numa missão difícil de executar.

A selecção que chega à Bósnia está longe do nível revelado aquando da chicotada psicológica e da  goleada à campeã mundial Espanha, mesmo tendo em conta que se tratava de um jogo particular.  O efeito do “positivo do Bento” parece ter-se transformado de repente em “Bentania”. 

Fazendo fé nos relatos que se conhece é difícil culpar o seleccionador pelos actos de indisciplina do improvável Ricardo Carvalho e de Bosingwa. Carvalho ao invés de, após ter recuperado a lucidez ainda voltou à carga, o que contribui pouco para resolver o que, pelo menos publicamente, foi de sua criação. Bosingwa falou na altura menos própria, depois de Paulo Bento se ter “esquecido” de o convocar. Se pelas palavras que dizem que proferiu (Isto não é os juniores do Sporting) se pela recusa em ir para o banco por uma lesão que depois foi comprovada pelos médicos e pela sua ausência no Chelsa não se sabe. Seja porque for não me parece que a aplicação da pena de morte – que é o que equivale o ostracismo a que foi votado – e sobretudo que não haja uma explicação clara da falta e da medida punitiva seja o procedimento mais indicado. 

Mas não se podendo culpar Bento pelos actos dos jogadores, não deixa de ser estranho a ocorrência de dois casos que transformam jogadores de valor indiscutível e de folha de serviços até então exemplar – Ricardo Carvalho era até tido como um exemplo e um dos capitães – em dois pontos de debilidade. Estes episódios e as respectivas ausências tornam-nos mais fracos, parece-me indiscutível e lançam alguma dúvida sobre a forma como se relaciona Paulo Bento e como exerce a sua autoridade.

Talvez tudo isto pudesse ser evitado se houvesse um departamento de futebol federativo mais forte. É paradoxal que Madaíl represente o melhor período da FPF e simultaneamente dê de si e da sua liderança, bem como das pessoas que o acompanham, com excepção de Carlos Godinho, uma imagem tão débil e vacilante. É nesse quadro que vejo a forma como foi tratada a questão do relvado. Tudo o que deveria ser feito sobre a matéria tinha que ser feito antes da partida para a Bósnia, sendo pouco provável a alteração do local de jogo a partir daí. Depois disso haveria que esquecer essa questão e ao invés de andarmos a choramingar, sem saber que impacto negativo isso possa ter no grupo de trabalho, deveria ser um factor extra de motivação e toque a reunir. Já que parece que Madaíl fala amiúde com Mourinho, que lhe peça umas lições grátis da arte de guerra aplicada ao futebol.

É que parece ser como uma guerra que parece esta eliminatória parece estar a ser encarada mais uma vez pelos bósnios, que não parecem ter-se libertado dos complexos deixados pela sua guerra recente, o que os atira para a pré-história do futebol. Quem viu o jogo da sua selecção num bom relvado em França mais estranha esta atitude. De estranhar, ou talvez nem por isso, é a que tenham como aliados a UEFA, a quem cuidaria que os jogos de futebol fossem jogados nas melhores condições possíveis, o que não é o caso. Não esquecer que esta é a mesma UEFA que há pouco mais de um par de anos obrigou o Vitória de Setúbal a jogar no Restelo por alegadas falta de condições. Ora, ao que parece, o Bonfim ao lado do estádio onde hoje jogamos é um palácio.

Perder esta eliminatória não me parece, apesar de tudo, uma inevitabilidade. Somos melhores, temos mais talento individual, precisamos se ser melhor equipa em todos os momentos do jogo. Deixarmo-nos cair na atitude bélica que provavelmente usará o adversário é um  dar-lhes vantagem, até porque há dois jogos para disputar e há muitos jogadores há beira da exclusão.A conjuntura é desfavorável mas quem tem ambição para disputar os melhores lugares do Europeu tem que saber superará-la .

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